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O sal, e não apenas o açúcar, desempenha um papel na diabetes - é o que dizem pesquisadores franceses que chegaram a esta conclusão após trabalharem com cirurgia para obesidade. No estudo, que acaba de ser publicado na revista médica norte-americana Cell Metabolism, os pesquisadores estimam que a descoberta pode levar a novas medidas de prevenção.

"Medidas nutricionais simples, como a diminuição da ingestão simultânea de sal e açúcar poderiam prevenir ou tratar a diabetes tipo 2 (a mais frequente)", escrevem os autores, evocando também a possibilidade de novos tratamentos. Eles chegaram a esta conclusão estudando porcos anões que passaram por uma cirurgia de obesidade do tipo bypass, que consiste em modificar o circuito alimentar ao dar um curto-circuito numa parte do estômago e do intestino.

Mais de 200.000 pacientes que sofrem com a obesidade foram operados nestes últimos anos na França, com resultados frequentemente positivos em termos de perda de peso, mas também no que diz respeito à diabetes, uma doença bastante associada à obesidade. "Nos perguntamos por que o bypass tinha um impacto tão positivo sobre a diabetes, com uma baixa espetacular da glicemia (taxa de açúcar no sangue) muito rápida, antes mesmo de qualquer perda de peso", explicou à AFP François Pattou, principal autor do estudo.

A pesquisa sobre os porcos anões - cuja alimentação parece com a dos seres humanos - permitiu mostrar que a absorção global de glicose pelo organismo ficou reduzida quando passou a ser absorvida apenas pela parte baixa do intestino, como ocorreu nos porcos operados, e não na parte alta, como nos porcos não operados. O sal é necessário para a absorção da glicose.

A operação empurrar o momento em que a bílis, que tem um elevado teor de sal, junta-se o bolo alimentar, "diminuímos assim a absorção da glicose", explica Pattou, cirurgião e pesquisador do Inserm em Lille. Para confirmar o papel do sal, os pesquisadores deram em seguida grandes quantidades aos porcos anões e observaram um aumento da glicemia após as refeições.

Para Pattou, estes resultados confirmam a influência do sal na alimentação sobre a elevação da glicemia, já sugerida por um estudo israelense publicado há alguns meses. No estudo, o conteúdo de sal vinha em quarto lugar nos critérios que influenciam a elevação da glicemia, atrás do conteúdo de açúcar das refeições, do fato de ser diabético e da hora das refeições (a glicemia aumentando mais após as refeições da noite).

Uma mulher que consome muita batata antes de engravidar pode ter um risco aumentado de desenvolver diabetes durante a gravidez, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (13) numa revista médica britânica.

A diabetes da gravidez (ou "diabetes gestacional"), ocorre na mulher grávida por volta do segundo trimestre. Ela deve ser observada e tratada já que comporta um risco para a mãe como para a criança.

A batata é um dos alimentos mais consumidos do mundo e seu consumo é encorajado em inúmeros países, enquanto certos estudos estimam que elas podem ter um efeito nefasto sobre a taxa de açúcar no sangue em função de seu elevado conteúdo de amido.

Mas o impacto na gravidez não era claro até hoje.

Razão pela qual um grupo de pesquisadores americanos estudou cerca de 15.000 mulheres que engravidaram entre 1991 e 2001.

Nenhuma dessas mulheres - acompanhadas durante um estudo sobre a saúde das enfermeiras - não apresentava diabetes antes de engravidar.

Das 21.000 gravidezes não múltiplas registradas, 854 foram associadas a uma diabetes gestacional.

Após ter levado em conta outros fatores de risco de diabetes gestacional como idade, atividade física ou obesidade, os pesquisadores dirigidos por Cuilin Zhang descobriram que as mulheres que consomem muitas batatas (mais de cinco porções por semana) tinham um risco aumentado de 50% com relação àquelas que consumiam menos de uma porção por semana.

A substituição de duas porções de batata por legumes ou cereais por semana culminava na diminuição do risco de diabetes gestacional de 9 a 12%.

Para explicar esse fenômeno, os autores do estudo argumentam que o alto índice glicêmico das batatas provoca um rápido aumento nos níveis de açúcar no sangue.

Eles reconhecem que trata-se apenas de um estudo "observacional" (que se contenta em estabelecer uma ligação entre um fator de risco e a ocorrência de uma doença) e que não é possível tirar conclusões sobre as causas da patologia.

