O ex-rival da presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições presidenciais de 2014, e senador da República, Aécio Neves (PSDB), declarou nesta quarta-feira (11), total apoio às manifestações públicas contra o governo, marcadas para o próximo domingo (15). O tucano também fez questão de frisar que o PSDB estará “ao lado de milhares de brasileiros, em todas as regiões do país”, durante o ato.
Apesar da postura do presidente nacional da legenda, a executiva do partido decidiu em reunião, também nesta quarta, prestar apoio informal aos movimentos organizados em todo país por entender que as manifestações são uma iniciativa espontânea da população e não devem ter natureza partidária, diferente da decisão pessoal de Aécio.
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“Divulgamos o irrestrito apoio às manifestações pacíficas e democráticas que estão sendo organizadas de forma apartidária por vários setores da sociedade brasileira. O PSDB estará ao lado de milhares de brasileiros, em todas as regiões do país, com seus militantes, simpatizantes e várias de suas lideranças nessas manifestações, que expressam um grande sentimento de indignação da sociedade brasileira em relação à degradação moral e os gravíssimos problemas econômicos e sociais criados pelo governo da presidente Dilma", destacou o parlamentar, durante em entrevista coletiva em Brasília.
O opositor ao governo também contestou as declarações dadas pela presidente Dilma e por ministros do governo que classificaram os protestos populares como um 3º Turno das eleições presidenciais. "Não podemos aceitar que queiram dizer ao país o que se pode ou não protestar. O Brasil vive no pleno estado de direito. O que combatemos é o estelionato eleitoral. É o governo que agora toma medidas no campo oposto àquelas que defendia durante a época da campanha eleitoral. Um governo que não tem sequer respeito à população brasileira para dizer que errou e errou muito ao longo dos últimos anos", disparou.
Outro assunto tratado pelo tucano foi os rumores sobre um possível impeachment da presidente, mas ele voltou a esclarecer que a agenda atual do PSDB não inclui a discussão sobre esse pedido. "Não proibimos e nem estamos proibidos de dizer a palavra impeachment. Ela apenas não está na agenda do PSDB. Desconhecer setores da sociedade que defendem essa tese é desconhecer a realidade. Mas essa não é a agenda neste momento do PSDB", garantiu.
Neves aproveitou a sabatina com os jornalistas para comentar ainda os panelaços ocorridos em algumas cidades brasileiras durante o pronunciamento da presidente em cadeia nacional de rádio e TV. "É o cúmulo do ridículo dizer que o panelaço foi patrocinado pelas oposições. Nem que nós tivéssemos um crédito ilimitado nas Casas Bahia ou no Ricardo Eletro nós conseguiríamos comprar tanta panela para os brasileiros", ironizou, criticando o discurso da petista em seguida. "Enquanto a presidente da República não vier a público pedir desculpas à população brasileira pelo descalabro moral do seu governo, pelos gravíssimos equívocos na condução das políticas na área de energia e no conjunto da economia, certamente, ela estará se distanciando cada vez mais do sentimento da população brasileira", alfinetou o tucano.
Confira o vídeo de Aécio abaixo: