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Moscou, 18/04/2014 - O primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, disse nesta sexta-feira que o governo vai decidir se adota medidas fiscais para estimular a economia após avaliar o impacto da anexação da Crimeia. Em meio à crise com a Ucrânia e as sanções impostas por países do Ocidente, a economia russa corre o risco de registrar recessão este ano.

"Nós precisamos entender se as condições econômicas mudaram de tal forma que precisaremos alterar as regras fiscais. Por exemplo, a anexação da Crimeia muda as condições econômicas ou não? Essas 2,5 milhões de pessoas mudam os parâmetros macroeconômicos?", comentou Medvedev.

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O Ministério de Economia da Rússia tem dito que, devido ao risco de contração econômica, o governo deveria mudar as regras fiscais, que obrigam a destinar boa parte dos recursos gerados com a venda de petróleo e derivados para um fundo especial. Entretanto, o Ministério de Finanças é contra alterar essas regras, afirmando que mesmo que a anexação da Crimeia demande mais recursos do governo central, não se deve permitir um aumento do déficit orçamentário.

Segundo Medvedev, as regras fiscais devem ser "adequadas" para as condições econômicas atuais, mas explicou que se a situação mudar dramaticamente, o arsenal fiscal do governo deve ser revisto. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos aplicará novas sanções contra o ex-vice-presidente do Parlamento ucraniano, seis líderes separatistas da Crimeia e uma companhia de gás com sede na Crimeia devido à anexação da península ao território russo.

David Cohen, subsecretário de terrorismo e inteligência financeira, qualificou a Crimeia de "território ocupado" e disse que os EUA continuarão apresentando punições aos envolvidos com o que o país qualifica de violação à soberania ucraniana.

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A medida do Departamento do Tesouro congela quaisquer ativos dentro da jurisdição dos EUA de indivíduos que são alvo da sanção e impede cidadãos norte-americanos de fazer transações com eles. Fonte: Associated Press.

O Ministério da Defesa da Ucrânia informou nesta segunda-feira que um oficial da Marinha ucraniana foi morto a tiros por um soldado russo na região da Crimeia. De acordo com o ministério, o marinheiro ucraniano foi se hospedar em um dormitório em Novofedorivka, que abriga uma grande base aérea, e estava se preparando para deixar a região quando foi baleado.

Em comunicado, o ministério informou que o homem foi baleado duas vezes "à queima roupa" por um soldado da Rússia. Além disso, um capitão da Ucrânia foi preso. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Na sequência da anexação da Crimeia pela Rússia, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse neste sábado que o país está fortemente comprometido com proteger a segurança do Japão. Ele declarou que é compreensível que nações se preocupem com os eventos na Ucrânia, em cujas fronteiras tropas russas ainda se posicionam. O tema reverberou na Ásia, onde China, Japão e outros países têm disputas territoriais.

"É uma reação bastante previsível, eu acho, não apenas para nações dessa região mas de todo o mundo", disse Hagel a repórteres viajando com ele a Tóquio. "Eu acho que a qualquer momento em que temos uma nação - a Rússia nesse caso - tentando impor sua vontade para definir limites internacionais e violar a integridade territorial e soberania de uma nação pela força, todo o mundo se preocupa com isso", completou.

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Enquanto os Estados Unidos dizem repetidamente que não tomam partido na questão da disputa territorial envolvendo as ilhas do Mar da China Meridional, o país reconhece a administração do Japão sobre elas e tem responsabilidade de proteger o território japonês em razão de um acordo mútuo de defesa. Hagel disse que os Estados Unidos querem que os países da região resolvam suas disputas pacificamente, mas acrescentou que os EUA honrariam seus compromissos.

Não há "fraqueza da parte dos Estados Unidos em relação ao nosso compromisso absoluto com a segurança do Japão", disse Hagel. "Não acredito que há qualquer indicação ou qualquer evidência de que estamos fazendo qualquer coisa que não estreitar nosso compromisso com a segurança do Japão", acrescentou.

