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A Polícia Federal descobriu que verbas públicas do Sistema de Saúde do Maranhão bancaram restaurante de luxo, especializado em venda de vinhos, em São Luís. Relatório da Operação Sermão dos Peixes aponta que um cheque de R$ 15.482,55 com a assinatura de Benedito Silva Carvalho, um dos gestores da organização social Instituto Cidadania e Natureza (ICN), foi sacado da conta bancária da OS para pagar a casa de vinhos OAK by Expand.

A ICN e a organização de sociedade civil de interesse público (Oscip) Bem Viver - Associação Tocantina para o Desenvolvimento da Saúde - eram as responsáveis pela gestão das unidades hospitalares do Maranhão. Duas fases da Sermão dos Peixes, as operações Voadores e Abscôndito, foram deflagradas na quinta-feira, 6.

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A PF investiga o desvio de recursos públicos federais do Fundo Nacional de Saúde, destinados ao SUS do Maranhão. A Sermão dos Peixes apura desvios durante a administração de Ricardo Murad, cunhado da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), na Secretaria Estadual de Saúde.

O pagamento da adega de alto padrão foi identificado na análise da microfilmagem do cheque 850375, descontado da conta ICN.

Os investigadores descobriram a compra junto à empresa Expand Store, no valor de R$ 15.482,55. "Trata-se de um conhecido restaurante de luxo desta cidade, OAK by EXPAND e adega, localizado na Avenida dos Holandeses, n 2, quadra 10 - Calhau - São Luís-MA, especializado na venda de vinhos", destaca o delegado Wedson Cajé Lopes, que subscreve o relatório da PF.

A investigação da PF mostra que o desvio das verbas dos hospitais era realizado por meio do desconto de cheques de contas bancárias das unidades hospitalares e posterior depósito nas contas de pessoas físicas e jurídicas.

"Apesar de curiosa, a leitura do cheque demonstra que enquanto a população sofria com um sistema de saúde precário, os investigados se davam ao luxo de utilizarem dos recursos públicos repassados ao ICN para o custeio de despesas numa adega de vinho, o que robustece ainda mais os indícios de que os gestores do ICN tratavam as verbas públicas como se deles fosse", diz o documento.

A Federal afirma que Péricles Silva Filho e Benedito Silva Carvalho, gestores da ICN, desviaram recursos públicos em benefício próprio. Segundo a investigação, Benedito Silva Carvalho sacou R$ 60,5 mil das contas de quatro hospitais: Centro de Saúde Genésio Rêgo (R$ 14,3 mil), Hospital Regional Adelia Matos Fonseca (R$ 23 mil), Hospital Presidente Getúlio Vargas (R$ 15 mil) e Hospital Gerão do Maranhão - Hospital do Câncer - (R$ 8,2 mil).

A Péricles Silva Carvalho foram atribuídos saques que totalizaram R$ 584 mil de 13 hospitais. "Os investigados Péricles Silva Filho e Benedito Silva Carvalho, ambos gestores da organização social ICN, que firmou contrato de gestão com o governo do Estado do Maranhão, pelo qual recebiam recursos públicos federais para a administração das unidades hospitalares maranhenses, se utilizaram dessa condição para desviar recursos públicos dos quais tinham a posse em proveito próprio e de terceiros, notadamente pessoas de seus relacionamento familiar", sustenta o relatório da PF.

A Sermão dos Peixes aponta que o ICN, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2013, emitiu ao menos 4.177 cheques que totalizaram R$ 32 milhões. Segundo a PF, parte dos cheques tinham valores até R$ 10 mil - limite em que não se exige a identificação do sacador.

Defesas

Benedito Silva Carvalho não foi localizado. A reportagem ligou para um número de telefone em nome de Péricles Silva Filho, mas a chamada não completou. O espaço está aberto para manifestação.

O advogado Marcos Coutinho Lobo, responsável pela defesa de Ricardo Murad, nega que seu cliente tenha vazado a Operação Sermão dos Peixes. "O que Ricardo fez foi publicar no Facebook um boato de que haveria algo contra ele. Não vazou nada. Até porque não tem fontes para isso", disse o advogado.

Segundo Lobo, Murad nem sequer foi objeto de denúncia por parte da Polícia Federal. "A operação foi concluída em dezembro e o Ministério Público não viu motivos para oferecer denúncia. Qual interesse ele teria em vazar algo?", questionou o advogado.

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A Polícia Federal suspeita que Murad, cunhado da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) e ex-secretário de Saúde do Maranhão, vazou a Operação Sermão dos Peixes, que investiga desvio de recursos públicos federais do Fundo Nacional de Saúde, destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. Relatório da Federal, de 11 de agosto deste ano, aponta que Murad, o ‘trator’ ou ‘tratorzão’, divulgou detalhes da Sermão dos Peixes meses antes de sua deflagração.

A Polícia Federal e o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle deflagraram na manhã desta quinta-feira (6) duas fases concomitantes da Operação Sermão dos Peixes. A ação investiga o desvio de recursos públicos federais do Fundo Nacional de Saúde, destinados ao Sistema Único de Saúde no Estado do Maranhão.

Em novembro do ano passado, a Sermão dos Peixes levou para depor obrigatoriamente o cunhado da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) e ex-secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad. Ele era alvo de investigação por suposto desvio de R$ 8 milhões de verbas para construção de unidades de saúde durante o governo da peemedebista no Maranhão.

