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A estimativa do número de desaparecidos após o forte terremoto que abalou o centro do Japão em 1º de janeiro triplicou nesta segunda-feira (8) e passa de 300, um balanço ainda provisório que, até momento, confirmou a morte de 168 pessoas.

Uma semana após o terremoto de magnitude 7,5, que também deixou 565 feridos, 323 pessoas estão desaparecidas, de acordo com um novo relatório das autoridades locais publicado nesta segunda-feira.

A maioria das pessoas, das quais não se tem notícias, é da cidade de Wajima, uma das mais afetadas pela catástrofe, na península de Noto, às margens do Mar do Japão. A cidade também foi palco de graves incêndios em decorrência do sismo.

Seguido por centenas de tremores secundários, o terremoto causou milhares de deslizamentos de terra e o desabamento de edifícios e estradas em toda a região. Também desencadeou um tsunami com ondas de mais de um metro de altura na costa da península de Noto, uma estreita faixa de terra com cerca de 100 quilômetros de extensão.

O tremor foi sentido até Tóquio, a 300 km de distância.

Milhares de equipes de resgate chegaram de diferentes pontos do país para apoiar os esforços de socorro e continuam as buscas nos escombros à procura de corpos.

Na segunda-feira, tiveram de lidar com a queda de neve na península de Noto, que depositou camadas de mais de 10 cm em alguns locais, e com temperaturas que não ultrapassaram os 4°C.

Teme-se a ocorrência de novos deslizamentos de terra, devido às chuvas, e espera-se que as condições de gelo compliquem ainda mais o tráfego nas estradas danificadas pelo terremoto, advertiram as autoridades.

Os serviços de resgate também continuam seus esforços para chegar a mais de 2.000 pessoas, algumas das quais se encontram em estado crítico, isoladas por estradas afetadas pelo terremoto, e para lhes entregar comida e equipamento.

O governador da província de Ishikawa, Hiroshi Hase, sublinhou no canal de televisão público NHK que é necessário "evitar a todo o custo mortes" entre os deslocados pelo desastre.

Cerca de 29.000 pessoas permaneciam abrigadas no domingo em 404 instalações oferecidas pelo governo.

- Situação crítica de saúde -

"Levar o mínimo de ajuda humanitária às pessoas para que possam sobreviver é um desafio", explicou Hisayoshi Kondo, chefe de uma equipe de assistência médica enviada para a zona, em entrevista ao canal de televisão Asahi, acrescentando que, "nas zonas isoladas, o abastecimento de água e de alimentos continua insuficiente".

Pelo menos 18.000 casas na região de Ishikawa seguiam sem eletricidade nesta segunda-feira, e mais de 66.100 não tinham água no domingo. E, de acordo com a imprensa local, das 29.000 vítimas instaladas em abrigos governamentais, muitas não tinham água, eletricidade e aquecimento suficientes.

"Quero melhorar as más condições nos abrigos", disse Hase à NHK.

"A primeira prioridade tem sido resgatar as pessoas que estão sob os escombros e chegar às comunidades isoladas", declarou o primeiro-ministro Fumio Kishida em uma entrevista ao mesmo canal no domingo.

O Exército enviou pequenos grupos de tropas a pé para cada uma das comunidades isoladas, relatou.

O governo também "mobilizou vários helicópteros da polícia e dos bombeiros (…) para acessá-las do céu", acrescentou Kishida.

O Japão registra centenas de terremotos todos os anos, e a maioria não causa danos, em função dos rígidos códigos de construção em vigor há mais de quatro décadas. Muitas das construções do país são, no entanto, antigas, especialmente em comunidades de zonas rurais como Noto.

O Japão ainda guarda a memória do devastador terremoto de 2011 que desencadeou um tsunami, deixou cerca de 18.500 mortos, ou desaparecidos, e causou uma catástrofe nuclear na central de Fukushima.

As equipes de emergência da Indonésia encontraram nesta terça-feira os corpos de duas vítimas da erupção de um vulcão no oeste do país, o que eleva o balanço para 13 mortes, e prosseguem com as buscas por 10 desaparecidos.

Os corpos dos alpinistas mortos foram encontrados perto da cratera do Monte Marapi, na ilha de Sumatra, que em sua erupção de domingo provocou uma coluna de fumaça de 3.000 metros de altura.

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O número de mortos subiu nesta terça-feira para 13, depois que outros dois corpos foram encontrados, informou Abdul Malik, diretor da Agência de Busca e Resgate de Padang.

"O balanço de mortos subiu para 13. Continuamos procurando os 10 alpinistas desaparecidos", anunciou Malik.

"Enviaremos quase 200 pessoas, além daquelas que já estão no local. Até o momento conseguimos descer com cinco corpos", declarou à AFP Hendri, diretor de operações da agência.

"O vulcão permanece em erupção", informou Hendri, que utiliza apenas um nome, assim como milhões de indonésios.

As equipes de resgate também encontraram sobreviventes, que foram resgatados da montanha em uma operação complexa, dificultada por novas erupções.

Ahmad Rifandi, diretor do posto de monitoramento de Marapi, disse à AFP que observou cinco erupções entre 0h00 e 8h00 (horário local).

"Marapi continua muito ativo. Não podemos observar a altura da coluna porque está coberta por uma nuvem", disse.

O diretor da agência de vulcanologia da Indonésia, Hendra Gunawan, afirmou que desde 2011 o Marapi estava no nível de alerta dois (de uma escala que vai até quatro) e que foi imposta uma zona de exclusão de três quilômetros ao redor da cratera.

Ele pareceu culpar os alpinistas por terem se aproximado da cratera, ao destacar que a agência recomenda que as pessoas não visitem a área e que os "impactos graves" para as vítimas aconteceram em um raio de 1 a 1,5 quilômetro da cratera.

As autoridades afirmaram que os alpinistas fizeram registros em um serviço de internet, mas que alguns utilizaram rotas ilegais.

Os parentes aguardam por notícias em um centro de informações na base da montanha.

"Vou permanecer aqui até receber notícias", afirmou Dasman, pai do alpinista desaparecido Zakir Habibi, que viajou duas horas de Padang para tentar encontrar o filho.

Um total de 75 alpinistas estavam registrados para caminhar na montanha a partir de sábado. Alguns sobreviventes sofreram queimaduras ou fraturas.

As equipes de emergência informaram que as buscas devem continuar por sete dias.

Os falecidos sofreram queimaduras graves. Os legistas se preparam para identificá-los pelas arcadas dentárias ou por impressões digitais, ou com base em marcas nos corpos, explicou Eka Purnamasari, da unidade médica da polícia de Sumatra Ocidental.

O Marapi, que significa "montanha de fogo", é o vulcão mais ativo de Sumatra.

A Indonésia fica na região conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, área de encontro de placas tectônicas e de grande atividade vulcânica e sísmica.

O país tem quase 130 vulcões ativos.

A colisão entre dois cargueiros no Mar do Norte nesta terça-feira (24) deixou um morto e quatro desaparecidos entre os tripulantes do navio, que afundou, conforme novo balanço provisório dos serviços de resgate alemães.

"A bordo do navio naufragado, o 'Verity', havia sete pessoas. Quatro continuam desaparecidas, e duas foram resgatadas. Uma delas foi encontrada morta", disse o porta-voz dos serviços marítimos alemães, Christian Stipeldey, em entrevista coletiva.