A descoberta de uma enzima que neutraliza os efeitos tóxicos do excesso de açúcar no organismo poderia abrir o caminho para novos tratamentos contra o diabetes e a obesidade.

A enzima, cuja existência entre os mamíferos antes era ignorada, regula a utilização da glicose e os lipídios por diferentes órgãos, explicam os pesquisadores liderados por Marc Prentki e Murthy Madiraju do centro de pesquisa do hospital da Universidade de Montreal (CRCHUM).

A descoberta desta enzima, chamada glicerol-3-fosfato-fosfatasa (G3PP), foi publicada na segunda-feira (11) nas Atas da Academia Norte-americana de Ciências (PNAS).

Quando a glicose está anormalmente alta no organismo, o glicerol-3-fosfato derivado da glicose alcança níveis excessivos nas células que poderiam provocar danos aos tecidos. "Verificou-se que o G3PP pode degradar a maior parte do excesso de glicerol-3- fosfato e desviar a célula, de modo que as células beta do pâncreas produtoras de insulina e os diversos órgãos são protegidos contra os efeitos tóxicos dos níveis elevados de glicose", explica Marc Prentki, professor da Universidade de Montreal.

A glicose e os ácidos graxos são os principais nutrientes das células dos mamíferos. Seu uso nas células regula muitos processos fisiológicos, tais como a secreção de insulina no pâncreas e de glicose no fígado, assim como o acúmulo de lipídios no tecido adiposo e o metabolismo de nutrientes para a produção de energia. A irregularidade destes processos faz com que a obesidade, a diabetes adulta (tipo 2) e doenças cardiovasculares.

A insulina é um hormônio-chave produzido pelas células do pâncreas para regular o uso de glicose e lipídios. Se estas células são expostas a muita glicose e ácidos graxos, os próprios nutrientes tornam-se tóxicos e as alteram, provocando sua disfunção e, eventualmente, diabetes. A enzima G3PP é fundamental para o bom funcionamento do metabolismo, já que é necessária tanto para a produção de energia como para a formação de lipídeos, dizem os cientistas.

Os resultados desta pesquisa oferecem uma nova alternativa terapêutica potencial contra a obesidade, o diabetes e a síndrome metabólica, estimam os investigadores.

Normalmente diagnosticada em pessoas com mais de 40 anos, a diabetes tipo 2 já se desenvolve em crianças: é o que mostra o caso de uma menina de três anos apresentada como uma das mais jovens pacientes afetadas pela doença.

A menina norte-americana pesava 35 kg aos três anos, duas vezes o peso normal para uma criança da mesma idade (entre 11 e 17 kg). Segundo Michael Yafi, pediatra especializado em endocrinologia da Universidade do Texas em Houston, os hábitos alimentares da criança não eram saudáveis.

"Tomando como base os sintomas, a avaliação física e os resultados laboratoriais, diagnosticamos uma diabetes tipo 2", explicou nesta quinta-feira o médico, responsável pela menina, durante a reunião anual da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes, em Estocolmo.

A diabetes tipo 2, que representa quase 90% dos casos de diabetes, corresponde a uma alta prolongada da taxa de açúcar na corrente sanguínea. A doença aumenta com a idade e é normalmente associada à obesidade e ao sobrepeso. O modo de vida é considerado o principal fator de risco para a diabetes.

A diabetes tipo 1, ou insulino-dependente, é a que aparece com mais frequência de maneira brutal entre crianças e jovens adultos. Menina de 3 anos é diagnosticada com diabetes tipo 2, comum em adultos

Uma vez diagnosticada, a menina foi tratada com o antibiabético Metformina, e seus pais foram instruídos a controlar seus consumos alimentares, especialmente em termos de calorias. A perda de peso permitiu normalizar sua taxa de glicose (açúcar) no sangue e o tratamento foi parado de maneira progressiva. Seis meses após o diagnóstico, o peso da menina caiu para 26 quilos.

"A diabetes tipo 2 é reversível nas crianças graças a um diagnostico precoce em crianças obesas, um tratamento apropriado e uma modificação do modo de vida", afirmou Yafi, que convidou a classe médica a considerar "a possibilidade" de uma diabetes tipo 2 e não apenas tipo 1 entre os menores.

