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Milhares de tibetanos exilados compareceram nesta sexta-feira ao funeral do jovem Jamphel Yeshi, de 27 anos, que se auto imolou na segunda-feira desta semana, quando ateou fogo ao próprio corpo. Yeshi morreu na quarta-feira com queimaduras em 98% do corpo. O jovem exilado tibetano protestava contra a visita do presidente chinês Hu Jintao a Nova Délhi e contra a ocupação chinesa do Tibete. O caixão com o corpo do jovem foi coberto com uma bandeira do Tibete e levado para um templo na cidade de Dharmsala, norte da Índia, onde fica o governo tibetano no exílio e onde também vive o líder espiritual do Tibete no exílio, o dalai-lama.

"Quantos tibetanos terão que perder a vida até que a questão tibetana seja resolvida?" disse em discurso a porta-voz do governo tibetano no exílio, Penpa Tsering, à multidão emocionada. Mais tarde, uma ambulância levou o corpo de Yeshi para um crematório.

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Cerca de 30 tibetanos ou sino-tibetanos se auto imolaram durante o ano passado em províncias chinesas onde vivem tibetanos étnicos, como Sichuan, em protesto contra o governo autoritário de Pequim. O governo chinês acusa o dalai-lama de incentivar os suicídios e disse que a ação de auto imolação é uma forma de terrorismo. O dalai-lama, contudo, afirma que as auto imolações são o resultado de décadas de políticas repressivas chinesas no Tibete.

As informações são da Associated Press.

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