A colisão aconteceu às 5h00 locais (00h00 de Brasília), a 22 quilômetros ao sudoeste de da ilha alemã de Helgoland.

A tripulação do menor cargueiro, o "Verity", com 91 metros de comprimento e 14 metros de largura, tinha sete pessoas, informou uma porta-voz do Serviço de Resgate (DGzRS).

O navio de bandeira britânica viajava de Bremen (Alemanha) para Immingham (Reino Unido).

"Uma pessoa foi resgatada e está recebendo atendimento médico. Seis continuam desaparecidas", afirmaram as equipes de resgate marítimo de Cuxhaven, cidade portuária do noroeste da Alemanha.

O segundo cargueiro, de 190 metros de comprimento e 29 de largura, o "Polesie" - com bandeira das Bahamas -, viajava entre Hamburgo, na Alemanha, e La Coruña, na Espanha.

Até o momento não foram divulgadas as mercadorias que eram transportadas nem as causas da colisão.

Várias embarcações de resgate participam das operações de salvamento, assim como um helicóptero das Forças Armadas.

O "Polesie", com 22 pessoas a bordo, ainda está navegando, segundo um comunicado.

O cruzeiro "Iona", que pertence ao grupo P&O Cruises, com sede na Grã-Bretanha, está na região e apoia as buscas.

"A bordo do 'Iona', as pessoas também podem receber atendimento médico", acrescentam os serviços de emergência.

A zona marítima do acidente é varrida por ventos que sopram com velocidade 6 na escala Beaufort, em um mar com ondas de três metros de altura.

Dezenas de cidadãos estrangeiros foram assassinados, feridos ou tomados como reféns desde a ofensiva lançada pelo grupo islâmico palestino Hamas contra Israel que deixou pelo menos 700 israelenses mortos, incluindo vários latino-americanos e espanhóis.

Vários deles participaram de uma festa "rave" no deserto perto da fronteira com a Faixa de Gaza, onde pelo menos 250 pessoas morreram.

A seguir, o balanço divulgado até agora.

- Brasil: três desaparecidos -

No último domingo, o Itamaraty informou que há "três brasileiros desaparecidos" e um "ferido". Ainda de acordo com o órgão, o brasileiro ferido já havia recebido alta do hospital e passava bem.

- Tailândia: 12 mortos -

Pelo menos 12 tailandeses morreram no território israelense, oito ficaram feridos e onze foram sequestrados, segundo o ministério das Relações Exteriores.

Em Israel, residem cerca de 30.000 tailandeses que trabalham sobretudo na agricultura.

- Nepal: dez mortos -

O Nepal relatou que dez cidadãos foram assassinados na ofensiva, segundo o embaixador em Tel Aviv.

Outros quatro nepaleses estão hospitalizados em Israel e a embaixada informou que um quinto cidadão do país asiático está desaparecido.

- Estados Unidos: nove mortos -

Os Estados Unidos confirmaram a morte de nove americanos e um porta-voz do Departamento de Estado indicou que há vários desaparecidos.

O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Herzog, afirmou no domingo que escutou que há americanos entre os reféns, mas que não tinha mais detalhes.

- Ucrânia: dois mortos -

Duas mulheres ucranianas que viviam há anos em Israel morreram, informou o ministério das Relações Exteriores de Kiev.

- França: dois mortos -

Dois franceses foram assassinados no ataque, segundo o ministério das Relações Exteriores.

O deputado francês Meyer Habib, que representa no Parlamento os seus compatriotas residentes em Israel e outros países mediterrâneos, informou que pelo menos oito franceses estariam desaparecidos, mortos ou tomados como reféns pelo Hamas.

- Reino Unido: um morto -

Nathanel Young, 20 anos, que estava servindo ao Exército israelense, foi assassinado durante o ataque, anunciou sua família no Facebook no domingo.

Outra cidadã britânica, de 26 anos, está desaparecida, informou o embaixador israelense no Reino Unido.

- Camboja: um morto -

O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, confirmou a morte de um estudante do país que se encontrava em Israel.

- Canadá: um morto, segundo relatos -

O governo canadense indicou no domingo que está tentando comprovar a morte de um canadense e o desaparecimento de outros dois cidadãos.

- Argentina: um morto -

Entre os mortos há um argentino, identificado como Rodolfo Fabián Skariszewski, que morava em Moshav Ohad, confirmou um porta-voz da chancelaria argentina à AFP.

- Alemanha: vários reféns -

Vários cidadãos alemães, que também tinham nacionalidade israelense, foram sequestrados, declarou o ministério das Relações Exteriores no domingo.

- México: dois reféns -

A chanceler mexicana, Alicia Bárcena, informou que há dois mexicanos sequestrados em Israel.

- Espanha: dois desaparecidos -

Há dois espanhóis "afetados" pelo ataque do Hamas, anunciou na televisão pública TVE o ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, que não deu detalhes sobre eles, sem revelar se morreram, foram sequestrados ou estão desaparecidos.

- Paraguai: dois desaparecidos -

O ministério das Relações Exteriores do Paraguai informou no domingo sobre o desaparecimento de dois cidadãos paraguaios residentes em Israel.

O jornal La Nación de Assunção publicou no domingo em seu site que "o paraguaio David Schvartzman e sua esposa morreram nos ataques em Israel".

- Colômbia: dois desaparecidos -

O embaixador de Israel na Colômbia indicou que dois cidadãos estão desaparecidos após terem sido sequestrados.

A chancelaria informou que recebeu "algumas solicitações de assistência para localizar dois nacionais do país, que no momento do ocorrido se encontravam em um festival perto da fronteira entre Gaza e Israel".

- Panamá: uma desaparecida -

O governo do Panamá informou que a cidadã panamenha Daryelis Denises Sáez Batista "se encontra entre os desaparecidos após a incursão do grupo palestino Hamas" em Israel.

- Irlanda: uma desaparecida -

Uma irlandesa, de 22 anos, que também tem nacionalidade israelense, está desaparecida.

Três brasileiros continuam desaparecidos após ataques terroristas do Hamas a Israel, segundo o Ministério das Relações Exteriores informou neste domingo (8). São duas mulheres e um homem, todos jovens, que participavam de um festival de música eletrônica no distrito sul israelense. Autoridades do governo federal já sabem que cerca de 260 corpos foram encontrados no local.

Um quarto brasileiro, ferido durante a invasão de radicais islâmicos à mesma festa rave, recebeu alta hospitalar e passa bem.

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Trata-se de Rafael Zimerman. Ele já foi ouvido por autoridades brasileiras e investigadores de Israel.

Segundo relatou, uma granada teria sido lançada pelos militantes extremistas do Hamas no bunker onde havia se refugiado.

Zimerman foi encontrado desacordado e com vida. Os socorristas o levaram ao hospital em Soroka e depois o transferiram para Haifa.

Os quatro brasileiros tinha dupla nacionalidade, frequentavam a mesma rave em que o pai de Alok tocaria. Alguns eram conhecidos entre si.

Segundo relatos de participantes da festa, quando amanhecia e os foguetes do Hamas disparados de Gaza atingiam Israel, parte das pessoas se dispersou rapidamente, enquanto outros preferiram esperar uma brecha no bombardeio aéreo para se deslocar.