Não tratada, a diabetes pode levar a problemas neurológicos, cardiovasculares (em particular na circulação sanguínea com risco de amputações), oculares, renais ou dentais. Segundo um estudo sobre "o impacto mundial da mortalidade"(Global Burden of Disease) publicado no ano passado, 25% das crianças estariam atualmente com sobrepeso.

O Hospital das Clínicas do Recife (HC) realiza mutirão de visão gratuito para pessoas com diabetes, no próximo sábado 1º de agosto. A ação tem como principal objetivo diagnosticar pacientes acometidos pela retinopatia diabética - lesão nos vasos sanguíneos do fundo dos olhos - causada pela elevação do açúcar no sangue, que quando não tratada pode desenvolver o edema macular diabético, principal causa de cegueira em pacientes em idade produtiva1.

A ação será promovida pelo Departamento de Oftalmologia do Hospital das Clínicas do Recife com apoio da farmacêutica Novartis. Quem for ao local receberá atendimento gratuito para realizar exames oftalmológicos e de glicemia, que incluem acuidade visual, medida da pressão ocular, exame de fundo de olho, teste de glicemia e medida da pressão arterial, além de tirar dúvidas sobre a importância do monitoramento da glicose para a saúde da visão.

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Durante o exame, devido à necessidade de dilatação da pupila, o que deixa a visão embaçada temporariamente (por algumas horas), é preciso a presença de acompanhante para que o exame seja realizado. O mutirão será realizado na área do estacionamento da divisão de dermatologia, na parte externa do Hospital das Clínicas, e o cadastro de pacientes será feito das 8h às 14h. 

Mutirão de Diabetes e Glaucoma

Sábado 1º de agosto | 8h às 15h30 (Cadastro até ás 14h)

Avenida Professor Moraes Rego, s/n - Cidade Universitária

(81) 99412681 (Não é necessário o agendamento)

 

Exames gratuitos: teste de acuidade visual, medida da pressão ocular, exame de fundo de olho, teste de glicemia e medida da pressão arterial. 

Uma nova máquina chegou ao Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE): o OCT Avanti possibilita que pacientes com diabetes, oclusões vasculares ou hipertensão arterial tenham uma possibilidade diferenciada na hora de fazer exames de retina, glaucoma e córnea. A tecnologia é uma das pioneiras no mercado a realizar angiografia sem contraste. 

O equipamento está a serviço das três especialidades: retina, glaucoma e córnea, simultaneamente, e representa um avanço para pacientes alérgicos que possam ter problemas com o procedimento de contraste, ou que apresentem alterações vasculares como as oclusões, entre outros. O hospital investiu R$ 450 mil na aquisição do aparelho.

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“Inédito em Pernambuco, ele também proporciona mais agilidade e maior qualidade das imagens. Enquanto o OCT tradicional realiza 24 mil scans por segundo o Avanti é capaz de capturar 70 mil scans, garantindo melhor imagem. Outro diferencial é que o equipamento pode gerar o mapa epitelial da córnea para rastrear precocemente o ceratocone”, explica o oftalmologista Bernardo Cavalcanti, que esteve à frente do processo de aquisição do OCT Avanti.

O OCT Avanti permite ainda a visualização das camadas da retina em ampla profundidade e  ajusta o contorno do disco óptico a aspectos singulares do paciente como etnia, gênero e idade.

O "rei do blues" B.B. King foi hospitalizado, informou nesta segunda-feira o jornal Los Angeles Times, citando representantes do cantor, sem dar detalhes sobre seu estado de saúde.

Riley B. King, de 89 anos, é membro do Salão da Fama do Rock and Roll e, considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos.

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O músico sofre de diabetes tipo II há mais de 20 anos, mas seus representantes não informaram o motivo da internação, assinalou o jornal.

Com mais de 50 álbuns, King é conhecido por sucessos como "Three O'Clock Blues", dos anos 50, "The Thrill Is Gone", de 1970, ou "When Love Comes to Town", que gravou em 1989 com os irlandeses do U2.

Em outubro passado, King precisou abandonar um espetáculo diante de um quadro de desidratação e esgotamento, o que provocou a suspensão do restante da turnê.