A viagem de Hagel ao Japão ocorre após uma reunião de três dias no Havaí com ministros de defesa de nações do sudeste da Ásia. Ele ainda viajará para a China, onde, segundo ele, terá conversas sobre expandir a cooperação militar assim como diminuir diferenças sobre as disputas territoriais. A China expressou descontentamento com movimentos recentes dos EUA para fornecer recursos minitares adicionais em apoio ao Japão. Fonte: Associated Press.

A rede americana de 'fast food' McDonald's anunciou, nesta sexta-feira (4), o fechamento temporário das três lanchonetes na península ucraniana da Crimeia e alegou "razões de produção. "Esperamos retomar o trabalho quando tivermos oportunidade", afirma um comunicado publicado no site ucraniano da empresa.

O McDonald's, que tem três estabelecimentos nas cidades de Simferopol, Sebastopol e Yalta, informou que ofereceu aos funcionários a possibilidade de trabalhar em outros restaurantes na Ucrânia. Várias empresas fecharam os estabelecimentos na Crimeia nas últimas semanas, incluindo bancos ucranianos.

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A Crimeia, uma península de população majoritária de língua russa do sul da Ucrânia, foi anexada pela Rússia em março após um referendo, uma situação que provocou a maior crise diplomática entre Moscou e os países ocidentais desde a Guerra Fria.

O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, faz uma visita à Crimeia para anunciar uma série de programas destinados a incorporar rapidamente a península à economia e infraestrutura russas.

Na capital da região, Simferopol, Medvedev anunciou a criação de um novo ministério para assuntos da Crimeia e ordenou que os principais ministros do governo de Vladimir Putin, que o acompanham na visita, tracem um plano de desenvolvimento para a península anexada à Rússia.

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"O desenvolvimento da Crimeia e de Sebastopol se tornou uma prioridade para nós", afirmou Medvedev. "Todos nós russos somos responsáveis pela situação da Crimeia e das áreas sob seu comando."

Medvedev disse também que a Rússia irá trabalhar para afastar a dependência que a Crimeia tem da água e da energia da Ucrânia. O premiê anunciou ainda a construção de uma ponte que ligará a península ao território russo através do estreito de Kerch e prometeu que a integração do sistema bancário regional será concluída em breve.

O premiê russo anunciou ainda que será criado um regime especial de tributação para atrair investidores para a Crimeia e que o governo de Vladimir Putin vai subsidiar passagens de avião para a península para estimular o turismo na região. Fonte: Dow Jones Newswires.

O primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, está visitando a região da Crimeia nesta segunda-feira (31) para discutir as prioridades econômicas e a liberação de recursos para o desenvolvimento da nova região russo.

Medvedev lidera uma comitiva de vários ministros e vai presidir uma reunião para deliberar sobre um orçamento destinado exclusivamente à assistência social da população crimeniana.

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O vice-primeiro ministro russo, Dmitry Rogozin, compartilhou uma foto do grupo de ministros nas redes sociais nesta manhã com as seguintes palavras: "A Crimeia é nossa e fatos são fatos". Fonte: Associated Press.

Líderes da minoria tártara na Crimeia se reuniram neste sábado para condenar a anexação da região pela Rússia e apelar para organismos internacionais por um reconhecimento da autonomia do grupo. Os tártaros, etnicamente turcos e majoritariamente muçulmanos, foram alvos de uma deportação em massa promovida pelo líder soviético Josef Stalin em 1944.

O fórum realizado neste sábado contou com 250 delegados e rejeitou qualquer possibilidade de participação em um governo russo na Crimeia. Segundo o censo mais recente da Ucrânia, de 2001, os tártaros somam quase 245 mil pessoas, respondendo por 12% da população da Crimeia. Entretanto, evidências de uma alta taxa de natalidade entre o grupo e o retorno de muitos exilados que estavam na Ásia Central nos últimos anos sugerem que esse número pode ser muito maior.