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Nesta quinta-feira, cerca de 60 policiais federais estão cumprindo simultaneamente 32 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva, 12 de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de bens a apreensão e sequestro de uma aeronave.

Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Luís e Imperatriz, no Maranhão, Araguaína e Palmas, no Tocantins, Goiânia e Arenópolis, em Goiás, e Juquitiba, em São Paulo.

A segunda fase, denominada Operação Abscôndito, investiga a destruição e ocultação de provas, incluindo a venda suspeita de uma aeronave objeto de decisão judicial, após o possível vazamento da Operação Sermão aos Peixe em 16 de novembro de 2015.

A terceira fase da operação, Voadores, apurou o desvio de cerca de R$ 36 milhões por meio do desconto de cheques e posterior depósito nas contas de pessoas físicas e jurídicas vinculadas aos envolvidos, incluindo o saque de contas de Hospitais.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa, de peculato e de lavagem de capitais.

A operação que apura o embaraço à investigação foi denominada Abscôndito, que significa "escondido", em alusão à ocultação e destruição de provas. Já a Operação Voadores se refere à técnica empregada de desviar recursos públicos por meio de cheques.

Em 2015, a antiga Controladoria-Geral da União (CGU, hoje Ministério da Transparência) e a Polícia Federal deflagraram operação contra desvios de recursos públicos federais do Fundo Nacional de Saúde, destinados ao Sistema de Saúde do estado do Maranhão.

O trabalho teve como base fiscalização da CGU que apontou a existência de uma cadeia de irregularidades na aplicação dos recursos aportados ao Fundo Estadual de Saúde. As constatações da auditoria apontaram para um prejuízo potencial de mais de R$ 114 milhões de reais.

O promotor de justiça Fábio Santos de Oliveira, titular da Comarca de Bom Jardim (MA), protocolou, na terça-feira (9) pedido de reconsideração ao Poder Judiciário para que seja julgada a Ação Civil de Improbidade Administrativa, ajuizada em 26 de agosto de 2015, tratando do afastamento da prefeita Lidiane Leite.

O pedido de afastamento liminar havia sido solicitado pelo Ministério Público do Maranhão, 'em virtude do prejuízo causado pela prefeita aos cofres públicos municipais'. Na mesma ação, foi pedida a indisponibilidade dos bens dela e o ressarcimento ao erário.

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À época, a Justiça declarou prejudicada a apreciação do pedido, pois Lidiane Leite havia sido afastada, por meio de decreto legislativo. Ela retornou ao comando da Prefeitura de Bom Jardim, nesta terça, após o presidente da Câmara Municipal, Arão Sousa Silva, revogar unilateralmente o decreto.

Na avaliação do promotor de justiça, é necessário que o pedido de afastamento liminar do cargo seja analisado, pois as irregularidades permanecem. "O retorno ao cargo resultará na continuidade da dilapidação do patrimônio público de Bom Jardim", afirmou o representante da Promotoria.

A Câmara dos Vereadores de Bom Jardim (MA) devolveu o mandato à prefeita ostentação Lidiane Leite. A chefe do executivo, acusada de fraudes e desvios da merenda escolar, estava afastada do cargo desde 2015, quando a Justiça decretou sua prisão preventiva.

Lidiane Leite ficou foragida durante semanas e depois se entregou. Após 11 dias presa, o juiz federal José Magno Linhares Moraes mandou soltar Lidiane, com tornozeleira.

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A prefeita ganhou notoriedade no meio do ano passado. Vaidosa, Lidiane exibia nas redes sociais imagens de uma vida de alto padrão para uma cidade de 40 mil habitantes, à beira da miséria, com um dos menores IDHs do Brasil. Carros de luxo, festas e preocupação com a beleza, o que inclui até cirurgia plástica, marcam o dia a dia da moça que se candidatou pela coligação "A esperança do povo".

Lidiane havia sido proibida pela Justiça de frequentar a prefeitura. Nesta semana, por decisão da Justiça Federal, Lidiane foi autorizada a retornar ao executivo municipal.

O Ministério da Transparência - antiga Controladoria-Geral da União (CGU) - informou que na manhã desta quarta-feira, 20, deflagrou a 4ª fase da Operação Andaime nas cidades paraibanas de Sousa, Joca Claudino, Uiraúna e Bernardino Batista.

Estão sendo cumpridos sete mandatos de busca e apreensão em municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte. O Ministério da Transparência participa da operação com oito auditores.

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A missão é realizada em parceria com o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público do Estado da Paraíba e tem o objetivo de investigar fraudes em licitações e desvios de recursos públicos em obras públicas.

Na primeira fase da operação, deflagrada em junho de 2015, foram constatados desvios de verbas superiores a R$ 18 milhões e irregularidades relacionadas, principalmente, à venda de notas fiscais em obras de serviços e engenharia e à montagem de processos licitatórios.

Também foi verificada a existência de "empresas fantasmas", que participavam e venciam licitações que, no fim, eram executadas pelas próprias prefeituras, segundo o Ministério da Transparência.

Estima-se que foram fraudados cerca de 180 contratos de licitações em diversos municípios paraibanos. A nova fase da Andaime identificou "a atuação de outros participantes no esquema criminoso, como agentes públicos, empresários e servidores públicos". "Havia, inclusive, pessoas que exerciam, alternadamente, as funções simbólicas de executor da obra e engenheiro fiscal da obra", destaca o ministério.