No entanto, os terroristas palestinos também invadiram por terra e por ar o território israelense, chegaram até a área do festival Tribe of Nova Edição Universo Paralello, a cerca de 20 quilômetros da Faixa de Gaza. Lá, abriram fogo indiscriminadamente. Zimerman desencontrou-se dos demais durante a fuga.

Até o momento, ainda segue desconhecido o paradeiro de Bruna Valeani, Ranani Glazer e Karla Stelzer.

Bruna e Karla ainda fizeram comunicações com familiares e amigos, na manhã de sábado (7), mas depois não foram mais localizadas por telefone.

Muito abalados, familiares dos três foram orientados a comparecer a delegacias de polícia para colher amostras de DNA, por causa da quantidade de vítimas encontradas na área da festa.

Desaparecidos

- Bruna Valeani: Fez contato com a família por telefone pela última vez no sábado, às 9 horas;

- Ranani Glazer: Amigo de Rafael Zimerman, estavam juntos na festa, mas se separaram durante a fuga;

- Karla Stelzer: Fez o último contato com amigos às 8h11 de sábado, quando o ataque do Hamas já havia começado.

Ferido

- Rafael Zimerman: Foi encontrado desacordado em um bunker, pela explosão de uma granda, e foi socorrido. Já recebeu alta hospitalar.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou oficialmente na tarde deste domingo, 8, que o número de brasileiros desaparecidos em Israel após o início do conflito entre o país e o grupo Hamas subiu de dois para três. A informação foi antecipada ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) por fontes do governo.

De acordo com o Itamaraty, o brasileiro identificado como ferido já recebeu alta do hospital e passa bem. Cerca de 14 mil brasileiros moram em Israel e 6 mil na Palestina. A maioria está fora das áreas afetadas pelos ataques.

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"A Embaixada em Tel-Aviv identificou, até o presente momento, três brasileiros desaparecidos e um ferido, todos binacionais, que participavam de festival de música no distrito sul de Israel, a menos de 20 km da Faixa de Gaza. O brasileiro ferido, também binacional, recebeu, hoje, alta do hospital e se encontra bem", diz nota divulgada pelo Itamaraty. "A Embaixada em Tel-Aviv colheu, até agora, por meio de formulário 'online', os dados de cerca de 1.000 nacionais e seus dependentes, a maioria dos quais turistas, hospedados em Tel-Aviv e Jerusalém", afirma outro trecho do documento.

De acordo com fontes do governo, ao menos 500 brasileiros já entraram em contato com a embaixada do País em Tel-Aviv desde o sábado. Esses contatos podem ser para pedir repatriação, ou seja, retornar ao Brasil, ou para solicitar informações, por exemplo. Ainda não se sabe se todos esses brasileiros estão em Israel ou se houve também contatos de cidadãos que estão em outros países do Oriente Médio.

O governo usará seis aviões para buscar os brasileiros que estão na região do conflito entre Israel e o Hamas e querem voltar ao País. As primeiras operações de repatriação devem ocorrer entre segunda-feira, 9, e terça-feira, 10. A lista dos primeiros resgatados deve ser fechada até a segunda pela manhã, de acordo com o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.

A decisão foi anunciada após uma reunião no Palácio do Itamaraty, em Brasília, da qual participaram, além do comandante da FAB, o ministro da Defesa, José Múcio, a ministra substituta das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim.

"Nós somos quiçá um dos primeiros países a fazer esse tipo de operação lá na região", declarou Damasceno, a jornalistas. De acordo com ele, o resgate será feito por duas aeronaves KC-30, com capacidade entre 220 e 230 passageiros, duas KC-390, que carregam em torno de 80 pessoas, e duas VC-2, cedidas pela Presidência da República, com capacidade de levar até 40 passageiros.

Uma das aeronaves KC-30 já está em Natal (RN) pronta para decolar ainda neste domingo para Roma. De lá, o avião partirá para Tel-Aviv, em Israel, e para outras localidades do Oriente Médio. "A ideia é que a aeronave fique na Itália, aguardando as nossas coordenações finais", disse o comandante da FAB. "Não sabemos ainda se essa primeira decolagem será amanhã ou na terça-feira, dependendo da montagem dessa lista de passageiros que desejam voltar ao Brasil nessa missão de repatriação", emendou.

De acordo com ele, médicos e psicólogos serão enviados para auxiliar no resgate dos brasileiros que estão na região de conflito. "Estamos com militares da nossa ajudância de ordens junto à Embaixada de Israel e nas demais embaixadas da região também, para que possamos fazer as primeiras levas, trazer os primeiros brasileiros para cá", afirmou. "Em função das demandas nós vamos equacionando esses voos pelo tamanho da aeronave."

As decolagens de Tel-Aviv e de outras localidades do Oriente Médio com brasileiros resgatados devem ocorrer à tarde, pelo horário local. A ideia é que os cidadãos sejam levados até os aeroportos pela manhã, para evitar que façam o deslocamento terrestre de madrugada. Segundo Damasceno, alguns brasileiros também podem voltar em voos comerciais.

Israel se declarou oficialmente em guerra após terroristas do grupo Hamas realizarem um ataque surpresa contra o país a partir da Faixa de Gaza. O número de mortos já passa de mil. O conflito ocorre 50 anos após a Guerra do Yom Kippur, em 1973, quando nações árabes lideradas por Egito e Síria também fizeram um ataque surpresa contra Israel.

O Itamaraty condenou no sábado os ataques em território israelense. "Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação", diz nota divulgada pelo MRE.

Ao menos 10 pessoas morreram e 82 continuam desaparecidas após a cheia em um lago glacial que provocou inundações no nordeste da Índia, informaram as autoridades locais.

"Dez corpos foram recuperados até o momento e 82 pessoas estão desaparecidas, incluindo membros do exército", declarou Vijay Bhushan Pathak, ministro chefe do estado de Sikkim.

Vinte e dois soldados estão entre os desaparecidos.

A área afetada, uma região montanhosa e remota do Himalaia, fica perto das fronteiras com Nepal e China.

A inundação foi provocada pela cheia do lago Lhonak, que fica na base de uma geleira nos picos nevados que cercam Kangchenjunga, a terceira maior montanha do mundo.

"As inundações provocaram estragos em quatro distritos do estado, arrastando pessoas, estradas, pontes”, disse Himanshu Tiwari, porta-voz do exército indiano, um dia após a tragédia.

O lago perdeu quase dois terços de seu tamanho devido à cheia, uma área equivalente a 150 campos de futebol, segundo imagens de satélite divulgadas pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial.

As inundações provocadas por cheias em lagos glaciais, muitas vezes acompanhadas por deslizamentos de rochas, ficaram mais frequentes devido ao aumento da temperatura global.

"Observamos que a frequência dos eventos extremos aumenta à medida que o clima continua esquentando e nos arrasta para um território desconhecido", destacou Miriam Jackson, cientista especializada na análise das superfícies congeladas do Himalaia.

Equipes de emergência e voluntários procuravam nesta sexta-feira (15), entre a lama e os escombros, milhares de pessoas desaparecidas em Derna, cidade na costa leste da Líbia que foi destruída por uma inundação que atingiu a cidade como um tsunami e deixou pelo menos 3.800 mortos.