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Apesar das restrições alimentares e da necessidade constante de aplicação de insulina, a diabetes é uma doença que, atualmente, pode ser tratada com mais facilidade. Segundo dados da Federação Internacional do Diabetes (IDF) de 2013, foram registrados 371 milhões de diabéticos em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é de 13,4 milhões de pessoas tenham a doença. Apesar de a quantidade de diabéticos ultrapassar a expectativa – a previsão era de que o Brasil chegasse aos 12,7 milhões de diabéticos somente em 2030 –, o suporte aos que precisaram mudar a alimentação depois do diagnóstico da doença melhorou consideravelmente ao longo dos anos. 

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“Antigamente, o tratamento de diabéticos era muito mais difícil. Hoje existe a contagem de carboidratos, que facilita a vida dos diabéticos. Eles podem até consumir doces, dependendo da quantidade de carboidratos que for contabilizada”, explica Rosilda Alves, membro da APDJ. “As insulinas também diminuíram de preço. Ainda é muito caro, mas o valor das medicações baixou de um tempo pra cá. O Governo também distribui insulina; mesmo com a falha nas doações durante alguns meses, também é uma forma de conseguir o medicamento”, explica Rosilda, mãe de um paciente diagnosticado aos 10 anos de idade com diabetes. Atualmente, o filho de Rosilda tem 29.

No Brasil, existem diversas associações que popularizaram a doença e trazem assistência aos diabéticos. A Associação Pernambucana de Diabéticos Jovens (APDJ) é uma delas: há 36 anos, a instituição acompanha clinicamente os pacientes, além de fornecer orientações sobre a diabetes à população em geral. Desde a fundação da APDJ, a associação foi agregando membros que, em sua maioria, fazem parte da família de quem tem a doença. Ao longo dos anos, a sensação de muitos dos membros é de orgulho, mas, para alguns deles, ainda há muito a ser feito. 

Abraçando a causa

Jonas Coriolato é Fundador da APDJ e explica que a Associação foi pioneira na aferição de glicose em pontos da cidade. “Nossa luta começou há mais de 30 anos. Quando nenhuma instituição oferecia testes de glicemia na rua, nós fazíamos isso. Ao longo desse tempo, também fizemos colônias de férias pelo Nordeste para ajudar crianças diabéticas a entenderem as limitações na dieta. Nosso trabalho é feito com muito carinho e dedicação. O problema é que a população ainda não tem informação suficiente sobre a doença”, reclama. 

Coriolato é professor de Educação Física e explica que abraçou a causa devido à sua avó, diagnosticada com a doença. “Eu sentia muito porque ela não poderia comer as coisas. Eu dizia ‘Vó, eu vou comer pela senhora!’ porque eu não conseguia me conformar. Logo depois que ela faleceu, tive contato com uma criança que também tinha diabetes. Na época, as pessoas diziam para eu não chegar perto dela porque achavam que a doença era contagiosa. Ignorei o que eu ouvi e abracei a causa. Foi aí que conheci um dos membros da APDJ, a Drª Elcy Falcão, que me ajudou a cuidar da menininha e aliar o conhecimento clínico à prática de exercícios físicos”, conta. 

“Por ironia do destino”, continua Coriolato, “depois de todo o meu envolvimento com a diabetes, tive um filho que foi diagnosticado com a doença aos 5 anos de idade. Atualmente, ele tem 23, faz musculação e tem uma vida normal. Ele é saudável e convive com a doença normalmente. O segredo é ter disciplina”, conta o fundador da APDJ. 

“As mães vivem a diabetes na alma”

Segundo os membros da APDJ, o apoio da família é fundamental para o tratamento dos diabéticos. “A família também tem que aceitar a doença. Se isso acontecer, fica mais fácil de a própria pessoa aceitar as limitações”, explica Rosilda Alves. Depois de 19 anos convivendo com um filho com a diabetes, ela explica que tem se empenhado para facilitar a dieta e a rotina do rebento. “Desde a época em que descobrimos a diabetes no meu filho, desenvolvi receitas e acompanhei de perto a dieta dele. Os pais acabam se tornando médicos sem terem frequentado a faculdade”, brinca. 

Coriolato também elogia a presença das mães na rotina dos filhos diabéticos. “A preocupação é de toda a família, mas as mães são as mais dedicadas e, em muitas vezes, elas ‘passam a ser diabéticas’ para entender a doença e as necessidades dos filhos. Elas sentem os efeitos da diabetes na alma”, comenta. 