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"Recentemente, todas as decisões da Rússia foram baseadas no pressuposto do direito de cada nação de autodeterminação. Assim, é lógico concluir que o povo tártaro da Crimeia também tem esse direito", comentou o líder do governo tártaro na península, Refat Chubarov. Ele também apelou para que a comunidade internacional reconheça seu povo como uma "autonomia territorial nacional", apesar de não anunciar um referendo sobre a independência dos tártaros ou uma possível aliança com a Ucrânia.

A Rússia e o governo local da Crimeia têm assegurado que os direitos dos tártaros serão inteiramente respeitados. O idioma deles será reconhecido como uma das três línguas oficiais da região e existem promessas vagas de uma maior participação política do grupo. Mas os tártaros, que governaram a península entre os séculos 15 e 18, são céticos quanto às intenções de Moscou.

"A Ucrânia também não era nossa casa, mas pelo menos era uma democracia. Nós, como um povo nativo dessa terra, não devemos colaborar com um poder ocupante", disse Ilver Ametov, um dos delegados que participou do congresso tártaro. Fonte: Associated Press.

As regiões da Crimeia e Sebastopol receberão ajuda financeira do Orçamento federal da Rússia este ano, informou hoje o governo russo. Em seu site, o governo afirmou que o país vai destinar 10,7 bilhões de rublos (US$ 300 milhões) à Crimeia e 2,4 bilhões de rublos à Sebastopol.

O Orçamento russo para 2014 visa o gasto de até 343,9 bilhões com medidas adicionais centradas em apoiar necessidades econômicas, empresariais e sociais no país. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A economia da Rússia pode ter uma contração em 2014 caso o conflito com a Ucrânia piore, uma situação que pode levar Moscou a optar por uma gestão de crise em vez de reformas necessárias, de acordo com o Banco Mundial.

Caso haja escalada da disputa, é possível que uma incerteza aumente em torno de sanções que países do Ocidente e a Rússia podem aplicar entre si, resultando em uma piora do sentimento do consumidor e das empresas. Para o Banco Mundial, nesse caso, o Produto Interno Bruto da Rússia pode ter uma queda de 1,8% em 2014.

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O Banco Mundial tornou-se assim a primeira grande instituição internacional a dizer que a economia russa pode cair em 2014 por causa da crise da Ucrânia e da anexação da Crimeia.

Em dezembro, a instituição previu que a economia da Rússia iria crescer, ainda que moderadamente em 2,2%. Mas agora tem uma visão muito mais escura por causa da crise da Crimeia.

"Nós assumimos os riscos políticos serão destaque no curto prazo", disse o banco.

No entanto, mesmo que o impacto da crise da Crimeia se revele limitado e de curta duração, o crescimento da Rússia ainda seria anêmico de 1,1% em 2014 e 1,3% em 2015 em meio a uma falta de reformas estruturais e deterioração do investimento e da confiança do consumidor.

Nenhum dos cenários assume quaisquer sanções comerciais contra a Rússia vindas de países do Ocidente. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Senado dos Estados Unidos está próximo de aprovar sanções contra a Rússia e também medidas colaborativas com a Ucrânia depois de o partido Democrata retirar as exigências de reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Como os Republicanos são oposição àS interferências no FMI, a aprovação de medidas sobre a crise no Leste Europeu estava paralisada até hoje.

A votação no Senado foi marcada para quinta-feira, ainda sem horário definido. A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou sua versão das medidas, mas ainda não estão clara se as propostas poderão ser enviadas ao presidente Barack Obama até o fim da semana.

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Os Democratas propuseram uma carta de empréstimo de US$ 1 bilhão, além de sanções ao círculo de autoridades de Putin. Na disposição inicial, o partido de Obama queria estender a capacidade de empréstimos do FMI para a utilização pelo governo ucraniano. A proposta não foi bem recebida pelos Republicanos, que introduziram uma emenda para remover as disposições. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Ucrânia espera que a Assembleia-geral das Nações Unidas (ONU) aprove uma resolução no final desta semana reafirmando a unidade e integridade territorial do país e apontando que o referendo na Crimeia, que levou a península a se separar da Ucrânia e ser anexada pela Rússia, "não tem validade".