A Justiça do Maranhão acatou denúncia contra a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), em investigação que aponta desvio de quase R$ 2 milhões de recursos da Saúde do Estado para aplicação em campanhas eleitorais no ano de 2010. Além da peemedebista, outras 15 pessoas foram denunciadas, entre elas o ex-secretário estadual de Saúde e cunhado de Roseana, Ricardo Murad (PMDB).

O responsável por acatar a denúncia foi o juiz Fernando Mendes Cruz, da 7ª Vara Criminal. Além da ex-governadora e o ex-secretário, empreiteiros e membros da comissão de licitação também viraram réus. De acordo com o juiz, os 16 são acusados de fraudar licitação, superfaturar contratos e desviar recursos para campanhas eleitorais.

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Segundo o juiz Fernando Cruz, "restam presentes as condições legais, bem como indícios de autoria e materialidade para o exercício da ação penal. A denúncia preenche ainda o art. 41 do CPP (Código de Processo Penas), quais sejam: a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado."

No documento expedido é apontado que "Roseana Sarney Murad, ex-governadora do Estado, aduz a denúncia, em síntese, que as transações de recursos para as empresas contratadas sem licitação, se destinaram para financiar sua campanha eleitoral e seu partido, no pleito de 2010, na quantia de R$ 1.950.000,00, sendo a mesma responsável, nos termos do art. 21 da lei 9504/1997, pelos recursos recebidos na campanha eleitoral".

Por meio de sua assessoria, a ex-governadora Roseana Sarney diz que esta é mais uma ação movida por quem sempre atuou com métodos de perseguição política.

"O fato da ação ter sido provocada por integrantes de partido, como o PC do B, e por políticos que sempre fizeram oposição a mim, me dá a certeza de que se trata de mais uma perseguição. Mas isso não me intimidará. Não tenho medo a irei me defender de mais uma injustiça", declarou Roseana.

Ministério Público Estadual (MPE) ampliou a investigação contra o vereador Marco Antônio Ricciardelli, o Marquito (PTB), suspeito de reter parte dos salários de seus funcionários juntamente com o assessor Edson Roberto Pressi, e agora apura a existência de um esquema de emissão de notas fiscais superfaturadas.

Na quinta-feira, 31, Erick de Almeida, que foi responsável por manter o site do vereador e as páginas nas redes sociais, afirmou ao promotor Cassio Conserino que foi obrigado por Pressi e Marquito a emitir suas notas mensais ao gabinete do vereador. O valor das duas era de quase R$ 7 mil. Ele ficava com R$ 3.900 e o restante era repassado para o vereador.

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Almeida prestou serviços de fevereiro de 2013 até janeiro deste ano. Ao todo, foram emitidas 162 notas fiscais e gastos quase R$ 167 mil, e praticamente 50% desse valor voltou para o gabinete, segundo a denúncia. Ele afirmou também que, como era tratado como funcionário do gabinete, foi obrigado a emitir uma nota extra para receber o 13º salário, que também teve parte do valor devolvido para o parlamentar.

Segundo Almeida, ele recebia os pagamentos em dinheiro de Pressi. Uma vez, o assessor o pagou por meio de transferência bancária. Segundo o promotor, a testemunha ainda disse que, se não emitisse as notas, seus serviços seriam suspensos. "Houve clara intenção de constranger a testemunha. Há indícios de concussão (extorsão praticada por funcionário público)."

Conserino já ouviu quatro testemunhas que relataram as irregularidades e forneceram seus extratos bancários. Marquito e Pressi são procurados pelo Estado desde o dia 24, mas se recusam a falar sobre as denúncias.

Câmara Municipal

Na quinta-feira, 31, em plenário, Marquito negou as acusações. Ele disse que vai exonerar a chefe de gabinete, que é mulher de Pressi, para apurar "com mais isenção os fatos". Segundo ele, as denúncias são "precipitadas e midiáticas". (Colaborou Fabio Leite)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vereador Marco Antônio Ricciardelli, o Marquito (PTB), fez um pronunciamento de quatro minutos no plenário da Câmara Municipal para se defender da acusação de desvio de dinheiro do salário de funcionários. Ele disse que vai exonerar a chefe de gabinete para apurar "com mais isenção os fatos". Marquito deixará o mandato de vereador por causa da volta de Jean Madeira (PRB), que estava ocupando cargo de secretário de Esporte do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

"Como era de se esperar, de forma precipitada e midiática, lançaram ao público de forma espetacular fazendo crer para as pessoas que eu certamente estaria envolvido nessa suposta maracutaia", criticou Marquito.

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O Ministério Público Estadual (MPE) abriu investigação contra Marquito, por suspeita de que funcionários que trabalham no gabinete dele são obrigados a devolver parte dos salários para o parlamentar.

"Quero dizer, vossas excelências, que desconheço por completo qualquer repasse de dízimo por parte de meus funcionários e, diante dessas graves acusações, lhes informar que já estou tomando todas as providências no sentido de apurar a responsabilidade das pessoas que porventura tenham participado dessa conduta ilegal. Para tanto, sem qualquer juízo de valores, estou exonerando de suas funções minha chefia de gabinete para que se possa apurar com mais isenção os fatos que atingem a minha honra e reputação", disse na Câmara.

