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Em tempo de férias é preciso redobrar os cuidados para evitar afogamentos. Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) mostram que15 pessoas morrem afogadas no Brasil diariamente. Os afogamentos são a primeira causa de morte de crianças de 1 a 4 anos e a terceira na faixa etária de 5 a 9 anos.

A Sobrasa diz ainda que 55% das mortes na faixa de 1 a 9 anos ocorrem em residências. A prevenção é a principal ferramenta para evitar esse tipo de acidente, especialmente no verão, quando piscinas, praias, rios, lagos e lagoas costumam ser utilizados com mais frequência pelas famílias.

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O secretário-geral da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) David Szpilman destacou, em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia, um dos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que, ao contrário do que as pessoas pensam, a maioria dos afogamentos não ocorre em praias, mas na água doce. O motivo é que, geralmente, nesses lugares não há a presença de salva-vidas ou pessoas qualificadas para prestar socorro.

“Mais de 70% das mortes ocorrem em rios, lagos e represas. Nas praias as pessoas se afogam e, por ter guarda-vidas, acabam sendo salvas. Em água doce, como nos lagos de represas, isso não acontece porque não há guardas-vidas, não há ninguém capacitado e competente para fazer o socorro e isso provoca duas dessas 15 mortes. Mais duas ocorrem em casos de alguém tentando ajudar outra pessoa que está se afogando e que acaba morrendo junto. No caso do rio - diferentemente da praia, que às vezes assusta por causa das ondas -, se for muito fundo, pode ter uma correnteza forte e não aparentar”, disse.

Para prevenir situações de afogamento, a Sobrasa recomenda a instalação de barreiras de acesso à água em piscinas, rios, represas e lagos. Também é recomendável providenciar lugares mais seguros para crianças em idade pré-escolar e ensinar segurança aquática tanto para as crianças em idade escolar, quanto para o público em geral. O uso de coletes e boias também ajuda a evitar situações críticas. Em locais com sinalização, é preciso seguir as orientações.

Szpilman disse ainda que muitas situações de afogamento ocorrem porque as pessoas subestimam o risco que estão correndo. Mesmo grandes nadadores podem morrer afogados quando não respeitam seus limites ou por redução súbita de sua competência aquática. O uso de bebidas alcoólicas também é fator determinante, já que pessoas sob efeito de álcool apresentam menor coordenação motora.

"O ideal é que a gente saiba os riscos do ambiente e a nossa competência aquática. Toda situação de afogamento, independentemente de ser em piscina, cachoeira, rio, lago, represa, praia, surfando, fazendo esporte aquático, exige um um balanço entre o risco do ambiente e a sua competência aquática, a capacidade de enfrentar o risco”, disse. “A bebida entra exatamente nesses dois fatores: a pessoa olha o risco e quando está alcoolizada, não percebe e se acha mais capaz do que na realidade. Aliado a isso, o álcool também reduz a capacidade motora de defesa. Então, esses três fatores influenciam e fazem com que o álcool seja responsável por 15% a 18% dos afogamentos com morte”, completou.

Segundo Szpilman, em situações de afogamento a pessoa deve manter a calma, procurar boiar e pedir ajuda. Evitar nadar contra a correnteza também é uma dica importante, já que a pessoa estará gastando a energia que deveria utilizar para aguardar o socorro.

"É por isso que a gente sempre fala: está no sufoco, a primeira coisa a fazer é guardar suas forças para flutuar, não nade contra a correnteza. Encha o pulmão e tente boiar. Peça ajuda e espere. Na situação da Amazônia [onde ocorre a maior parte dos afogamentos no Brasil], por exemplo, é muito importante entender que mesmo aquelas pessoas que sabem nadar, devem utilizar um colete salva-vidas. Sempre. Porque é a proteção”, explicou.

Para quem está vendo alguém se afogar, a recomendação é buscar ajuda imediatamente e evitar entrar na água.

“Do ponto de vista de quem está assistindo o afogamento, o ideal é você ajudar sem entrar na água. Primeiro, identifica que alguém está precisando de ajuda e pede para ligar para no número 193 e avisar o Corpo de Bombeiros”, disse. “Você deve buscar algum material de flutuação, pode ser uma garrafa pet de refrigerante, uma bola, uma raquete, uma prancha, uma tampa de isopor, várias coisas que flutuam, alguma coisa deve ser utilizada para jogar para o afogado, para que ele possa agarrar e se manter acima da superfície, continuar respirando e para dar tempo de o socorro chegar. Esse é o procedimento de como enfrentar situações quando a prevenção falhou”, acrescentou Szpilman.

Em relação aos cuidados com as crianças, a principal recomendação é nunca perdê-las de vista. Também é preciso cercar piscinas, esvaziar baldes e outro utensílios nos quais a criança pode se afogar.

“Em crianças de 1 a 4 anos, o afogamento acontece, principalmente, em casa e 50% desses casos em piscinas. Sempre que tem criança pequena deve prestar o máximo de atenção enquanto está dentro de casa, mesmo que não tenha piscina. Tem balde, esvazia o balde. Tem piscina, fecha a piscina, fecha a porta do banheiro, não deixa ela acessar o jardim, limita o acesso a locais perigosos. Isso é extremamente importante para crianças de 1 a 4 anos. A partir de 5 a 6 anos [o afogamento] acontece mais nas áreas externas ao redor da casa e em piscinas. Às vezes é uma piscina de um clube, de um parque aquático, de um hotel em que a gente vai passar o final de semana e ali não tem uma cerca”, afirmou.

Em praias, rios e lagos, a recomendação também é nunca tirar os olhos e sempre avaliar os locais que são mais arriscados, especialmente no verão quando, segundo a Sobrasa, ocorrem 45% dos afogamentos.

“Há um ditado que diz: um cachorro que tem dois donos morre de fome. E é isso que acontece, um fica esperando o que o outro vai fazer e acaba que ninguém assume. Então, é importante: quando você vai dar uma festa, se tem piscina, ou é num lago, ou num parque, ou num sítio, tem que ter alguém olhando as crianças o tempo todo. Faz um revezamento, um pai ou uma mãe deve ficar olhando”, reiterou.

“Os pais colocam muito a criança para aprender a nadar, achando que aquilo vai blindá-la de um afogamento. E a criança sabe flutuar, consegue se deslocar numa piscina. Na cabeça dos pais, parece que isso funcionaria em qualquer outro ambiente e não funciona. Então, se você pega uma criança que sabe flutuar, que está confortável na piscina e coloca ela num rio, ela morre afogada. Se coloca na praia, morre afogada. A gente tem que entender que para cada ambiente existe um risco. E você tem que ter competência aquática acima desses riscos para não se tornar um afogado nessa circunstância”, observou.

O verão tropical brasileiro representa, para muitas pessoas, dias de praia e de festas, sendo comum que aconteçam viagens para outras cidades e estados. No entanto, uma consequência do calor elevado, juntamente com aglomerações em ambientes fechados, é a proliferação de vírus e bactérias, e a contaminação das pessoas. 

Para entender mais sobre as doenças comuns do verão, o LeiaJá conversou com Claudilson Bastos, médico infectologista e professor universitário, que explicou os principais quadros de saúde que podem acometer às pessoas durante o verão. 

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Diarreias e gastroenterites infecciosas são alguns dos exemplos dados pelo médico, assim como algumas bactérias comuns nos períodos mais quentes do ano. Os problemas no trato gástrico e intestinal podem ocorrer devido à má conservação dos alimentos, principalmente em lugares onde as temperaturas aumentam vertiginosamente no verão. “O fato de você conservar a comida num lugar não apropriado, como por exemplo, fora da geladeira, exposto”, explicou. 