O projeto de resolução, divulgado nesta segunda-feira (24) aos 193 membros da assembleia e obtido pela Associated Press, nunca menciona a Rússia pelo nome, mas exorta todos os países a não reconhecer "qualquer alteração do status" da Crimeia.

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A proposta também pede a todas as partes que imediatamente busquem uma solução pacífica para a situação na Ucrânia e exerçam a prudência. A resolução deve ser votada na reunião de quinta-feira da Assembleia-geral. Ao contrário do Conselho de Segurança, onde a Rússia vetou qualquer ação sobre a Ucrânia, a Assembleia-geral não tem vetos. Fonte: Associated Press.

O custo de integração da Crimeia à Rússia será de cerca de 100 bilhões de rublos (US$ 2,8 bilhões) ao ano, afirmou o ministro de Economia do país, Alexei Ulyukayev. Em uma entrevista ao Rossiyskaya Gazeta, o jornal oficial do governo russo, Alexei Ulyukayev afirmou que o governo de Moscou ajudará a Crimeia em cerca de 100 bilhões de rublos por ano a partir de 2015, sem levar em consideração investimento em infraestrutura da península.

Ulyukayev afirmou que as sanções de países do Ocidente não representam "nem mesmo um jogo de soma zero, mas um jogo de resultado negativo". A autoridade disse que, embora as empresas ocidentais sejam opostos a quaisquer sanções, ele admitiu que o "ambiente nervoso de instabilidade não fornece o incentivo para que as empresas invistam". Para o ministro, as sanções devem resultar em saída de capital, queda no comércio e nos investimentos.

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O ministro afirmou que espera que a economia da Rússia tenha um crescimento de 2% em 2014, abaixo da projeção de 2,5% que o ministério publicou no final de 2013. A autoridade prevê uma deterioração do ambiente de inflação e espera que a alta de preços atinja uma taxa anualizada de 6,5% em março e poderá chegar a 7% em breve. Contudo, ele afirmou que a meta do banco central da Rússia, de 5%, ainda é possível de ser alcançada em 2014 devido a uma desaceleração aguardada do avanço dos preços no segundo semestre deste ano.

"Eu acho que temos todas as possibilidades para permanecer dentro da nossa meta", afirmou. O rublo russo, que perdeu cerca de 11% de seu valor desde o início do ano, tem mais chances de "se fortalecer um pouco" do que se enfraquecer no futuro próximo, disse Ulyukayev. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Crimeia pode se tornar uma zona econômica especial na qual empresas poderão receber incentivos fiscais durante um período de transição enquanto a região se une à Rússia, afirmou o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, segundo a agência de notícias Interfax.

O governo russo precisa de uma série de medidas concretas para a integração total da Crimeia à Rússia, o que deverá durar até 1º de janeiro de 2015, de acordo com Medvedev.

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O premiê disse que os crimenianos devem manter os benefícios sociais que possuem e que não existem na Rússia e prometeu que cerca de 36 bilhões de rublos (US$ 991,1 milhões) poderão ser destinados a elevar as pensões da população da Crimeia à media dos russos.

Medvedev também afirmou que os salários e as pensões dos crimenianos serão pagos em rublos na taxa de câmbio de 18 de março. A partir de hoje a moeda russa pode ser usada como meio de pagamento na Crimeia, além da grívnia da Ucrânia, que será descartada na região em 2016.

A produção de gás na Crimeia vai aumentar entre uma vez e meia e duas vezes, segundo Medvedev, o que será suficiente para abastecer a eletricidade na região. A Rússia anexou a Crimeia oficialmente na última sexta-feira, depois de a população local decidir em um referendo realizado em 16 de março que queria se unir ao território russo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchynov, disse neste domingo (23) que o coronel Yuliy Mamchur, comandante da base aérea ucraniana em Belbek, na Crimeia, foi capturado por forças pró-Rússia que invadiram e tomaram o controle do local ontem.