O vereador ainda defendeu sua postura na Câmara durante o mandato: "quero ressaltar às vossas excelências que nesse ano de convivência nessa casa nunca transgredi nenhuma lei, nunca dei motivos a ninguém que pudesse evidenciar qualquer falha de caráter. Sempre honrei o mandato assumido com intuito de dar o melhor de mim a meus eleitores e aos munícipes, trabalhando honestamente como um vereador que até hoje sou", disse.

"E quero dizer a todos, eu fiz esse pronunciamento porque estou com a minha vida aberta. Minha vida é um livro aberto. Deixo isso na mão de Deus porque eu sei o que é, eu sei da minha reputação. Quem quiser saber mais, por favor, a lei vai ser feita", finalizou.

O promotor de Justiça Cassio Conserino recebeu uma planilha feita por um funcionário do gabinete do vereador Marco Antônio Ricciardelli, o Marquito (PTB), que mostra os valores dos salários pagos e o quanto deveria ser repassado para o parlamentar.

Marquito e seu assessor Edson Roberto Pressi são investigados por suspeita de reter parte dos salários de servidores, conforme revelado pela Rádio Estadão e pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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No documento constam os nomes de oito funcionários. Metade devolvia parte dos rendimentos. Uma assessora parlamentar de Marquito, com salário bruto de R$ 14 mil, devolvia R$ 11.500.

Para Conserino, "a planilha e os extratos bancários das testemunhas são provas da materialidade delituosa". O promotor ouviu três ex-funcionários do gabinete. Além dos extratos, todos apresentaram holerites que mostram saques de quantias elevadas em dinheiro no dia do pagamento. Os valores, que eram mais de 50% dos vencimentos, eram repassados para Pressi, que se apresenta como assessor e advogado, mas não é nomeado no gabinete nem tem registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Uma das testemunhas afirmou que, além do salário, foi obrigada a devolver a restituição do Imposto de Renda para Marquito. Cerca de R$ 5 mil.

O promotor vai intimar funcionários e o próprio vereador para prestar esclarecimentos.

Procurado pela reportagem desde o dia 24, Marquito não quis dar entrevista. Pressi afirmou, em conversa informal no gabinete, que as acusações não são verdadeiras.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma nova testemunha afirmou ao Ministério Público Estadual (MPE) que foi obrigada a devolver até a restituição do Imposto de Renda para o gabinete do vereador Marco Antônio Ricciardelli, o Marquito (PTB). O parlamentar é investigado por suspeita de reter, com seu assessor Edson Roberto Pressi, parte dos salários dos funcionários, conforme revelado pela Rádio Estadão e pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A testemunha não teve o nome revelado. Ela afirmou ao promotor Cassio Conserino que trabalhou por dois anos no gabinete de Marquito como assessora parlamentar. Tinha a função de visitar comunidades carentes e atender eleitores. Ela ficava a maior parte do tempo fazendo trabalhos externos.

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O salário bruto era de R$ 14 mil, que caía para R$ 11 mil líquidos. Porém, a assessora era obrigada a devolver R$ 9 mil e só ficava com pouco mais de R$ 2.300. A testemunha apresentou holerites e disse que todo dia 25 de cada mês (data do pagamento) sacava o dinheiro para ser repassado para o parlamentar. Os valores, segundo ela, eram entregues para Pressi.

O que chamou a atenção de Conserino foi que a testemunha foi obrigada a devolver R$ 5 mil dos R$ 5.500 que recebeu de restituição do Imposto de Renda. Ela também devolvia 13º salário e o dinheiro das férias. "O objetivo é investigar essa situação do gabinete que foi trazida por testemunhas. Num segundo momento, investigaremos se outros gabinetes também são adeptos dessa odiosa prática de possível corrupção", afirmou Conserino.

Suplente

Com a proximidade das eleições, Marquito deve perder o cargo de vereador suplente amanhã. Funcionários do gabinete já se preparam para deixar seus postos com o aguardado retorno de Jean Madeira (PTB), dono da mandato.

A saída de Marquito prejudica a abertura de processo interno contra o parlamentar. Segundo o líder do PTB, vereador Paulo Frange, a Corregedoria não pode investigar ex-vereador. "Mas o partido não vai se calar diante das denúncias. Vamos apurar o que tem sido divulgado." Marquito e Pressi não responderam aos pedidos de entrevista. Nas redes sociais, Marquito negou as acusações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu investigação contra o vereador Marco Antônio Ricciardelli, o Marquito (PTB), por suspeita de que funcionários que trabalham no gabinete dele são obrigados a devolver parte dos salários para o parlamentar. Edson Roberto Pressi, apresentado na Câmara Municipal de São Paulo como assessor, chefe de gabinete e advogado de Marquito, é investigado por participar do suposto esquema.

A Rádio Estadão e o jornal O Estado de S. Paulo tiveram acesso à investigação. Na semana passada, dois ex-funcionários de Marquito prestaram depoimento ao promotor de Justiça Cassio Conserino. Um deles afirmou que foi nomeado assessor parlamentar em fevereiro de 2013, com salário de R$ 8 mil. Logo no primeiro pagamento, porém, teve de devolver metade dos rendimentos ao gabinete, por ordem de Pressi.