Outra doença comum nesse período do ano, e até bastante conhecida pela população, é a dengue, ainda uma das arboviroses que mais contamina as pessoas no Brasil. Segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, 2022 registrou um total de 1.450.270 contaminados com a doença em todo o país. Em comparação, foram 174.517 casos de Chikungunya e 9.204 de Zika. 

Para além das arboviroses, Bastos pontuou que as aglomerações durante o verão também podem ser vetor de contaminação de outras doenças, muitas delas possíveis de ser prevenidas por meio da vacinação. “As pessoas que não estão se vacinando, infelizmente, e aí o vírus tem uma vantagem, que é a capacidade de sofrer mutações e variantes. Então, com isso, se você não é vacinado, e se você tem uma aglomeração e por maior tempo, o vírus tem maior oportunidade para ele sofrer mutações, porque passa de uma pessoa para outra”, comentou o médico. 

O especialista em doenças infectocontagiosas ressalta ainda os riscos de problemas na pele, como as micoses. Ele explica que no verão, as academias aumentam o número de pessoas matriculadas, e o uso de máquinas com pouca higienização pode ser porta de entrada para algumas bactérias ou fungos na pele. “Se perdeu um pouco [o costume de] limpar com álcool. Antigamente, até um tempo atrás, as pessoas limpavam. Não sei se em todas as academias, dependendo da academia, [existe material para] limpar, com papel e álcool”, aconselhou. 

Por fim, ele ainda aponta os riscos de doenças de pele na praia ou em banheiros públicos. “É bom relatar que as mulheres têm mais risco de infecção urinária, por exemplo, ao usar banheiros públicos. Elas podem ter contato nos assentos, e isso pode transmitir infecções. As mulheres já são mais propensas a contrair infecções urinárias, pela própria anatomia”, concluiu. 

Para evitar transmissões e infecções, no geral, em especial no verão, o médico indica alguns cuidados básicos, como a manutenção da higiene pessoal, como o hábito de lavar as mãos, evitar aglomerações, e sobre alimentos conservados, observar o que estiver à disposição para comer, além do uso de equipamentos de proteção individual, como a máscara, se for necessário. 

 

Em meio ao calor intenso dos últimos dias, com sensação térmica chegando aos 50°C, como amenizar a temperatura na hora de dormir? A resposta mais óbvia é usar o aparelho ar-condicionado, mas especialistas apontam que a solução pode não ser tão simples.

Para resfriar o ambiente, o ar-condicionado retira a umidade do ar, deixando-o mais seco e facilitando a manifestação de doenças respiratórias. "Aparelhos resfriadores de ambientes reduzem a umidade do ar para diminuir a temperatura. E se expor excessivamente a essas condições pode causar consequências, principalmente respiratórias", diz Danilo S. Talarico, professor do Instituto da Pele de São Paulo.

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O médico recomenda dosar o uso desses aparelhos. "Invista em outras estratégias para reduzir a temperatura do ambiente. Por exemplo, evite a entrada da luminosidade solar, mantenha portas e janelas abertas para favorecer correntes de vento e evite a iluminação artificial quente, dando preferência aos LEDs. Plantas também são grandes aliadas para regular a temperatura do ambiente", orienta.

"Por tornar o ar mais seco, o ar-condicionado muitas vezes causa incômodos no nariz e na garganta. O ar seco faz com que o nariz produza mais secreções. Para tornar o ambiente mais agradável, o ideal é usar também um umidificador, que tornam o ar menos seco", afirma o otorrinolaringologista Fernão Bevilacqua, da Clínica Audioface e do Alfa Instituto de Comunicação e Audição.

A mesma dica é dada por Cintia Guedes, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD): se utilizar o ar-condicionado, é bom ter um umidificador de ar para repor a umidade do ambiente. "A exposição ao ar condicionado por longos períodos também pode causar perda das oleosidades naturais da pele, favorecendo o ressecamento do tecido cutâneo e o surgimento de dermatites", aconselha.

Uma alternativa ao ar-condicionado é colocar bacias com água nos cômodos, diz Bevilacqua. "Mas o essencial mesmo é se hidratar ao longo do dia. Não adianta tomar um litro de água de uma vez e passar o resto do dia sem líquidos", diz.

Dicas para amenizar o calor dentro do quarto

- Espalhe toalhas molhadas e bacias de água pelo ambiente para ajudar a umedecer o ar seco. Mas, toalhas molhadas só devem ser usadas durante o dia - à noite, podem aumentar a presença de ácaros e fungos no quarto

- Use panelas para auxiliar e faça blocos de gelo gigantes. Coloque esses blocos na frente do seu ventilador e ele irá soprar um ar mais fresco até você.

- Coloque garrafas pet com água gelada na frente do ventilador. É importante colocar uma toalha embaixo da bacia ou das garrafas para que, ao esquentar gradativamente, a água não se espalhe pelo ambiente e chegue ao ventilador.

- Impeça que o sol incida sobre o ambiente, para evitar que esquente ainda mais.

- Mantenha portas e janelas abertas, para facilitar a ventilação.

A falta de energia elétrica em partes da cidade de São Paulo já dura mais de 40 horas, e o prazo para o reestabelecimento completo é longo: até terça-feira (7). Segundo a Enel, responsável pelo serviço na capital paulista, cerca de 1 milhão de clientes seguem sem luz, principalmente nas zonas sul e oeste, em função dos estragos causados pelas fortes chuvas. Nesse cenário, as famílias enfrentam diversos transtornos, prejuízos e dúvidas, como o que fazer com os alimentos da geladeira?

O descongelamento inesperado dos itens pode levar não apenas ao desperdício, como também a malefícios à saúde devido a contaminações provocadas pela proliferação de micro-organismos em temperatura ambiente.

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Segundo o Ministério da Saúde, temperaturas entre 5ºC e 60ºC permitem a proliferação de patógenos - abaixo disso, os microorganismos ficam inativos. Já em temperaturas superiores, eles são eliminados com o calor. Abaixo, leia algumas dicas para manter a temperatura da geladeira enquando não há fornecimento de energia elétrica.

Evite abrir

Abrir a geladeira força a perda de temperatura. Portanto, a dica aqui é simples: evite o abre e fecha e tente manter a caixa vedada o maior tempo possível.

O Ministério da Saúde afirma que, com portas fechadas, a temperatura pode ser conservada por até 4 horas na geladeira e até 24 horas no congelador.

Compre blocos de gelo

Para ajudar na conservação da temperatura, uma recomendação do ministério é comprar blocos de gelo. Outra possibilidade é recorrer a isopor e coolers para armazenar os alimentos.

Nesse caso, atente-se para evitar que os blocos de gelo derretam. Prepare-se para repor, se necessário.

"Vale lembrar que, se algum alimento esteve por mais de 2 horas exposto a temperatura acima de 5°C, este deve ser jogado fora", diz o Ministério da Saúde.

Descarte alimentos estragados

Aqui, a regra também é clara: jogue fora todo e qualquer alimento perecível (carne, frango, peixe e ovo) que possa ter ficado mais de duas horas a uma temperatura acima de 5ºC.

Tampouco se deixe levar pelo aspecto ou cheiro dos alimentos - não ter "cara" de mofado não significa que está apto para o consumo.

Capriche no cozimento

Se for consumir algum alimento ou marmita que estava na geladeira durante a falta de energia, atente-se para a exposição de até duas horas em temperatura ambiente - mais que isso, o descarte deve ser feito. Do contrário, o consumo está liberado.

