No próximo sábado (23) é celebrado o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira (FAB), data instituída pela Lei nº 218, de 4 de julho de 1936, que presta uma homenagem ao primeiro voo realizado pelo aeronauta e inventor brasileiro Santos Dumont (1873-1932), por meio da aeronave 14-Bis, também conhecido como Oiseau de Proie.
A data também presta homenagem a todos os pilotos que se aventuram pelos ares e auxiliam muitos passageiros a chegarem em seus destinos de maneira rápida e segura, como é o caso do piloto de Boeing 737, Rafael Teixeira Scantamburlo, 39 anos, de São José dos Campos.
##RECOMENDA##Scantamburlo iniciou sua carreira como controlador de tráfego aéreo e ele conta que a aviação sempre foi uma atividade que o inspirou. Além disso, seu pai trabalhava como mecânico na FAB. “Hoje trabalho como piloto em uma grande companhia aérea do país. Já são quase 20 anos e parece que foi ontem. Fazer o que gosta torna o trabalho um passatempo remunerado, mesmo com todas as responsabilidades envolvida nas operações aéreas”, comentou.
Durante toda a carreira de Scantamburlo, muitos foram os desafios que o envolveram na profissão de aviador mas, para ele, o maior deles é seguir todos os procedimentos e ser cauteloso com os detalhes da operação. “Isso também torna o trabalho mais fácil”, afirma.
A adrenalina presente na viagem aos ares também vem acompanhada do medo, que segundo Scantamburlo, é o que impõe limites. “Sugiro nunca voarem com um piloto que não tem medo. A aviação me ensinou a lidar com os medos e usar a habilidade e o treinamento para superar os desafios do dia-a-dia”, destaca.
Dicas para futuros pilotos
Aos que desejam se aventurar pelos céus, o primeiro passo é buscar por uma escola de aviação ou aeroclube para realizar a parte teórica e prática do curso, como indica o piloto privado de avião, bacharel em ciências aeronáuticas, mestre em Meteorologia; professor no Centro Universitário Universus Veritas (Univeritas)e diretor e fundador da Companhia das Asas Escola de Aviação Civil, Marcos Paulo de Souza.
Segundo Souza, o aluno precisará primeiro realizar o curso de piloto privado e, após a conclusão das partes teóricas e práticas, será possível iniciar um curso de piloto comercial. “Por meio de uma busca no site da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o aluno poderá conferir quais instituições de ensino são homologadas para oferecer tais cursos”, explica.
Souza destaca que é fundamental dominar o idioma inglês, pois tanto pilotos da aviação comercial, como pilotos da aviação executiva que viajam para o exterior, são submetidos ao exame Santos Dumont English Assessment (SDEA), popularmente conhecido como teste da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). “É necessário alcançar no mínimo o nível 4, que tem o nível máximo de 6”, pontua.
De acordo com Souza, a formação superior não é uma exigência, mas é um diferencial para se destacar em processos seletivos.