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Pego de surpresa, o funcionário reclamou e, por isso, teve seu salário reduzido ainda mais: dos R$ 8 mil, passaram a sobrar para ele somente R$ 2,5 mil mensais. As regras do chamado "dízimo" cobrado por Marquito são reveladas em um vídeo apreendido pela promotoria. Nele, Pressi explica ao então funcionário que ele teria de devolver R$ 3.390 do seu rendimento todos os meses.

O outro ex-funcionário ouvido por Conserino contou que tinha salário de R$ 2,5 mil. Mas em um mês foram depositados R$ 5 mil em sua conta. O homem afirmou que teve de devolver metade para o gabinete de Marquito. No mês seguinte, recebeu R$ 8 mil, mas ficou com os mesmos R$ 2,5 mil.

A testemunha mostrou os holerites nos quais constam os depósitos dos valores acima do seu salário e deixou também com o promotor cópia de extratos bancários nos quais constam saques de valores altos em dinheiro feitos sempre no dia de pagamento.

Por questão de segurança, a identidade das testemunhas já ouvidas pela promotoria não foi revelada. Para Conserino, há suspeita de crimes de peculato (apropriação de bem ou de dinheiro público para fins particulares) e, na área cível, de improbidade administrativa (desonestidade na condução da função pública com fins de enriquecimento ilícito e prejuízo aos cofres públicos).

"A investigação, que ainda está no começo, não se resume a declarações apenas. Já há um conjunto de provas materiais que vão desde extratos bancários com os saques na boca do caixa de valores altos para supostamente repassar ao vereador a vídeos que registraram o tal pedido. Os fatos são graves", afirma o promotor.

Nesta semana, Conserino deve ouvir depoimentos de outros ex-funcionários.

Marquito, Pressi - que negou as acusações em conversa informal com a reportagem - e também os atuais funcionários do gabinete serão intimados a depor. O parlamentar não respondeu aos pedidos da reportagem para comentar a investigação.

Supersalários

Outro fato que chamou a atenção do promotor é que alguns funcionários do vereador recebem salário muito acima do valor de mercado. No site da Câmara Municipal consta, por exemplo, que o motorista do parlamentar tem renda líquida superior a R$ 11 mil mensais. Conserino vai investigar se o valor é alto para gerar uma devolução substancial a Marquito. A maioria dos motoristas que trabalham na Casa recebe entre R$ 3 mil e R$ 4 mil.

Segundo o site da Câmara, a chefe de gabinete nomeada de Marquito é Maria das Graças Silva Pressi, mulher de Edson Pressi, que raramente é vista no gabinete. Ela recebe o teto do funcionalismo municipal, hoje fixado em R$ 24,1 mil, mesmo salário do prefeito Fernando Haddad (PT). Mas, segundo informações passadas à promotoria, o cargo é apenas de fachada, uma vez que é Edson Pressi quem exerce de fato a função.

A ONG Movimento Voto Consciente avalia que a disponibilidade de cargos e verbas para cada vereador facilita a corrupção. "É preciso acabar com os gabinetes de vereadores e deixar apenas o espaço de cada partido, com uma assessoria técnica de cinco ou seis pessoas", sugere a diretora da entidade, Rosangela Giembinsky

. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vitrines do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as obras de urbanização no complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio, foram superfaturadas em R$ 139,5 milhões, aponta relatório de fiscalização preparado pela Controladoria-Geral da União (CGU).

O superfaturamento, segundo o documento, equivale a 24,47% do valor total contratado para as obras: R$ 710 milhões. O valor inicial contratado foi de R$ 493,3 milhões. Só o teleférico, símbolo do novo Alemão, teve o desvio, identificado pela auditoria, de R$ 14,8 milhões.

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Uma das empreiteiras acusadas, a Construtora Norberto Odebrecht, negou ter cometido ilegalidade. As demais negaram-se a comentar as denúncias ou não responderam ao pedido de entrevista.

O relatório, de 2013, foi anexado ao inquérito aberto no ano passado pela Superintendência da Polícia Federal no Rio para investigar a prática de sobrepreços nos contratos e suspeitas de fraude no processo de licitação. O Ministério Público Federal abriu inquérito civil público para acompanhar a apuração. Em nota, a PF informou que não comenta investigações em andamento.

A auditoria encontrou valores superfaturados nas obras do teleférico, no transporte de cargas, na destinação dos resíduos da construção civil, nas demolições e nas obras de drenagem pluvial e esgoto sanitário. Também foram verificados sobrepreços nos gastos com aluguel social, indenizações de benfeitorias e compra de imóveis para quem teve de ser removido do Alemão. A CGU detectou ainda a inserção indevida de despesas com impostos no custo final da obra, o que gerou superfaturamento.

O Complexo do Alemão é formado por 30 favelas onde vivem, segundo o Censo 2010 do IBGE, 60,5 mil pessoas. As obras foram iniciadas em 2008, com a presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, na ocasião, apresentou a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como "a mãe de PAC". Na inauguração do teleférico, em julho de 2011, já presidente, Dilma classificou o sistema como símbolo máximo do programa.

Parâmetros

Os valores pagos pelas obras foram inflados na Bonificação e Despesas Indiretas (BDI), segundo o relatório. Trata-se de uma taxa, que inclui despesas com impostos e o lucro do construtor, aplicada sobre o custo do empreendimento, para chegar ao valor final da obra ou serviço. A CGU detectou porcentuais acima dos parâmetros estabelecidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o que resultou em pagamentos superfaturados.

O teleférico teve superfaturamento de R$ 14,8 milhões - incluindo o sobrepreço de R$ 4,7 milhões na instalação de estacas das fundações das cinco estações e das torres que sustentam os cabos. O sobrepreço ocorreu pela não adoção do porcentual de BDI diferenciado para a construção do sistema de transportes. A Secretaria de Obras do Estado do Rio e o Consórcio Rio Melhor, formado pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Delta, usaram porcentual de 29%. Para a CGU, o correto seria 12%, conforme exigência do TCU. A obra custou R$ 210 milhões, no total.

O teleférico está no centro da investigação sobre o suposto conluio entre as empresas que venceram a licitação, em 2008. A PF apura se o Consórcio Rio Melhor e os consórcios concorrentes Manguinhos e Novos Tempos, liderados pelas construtoras Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão, respectivamente, trocaram documentos entre si. As empresas são acusadas de formar cartel em obras da Petrobras.

A Construcap, firma que participou da concorrência, denunciou suposto direcionamento do processo e acerto prévio. O Consórcio Manguinhos venceu a licitação para o PAC da favela do mesmo nome, na zona norte. O Novos Tempos ficou com a Rocinha, favela na zona sul da capital fluminense. O delegado Helcio Assenheimer pediu ajuda à Operação Lava Jato, que investiga a atuação das empreiteiras e do governo federal em obras e licitações.

Construtoras

A empreiteira Odebrecht afirmou que não cometeu ilegalidade. "A Odebrecht nega a participação em qualquer ação ilícita", disse em nota. Procuradas, a Queiroz Galvão e a Andrade Gutierrez também informaram que não comentariam a investigação. A OAS e a Delta, que faziam parte do consórcio que realizou obras de urbanização no Complexo do Alemão, não responderam aos e-mails enviados da reportagem.

Em nota, a CGU disse que os trabalhos ainda estão em andamento e por isso não se manifestará sobre o relatório. O documento foi enviado ao Ministério das Cidades, que não se pronunciou sobre as suspeitas de desvio. Na semana passada, o ministério afirmou apoiar a apuração de qualquer suspeita. A Secretaria de Obras do Estado do Rio não respondeu à reportagem.

O Instituto Lula, através de sua assessoria de imprensa, rebateu as críticas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e recomendou que o governador explique "desvios" no estado. Em evento na manhã deste sábado, Alckmin afirmou que o "ex-presidente é o retrato do Partido dos Trabalhadores (PT), que está envolvido em corrupção".

Em resposta à questionamento do Broadcast, a entidade afirma que "seria mais proveitoso para a população de São Paulo se o governador explicasse os desvios nas obras do metrô e na merenda escolar, a violência contra os estudantes e os números maquiados de homicídios no estado, ao invés de tentar desviar a atenção para um apartamento que não é e nunca foi de Lula".

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Nesta semana, a Polícia Federal deflagrou a 22ª fase da Lava Jato, tendo como foco obras da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), entre elas o edifício Solaris, no Guarujá (SP), onde a esposa de Lula, Marisa Letícia, teve direito de compra de um apartamento. O ex-presidente e a ex-primeira-dama foram intimados pelo Ministério Público de São Paulo a depor sobre o apartamento, na condição de investigados - a investigação tenta descobrir se houve ocultação de patrimônio.

"Eu acho que o Lula é o PT. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites. É muito triste o que estamos vendo", disse o governador, em evento realizado em São Paulo. "O que a sociedade espera é que seja apurado com absoluto rigor e se faça justiça".

A fala de Alckmin aos jornalistas ocorreu após solenidade de entrega de 734 novas viaturas para as polícias Civil e Militar, destinadas às unidades da capital. Desse montante, 265 novos veículos serão destinados à Polícia Civil, enquanto a Polícia Militar receberá 469 viaturas. O investimento total do Estado para a renovação da frota foi de mais de R$ 56 milhões.

O cunhado da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) e ex-secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad, foi alvo nessa terça (18) da Operação Sermão aos Peixes da Polícia Federal, que investiga desvios de recursos públicos no valor total de R$ 114 milhões na área de Saúde do Maranhão, segundo a Controladoria-Geral da União.

Murad é investigado por suposto desvio de R$ 8 milhões de verbas para a construção de unidades de Saúde durante o governo da peemedebista no Estado. O ex-secretário foi conduzido coercitivamente para depor na PF - quando o investigado é levado para depor e liberado. A PF pediu à Justiça Federal prisão preventiva de Murad. A operação foi conduzida em parceria com a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal.

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A suspeita é de que houve desvios de recursos públicos federais do Fundo Nacional de Saúde, destinados ao Sistema de Saúde do Estado do Maranhão.

Em agosto, o juiz federal José Carlos do Vale Madeira determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário e o bloqueio de R$ 17, 5 milhões em bens do ex-secretário de Estado.

'Burla'

"A investigação teve início em 2010, quando o então secretário de Saúde do Estado do Maranhão se utilizou do modelo de 'terceirização' da gestão da rede de saúde pública estadual, ao passar a atividade para entes privados - Organização Social (OS) e Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), e, assim, fugir dos controles da lei de licitação. Contudo, essa flexibilização significou uma burla às regras da lei de licitação e facilitou o desvio de verba pública federal, com fim específico de enriquecimento ilícito dos envolvidos", informou a PF.