Quando for esquentar o prato, lembre-se de fazê-lo no fogão e caprichar bem no calor, que ajuda a matar os micro-organismos. O microoondas não é o meio mais adequado, visto que o cozimento não é uniforme.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma lesão neurológica que ocorre quando uma veia ou artéria apresenta obstrução, que dificulta a circulação sanguínea, e pode levar à morte se não for tratada com a devida urgência. Lembrado neste domingo (29), o Dia Mundial do AVC foi cunhado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde que se deve ter para evitar a ocorrência. 

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), de janeiro de 2018 até agosto de 2023, cerca de 8,4 mil pessoas vieram a óbito devido a um AVC, uma média aproximada de 1,68 mil mortes por ano. 

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Existem dois tipos de AVC possíveis de acontecer, o isquêmico e o hemorrágico. O AVC do tipo isquêmico, que abrange de 80% a 85% dos casos, acontece quando falta sangue em alguma área do cérebro. O hemorrágico, por sua vez, acontece quando um vaso ou artéria rompe. 

Óbitos por AVC em Pernambuco: 

2018 – 1.533 óbitos 

2019 – 1.858 

2020 – 1.346 

2021 – 1.389 

2022 – 1.453 (dados sujeitos à alteração) 

2023 – 833 (de janeiro a agosto) 

Sintomas sutis exigem atenção

É preciso se manter em alerta quanto aos sintomas de um acidente vascular cerebral, pois podem ser facilmente confundidos com um lapso momentâneo da própria mente, tais como: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, alteração da fala ou da compreensão; alteração na visão, no equilíbrio, na coordenação, no andar; e tontura e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente. 

A lista pode parecer confusa, principalmente porque são sensações que podem acontecer a qualquer momento com qualquer um, mas é mais importante ainda perceber os sintomas quando se somados a fatores de risco que algumas pessoas já podem carregar consigo.  

De acordo com o médico neurologista Fernando Travassos, que atua no Hospital Pelópidas Silveira (HPS), algumas condições de saúde podem acarretar um AVC, se não houver o devido cuidado. "Fatores de risco podem contribuir para o aparecimento de um AVC, como a hipertensão arterial (a principal delas), arritmia cardíaca, diabetes, tabagismo, colesterol alto e obesidade. Por isso, a necessidade de falarmos em prevenção com hábitos de vida saudáveis”, comenta. 

Travassos afirma ainda que é importante conhecer os principais sintomas. “Também é importante que as pessoas saibam reconhecer os sinais para que possam procurar, rapidamente, uma unidade de saúde de urgência em busca de atendimento médico. No AVC cada minuto vale a vida", ressalta o neurologista. 

 

Os casos de hepatite A na cidade de São Paulo apresentam tendência de alta neste ano. Os números da Secretaria Municipal da Saúde mostram que, em 2022, foram registrados 145 casos e, até setembro de 2023, ocorreram 225, com uma morte. Em 2019, foram confirmados 160 casos. Em função da pandemia de Covid-19, os anos de 2020 e 2021 tiveram menos casos: 64 e 61 casos, respectivamente.

Entre 2018 e 2020, o Ministério da Saúde ampliou a imunização em caráter temporário para grupos como gays, homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e pessoas trans, em decorrência do cenário epidemiológico à época. Segundo a prefeitura, com as doses remanescentes, a estratégia continuou até abril de 2023.

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Após a campanha temporária, as doses passaram a ser enviadas para os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), do governo do Estado. "Desta forma, não foi possível seguir com a estratégia anterior", disse o governo municipal.

Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que a oferta a grupos específicos - que envolvem, neste momento, pessoas com hepatites crônicas, fibroses císticas, HIV/Aids e Trissomia - é garantida por meio dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais.

O ministério informou ainda que, em setembro deste ano, foi lançada a 6ª edição do Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. O documento normatiza as diretrizes e os procedimentos relacionados a pessoas com necessidades imunobiológicas especiais, ou seja, mais sensíveis a infecções.

A pasta destaca que a vacina hepatite A inativada (HA) "é altamente eficaz e de baixa reatogenicidade, com taxas de soroconversão de 94% a 100%". "A proteção é de longa duração após a aplicação de duas doses." O imunizante está disponível no calendário básico de vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos, como dose única.

Como acontece a transmissão da hepatite A, o que ela causa e como tratar?

De acordo com o Ministério da Saúde, a hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como hepatite infecciosa. Na maioria dos casos, trata-se de uma doença benigna, mas "o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade".

A transmissão se dá pelo contato de fezes com a boca. A infecção, portanto, tem grande relação com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo. Pessoas que moram na mesma casa, contatos entre pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches, além de contato sexual, especialmente entre homens que fazem sexo com homens, por conta do contato anal, são situações com possível exposição ao vírus.

O ministério informa que não há tratamento específico para hepatite A, mas é importante evitar a automedicação para alívio dos sintomas, pois o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro.

Como prevenir?

O Ministério da Saúde lista algumas medidas de prevenção contra a hepatite A, além da vacinação:

Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário e troca de fraldas e antes do preparo de alimentos);

Lavar os alimentos que serão consumidos crus com água tratada, clorada ou fervida, deixando-os de molho por 30 minutos;

Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;

Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;

Usar instalações sanitárias;

No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;

Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;

Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;

Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.

A vacinação contra hepatite A é feita em duas doses com intervalo de seis meses e, preferencialmente, no primeiro ano de vida. As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas.

Mais pessoas testaram positivo para Covid-19 em agosto, mostra análise do Instituto Todos pela Saúde (ITpS). A taxa de positividade dos testes dobrou em relação a julho, passando de 7% para 15,3%.

No último dia 17, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de contaminação pela nova variante Éris, que já é dominante nos Estados Unidos. De acordo com a pasta, a vacinação em dia continua sendo o principal método de combate ao vírus.

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Segundo o ITpS, os porcentuais mais elevados de positividade são observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). As análises foram feitas baseadas em dados de 1.196.275 diagnósticos moleculares feitos entre 14 de agosto de 2022 e 19 de agosto de 2023 pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin.

Nos Estados analisados, Minas Gerais (21,4%) e Goiás (20,4%) são os que apresentam as maiores taxas de positividade para a doença. Em seguida, estão Distrito Federal (19,5%), Paraná (15,7%), São Paulo (14,1%) e Mato Grosso (13,6%).

"O maior crescimento de resultados positivos no mês de agosto foi observado em Goiás, de 8% para 20%", afirma o instituto.

Em agosto, a nova variante do coronavírus, Éris, foi identificada pela primeira vez no Brasil. O primeiro caso foi confirmado no dia 17, em São Paulo, mas especialistas acreditam que ela já estava circulando no País antes. Por causa do baixo índice de testagem, ela provavelmente só não tinha sido encontrada ainda pelos laboratórios.

Quais os cuidados contra Covid recomendados por autoridades neste momento?

De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, apesar do alerta da OMS sobre a circulação da subvariante, não há indicação para recomendar o uso de máscara para toda a população. Segundo ela, a pasta monitora e avalia as evidências científicas mais atuais em níveis internacionais e o cenário epidemiológico da Covid-19. A recomendação continua sendo que a população mantenha a vacinação em dia.

"No atual contexto, as orientações continuam as mesmas. A vacinação é a melhor medida de combate à Covid-19, com a atualização das doses de reforço para prevenção da doença, sobretudo para os grupos de risco, idosos e crianças. Tomar a dose adicional, preferencialmente as vacinas polivalentes, que o ministério colocou à disposição da população", enfatiza Ethel.

Segundo dados do "vacinometro" do Ministério da Saúde, menos da metade dos brasileiros tomaram dose de reforço da vacina contra Covid-19 até esta quarta-feira, 30 de agosto. Dos cerca de 214 milhões de brasileiros, só 105 milhões compareceram aos postos de saúde para o reforçar a imunização contra a doença.