Serviços no Dia Mundial da Diabetes

Nesta sexta (14), data marcada para lembrar internacionalmente a doença, alguns pontos da Região Metropolitana do Recife (RMR) irão oferecer testes de aferição de glicose e orientações sobre a diabetes. Confira:

O Palácio Joaquim Nabuco, sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco, ganhou cores diferentes. Iluminado de azul, o prédio da Alepe participa pelo segundo ano consecutivo da campanha Novembro Azul. Realizada por diversas entidades, a campanha tem como objetivo alertar os homens sobre o câncer de próstata.  

Além do Novembro Azul, o legislativo estadual também participa, no próximo dia 14, do Dia Mundial do Diabetes, que também utiliza a cor azul para alertar a população. O apoio da Alepe na campanha do diabetes foi solicitado pela Associação Pernambucana do Diabético Jovem (APDJ) e pelo Instituto Brasileiro de Diabetes (Ibradi). 

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Novembro Azul 

A campanha Novembro Azul surgiu em 2003, na Austrália, e busca estimular a realização do exame de toque retal e PSA para o diagnóstico precoce. Visando chamar a atenção da população, pontos turísticos e prédios públicos de várias partes do mundo ganham iluminação na cor azul. Atualmente, a maior incidência da doença ocorre em homens com mais de 65 anos. Os principais fatores de risco são a falta de exercícios físicos e uma dieta de pouca qualidade nutricional.

 

Ainda prejudicados pela falta de Insulina Lantus na Farmácia do Estado, pacientes diabéticos terão que aguardar ainda mais pela reposição do estoque do medicamento, em falta há mais de quatro meses. Segundo portadores da doença, a Lantus tem papel fundamental na regulação do nível de glicose no organismo, mas o alto custo do medicamento em farmácias tradicionais leva os pacientes a contarem com a distribuição gratuita do Estado. 

A respeito da falta de distribuição da Lantus, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, em setembro, que o remédio estaria em falta por questões burocráticas de licitação e o estoque seria reposto no início de outubro. 

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Passado o prazo, o Portal LeiaJá entrou novamente em contato com a SES. Em nota, o órgão informou que o medicamento já foi comprado e é necessário esperar apenas a entrega da insulina pelo fornecedor, o que deve acontecer na segunda quinzena do mês de outubro. 

Um iPhone modificado com um sensor e conectado a uma agulha inserida no paciente mostrou-se eficaz em manter os níveis de açúcar em pessoas com diabetes tipo 1, revelou um estudo publicado nos Estados Unidos.

Ao contrário das bombas normalmente usadas, este novo aparelho, construído a partir de um iPhone, dispensa insulina e glucagon (hormônio que eleva o nível de glicose no sangue quando necessário) quase sem intervenção do paciente. O "pâncreas biônico" tem um sensor em uma agulha inserido debaixo dele, que controla automaticamente e em tempo real os níveis de sangue no organismo e injeta insulina ou glucagon em função da necessidade, com a ajuda de duas mini-bombas automáticas.

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Este pâncreas artificial permitiu aos pacientes manter o nível correto de açúcar no sangue e, além disso, evitar variações perigosas do valor, explicaram os cientistas do Hospital de Massachusetts em um estudo publicado este domingo na revista americana New England Journal of Medicine.

A diabetes juvenil ou de tipo 1 se manifesta geralmente na infância ou entre adultos jovens. Trata-se de uma doença crônica causada pelo mau funcionamento do pâncreas, que às vezes é incapaz de produzir a quantidade necessária de insulina.

Melhor do que as bombas de insulina tradicionais.Atualmente, alguns diabéticos tratam a doença com bombas de insulina, que fornecem doses deste hormônio para manter os níveis de glicose. No entanto, essas bombas não se ajustam de forma automática em função das necessidades variáveis do paciente e também não fornecem glucagon.

"O pâncreas biônico reduz o nível médio de glicose no sangue em níveis que reduzem fortemente o risco de complicações diabéticas", afirmou Steven Russell, professor adjunto de Medicina no Hospital Geral de Massachusetts e co-autor principal do estudo.