A tromba d'água da madrugada de domingo para segunda-feira provocou o rompimento de duas barragens e gerou uma enchente comparável a um maremoto de vários metros, que destruiu prédios, veículos e arrastou milhares de pessoas em sua trajetória.

Vários países e organizações internacionais ofereceram ajuda para a Líbia enfrentar o que um funcionário da ONU chamou de "calamidade de proporções épicas", em um país assolado por anos de conflito e que conta com dois governos rivais.

"Ainda há esperança de encontrar sobreviventes", afirmou Tamer Ramadan, diretor das operações da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho na Líbia.

Ramadan se negou, no entanto, a anunciar um balanço de mortos, que "não seria nem definitivo, nem preciso", em uma entrevista coletiva em Genebra.

O subsecretário do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) das Nações Unidas, Martin Griffiths, advertiu que ainda não é possível compreender a dimensão da tragédia.

"Não conhecemos o alcance do problema, o nível das necessidades, o número de mortos ainda é desconhecido", afirmou.

O ministério do Interior do governo que controla a região leste da Líbia - que não é o governo reconhecido pela ONU - anunciou na quarta-feira um balanço de 3.800 mortos.

Porém, os números divergem neste país rico em petróleo e que ainda tenta se recuperar da guerra e caos posteriores ao levante que derrubou o ditador Muamar Khadafi em 2011, que resultou em duas administrações: uma na capital Trípoli, reconhecida internacionalmente, e um governo rival com sede na região leste.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirmou que mais de 38.640 pessoas estão deslocadas nas áreas mais afetadas, incluindo 30.000 apenas em Derna.

- "Arrastados pela água" -

Um fotógrafo da AFP afirmou que o centro de Derna parece um terreno esmagado por um rolo compressor, com árvores arrancadas e edifícios e pontes destruídos.

Os moradores da cidade, que tinha 100.000 habitantes, relataram que centenas de corpos estão sob toneladas de lama e escombros arrastados pela água.

"A água estava carregada de lama, as árvores com pedaços de ferro. A enchente percorreu quilômetros antes de ocupar o centro da cidade e arrastar ou destruir tudo que encontrava pela frente", disse Abdelaziz Busmya, 29 anos, que morava em um bairro que não foi afetado pela inundação.

"Perdi amigos e pessoas próximas. Estão sepultados debaixo da lama ou foram arrastados pela água até o mar", conta.

Ele disse que as autoridades líbias não adotaram as medidas de prevenção necessárias e se contentaram em ordenar que as pessoas permanecessem em casa antes da chegada da tempestade Daniel, que provocou estragos em sua passagem pela Turquia, Bulgária e Grécia.

- Mostras de DNA -

Dezenas de corpos são encontrados a cada dia, alguns enterrados em valas comuns. Outros continuam presos em casas ou foram arrastados para o mar e depois devolvidos pelas ondas, afirmaram as autoridades do Departamento de Saúde, que temem possíveis epidemias ligadas à decomposição de cadáveres.

As autoridades enfrentam um dilema: conservar os corpos encontrados para possibilitar a identificação ou enterrá-los rapidamente para evitar a decomposição, já que a capacidade dos necrotérios é limitada.

"Estamos tentando (...) obter mostras de DNA e fotos das vítimas antes de enterrá-las para ajudar na identificação mais tarde", afirmou o tenente Tarek al Kharraz, porta-voz do ministério do Interior do governo não reconhecido no leste do país.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) distribuiu 6.000 sacos mortuários na cidade.

O Programa Mundial de Alimentos anunciou que começou a fornecer ajuda alimentar a mais de 5.000 famílias deslocadas pelas inundações e afirmou que milhares de pessoas em Derna estavam "sem comida ou abrigo".

E o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU iniciou uma campanha urgente para arrecadar mais de 71 milhões de dólares para ajudar as 250.000 pessoas sob maior risco entre as 884.000 que foram afetadas.

Estados Unidos, União Europeia e vários países do Oriente Médio e norte da África prometeram enviar ajuda. Equipes estrangeiras já estão na região.

Duas semanas após os incêndios que destruíram a ilha de Maui, as autoridades do Havaí anunciaram que pelo menos 1.100 continuam desaparecidas, segundo uma contagem provisória elaborada pelo FBI.

A Polícia Federal dos Estados Unidos trabalha para compilar as identidades de todas as pessoas desaparecidas nos incêndios, os mais letais em um século no país, com ao menos 115 mortos, de acordo com o balanço provisório mais recente.

A lista do FBI registra atualmente 1.100 desaparecidos, mas é provável que a lista sofra alterações porque as autoridades "continuam com o processo de compilar dados adicionais", afirmou o agente especial Steven Merrill.

Na segunda-feira, o prefeito de Maui anunciou que os incêndios deixaram 850 desaparecidos.

A tragédia, no entanto, pode ser muito mais grave.

Desde que as chamas destruíram quase por completo a cidade turística de Lahaina, de 12.000 habitantes, circulam nas redes sociais, ou entre as forças de segurança e equipes de emergência, listas com milhares de nomes de pessoas supostamente desaparecidas.

Agora, o FBI trabalha para verificar os dados.

"Estamos cruzando todas as listas para que possamos determinar quem de fato, continua desaparecido", disse o agente especial Merrill.

O FBI divulgou uma número telefônico exclusivo e pediu aos parentes dos desaparecidos que entrem em contato para fornecer informações adicionais, como sobrenomes ou a data de nascimento, o que pode ajudar a polícia a localizar ou confirmar o desaparecimento de uma pessoa.

As autoridades estão fazendo o possível para refinar os dados e pretendem publicar uma "lista verificada" de desaparecidos nos próximos dias, afirmou o chefe de polícia de Maui, John Pelletier.

O FBI também mobilizou agentes para coletar mostras de DNA de parentes que não podem viajar ao Havaí.

A identificação dos corpos encontrados entre as cinzas em Lahaina é complexa. Das 115 vítimas, até o momento apenas 27 foram identificadas e apenas 104 mostras de DNA foram obtidas.

Um total de 41 pessoas, incluindo três crianças, estão desaparecidas depois que uma embarcação que partiu de Sfax (Tunísia), com 45 migrantes a bordo, naufragou na semana passada, segundo o depoimento de quatro sobreviventes citados nesta quarta-feira (9) pela ONU na Itália.

Em comunicado conjunto, as agências da ONU para refugiados (ACNUR), para a infância (Unicef) e para a migração (OIM) lamentaram este "terrível naufrágio ocorrido entre quinta-feira (3) e sexta-feira (4), no Mediterrâneo".

A embarcação de metal virou devido ao mau tempo na madrugada de sexta-feira, após deixar o porto de Sfax.

"Isso demonstra a absoluta falta de escrúpulos dos traficantes que, desta forma, expõem migrantes e refugiados a altíssimos riscos de morte no mar", denunciaram as três agências da ONU.

Os sobreviventes - um menor desacompanhado de 13 anos, uma mulher e dois homens - foram resgatados por um navio mercante e levados para Lampedusa pela Guarda Costeira italiana, disseram.

Os migrantes, originários da Guiné e da Costa do Marfim, sobreviveram flutuando em boias à deriva por vários dias e chegaram em bom estado de saúde, disse a Cruz Vermelha italiana, que administra o centro de recepção de migrantes.