Em julho, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo emitiu um alerta dizendo que menos de 20% dos adultos que residem na capital tomaram a nova dose bivalente. A pasta promoveu campanhas em terminais do Metrô e da CPTM para tentar aumentar a adesão dos cidadãos.

Desde o fim da emergência, decretada pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. O mesmo vale para pessoas com sintomas gripais.

"Também está disponível gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (Sus) o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo", acrescenta a pasta.

Confira como está funcionando o esquema vacinal contra covid-19 hoje:

- Crianças de 6 meses a 2 anos de idade: esquema básico são 3 aplicações (D1 + D2 + D3);

- Crianças de 3 a 4 anos de idade: esquema básico iniciado com Pfizer Baby são 3 aplicações de Pfizer Baby (D1 + D2 + D3). Esquema básico iniciado com Coronavac são 2 aplicações (D1 + D2). Depois das doses do esquema básico, todas devem tomar uma dose de reforço;

- Crianças de 5 a 11 anos de idade: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço;

- Adolescentes de 12 a 17 anos de idade: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, mais uma dose de reforço;

- Adultos: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço com Pfizer Bivalente;

- Idosos: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de Reforço com Pfizer Bivalente;

- Pessoas imunossuprimidas com 5 anos ou mais: esquema básico são 3 aplicações (D1 + D2 + D3). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço comum para crianças de 5 a 11 anos ou uma dose de reforço com Pfizer Bivalente para pessoas com 12 anos ou mais.

Na gravidez, a pele passa por mudanças e necessita de cuidados em todas as fases, para permanecer saudável. Entretanto, após o nascimento do bebê, o corpo enfrenta outra transformação para a amamentação. No Dia da Gestante, o LeiaJá traz dicas importantes para a futura mãe seguir se cuidando.

Mas como continuar com os cuidados da pele sem prejudicar o bebê? Essa preocupação é justa, pois alguns dermocosméticos, quando aplicados na pele sem a recomendação de um especialista, podem ser absorvidos até pela corrente sanguínea - o que pode trazer problemas à saúde do feto.

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A opção por produtos indicados por dermatologistas permite que a tríade de cuidados, que envolve a higienização, hidratação e fotoproteção siga sendo feita. 

Confira a seguir, três dicas de ações e cuidados rápidos da médica Juliana Santoro, especialista em dermatologia estética. 

Hidrate a pele após o banho: A hidratação, além de ser fundamental para a saúde e a qualidade da pele, previne e reduz o surgimento de estrias. Vale ressaltar que gestantes devem evitar produtos com alta concentração de ureia e ácido salicílico.  

Aplique protetor solar: A gestação é um momento extremamente hormonal, o que pode favorecer o aparecimento do Melasma, então para evitá-lo e proteger a pele da incidência solar, opte por utilizar protetores solares inorgânicos pela manhã e reaplique pelo menos mais duas vezes ao dia.  

Evite produtos à base de Silício Orgânico: Este componente está muito presente em cosméticos capilares pois trata a queda de cabelo, mas se usado durante a gravidez, pode oferecer risco à saúde do bebê.

Com a chegada do período de reprodução dos escorpiões, entre agosto e setembro, é preciso estar atento e adotar algumas medidas para evitar o aparecimento desses aracnídeos em suas residências. A bióloga do Centro de Controle de Zoonoses de Salvador (CCZ), Ana Virgínia Rocha, destacou algumas orientações importantes.  

De acordo com a bióloga, a limpeza adequada dos quintais, jardins e terrenos baldios é essencial para evitar a presença de escorpiões. “É importante não acumular lixo doméstico nem manter restos de materiais de construção ao ar livre. Além disso, é fundamental fechar bem as frestas das portas, janelas e os ralos para impedir a entrada desses animais”, alertou.  

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A bióloga também ressaltou que é necessário examinar as roupas e calçados antes de usá-los, a fim de evitar surpresas desagradáveis. “Se acontecer algum incidente com algum escorpião, deve-se lavar imediatamente o local com água e sabão, se manter calmo e controlado e se dirigir imediatamente para alguma unidade de saúde mais próxima, se possível, levando o animal agressor para identificação”, completou Ana Virgínia.  

A especialista explicou ainda que, em Salvador, existem cerca de oito espécies de escorpiões, sendo que três delas apresentam importância médica, podendo causar danos ao ser humano. Em caso de qualquer ocorrência com escorpiões na residência, a população deve entrar em contato com o Fala Salvador, no número 156, ou com o CCZ pelos números (71) 3202-2261 ou 3202-1269. 

Pernambuco

Em Pernambuco, acidentes com animais peçonhentos podem ser registrados no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Pernambuco (CIATox-PE). O serviço de teleatendimento, pelo 0800.722.6001, funciona 24 horas, todos os dias da semana, incluindo os finais de semana e feriados. A ligação é gratuita.

Com informações da assessoria

Basta uma mudança maior de temperatura que a saúde da pele  começa a ficar ressecada. Os cuidados com a pele devem ser redobrados no outono e no inverno e a rotina de cuidados  deve ser mantida nessa época, ou até intensificada em alguns aspectos. Com a baixa umidade do ar seco aliada à poluição, também é comum os lábios e outras partes do corpo ficarem ressecados. 

“As queixas mais comuns são que a pele ficou mais áspera, ressecada, com descamação e vermelhidão e os pacientes que mais sofrem são aqueles que já possuem algum problema de pele como dermatite atópica, psoríase e acne. Além disso, dois fatores que contribuem diretamente para a saúde da nossa pele são a ingestão de água, que geralmente é menor no tempo frio, e a temperatura do banho, que tende a ser maior piorando o ressecamento”, explicou a dermatologista Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, Dra. Fabiana SeidI. 

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Confira três dicas da dermatologista para a pele não ficar ressecada: 

Regule a temperatura do banho:O principal hábito ruim é tomar banhos demorados e muito quentes. A água em alta temperatura retira a oleosidade e favorece o aparecimento da dermatite seborreica. Esfregar muito a pele corporal com a bucha também agride os tecidos e resseca ainda mais. A temperatura da água do banho deve ficar entre 35º C e 40º C, embaçando só um pouco o espelho. 

Tenha atenção ao skincare facial e corporal: Tenha preferência por sabonetes líquidos mais suaves, e após a limpeza e tonificação, aplique hidratantes com ácido hialurônico e ativos firmadores na pele. Vale lembrar que mesmo no outono-inverno, deve-se utilizar protetor solar diariamente. Já para o corpo, hidratantes corporais. Aplique na pele ainda úmida para potencializar a penetração do produto e dê preferência para casacos e blusas de moletom, de algodão ou flanela para evitar contato direto com a pele e prevenir coceiras e alergias.  

Cuide dos pés: Um erro comum ao cuidar dos pés é lixá-los com intensidade, pois quanto mais agressiva for a esfoliação, maior será o rebote produzido pela pele, então a pele fica ainda mais grossa. A esfoliação natural é a melhor forma para resolver o problema da pele mais grossa. Antes de esfoliar, os pés devem ser absorvidos em uma solução que pode ser de água com uma mistura de óleos e só depois fazer a esfoliação, em movimentos circulares.  

Um estudo feito pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Proteste, apontou que comprimidos de vitamina C de algumas fabricantes farmacêuticas apresentam altos níveis de aditivos e sódio, e a ingestão dessas cápsulas em excesso pode ocasionar formação de cálculos renais, entre outros riscos para saúde.

A pesquisa ainda mostrou que a quantidade média de sódio nesses comprimidos efervescentes é de 243mg, o que corresponde a 12% do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao considerar que a agência mundial recomenda o consumo de até 2 mil mg de sódio por dia, os valores observados representam 12% da ingestão total do nutriente, algo que é bastante expressivo.