Segundo a corporação, com o modelo de gestão foi possível empregar pessoas sem concurso público e contratar empresas sem licitação para a construção de unidades de Saúde.

A PF informou que a Sermão aos Peixes se refere ao sermão do padre Antônio Vieira que, em 1654, falou sobre como a terra estava corrupta, censurando seus colonos com severidade.

Mais de 200 policiais federais e dez servidores da Controladoria-Geral da União participaram da operação. Segundo a PF, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, 60 mandados de busca e apreensão e 27 mandados de condução coercitiva.

Durante o período de investigação, os fluxos de recursos destinados pela União, por meio do Ministério da Saúde, ao Fundo Estadual de Saúde do Maranhão resultaram em um montante de R$ 2 bilhões.

Os investigados poderão responder, na medida de sua participação, pelos crimes de estelionato, associação criminosa, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Em agosto, quando R$ 17,5 milhões e bens do cunhado de Roseana foram bloqueados, Murad "reforçou o ato de perseguição articulado pelo atual governador Flávio Dino (PC do B), através de uma ação proposta pelo Estado, baseada em uma auditoria falsa e produzida pela Secretaria de Transparência, criada única e exclusivamente para perseguir seus adversários políticos".

Segundo levantamento feito no início do ano pelo governador do Maranhão, Flávio Dino, mais de 20 unidades de saúde foram abandonadas ou tiveram as obras paralisadas.

As assessorias de imprensa de Roseana Sarney e do ex-secretário informaram nessa terça, 17, que não iriam se manifestar.

Ex-presidente da Petrobras, citado em investigações sobre desvios na estatal, José Sérgio Gabrielli afirmou nesta terça-feira. 20, que os recursos relacionados a corrupção são "muito pequenos" diante do tamanho da companhia.

Em entrevista a blogs e sindicalistas, o executivo classificou a CPI da Petrobras como um "espetáculo onde a pergunta é mais importante que a resposta" e afirmou que a Operação Lava Jato provoca um "pequeno problema de reputação" para a empresa. Para Gabrielli, a paralisia na empresa, em função da queda na cotação internacional de petróleo, "pode ser a diferença entre (o PIB) crescer e não crescer".

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"Quando você olha os casos confessados pelos corruptos, os números são muito pequenos em relação à Petrobras. Temos um gerente executivo confesso, um diretor corrupto confesso, dois outros que negam as acusações. São quatro ou cinco pessoas de alto nível da companhia em uma estrutura altamente complexa. São 55 mil contratos geridos por 3 mil gerentes coordenadores de despesas, com diferentes níveis de alçada. Projetos que chegam à diretoria acima de US$ 25 milhões - abaixo, nem chega", afirmou Gabrielli.

Na entrevista veiculada ontem pela internet, o executivo comparou a empresa a "botequim ou um armazém" onde "mesmo com o dono sentado no balcão" existem perdas não reconhecidas de 3% sobre o faturamento.

"Os procedimentos internos da companhia foram seguidos, e o processo de corrupção ocorreu na relação deles (ex-funcionários) com fornecedores externos. Era impossível que a estrutura normal da companhia percebesse esses problemas. Na vida real, era quase impossível saber", ponderou.

A entrevista foi concedida aos jornalistas Altamiro Borges, Paulo Salvador e Eduardo Guimarães, no programa Contraponto, do Sindicato dos Bancários, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Sem ser citado no relatório final da CPI da Petrobras, na Câmara, Gabrielli avaliou que a comissão não investigou com detalhes os contratos da estatal e se tornou um "espetáculo onde a pergunta é mais importante que a resposta".

O ex-presidente da Petrobras também avaliou que a Operação Lava Jato causa um "pequeno problema de reputação" à estatal. "Pequeno é uma condescendência", retificou Gabrielli. "Lava Jato cria um grande problema reputacional que, associado a problema financeiro de curto prazo, cria problema de imagem de curto prazo. Mas não se pode destruir o valor de longo prazo e o potencial extraordinário para a companhia e para o Brasil".

Sobre a refinaria de Pasadena, Gabrielli voltou a defender a compra da mesma, considerada um "excelente negócio" em 2006, ano de sua polêmica aquisição. Para o ex-presidente, a refinaria tem "situação favorável e margens razoáveis" devido à localização e enfrenta ciclos típicos de uma refinaria. A compra é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou um prejuízo de mais de US$ 700 milhões com a compra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As longas jornadas de trabalho em atividades muito intensas, ou de plena inércia, podem estar na raiz dos mais diversos problemas de coluna, dentre eles, os desvios que, segundo estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), acometem cerca de 20% da população mundial.

No vídeo, o doutor Carlos Lopes fala sobre os desvios de coluna mais comuns. Entram na lista as escolioses, lordoses, cifoses, dentre outras que podem ser corretamente tratadas, mas, principalmente, podem e devem ser evitadas. Para isso, o especialista também dá dicas de como obter uma postura corporal acertada.