A organização confirmou que, segundo os depoimentos, havia 45 pessoas na embarcação quando afundou. Nenhum dos desaparecidos era parente dos sobreviventes.

A Frontex, a agência de fronteira da UE, afirmou que um de seus aviões detectou "um barco à deriva com quatro pessoas a bordo" nas águas da Líbia na manhã de terça-feira e deu o alerta para que fossem resgatados.

A frágil embarcação de sete metros virou devido a uma grande onda, que jogou todos os passageiros no mar. Apenas 15 usavam coletes salva-vidas, mas mesmo assim se afogaram.

"O mar estava muito agitado (...). Embarcar com aquele mar é realmente criminoso. Os traficantes realmente não têm escrúpulos", denunciou o assessor de imprensa da OIM na Itália, Flavio Di Giacomo, entrevistado pela AFP nesta quarta-feira.

"As embarcações de metal usadas são as mais frágeis que já vi no Mediterrâneo central", observou. "Os migrantes subsaarianos são obrigados a usar esses barcos 'low cost' que quebram após 20 ou 30 horas de navegação", lamentou.

Portanto, "é provável que haja muito mais naufrágios do que sabemos, esse é o meu maior medo", disse Di Giacomo.

Uma hipótese sustentada pelo grande número de corpos encontrados no mar na rota migratória entre a Tunísia e a Itália.

Este acidente se soma a vários naufrágios mortais registrados nos últimos dias após um período de mau tempo.

Mais de 30 migrantes são considerados desaparecidos após os naufrágios de duas embarcações na costa da ilha italiana de Lampedusa, segundo os depoimentos dos sobreviventes, informou neste domingo (6) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Vinte e oito passageiros de um dos barcos e três do outro desapareceram no mar, depois que as embarcações naufragaram devido às condições meteorológicas, afirmou a agência da ONU.

Os barcos provavelmente iniciaram a viagem na cidade tunisiana de Sfax na quinta-feira.

Após ouvir os sobreviventes, "acreditamos que mais de 30 pessoas estão desaparecidas", confirmou Flavio di Giacomo, porta-voz da OIM.

Uma investigação foi iniciada para determinar as circunstâncias da tragédia em Agrigento, na ilha vizinha da Sicília.

O chefe de polícia de Agrigento, Emanuele Ricifari, afirmou que as previsões meteorológicas indicavam mar agitado.

"Quem permitiu, ou os forçou, a sair com este mar é um criminoso lunático, sem escrúpulos", declarou à imprensa.

"A previsão é de mar agitado para os próximos dias. Esperemos que eles parem. Com o mar desta maneira é como enviá-los para o matadouro", acrescentou.

Apesar do tempo ruim, as equipes de emergência planejavam uma operação ainda no domingo para resgatar mais de 20 migrantes bloqueados em uma área rochosa na costa de Lampedusa.

O grupo está nestas condições desde a noite de sexta-feira, quando violentas rajadas de vento empurraram a embarcação na direção das rochas.

A Cruz Vermelha forneceu alimentos, água, roupas e cobertores térmicos aos migrantes, mas a Guarda Costeira não conseguiu resgatar o grupo devido às ondas.

Se o vento não perder intensidade, as equipes de resgate tentarão retirá-los pelo barranco, de 140 metros de altura, segundo a imprensa italiana.

A travessia do Mediterrâneo central, a partir do norte da África até a Europa, é uma das mais letais do mundo.

Mais de 1.800 pessoas morreram desde o início do ano tentando completar a viagem, segundo Di Giacomo, o que significa 900 a mais que no ano passado.

"Na realidade o número é, provavelmente, muito maior", disse. "Encontramos muitos corpos no mar, o que sugere que há muitos naufrágios dos quais não ouvimos falar".

O número de cadáveres encontrados no mar aumentou, em particular na chamada rota tunisiana, uma travessia cada vez mais perigosa devido ao tipo de embarcação utilizado, explica Di Giacomo.

Os traficantes enviam os migrantes subsaarianos "em barcos de ferro que são mais baratos que os habituais barcos de madeira, mas que são totalmente inadequados para a navegação no mar", disse. "Eles quebram e afundam".

Em muitos casos, os migrantes sofrem com motores roubados no mar para que sejam reutilizados pelos traficantes, acrescenta.

Pelo menos 20 pessoas morreram e 19 estão desaparecidas devido às fortes chuvas que afetam Pequim e arredores, onde há bairros inteiros inundados e ruas bloqueadas, informou a imprensa estatal nesta terça-feira (1º).

As fortes chuvas já deixaram 11 mortos em Pequim e nove na província vizinha de Hebei, anunciou o canal estatal CCTV.

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Entre as pessoas desaparecidas, 13 são de Pequim e seis de Hebei. Anteriormente foram reportados 27 desaparecidos na capital chinesa, mas 14 foram encontradas a salvo, disse a CCTV.

O tufão Doksuri, rebaixado para a categoria de tempestade, afeta o território chinês do sudeste para o norte desde sexta-feira, quando tocou o solo na província de Fujian, depois de passar pelas Filipinas.

As chuvas torrenciais chegaram no sábado a Pequim e arredores e, em apenas 40 horas, caiu o equivalente a média para todo o mês de julho.

Alguns distritos semirrurais de Pequim foram afetados mais gravemente pelas tempestades, de intensidade inédita na capital chinesa nos últimos anos.

Mais de 100.000 pessoas, dos 22 milhões de habitantes de Pequim, foram retiradas de zonas de risco, segundo o jornal estatal Global Times.

- "Muito mais grave" -

Às margens do rio Mentougou, que atravessa o distrito de mesmo nome, um dos mais afetados pelas enchentes em Pequim, segundo jornalistas da AFP, as ruas estavam cobertas por escombros e lama.

Um idoso disse à AFP que estas inundações são "muito mais graves" que as de julho de 2012, quando 79 pessoas morreram em Pequim, e dezenas de milhares abandonaram suas residências.

"É um desastre natural, não se pode fazer nada. Temos que trabalhar muito para reconstruir tudo", disse à AFP Qi, um homem de cerca de 20 anos que esperava um táxi com sua avó.

Correspondentes da AFP observaram uma dezena de veículos com destino a Mentougou, entre eles, caminhões-pipa e escavadeiras para limpar trechos de estrada bloqueados.

O presidente da China, Xi Jinping, pediu nesta quarta-feira "todos os esforços possíveis" para evitar mais mortos e resgatar as pessoas "desaparecidas ou bloqueadas", informaram os meios estatais.

As autoridades locais "devem fazer um bom trabalho para atender aos feridos" e "realojar os afetados, reparar rapidamente as infraestruturas de transporte, comunicações e eletricidade danificadas", acrescentou Xi.

A CCTV divulgou imagens de ônibus submersos pela cheia no distrito rural da Fangshan, também no oeste de Pequim.

- Salvo por pouco -

Em Mentougou, quase 15.000 casas ficaram sem água corrente e as autoridades enviaram 45 caminhões-pipa para garantir o fornecimento emergencial, informou nesta terça o Beijing Daily, um jornal do Partido Comunista.