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Ao analisar cinco marcas presentes no mercado, o exame constatou que as procentagens de vitaminas, proteínas e minerais mostrados nos rótulos, estavam de acordo com o que foi testado em laboratório, e as empresas cumprem com o que prometem, porém, os valores de sódio e aditivos trazem sérios riscos à saúde de quem ingeri os comprimidos.

Erros também foram identificados nas informações das embalagens. A marca Benegrip, por exemplo, não informa aos consumidores a frequência para se tomar o efervescente. Vitaxin e Vit Care, não incluem a idade indicada na recomendação de uso, e sim em outras seções do rótulo. A BIO-C apesar de informar a presença do edulcorante aspartame – aditivo alimentar que dá sabor doce e que é composto pelo aminoácido fenilalanina –, não inclui o alerta ''Contém fenilalanina'' no rótulo, como orienta a legislação.

Mesmo o micronutriente sendo muito recomendado por especialista devido sua contribuição para o funcionamento do sistema imunológico, esses estudos indicam que é necessário ingeri-lo sob orientação médica.

O relatório afirma que, caso não haja indicação médica para o uso desses comprimidos, basta uma alimentação equilibrada e rica em vitamina C. O micronutriente está presente em frutas como acerola, laranja, goiaba e limão, e também em vegetais como brócolis, couve e espinafre.

Com o aumento dos casos de viroses e síndromes respiratórias e gripais em crianças nessa época do ano, os cuidados dos pais e responsáveis devem ser redobrados para evitar a contaminação. Um exemplo desse crescimento, é o vírus sincicial respiratório (VSR) que esteve presente em 30% dos casos de doenças respiratórias registradas no país entre janeiro e março de 2023. No total, foram mais de 3,3 mil infecções computadas - dessas, 95% atingiram apenas bebês e crianças de 0 a 4 anos.

O vírus conhecido por ser o "vilão" da temporada das estações outono e inverno, aparecia pouco nos meses em que as temperaturas são mais elevadas, mas o comportamento mudou nos últimos anos. Os dados do Ministério da Saúde, coletados e monitorados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostram uma mudança de padrão na circulação do VSR, um vírus bastante perigoso e transmissível. Em 2022, ele foi responsável por infectar 13.542 crianças.

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Atenção para os grupos de risco

Grupos de risco, como bebês, crianças, idosos e portadores de distúrbios cardíacos congênitos ou doenças pulmonares crônicas, podem sofrer com a forma mais grave do vírus. ele pode evoluir e atingir alvéolos, brônquios e pulmões, o que pode ser fatal. Entre os sinais, estão muita tosse, febre alta e, principalmente, dificuldades do paciente em respirar.

Bronquiolite

Em casos graves, o vírus causa bronquiolite, uma inflamação dos bronquíolos, que são pequenas ramificações dos canais que levam ar para os pulmões. Além disso, o VSR ocasiona pneumonias, que são infecções no órgão, devido a penetração de um agente infeccioso. Vale ressaltar, que a pneumonia também pode ser causada por outros vírus, bactérias, fungos e por reações alérgicas. Os principais tipos da doença são os que mais acometem crianças.

Pneumonia

A pneumonia viral normalmente começa como um resfriado, e ao longo dos dias, vai evoluindo. A criança pode ter febre acima de 38,5 graus, persistência da tosse, além de respiração rápida e curta. Já na bacteriana, os sintomas surgem com mais rapidez. Febre alta, acima de 39 graus, respiração curta e ofegante, tosse, são os sintomas mais comuns. A perda de apetite e a falta de energia também são marcas registradas da pneumonia, mas é sinal de alerta o fato de a criança continuar prostrada e inerte mesmo depois de controlada a febre. Com a apresentação desses sintomas, os pais precisam procurar a unidade hospitalar mais próximas da residência.

Covid-19

Outra doença que ainda preocupa, é a Covid-19. Nas crianças, os sintomas do coronavírus que requerem atenção médica com urgência incluem dificuldade para respirar, respiração rápida ou superficial, grunhidos e incapacidade dos recém-nascidos de mamar. Os pequenos também podem apresentar lábios ou rosto azuis, incapacidade de despertar, confusão mental, falta de interação, incapacidade de ingerir líquidos e fortes dores na região do estômago. Os médicos também já registraram relatos de erupções ou outros sintomas cutâneos. Comorbidades, podem agravar os sintomas da doença.

Em entrevista ao LeiaJá, o médico infectologista Nayro Ferreira, falou sobre o aumento das internações devido essas doenças neste primeiro semestre de 2023, e sobre os sintomas. ''O número de casos de gripe por influenza ou vírus sincicial respiratório em crianças tem assustado. Os sintomas são os mais diversos possíveis, desde tosse, febre, coriza, falta de ar, queda do estado geral e bastante espirro'', pontuou.

Tratamento

A equipe médica deve estar sempre atenta aos sintomas ocasionados pelas síndromes gripais e doenças respiratórias, porém os pais têm uma função fundamental na observação do quadro clínico dos menores. ''A equipe médica procede principalmente em crianças menores de três anos de idade, observando a gravidade dos sintomas, a piora do padrão respiratório, a piora do padrão do raio-x. A gente não pode deixar que isso piore, sem que os nossos olhos estejam atentos’’, afirmou o especialista.

 Prevenção

Com as crianças brincando juntas é difícil para os pais, evitar que elas contraiam alguma virose. Mas, com alguns aprendizados adquiridos durante toda a pandemia, é possível reforçar cuidados de higiene para proteger a saúde de toda a família:

 -Lavar bem as frutas e verduras antes do consumo;

-Na ausência de água para lavar as mãos das crianças, leve um frasco de álcool em gel para fazer a higienização;

-Lavar as mãos das crianças com água e sabão antes da alimentação, quando saírem do banheiro ou ao voltarem da rua;

-Não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, garrafas de água e copos;

 -É importante higienizar os brinquedos compartilhados, especialmente na fase em que as crianças costumam levar os objetos à boca;

-Usem máscaras;

-Manter a carteira de vacinação atualizada. A vacinação contra a Covid-19, salva vidas;

-Não permitir o contato das crianças com pessoas que apresentam sintomas gripais;

 

 

 

 

 

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar, nesta sexta-feira (5), que a covid-19 não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a pandemia ainda não acabou e pediu que as pessoas sigam adotando cuidados contra a doença, especialmente a atualização do esquema vacinal. 

"Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou. Tomem as doses de reforço e não deixem de ter o esquema vacinal sempre completo. E o governo federal irá incentivar a saúde, ciência e pesquisa no nosso país. Irá atuar para preservar vidas", escreveu Lula em uma postagem nas redes sociais.

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Na publicação, o presidente lembrou que o Brasil ultrapassou, desde o início da pandemia, a trágica marca dos 700 mil mortos pela covid-19. Ele também criticou a postura do seu antecessor, Jair Bolsonaro, por ter atrasado a compra de vacinas e estimulado o uso de medicamentos ineficazes contra a doença.

"E acredito que ao menos metade das vidas poderiam ter sido salvas se não tivéssemos um governo negacionista. Vidas perdidas pela negação da ciência. Por um governo que não comprou vacinas logo quando foram ofertadas ao país e incentivou o uso de remédios sem comprovação científica", postou.

Há pouco mais de três anos a pandemia da Covid-19 teve início no mundo, e muita coisa mudou na vida de milhares de pessoas. Além das mudanças sociais que vieram com a crise sanitária, diversos relatos mostraram, com o passar do tempo, que quem contraiu a doença ficou com sequelas persistentes, e até mesmo permanentes - consequência que ficou conhecida como Covid longa.