De acordo com o Ministério de Defesa russo, 189 instalações militares na Crimeia estão sob controle da Rússia. O ministério não especificou se ainda há operações militares controladas por ucranianos na região.

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Em cenas fornecidas pelo Ministério de Defesa ucraniano, um veículo blidando BTR-80, de fabricação russa, pôde ser visto esmagando um portão da base em Belbek. Forças armadas seguiram os veículos após a queda dos muros. Ao todo, quatro veículos BTR-80 estiveram envolvidos nos ataques, informaram autoridades ucranianas.

Turchynov não disse para onde Mamchur pode ter sido levado. O político Vitali Klitschko, no entanto, disse que o coronel está detido em uma prisão de Sebastopol, cidade da Crimeia que é a base da Frota do Mar Negro, da Rússia.

Os residentes da Crimeia optaram em referendo pela anexação à Rússia, processo que foi formalizado na última sexta-feira pelo presidente russo, Vladimir Putin. A anexação foi condenada por potências ocidentais, que impuseram sanções à Rússia. Fonte: Associated Press.

Forças pró-Rússia invadiram e tomaram o controle de uma base aérea da Ucrânia em Belbek, perto de Sebastopol, na Crimeia, neste sábado, em meio a uma série de tiros e explosões.

A base aérea foi a última grande instalação militar ucraniana na Crimeia a ser tomada pelas tropas russas. Mas o ministério da defesa não forneceu, contudo, detalhes de quantas bases ainda são controladas na península.

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Os residentes da Crimeia optaram, na última semana, em referendo, pela anexação à Rússia. O processo foi formalizado na última sexta-feira pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Em cenas fornecidas pelo Ministério de Defesa ucraniano, um veículo blidando BTR-80, de fabricação russa, pôde ser visto esmagando um portão da base em Belbek. Forças armadas seguiram os veículos após a queda dos muros. Ao todo, quatro veículos BTR-80 estiveram envolvidos nos ataques, informaram autoridades ucranianas.

As tropas ucranianas não ofereceram resistência. Mais tarde, um grupo separatista chegou ao local e parecia ser formado por soldados profissionais e membros de milícia.

Explosões foram ouvidas, mas a causa não ficou clara. Oficiais ucranianos informaram que foram jogadas granadas de efeito moral para dispersar qualquer possível resistência.

Duas ambulâncias chegaram ao local e o Ministério de Defesa ucraniano informou que um jornalista e um soldado ficaram feridos.

Após a invasão, o comandante da base de Belbek, coronel Yuliy Mamchur, reuniu seus homens, que cantavam o hino nacional ucraniano, e os orientou a baixar as armas. Poucas horas antes, o coronel participou de um casamento entre dois oficiais de Belbek. Os soldados beberam champagne e brindaram ao casal, apesar da iminente ameaça de invasão da base.

Mais cedo, cerca de 200 manifestantes pró-Rússia invadiram uma base da Força Aérea ucraniana no oeste da Crimeia. A invasão do grupo, que não portava armas, ocorreu na cidade de Novofedorivka. De acordo com relatos, os manifestantes quebraram janelas ao invadir a base, enquanto funcionários ucranianos se refugiavam no interior de prédios locais e lançavam bombas de gás na direção dos invasores.

Também neste sábado, mais de 5 mil residentes pró-Rússia de uma grande cidade no leste da Ucrânia fizeram uma manifestação em Donetsk pela realização de um referendo sobre a secessão da área e posterior anexação pela Rússia.

Com a Crimeia agora efetivamente sob controle de forças russas, crescem temores de que habitantes de territórios na região leste da Ucrânia também busquem a secessão.

O leste é o centro das indústrias pesadas e de mineração da Ucrânia e base de apoio de Viktor Yanukovich, o presidente ucraniano que fugiu para a Rússia no mês passado após ser deposto em meio a manifestações iniciadas várias semanas antes em Kiev, capital do país. Fonte: Associated Press.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, vai viajar para a Ucrânia neste sábado para reuniões em Kiev e no leste do país, informou o porta-voz do ministério hoje.