Wang Yongkun, um florista de 62 anos, empilhou sacos de areia na porta de sua loja, mas não conseguiu impedir a entrada da lama. "Começamos a limpar ontem à tarde (...) e hoje nos levantamos às sete para continuar", relatou.

O governou enviou helicópteros militares com 26 soldados à zona de Mentougou para fornecer comida, água, cobertores e capas de chuva aos passageiros de alguns trens que ficaram bloquearam, segundo a CCTV.

Pequim e a província de Hebei estavam em alerta vermelho devido ao risco de perigosas enchentes e deslizamentos de terra.

No domingo, na cidade de Handan, 400 km ao sul da capital, equipes de resgate conseguiram, com ajuda de um guindaste, resgatar um homem de seu carro cercado por água antes que o carro fosse arrastado pela corrente.

A China enfrenta um ano de condições meteorológicas extremas e temperaturas recordes, dois eventos que, segundo os cientistas, são agravados pela mudança climática.

Os serviços meteorológicos indicam que as chuvas podem enfraquecer, mas o país se prepara para a chegada de um novo furacão, o Khanun, que se aproxima da costa leste.

Aproveitando a repercussão mundial do lançamento do filme sobre a "Barbie", uma ativista decidiu criar uma boneca "Barbie Searcher" para tornar visível a luta das mulheres que procuram seus parentes desaparecidos à força no México.

A nova boneca vestida de "buscadora" usa calça cargo camuflada, botas táticas, turbante na cabeça que evita queimaduras solares e poeira, além de camiseta com a imagem do irmão da defensora dos direitos humanos Delia Quiroa, que desapareceu em 2014 em Reynosa, no norte do estado de Tamaulipas.

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Quiroa é líder do coletivo "Diez de Marzo" de busca de pessoas desaparecidas em Tamaulipas e responsável pela criação da boneca, cuja imagem faz analogia a uma mulher em busca de seus entes queridos.

O objetivo é fazer a empresa Mattel, fabricante da icônica "Barbie", contribuir com uma doação para o coletivo conseguir equipamentos de busca, além de tornar visível o crime de desaparecimentos no México.

Em uma publicação nas redes sociais, ela ressalta que sua boneca faz parte de uma "campanha para chamar a atenção" para o problema dos mais de 111 mil desaparecidos no território mexicano.

"Fizemos uma ligação atenta para a Mattel solicitando uma doação e vamos juntos comprar dois caminhões para nossa busca e podemos emitir notas fiscais dedutíveis", escreveu ela, acrescentando os dados de uma conta bancária para os interessados em fazer doações.

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Da Ansa

Subiu para três o número de vítimas fatais do desabamento, nesta sexta-feira (7), de parte do bloco D7 do Conjunto Beira-Mar, no bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Segundo o coronel Robson Roberto, da equipe de resgate do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE), foram encontradas as seguintes vítimas fatais: um homem de aproximadamente 45 anos, uma adolescente de 12 e uma mulher de 43 anos

Além das vítimas resgatadas com vida e já encaminhadas para centros médicos da RMR (veja lista completa abaixo), uma pessoa de 18 anos foi encontrada em estado grave, passou por um procedimento de reanimação cardiopulmonar, e foi levada para o Hospital Miguel Arraes. 

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Equipes retiram uma vítima do local. Foto: Luan Amaral/LeiaJá Imagens

O coronel Roberto afirma que foram contabilizadas dez vítimas nos escombros, que devem ser retiradas no decorrer da operação. Dessas, uma garota de 15 anos foi localizada, “está em contato com a gente responsiva em procedimento de oxigenoterapia respondendo a todos os estímulos da corporação”, confirmou o coronel. Confira as últimas informações sobre os resgates abaixo.  

Total de Vítimas: 20 

Desaparecidos:  10 

▪︎ Sexo Masculino: 02 

▪︎ Sexo Feminino: 02 

▪︎ Crianças /adolescentes: 06 

Resgatados com Vida: 03 

▪︎ Sexo feminino - 65 anos - Socorrida pelo CBMPE para o Hospital Miguel Arraes; 

▪︎ Sexo feminino - 15 anos - Socorrida pelo Samu para o HR; 

▪︎ Sexo masculino - 18 anos - Socorrido para o HMA 

ÓBITOS: 03 

 ▪︎ Sexo masculino - 45 anos  

▪︎ Sexo Masculino - 12 anos 

▪︎ Sexo Feminino -  43 anos 

 Localizados com vida fora da Edificação: 04 

▪︎ Sexo masculino - 22 anos 

▪︎ Sexo masculino - 17 anos 

▪︎ Sexo masculino - 16 anos 

▪︎ Sexo masculino - 21 anos 

O Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE) encontrou, na tarde desta sexta-feira (7), o corpo da segunda vítima do desabamento do bloco D7 do residencial Conjunto Beira-Mar, localizado no Janga, Paulista, município da Região Metropolitana do Recife (RMR). 

Ainda não foi informada a idade ou o sexo da vítima. O CBMPE confirmou o total de 19 soterrados inicialmente. Até o momento foram encontradas duas pessoas com vida, uma mulher de 65 anos, socorrida pelos Bombeiros e encaminhada para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, e uma adolescente de 15 anos, que foi resgatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e levada para o Hospital da Restauração, no Recife. 

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O primeiro óbito confirmado foi de um homem de 45 anos. As equipes seguem no local do desabamento em busca das vítimas.

 

Cerca de 40 migrantes estão desaparecidos desde o naufrágio, nesta quinta-feira (22), de uma embarcação em frente à ilha italiana de Lampedusa, uma nova tragédia anunciada hoje pela ONU, após as ocorridas dias atrás na Itália, Grécia e Espanha.

Um recém-nascido está entre os desaparecidos, apontou à AFP a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) na Itália, Chiara Cardoletti.

O barco, que zarpou de Sfax, Tunísia, transportava 46 migrantes procedentes da África subsaariana (Costa do Marfim, Burkina Faso e Camarões), explicou um porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Flavio Di Giacomo. Devido às condições meteorológicas desfavoráveis de vento e a ondas fortes, a embarcação, de ferro, capotou. "Alguns sobreviventes foram transportados para Lampedusa, e outros, para a Tunísia", disse Di Giacomo.

"Entre os desaparecidos estão sete mulheres e um menor. Os sobreviventes são todos homens adultos", acrescentou, destacando a fragilidade das embarcações de ferro, mal soldadas, que afundam na primeira avaria.

- 'Um desastre no verão' -

"Há naufrágios dos quais não ficamos sabendo", lamentou Di Giacomo, pedindo "patrulhas de barcos europeus para monitorar a rota tunisiana e a rota líbia. "Do contrário, seremos testemunhas de um desastre neste verão", advertiu.

A porta-voz do Acnur na Itália concordou: contar com "um mecanismo de resgate no mar coordenado e compartilhado entre os Estados é uma questão de consciência", afirmou. "É inaceitável seguir contando mortos às portas da Europa", denunciou Chiara Cardoletti, referindo-se aos últimos naufrágios mortais de migrantes ocorridos na Itália, Grécia e Espanha.

Localizada a 145 km do litoral tunisiano, Lampedusa é um dos principais portos de entrada para os migrantes que atravessam o Mediterrâneo.