Foi o que aconteceu com Renata Ferreira*, assistente social que mora no Recife. Ela contraiu a doença logo no início da pandemia, em março de 2020. “Desde então percebo que fiquei bem esquecida. Não tenho um diagnóstico fechado sobre isso”, relatou ao LeiaJá. 

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“Quando fui ao médico depois, eles ainda não sabiam exatamente nem tratar a Covid, e nem quais eram as sequelas pós Covid. Mas procurei um neurologista. Ele achava que era esquecimento 'corriqueiro', por mais que eu dissesse que não era, o conhecimento pós-covid era muito pouco”, ela conta.

Ainda no início da pandemia, pouco se sabia sobre a doença e as possíveis sequelas. Como Renata teve Covid ainda nos primeiros meses, não existiam estudos comprovando o que estava sendo apresentado pelos pacientes. “Depois, alguns estudos foram divulgados, e ficou comprovado a confusão mental, esquecimento, queda de cabelo, fadiga”, explica a assistente social.

Muitas pessoas recorreram a profissionais das mais diversas áreas para entender o que poderia ser feito para reverter o quadro. Renata sofre até hoje com lapsos de esquecimento, característica que acarreta uma boa parcela dos pacientes. “O neuro que eu fui me indicou a fazer sudoku, jogar jogo da memória e assistir filmes que eu não gostava, para ativar o outro lado cérebro, com isso melhorei bastante. Mas, não fiquei 100%. 3 anos depois e sinto que minha memória não é a mesma antes da Covid. Sei distinguir o que é corriqueiro, do que não é”, relata.

Cuidados permanentes

Para lidar com as sequelas da Covid-19, médicos recomendam atividades parecidas com as que foram passadas para Renata. Segundo o professor Eduardo Jorge, são diversos os sintomas apresentados pelos pacientes. “A doença tem se revelado uma caixa de surpresas e muitas pessoas apresentam manifestações da COVID longa, como astenia, prejuízo cognitivo, ansiedade, etc.”, explicou o médico pediatra.

O doutor, que representa em Pernambuco a Sociedade Brasileira de Imunizações, recomenda procurar os centros especializados em tratamento pós-Covid. “Os ambulatórios de seguimento pós Covid estão sendo essenciais para este olhar de sequelas das doenças, e precisam urgentemente ser ampliados neste momento que a pandemia foi controlada mas deixou um quantitativo significativo de pessoas que precisam de fisioterapia, acompanhamento psicológico, entre outros”, declarou.

No Recife, um hospital de rede privada possui um ambulatório com essa finalidade, funcionando desde maio do ano passado. Uma equipe de pneumologia atende pacientes com sequelas da Covid. O LeiaJá procurou saber com a Secretaria Estadual de Saúde se existe algum local desse seguimento na rede pública, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.

Riscos ainda existem

Graças às campanhas de vacinação, os números de contaminação da Covid-19 estão bem menores, mas Eduardo Jorge alerta que os riscos ainda existem, e não são tão pequenos assim. “Os riscos de se contaminar pelo vírus da Covid-19 permanecem os mesmos, pois contraímos Covid -19 por meio de contato com pessoas infectadas. O coronavírus ainda circula entre nós. O que mudou, graças especialmente às vacinas,  foi a diminuição de formas graves da doença, e de óbitos. A doença ainda pode ser grave em pessoas idosas e/ou com comorbidades”, alerta o especialista.

“Temos que manter a vacinação contra a Covid-19 atualizada, para evitarmos as formas graves da doença. Outras medidas: evitar contato com pessoas com sintomas respiratórios, evitar aglomerações em ambientes fechados , especialmente e higiene das mãos.  Pessoas de risco para evolução grave da doença devem  ainda ser mais rigorosas nas medidas de proteção e seguir as recomendações de reforços das vacinas indicadas para os grupos específicos”, finaliza o médico.

Em nota, a "Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informa que a assistência aos pacientes com sequelas de covid é direcionada conforme a especialidade envolvida, a depender do tipo da sequela. Por exemplo, a rede estadual de saúde dispõe de neurologistas, que atendem às pessoas com sequelas neurológicas por Covid-19, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e no Hospital da Restauração (HR). São oferecidos, ainda, serviços de pneumologia aos pacientes com sequela causada pelo novo coronavírus, no Hospital Otávio de Freitas (HOF).  Por fim, a SES-PE reforça que mantém a assistência necessária aos pacientes com diferentes sequelas de Covid-19".

*O nome foi alterado a pedido da entrevistada para preservar sua identidade.

 

A hidratação da pele é fundamental nessa época do ano até o inverno. No outono, com temperaturas mais amenas, ou mesmo bem frias em algumas cidades do país, é preciso alguns cuidados para evitar o ressecamento da pele e eles podem ser tomados na rotina em casa. A partir da avaliação de um dermatologista, podem ser indicados para face produtos que melhoram a hidratação, já que a pele tende a ficar ressecada e sensível quando estamos expostos a temperaturas mais baixas.  

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“O frio leva a uma diminuição da transpiração corporal e, principalmente quando associado a uma baixa umidade, pode levar ao ressecamento excessivo da pele, aumentando a sensibilidade e diminuição da sua capacidade de regeneração e da efetividade da sua função de barreira”, explicou o Dr. Franklin Veríssimo que atua com medicina estética em Fortaleza (CE). “A hidratação vigorosa, tópica e oral, é sem dúvidas, a melhor maneira de diminuir os danos causados pelo frio”, acrescentou.  

A dermatologista que é Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, a Dra. Fabiana SeidI, reforçou a importância da hidratação e deu dicas para essa época do ano. “A melhor dica no pós-banho é a hidratação. Nesse momento, a pele úmida absorve mais o hidratante e assim podemos ver os melhores benefícios. Pode optar pelo uso de óleo ou hidratante corporal. Durante o banho, realize uma vez na semana uma esfoliação corporal. Uma receita caseira é misturar ½ xícara de óleo de coco e 1 xícara de açúcar cristal. Misture e aplique no corpo em movimentos circulares. Depois enxague”, aconselhou SeidI. 

 

O mês de março começou com chuvas fortes em todo o Brasil, de acordo com a previsão do tempo divulgada pela Climatempo. Na região Norte, as elevadas temperaturas favorecem a formação de nuvens de temporais, como é o caso da cidade de Belém. O Instituto Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou que a capital paraense está em alerta amarelo.

Moradores da Região Metropolitana temem os problemas que a chuva pode causar aos veículos. Quem trabalha em transportes precisa ter cuidados para evitar acidentes de trânsito ou os danos ao veículo.

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Para se prevenir de problemas mecânicos durante o período chuvoso, o especialista em mecânica Igor Lucas destaca a importância de manter a revisão do veículo em dia. “Se alguém for realizar viagens durante esse período, é importante fazer essas avaliações para evitar transtornos”, disse. 

Segundo Lucas, é preciso verificar a questão do alinhamento, balanceamento e também o sistema de arrefecimento, o qual tem a função de resfriar o motor. Além disso, é importante a revisão de óleo e filtros, para manter um bom funcionamento do motor do carro.

“A questão do motor é muito importante para evitar a dor de cabeça da quebra dessa máquina, além de outras peças que compõem esse sistema. Os para-brisas também devem receber manutenção, para manter uma vida útil boa”, sugeriu Lucas. 

Manter os pneus de veículos em bom estado é um cuidado redobrado que todo condutor deve ter durante toda a vida útil do veículo. “Em tempos de chuva, é sempre bom ter os pneus novos; quanto menos borracha, menos terá aderência com o contato com o solo molhado”, acrescentou Igor Lucas 

“Todo pneu sai de fábrica com TWI, que é o limite de segurança de cada pneu. Ele vem lá do fundo do sulco mínimo do pneu e é muito importante verificar para ver se não está bem perto da base, pois se estiver nesse estado, é a hora certa para trocar”, explicou o mecânico. 