Steinmeier irá se encontrar com o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, e com líderes do novo governo em Kiev para se atualizar da situação da crise política no país e, em seguida, viajar para Donetsk, no leste ucraniano, para conversar com o governador local.

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O porta-voz do ministério, Martin Schäfer, informou que o objetivo da viagem é demonstrar o apoio da Alemanha para a estabilização econômica e política da Ucrânia.

No início da semana, Steinmeier pediu à Rússia que deixasse claro a comunidade internacional que não buscará anexar qualquer território além da Crimeia. Na Europa, crescem as preocupações de que o governo de Vladimir Putin tente anexar outras regiões que faziam parte da antiga União Soviética. Fonte: Dow Jones Newswires.

Forças pró-Rússia assumiram o controle de dois navios de guerra ucranianos nesta quinta-feira na Crimeia, após a Ucrânia ter reiterado que suas tropas estão sendo ameaçadas na região. As tensões permanecem elevadas na península apesar da libertação de um comandante naval ucraniano que havia sido detido.

A tomada da corveta ucraniana Khmelnitsky em Sebastopol teve disparos de tiros, mas nenhum ferido, relatou um fotógrafo da AP que estava no local. Outro navio, o Lutsk, também foi cercado por forças pró-Rússia. O Ministério da Defesa da Ucrânia ainda não havia se manifestado sobre os incidentes.

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Mais cedo, o vice-ministro da Defesa da Ucrânia, Leonid Polyakov, acusou tropas russas de ameaçar constantemente invadir bases militares onde soldados ucranianos estavam instalados, de acordo com a agência de notícias Interfax. Em Genebra, o embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas, Yuri Klymenko, alertou sobre a deterioração das relações entre os dois vizinhos, afirmando que a Rússia parece estar se preparando para uma "invasão militar" a outras áreas ucranianas. Klymenko disse que há "indicações de que a Rússia está no caminho de desencadear uma invasão militar no leste e sul da Ucrânia". Ele disse que sua declaração se baseava em relatos de organizações não-governamentais. Fonte: Associated Press.

O quadro jurídico para que a Rússia realize a anexação formal da Crimeia deve ser concluído até o final desta semana, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, segundo informações da agência de notícias russa, Interfax.

De acordo com Lavrov, medidas práticas estão sendo tomadas para implementar o tratado de anexação assinado nesta terça-feira (18) pelo presidente russo, Vladimir Putin, e os chefes de governo da Crimeia.

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"Nós vamos proteger os interesses dos russos através de meios políticos, diplomáticos e legais. Insistimos que os países onde os nossos compatriotas estejam, respeitem plenamente os seus direitos e liberdade", disse o ministro russo.

No domingo, os eleitores da Crimeia votaram a favor da anexação da região separatista pelo território russo. A votação tem sido Vido como ilegítima por boa parte da comunidade internacional.

Nesta quinta-feira (20), uma pesquisa sinalizou que a medida foi bem recebida pelos russos. A aprovação de Putin subiu ao seu maior nível em cinco anos, para 75,7%, segundo o instituto de pesquisa estatal, VTsIOM. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um dia após o governo da Rússia formalizar a anexação da Crimeia ao seu território, as forças de auto-defesa crimenianas invadiram nesta quarta-feira (19) o quartel oficial da Marinha da Ucrânia, localizada no Mar Negro, em Sevastopol. Não houve resistência por parte dos militares ucranianos.

Cerca de 200 pessoas derrubaram o portão da sede militar e, em seguida, hastearam a bandeira da Federação Russa no local. Nenhum disparo ou agressão foram registrados.

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Ontem, um militar da Ucrânia foi morto por milicianos pró-Rússia que tomaram uma base militar da Ucrânia. O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatsenyuk, disse que o conflito passou do caráter diplomático para a "fase militar" com a Rússia e ordenou a mobilização de reservistas do Exército.

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