- Reforço das fronteiras estrangeiras -

Os naufrágios de embarcações aumentaram nos últimos meses, enquanto o número de entradas de migrantes na UE pelo Mediterrâneo central detectadas "mais do que dobrou" em 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, indicou, em meados de junho, a agência europeia de fronteiras, Frontex.

Na madrugada de 14 de junho, um cargueiro velho e sobrecarregado procedente da Líbia naufragou no litoral da península do Peloponeso, na Grécia. Mais de 80 corpos foram resgatados, mas os depoimentos dos sobreviventes sugerem que havia centenas de pessoas a bordo, cujos corpos não foram encontrados.

Nesta semana, uma embarcação afundou a aproximadamente 160 km das Ilhas Canárias, pertencentes à Espanha, onde morreram dois migrantes e poderiam ter morrido outras dezenas, segundo uma ONG local, que monitora os naufrágios.

Em meio a um drama migratório que só aumenta, a UE fechou há poucos dias um acordo para reformar seu sistema de asilo, que prevê a criação de centros além das fronteiras do bloco, para devolver mais facilmente a terceiros países "seguros" os migrantes cujos pedidos de asilo forem negados.

A Comissão Europeia apresentou, em setembro de 2020, um Pacto sobre a Migração e o Asilo, um pacote de reformas que espera ver aprovado na primavera (norte) de 2024. O pacto prevê uma solidariedade "obrigatória", mas flexível, entre os países-membros na atenção aos solicitantes de asilo, e um reforço das fronteiras estrangeiras.

Segundo a Guarda Costeira de Boston divulgou à BBC nesta segunda-feira, dia 19, um submarino que levava turistas até os destroços do Titanic desapareceu. Uma operação para encontrá-lo já está em andamento, por mais que não tenha sido divulgado quantas pessoas estavam a bordo.

A companhia responsável pelo passeio, OceanGate, se posicionou sobre o ocorrido e disse que está fazendo possível para trazer a população de volta em segurança. Segundo eles, todo o foco da empresa está nos tripulantes do submersível e suas famílias.

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A empresa cobra 250 mil dólares, aproximadamente um milhão e duzentos reais, por uma vaga em suas expedições de oito dias para ver os destroços. Segundo a OceanGate, o submarino pode acomodar cinco pessoas, que geralmente inclui um piloto, três convidados pagantes e um especialista sobre o tema, como um guia turístico. Um mergulho completo até o local, incluindo a descida e a subida, leva oito horas.

Uma pessoa morreu no município de São Leopoldo (RS), após a passagem de um ciclone que atingiu a Região Sul do país nesta quinta-feira (15). A informação foi confirmada pelo governador do estado, Eduardo Leite, em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Segundo ele, a morte aconteceu em razão de um choque elétrico. Pelo menos duas pessoas seguem desaparecidas e 625 já foram resgatadas. “O momento, especialmente, é de cuidado com as vidas humanas”, disse Leite.

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“Se cuidem, cuidem das suas famílias. Isso tudo há de passar. E a gente quer que passe sem outras perdas de vidas humanas. Infelizmente, temos uma morte já confirmada, mas agora é o momento de a gente proteger as vidas. Dos danos materiais, das perdas materiais, a gente se encarrega depois.”

De acordo com o governador, mais de mil pessoas, incluindo homens da brigada militar, do corpo de bombeiros e da defesa civil, atuam para garantir a segurança da população em todo o estado. “Nossas equipes estão mobilizadas para dar a assistência e o apoio às comunidades mais afetadas pelas fortes chuvas que incidem especialmente sobre a região nordeste do RS”.

No município de Maquiné, o nível do Rio Maquiné subiu rapidamente e deixou pessoas ilhadas em alguns pontos. Em Caraá, o nível do Rio Jacuí também subiu, causando diversos transtornos. “Uma equipe está tentando acessar a cidade para apoio”, informou o governo estadual. As equipes da defesa civil atuam de forma articulada sobretudo com o Comando Ambiental dos bombeiros, que dispõe de embarcações.

Em caso de risco de inundações, as orientações da defesa civil são:

evitar o deslocamento para regiões afetadas;

se estiver seguro, permanecer em casa;

se morar em área de risco, sair do local; 

separar documentos importantes e embalá-los em sacos plásticos;

evitar atravessar as águas de carro ou a pé;

se ficar isolado em local inseguro, acionar imediatamente o 193.

“Neste momento, o nível dos rios da região está baixando, mas, com a possibilidade de chuva, tende a subir novamente. Fiquem atentos às orientações das defesas civis municipais e estadual, que vai lançar avisos e alertas ao longo do dia. Não retornem para suas casas. Embora a situação, neste momento, esteja sob controle, ainda temos o risco de que os níveis dos rios voltem a subir”, alertou o coronel Luciano Chaves Boeira.  

Capital

Em nota, a prefeitura de Porto Alegre informou ter mobilizado equipes desde a madrugada desta sexta-feira (16) para atendimento aos danos causados pela chuva e pelo vento nas últimas horas. A maioria das ocorrências diz respeito a árvores tombadas, fios ou postes de energia caídos, acúmulo de água em diversas vias, quedas de muros e residências comprometidas.

A capital registra um acumulado de 82 milímetros (mm) de chuva nas últimas 24 horas, conforme dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. A média para junho é de 140 mm. As chuvas devem continuar ao longo do dia em toda a região metropolitana, com possibilidade de mais 100 mm de precipitação.

Nesta manhã de sexta-feira, estão sem energia as estações Belém Novo, Ilhas, Moinhos de Vento, São João e Tristeza, causando desabastecimento nos bairros. O Departamento Municipal de Água e Esgotos está em contato constante com a companhia de energia elétrica, a CEEE Grupo Equatorial, para retomar o fornecimento de energia às estações o mais rápido possível. 

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De 2019 a 2021, mais de 200 mil pessoas desapareceram no Brasil, o que dá uma média de 183 desaparecimentos por dia. Os dados são do estudo Mapa dos Desaparecidos no Brasil, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 

Os números, no entanto, podem ser ainda maiores. Isso porque o Brasil não conta hoje com um cadastro nacional para contabilizar esses casos. “Esse é um número muito elevado e, quando a gente verifica, por exemplo, as taxas de reencontro de pessoas produzidas pelas polícias, elas são muito menores. Ou seja, a gente nem consegue hoje dimensionar a quantidade de pessoas que efetivamente estão desaparecidas no Brasil”, disse Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em entrevista hoje (22) à Agência Brasil e à TV Brasil. 

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Durante esse período, 112.246 pessoas foram localizadas. O número parece alto, no entanto, segundo Samira, é importante destacar que as pessoas que foram localizadas nesse período não necessariamente desapareceram entre os anos de 2019 e 2021. 

“No último ano, tivemos um total de 34 mil pessoas localizadas, uma taxa de 16,6%. Mas, veja, desaparece quase o dobro [de pessoas] todo ano. E temos mais um problema nessa estatística: quando a gente olha o número de pessoas localizadas, precisamos ter a clareza de que essa pessoa não necessariamente desapareceu naquele ano. Então, não podemos fazer uma conta em relação ao total de pessoas desaparecidas naquele ano e o total de pessoas localizadas porque essas pessoas localizadas podem estar perdidas há mais de dez anos”, destacou ela. 