Outro alerta é não estacionar veículos embaixo de árvores, pois os ocupantes podem estar em risco caso ocorra queda de galhos ou mesmo do próprio vegetal. Ao deparar com uma enchente, a ação mais segura é esperar o escoamento da água ou dar meia volta com seu veículo para seguir por outro caminho.

“Hoje nós sabemos que não é mais obrigatório, mas é superimportante andar com seu extintor de incêndio. Além disso, reforço que sempre devem usar o cinto de segurança, colocar crianças nos assentos especiais, nas cadeirinhas, pois além dos transtornos causados pela chuva, você também quer evitar multas”, finalizou o mecânico. 

Por Vitória Reimão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Apesar de existirem leis que regulamentam como crime maltratar animais, como a LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 e a LEI Nº 14.064, DE 29 DE SETEMBRO DE 2020, que preveem pena de reclusão de 2 a 5 anos para os casos de maus-tratos, no Brasil, assim como em vários países subdesenvolvidos, a situação dos animais beira o descaso, abandono, extremos de negligência e até mesmo violência.

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O poder público, que deveria proteger, não dá conta e muitos animais acabam nas ruas dependendo da ação de voluntários que alimentam, resgatam, cuidam de mazelas, reabilitando e colocando-os para adoção, com o objetivo de encontrarem lares onde sejam amados e respeitados. É o trabalho que a bacharel em Direito Raquel Viana, 49 anos, desenvolve no Abrigo Au Family, localizado no distrito de Outeiro, na Região Metropolitana de Belém.

“O abrigo, além de cuidar dos animais em situação de rua e vítimas de maus-tratos, presta atendimento veterinário gratuito, na medida do possível, para os animais da comunidade que ficam ao entorno da nossa sede. Promovemos feiras de adoção, palestras de conscientização sobre a situação do abandono dos animais e algumas atividades envolvendo a comunidade”, explica.

O espaço mantido somente com doações de pessoas que se sensibilizam com a causa, através de campanhas nas redes sociais, venda de rifas e eventos que o grupo promove, abriga atualmente mais de mil animais. Mesmo com a sua capacidade no limite, acaba sempre precisando abrir exceções para resgatar animais abandonados em sua porta. Os abandonos são diários.

“O poder público deveria agir atuando nas questões de políticas públicas, levando informações às pessoas a respeito das leis de combate ao crime de abandonos e maus-tratos, promovendo castração em massa para animais tanto em situação de ruas como para animais de pessoas de baixa renda e incentivar a adoção. Além disso, à população a gente pede que pare de abandonar, que busque no poder público a castração dos seus animais, só assim conseguiremos vencer esse problema de abandonos de animais diariamente”, desabafa a protetora. 

Raquel atua na proteção de animais há cerca 30 anos e relata que em todo esse tempo já viu as mais diversas situações de maus-tratos a cães, gatos e até a cavalos que já resgatou. Todos os animais que chegaram até o grupo foram reabilitados e disponibilizados para adoção, com exceção daqueles que estavam em estado muito grave e não resistiram.

 Assim como Raquel, a protetora Deyse Mendes, 53 anos, que mora um pouco mais distante da capital paraense, em Marabá, relata o fato de no interior do estado ainda existir um agravante: a leishmaniose é uma doença muito presente na região e, assim como assola seres humanos, atinge bastante os animais em situação de rua.

O grupo que Deyse coordena, Patinhas de Rua Marabá, foi fundado com o objetivo de ajudar animais que se encontram em situação de rua e maus-tratos, não possui abrigo e cuida dos seus resgatados em lares temporários. A protetora lembra que seu trabalho na causa animal se iniciou em 2016, na luta contra a leishmaniose.

“A minha atuação eu comecei com campanhas contra a leishmaniose aqui em Marabá. O índice ainda é muito grande. Pra você ter uma ideia, de cada dez animais que a gente resgata, por exemplo, oito têm leishmaniose. Então é um índice muito alto e não existe uma campanha educativa para combater o vetor. Tem para a dengue, mas o mosquito palha (vetor da leishmaniose) existe e não tem nenhuma campanha de conscientização”, ressalta.

O grupo procurou se unir com o Centro de Zoonoses do município. Com base na informação de onde estão as áreas com maior incidência da doença, organiza campanhas de conscientização da população e tutores de animais.

“Agora nós estamos abrindo um projeto piloto, que são os mutirões de castração. O centro de controle de zoonoses tem um agendamento mensal, mas nós vamos aos bairros, com o projeto ‘Veterinários no Bairro’, para justamente a gente tentar diminuir um pouco essas ninhadas indesejadas. Aquele tutor que é consciente e que participa do projeto tem toda a orientação sobre posse responsável, a questão dos maus-tratos e todas as orientações. Assim, se ele vê um vizinho fazendo algo errado, ele vai ter a consciência de orientar, mostrar que está errado”, explica a coordenadora do projeto.

Animais encalhados

A bióloga Renata Emim, presidente do Instituto, conta que existe uma carência de políticas públicas voltadas para esses animais e principalmente de espaços adequados para a reabilitação. “Atualmente não tem nenhum local, por exemplo, na Grande Belém para receber filhotes de peixe-boi quando eles encalham. O único lugar apto a receber esses animais no estado todo fica em Santarém, em uma universidade privada, então a gente tem uma carência de uma política pública direcionada para uma das espécies de mamíferos aquáticos mais ameaçados que temos no Brasil, que é o peixe-boi”, desabafa. 

Outra situação que a bióloga relata é que muitas vezes o instituto atua e tem dado apoio aos eventos de encalhes de animais vivos principalmente quando é solicitado pelas secretárias municipais de meio ambiente, que na maioria das vezes não sabem o que fazer com os animais, não têm orientações claras. O projeto auxilia com informações técnicas, mas falta estrutura.

“Um filhote de peixe-boi, quando é resgatado, quando a gente não consegue fazer uma soltura imediata, precisa de dois anos para completar o seu processo de reabilitação e poder se reintegrado novamente à natureza. E nesse período a gente não tem o que fazer. Muitas das vezes precisamos enviar os animais para outros estados, como o Amazonas, ou para Santarém”, destaca.

O recado que todas as três coordenadoras deixam, neste Dia Nacional dos Animais (14 de março), é que existem muitos desafios. Para elas, somente a união da sociedade com um poder público realmente atuante muda essa realidade.

Por Monique Leão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

O Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) preparou uma cartilha com orientações para uso seguro das redes sociais. A publicação foi disponibilizada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ao qual o centro está vinculado. Para acessá-la, clique aqui.

A publicação foi lançada em comemoração ao Dia da Internet Segura (7 de fevereiro), com o apoio do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e da Safernet Brasil. O fascículo Redes Sociais faz parte da Cartilha de Segurança para Internet do CERT.br, e está dividido em duas partes: Cuidados essenciais nas redes sociais e Cuidados com sua reputação online. 

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Segundo o NIC.br, a primeira parte é uma reflexão que deve ser adotada antes de se publicar um conteúdo e compartilhar de informações, apresentando algumas configurações de segurança e privacidade.  A segunda parte apresenta dicas para a proteção de um futuro profissional. Aborda questões sobre respeito à privacidade alheia e mostra exemplos de “conteúdo indevido que não deve ser ‘curtido’ ou compartilhado”. 