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Então, saiba como identificar e se livrar dos desvios de coluna:

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A Polícia Federal indiciou o ex-diretor Internacional da Petrobras Jorge Zelada por suposto envolvimento no esquema de desvios da estatal. Ele é suspeito de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O indiciamento foi comunicado esta semana pela PF a advogados do ex-diretor. O relatório com as conclusões do inquérito será agora analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se o denuncia à Justiça ou se cabe o aprofundamento das apurações.

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Zelada foi preso pela PF na 15ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Mônaco, no início de julho. A Procuradoria da República no Paraná sustenta que ele teria transferido 7,5 milhões de euros que mantinha na Suíça para uma conta no principado europeu. Os recursos, supostamente provenientes de corrupção, não teriam sido declarados por ele ao Fisco brasileiro.

O relatório de indiciamento se baseia na informação de que Zelada teria recebido propinas provenientes do aluguel de navios sonda para a Petrobras, entre eles o Titanium Explorer (Vantage), em 2009. Essas contratações, segundo auditoria da estatal, foram superfaturadas e deram prejuízo milionário.

Detalhes do esquema foram dados pelo lobista Hamylton Padilha, que representava as empresas desse segmento junto à companhia petrolífera. Ele estaria colaborando com as investigações conduzidas pelo MPF no Paraná, que já tem 23 delatores.

O advogado de Zelada, Renato de Moraes, afirmou que o indiciamento é precipitado, uma vez que uma série de documentos e informações acaba de ser anexada ao inquérito. "A precipitação tem a ver com o método usado em Curitiba: prender para investigar. Então, você tem de correr com a investigação", criticou.

O advogado minimizou a decisão da PF. "O indiciamento não quer dizer nada. É aquilo que o delegado acha. Já vi vários indiciados não serem denunciados e vários que não foram indiciados ser denunciados", declarou.

Zelada ficou em silêncio no depoimento. A defesa alega não ter tido acesso integral às acusações. O ex-diretor nega a titularidade da conta em Mônaco e, segundo seus defensores, dará explicações detalhadas a respeito oportunamente.

O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, preso pela Polícia Federal na última sexta-feira, dia 29, por suspeitas de desvio de recursos públicos para campanhas do PT, mentiu em depoimento que prestou à PF em 2014, quando a polícia apreendeu R$ 113 mil no avião particular em que ele voou de Belo Horizonte a Brasília.

Segundo documentos obtidos pelo Estado, Bené afirmou não ser filiado a partido político em depoimento prestado em 7 de outubro do ano passado, quando o avião onde estava o dinheiro foi fiscalizado. No entanto, de acordo com registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bené é filiado ao PSB do Distrito Federal desde 2 de outubro de 2009.

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Uma das empresas de que Bené é sócio, a GMB Comércio de Vinhos Ltda, doou R$ 3 mil à campanha de Jofran Frejat (PR-DF) ao governo do DF e outros R$ 3 mil à campanha de Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que foi eleito governador.

A PF vê indícios de que Bené seria o operador de uma organização criminosa que desviava recursos públicos por meio de contratos não executados e/ou superfaturados com entes federais. Os contratos, segundo a Polícia Federal, eram feitos principalmente nas áreas de eventos e serviços gráficos e o dinheiro era lavado por ele.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública pediu a excomunhão do ex-capelão da PM, o tenente-coronel e padre Osvaldo Palópito. De acordo com Alexandre de Moraes, chefe da pasta, o policial militar da reserva foi preso nesta terça-feira (26) acusado de desviar cerca de R$ 2 milhões de recursos da Capelania Militar da corporação. Ele está detido no Presídio Militar Romão Gomes, na região do Tremembé, na zona norte de São Paulo.

O pedido de prisão do oficial foi feito pela Corregedoria da Polícia Militar. Em fevereiro, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que o PM, hoje no quadro de reserva com uma aposentadoria de R$ 16.377,51, já estava sendo investigado por improbidade administrativa. Ele solicitou a passagem para a reserva no dia 31 de janeiro.

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Além de pedir para que a Igreja Católica expulse o padre, o governo estadual também quer o oficial fora do quadro de servidores do Estado. "O dinheiro que ele subtraía era o dinheiro da igreja, dos fiéis, o dízimo que ele subtraia para ele", explicou o secretário. Palópito era o responsável pela Paróquia Santo Expedito - santo que foi militar -, na Rua Jorge Miranda, na Luz, na região central de São Paulo. Neste endereço, ao lado de outros prédios da PM como o quartel do BPChoque, fica a Capelania.

O prédio foi erguido nos anos de 1940, com doações feitas pelos integrantes da antiga Força Pública, corporação que deu origem à Polícia Militar. O caso evolvendo o oficial fez o Comando da Polícia Militar extinguir o cargo de capelão. A decisão foi tomada por Moraes e o coronel Ricardo Gambaroni, comandante geral da PM no Estado de São Paulo. "Nós conversamos sobre a desnecessidade desse cargo até em virtude da pluralidade religiosa", afirmou o secretário Moraes. A reportagem não localizou nenhum advogado de Palópito.

Investigação

A investigação contra o religioso militar começou em setembro de 2014, com a quebra de seus sigilos bancário e telefônico. As suspeitas contra ele datam de 2009, mas os indícios surgiram recentemente. Uma operação de busca e apreensão em uma casa do ex-capelão, no litoral norte de São Paulo, forneceu pistas que fortaleceram o Inquérito Policial Militar (IPM).

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