Perfil dos desaparecidos

Do total dos desaparecimentos nos anos de 2019 e 2021, quase 30% foram crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos. 

“Esse é o grupo populacional que mais desaparece no Brasil. E isso pode estar vinculado a uma multiplicidade de fenômenos porque engloba desde aquele adolescente que é vítima de algum tipo de crime e acaba sequestrado, vítima de trabalho escravo ou exploração sexual até aqueles casos de desaparecimentos voluntários em que o adolescente sai de casa por maus-tratos ou desavenças familiares.” 

O estudo também revelou que a maioria dos desaparecidos são do sexo masculino (62,8% dos casos) e negros (54,3% do total). “Quando a gente olha para o perfil do desaparecido e vemos que são majoritariamente jovens, pretos e pardos, do sexo masculino, muitos dos quais em situação de vulnerabilidade, é mais um fator que nos leva a ter que priorizar esses casos porque isso pode incluir componentes criminais como homicídios, sequestros e tentativas de homicídios. E, muitas vezes, a gente só vai encontrar essas pessoas depois em valas clandestinas ou em cemitérios clandestinos”, disse a diretora do Fórum. 

Outro dado interessante é que, durante a pandemia de covid-19, o número de pessoas desaparecidas caiu 22,3% em 2021 na comparação com 2019. “Na pandemia, todos os estados apresentaram redução no número de pessoas desaparecidas. Mas teve uma faixa etária que mostrou crescimento [nesse período] que foi a faixa etária entre 40 e 49 anos, especialmente homens”, ressaltou Samira.  Segundo ela, isso pode estar relacionado a outro fenômeno: a população em situação de rua.

“Uma das hipóteses que a gente traz para o crescimento entre pessoas de 40 e 49 anos é que aumentou o desemprego, caiu a renda e muita gente ficou em situação de rua. A gente teve um crescimento significativo da população em situação de rua no Brasil nesse período e é comum que pessoas que perdem emprego e renda, fiquem envergonhadas e, enfim, não tendo para quem pedir ajuda, acabem indo para a rua”, ressaltou ela. 

Política nacional

Segundo o Mapa dos Desaparecidos, o estudo demonstrou que dois graves problemas dificultam ainda mais o trabalho de localização de pessoas no Brasil. O primeiro deles é a falta de um banco de dados unificado que integre os estados e as informações sobre as pessoas que desaparecem no país. 

“O que a gente percebe pelas estatísticas disponíveis é que todo ano o número de pessoas desaparecidas é muito mais elevado do que o número de pessoas localizadas. E como não temos um banco nacional que consolide essas informações, na prática, não conseguimos dimensionar de fato quantas pessoas estão desaparecidas hoje no Brasil.” 

Para Samira, outra dificuldade é que o desaparecimento no Brasil não é um crime: “o desaparecido é toda pessoa cujo paradeiro não é conhecido, tenha sido de forma voluntária ou não esse desaparecimento. O que acontece é que essa tipificação é muito ampla e não é um tipo penal, ou seja, o desaparecimento não é um crime.

Como o desaparecimento não é um crime, não necessariamente vai haver o registro de um boletim de ocorrência que vai levar a uma investigação ou instauração de um inquérito. Então isso vai depender muito da prioridade dada por aquela delegacia”.  Sem políticas públicas e um cadastro nacional, e torcendo para que um delegado investigue determinado caso, o resultado é que muitos pais acabam em uma longa busca por seus filhos desaparecidos. É o caso de Ivanise Esperidião da Silva, que fundou o movimento Mães da Sé, após sua filha de 13 anos ter desaparecido a poucos metros de sua casa, em 1995. 

Em entrevista à TV Brasil, Ivanise disse que continua à espera da localização de sua filha. “Isso é lidar com uma dor e uma busca solitária. Te falo com a experiência de uma mãe que há 27 anos procura uma resposta ao que aconteceu com minha filha e até hoje não teve resposta. São mais de 12 mil mães que passaram ao longo da minha vida no movimento e todas elas têm a mesma sensação de descaso, de abandono e de invisibilidade. O desaparecimento - na minha opinião como mãe e como militante de uma causa - deveria ser tratado como um problema de segurança pública. Mas ele não é. Nossos filhos fazem apenas parte de uma estatística: são apenas um número”, lamentou ela. 

Lei Nacional

Em 2019, o governo federal sancionou a Lei da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. Essa lei previa a criação de um cadastro nacional que ainda não está em funcionamento. 

“Em 2019 a gente teve a sanção de uma lei que cria a Política Nacional de Busca e Localização de Pessoas Desaparecidas e que determina a criação de um cadastro de pessoas desaparecidas. No entanto, não tivemos destaque orçamentário para essa política. Embora a política tenha sido sancionada em 2019, ela não teve nenhum recurso orçamentário entre 2019 e 2022. Na prática, se você não tem recursos financeiros para implementar a política, nada aconteceu”, disse Samira. 

Para Ivanise, se o cadastro estivesse em funcionamento, teria ajudado muitas famílias. “Mas nem isso nós temos”, criticou ela. Ela também defendeu a tipificação do desaparecimento.  “Pelo fato de o desaparecimento, juridicamente falando, não ser considerado um crime, o problema é tratado com descaso, com invisibilidade. As pessoas não enxergam os crimes que acontecem por trás de um desaparecimento. E assim vamos vivendo à mercê da própria sorte porque não temos, até hoje, políticas públicas voltada para a causa do desaparecimento.” 

“Minha filha era uma adolescente de 13 anos. Então o Estado me deve essa resposta. A Constituição é bem clara quando diz que a criança e o adolescente é responsabilidade do Estado, da sociedade e da família. Mas quando acontece um fato desse é como se a família fosse a única responsável. O Estado, por sua vez, é ausente, negligente e omisso. E a sociedade prefere olhar para a gente com o olhar de piedade. Nós não queremos isso. Queremos empatia com a nossa causa”, completou Ivanise 

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Justiça e Segurança Pública não comentou o estudo, nem se manifestou sobre a criação do cadastro unificado, até a publicação do texto.

Sete corpos foram encontrados em uma propriedade rural nesta segunda-feira (1°) durante a busca por duas adolescentes desaparecidas em Oklahoma, nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Investigação do Estado de Oklahoma, os corpos foram descobertos perto da cidade de Henryetta, a cerca de 145 quilômetros a leste de Oklahoma City. O legista estadual ainda terá que identificar as vítimas.

As autoridades cancelaram o aviso de pessoa desaparecida em perigo emitido para Ivy Webster, de 14 anos, e Brittany Brewer, de 16 anos, vistas pela última vez viajando com Jesse McFadden, um criminoso sexual com passagem pela polícia no Estado. Os registros da prisão mostram que McFadden foi condenado por estupro em primeiro grau em 2003 e libertado em outubro de 2020.

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O pai de Brittany Brewer confirmou que um dos corpos encontrados era o da filha dele. As escolas públicas de Henryetta postaram no Facebook e no site oficial que estão de luto pela perda de estudantes.

"Nossos corações estão doendo e consideramos o que seria melhor para nossos alunos nos próximos dias", diz a nota. Eles disseram ainda que as escolas estariam à disposição para acolher os estudantes com profissionais de saúde mental, e que entenderiam se as famílias quisessem manter os filhos em casa, longe da escola.

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