“As redes sociais se tornaram mais do que um meio de interação e entretenimento. Ao se manifestarem nesses locais, os usuários deixam rastros digitais que ajudam a moldar sua reputação online. O que ela curte ou compartilha diz muito sobre a pessoa. Por isso, o fascículo fornece instruções sobre como evitar prejuízos e se proteger”, destaca a gerente do CERT.br, Cristine Hoepers. Ela acrescenta que a publicação dá instruções sobre como proteger as contas em redes sociais, que são muito visadas por pessoas de má-fé.

“Depois de invadi-las, eles se aproveitam da confiança entre os usuários e da velocidade com que as informações se propagam para disseminar malware [qualquer tipo de software de computador com intenção maliciosa] e aplicar golpes na rede de contatos da vítima”.

Veja algumas das orientações apresentadas no fascículo Redes Sociais da cartilha:  Pense bem antes de postar:

Nas redes sociais, as informações se propagam rapidamente e, depois que algo é divulgado, dificilmente pode ser apagado ou controlado. Lembre-se: uma vez postado, sempre postado;

Seja seletivo ao aceitar seguidores: Quanto maior sua rede, maior a exposição de seus dados, postagens e lista de contatos. Isso aumenta o risco de abuso dessas informações.

Configure sua conta como privada, quando possível, e verifique a identidade da pessoa antes de aceitá-la em sua rede;

Proteja o acesso à sua conta: Crie senhas fortes e ative a verificação em duas etapas; ative alertas e notificações de tentativas de acesso em suas contas, redobrando a atenção com contas que dão acesso a outras; se alguma conta sua foi invadida: troque a senha e siga os procedimentos para recuperação do acesso, se necessário;

Cuidado com aplicativos de terceiros: Apps de jogos, testes de personalidade e edição de imagens podem capturar suas informações pessoais, fotos, histórico de navegação e lista de contatos para usos diversos e abusivos. Pense bem antes de dar acessos e leia os termos de uso e privacidade;

Ajuste as configurações de segurança e privacidade das plataformas: Elas ajudam a definir quais informações são compartilhadas sobre você e como seus dados são tratados.

Configure suas redes sociais de forma que se sinta confortável, procurando o equilíbrio entre exposição, segurança e privacidade; Cuidado com o que curte ou compartilha: Suas interações sociais, como curtidas e compartilhamentos, dizem muito sobre você, pois demonstram seu apoio àquele conteúdo. Se o conteúdo for indevido, isso pode gerar consequências, inclusive judiciais;

Respeite a privacidade alheia: Evite falar sobre as ações, hábitos e rotina de outras pessoas; pense como elas se sentiriam se aquilo se tornasse público. Peça também autorização antes de postar imagens em que outros apareçam ou de compartilhar postagens alheias.

As famílias de hoje são multiespécies, termo que designa laços não apenas baseado em parentesco, mas no afeto – e os animais estão inclusos nessa. Segundo dados do IBGE, quase 48 milhões de domicílios no país têm cães ou gatos.  E na estação mais quente do ano, quando muita gente aproveita para fazer algumas viagens, os tutores acabam levando consigo seu pet como companhia.

Em 2021, foram transportados 121.309 pets nas cabines e nos compartimentos de cargas dos aviões “com temperatura controlada”, de acordo com a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). Para que ocorra tudo bem e em segurança com seu animal de estimação durante a viagem, confira a seguir algumas providências fundamentais antes mesmo de viajar.

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De acordo com regras divulgadas pela Latam Airlines, para que haja transporte aéreo nacional do animal, é necessário que o pet tenha: bom estado de saúde; bom comportamento; pelo menos oito semanas de vida; atestado médico emitido por um veterinário até dez dias ante do voo e carteira de vacinação com vacina antirrábica tomada há 30 dias antes do embarque. 

Conforme o site da Prefeitura do Estado de São Paulo, existem outras recomendações para os tutores, que são: manter a plaqueta de identificação do pet; utilizar caixa transportadora adequada; saber quais as regras do meio do transporte e planejar as paradas, caso o meio de locomoção seja carro ou ônibus, para que o animal e o seu dono possam fazer suas necessidades.

Caso o pet tenha uma cinetose (doença causada pela movimentação durante viagens) na viagem dentro da capital, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) oferece consultas, cirurgias, exames laboratoriais e internação para os animais de estimação da população por meio de quatro hospitais veterinários públicos, nas zonas leste, norte, sul e oeste. 

Janeiro é um mês em que unidades médicas especializadas em queimados costumam observar um aumento da demanda. Um dos motivos são os fogos de artifício bastante utilizados nas festividades de ano novo. O mesmo ocorre no São João ou em períodos de Copa do Mundo. Imprudência e manuseio incorreto são alguns dos comportamentos de risco. A Agência Brasil conversou com especialistas que explicam os cuidados necessários. 

O médico André Toshiaki Nishimura, coordenador do Centro de Tratamento de Queimados da prefeitura de São Paulo, orienta que quem for manusear fogos de artifício não deve consumir bebida alcoólica.

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“Às vezes, quando os fogos não funcionam, a pessoa vai lá e tenta abrir o dispositivo, mexe na pólvora e vai acabar se queimando. Eu acredito que a maior parte [dos acidentes] é de imprudência e de geralmente misturar [consumo de] álcool com fogos”, acrescenta. 

De janeiro a novembro deste ano, o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Municipal Doutor Cármino Caricchio – Tatuapé, que é referência na capital paulista, atendeu 6.692 pacientes queimados. Desse total, 3.073 apresentavam queimaduras por líquidos escaldantes, 661 por contato com fogo e tempo excessivo de exposição ao sol sem proteção e 317 por eletricidade. Em 2021, a unidade de atendimento aos queimados do hospital municipal recebeu 7.911 pessoas. 

Cuidado na compra

O sargento Alan Azevedo, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, destaca que os cuidados com os fogos de artifícios devem começar no momento da aquisição do produto. “[O consumidor] deve procurar saber se ele é certificado pelo Exército Brasileiro, se tem uma fiscalização naquele local, se tem um alvará de funcionamento naquele estabelecimento aprovado pelo Corpo de Bombeiros e outros órgãos principais”, orienta.

Segundo o sargento, a certificação deve constar nas embalagens.  Ler e seguir as orientações do rótulo é fundamental. Além disso, não se deve, em hipótese alguma, reacender o artefato, que, por algum motivo, não tenha funcionado.

“Se esse material não for iniciado, deve-se descartar aquele fogo de artifício ali, justamente para não chegar próximo ao local e esse fogo de artifício acabar tendo reignição e causar algum tipo de acidente”, aponta. Ele acrescenta que não se deve acender o produto em local fechado, nem perto de rede de alta tensão e é preciso estar longe do público.  Azevedo chama a atenção também para o manuseio dos fogos com o material de suporte que acompanha o produto. “Não soltar na própria mão, que a pessoa utilize a base que vem dentro da embalagem”, pontua. Além disso, o material só pode ser manuseado por maiores de idade. “Criança somente aquelas bombinhas, tipo estalinho, que não tem risco”, indica.

Primeiros socorros

Em caso de acidentes, Nishimura aponta que uma ação emergencial possível, em caso de queimadura, é o resfriamento da área. “[Isso] diminui a profundidade da queimadura. Lavar a região é importante, isso é fundamental. Lavar com água corrente”, explica o médico. Azevedo lembra ainda que médicos ou enfermeiros que estejam no local podem ser acionados para os primeiros procedimentos antes da chegada ao hospital ou da ambulância.

Nos casos em que há amputação de algum membro, o sargento Alan Azevedo explica que é fundamental estancar o sangramento e encaminhar a pessoa ao hospital, ou ainda ligar para o 193. “Pega um pano limpo, coloca sobre o local de ferimento e faça uma pequena pressão de forma a estancar o sangramento”, orienta.

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