"É extremamente difícil para os diabéticos com as tecnologias atuais manter os níveis desejáveis de açúcar no sangue", acrescentou. Os cientistas testaram o novo sistema durante cinco dias com 20 adultos que continuaram com sua atividade normal. Também avaliaram o "pâncreas artificial" com 32 adolescentes com diabetes tipo 1 durante cinco dias em um acampamento de férias.

No grupo de adultos, os cientistas constataram uma redução de cerca de 37% das intervenções para corrigir taxas muito baixas de açúcar (hipoglicemia) em comparação às realizadas com uma bomba tradicional. Enquanto isso, no grupo de adolescentes que usou o pâncreas biônico, a redução da hipoglicemia foi mais que o dobro.

Os participantes registraram melhoras claras de sua glicemia com o pâncreas artificial, sobretudo durante a noite.

Uma corrida de 20 minutos por três vezes na semana pode curar a Diabetes tipo 2. A informação foi divulgada depois de uma pesquisa realizada pela Academia Americana de Exercício e Esporte com um grupo de pessoas que sofrem da doença. Os profissionais estudaram por cerca de dois anos os pacientes que realizavam as corridas de 20 minutos ou caminhadas de 60 minutos. Em todos, foi constatado que a diabetes pode ser curada pela prática dos exercícios físicos. 

Os voluntários foram submetidos a exames de sangue e o comparativo, três meses depois, mostrou que o nível de glicose foi reduzido consideravelmente. "Isso se deve a um estado de diminuição da resistência periférica à insulina (a causa da diabetes tipo 2). Ou seja, embora continue a produzir a mesma quantidade do hormônio, o paciente deixa de ser diabético, pois a sua musculatura e os órgãos passam a usar de maneira mais eficiente essa mesma quantidade para transformar a glicose em energia, diminuindo seus níveis no sangue além do benefício da perda de peso da pessoa que faz com que seja necessária uma quantidade menor de insulina para o metabolismo normal", explica o Dr. Leandro Gregorut, ortopedista especializado em Medicina Esportiva.

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O benefício da atividade física pode ser sentido por qualquer pessoa, em qualquer faixa etária, mas é preciso ter alguns cuidados. "Todo paciente, antes de iniciar uma atividade física, deve passar por uma avaliação de um médico para que sejam feitos os exames que possam dosar a quantidade de exercícios que devem ser realizados com segurança. Após o inicio, o ideal é que a prática seja orientada por um profissional do esporte, como um professor de Educação Física. Caso isso não seja feito, o paciente pode ficar exposto a problemas cardíacos e até mesmo ortopédicos", alerta o ortopedista.

Ingerir café da manhã e almoço substanciosos pode auxiliar as pessoas que sofrem de diabetes tipo 2, que atualmente são encorajadas a comer até seis pequenas porções por dia, revelou um novo estudo. "Nós comparamos a eficiência do modelo clássico de cinco, ou seis refeições por dia, com a de duas grandes refeições, café da manhã e almoço, tendo mais ou menos a mesma contagem diária de calorias", declarou nesta terça-feira à AFP a pesquisadora Hana Kahleova, do Instituto IKEM de Praga, República Tcheca.

A pesquisa se concentrou em uma amostra de 54 homens e mulheres com idades entre 30 e 70 anos, que sofrem de obesidade e diabetes tipo 2, o qual não depende de insulina. Durante três meses, aqueles que ingeriram refeições maiores duas vezes por dia perderam 1,4 quilo a mais do que os que seguiram o modelo clássico, afirmou Kahleova.

"Níveis de açúcar, insulina e glucagon [nr: hormônio que aumenta a concentração de glicose no sangue] em um estômago vazio também caíram mais rapidamente em pacientes que comem de manhã e ao meio-dia, e sua sensibilidade à insulina também melhorou", prosseguiu.

Mas a pesquisadora alertou que "aqueles que tomam insulina não podem começar essa dieta sem consultar um médico", afirmando que isto demandaria um ajuste significativo na dosagem de insulina. Ela acrescentou, ainda, que é necessário fazer pesquisas mais extensivas para confirmar os resultados do estudo. "Não podemos dar recomendações gerais com base nesse único estudo", disse a pesquisadora à AFP.

Aumentar em uma xícara e meia o consumo de café em um período de quatro anos ajuda a reduzir em 11% o risco de diabetes, revelou um estudo. Os resultados da pesquisa, chefiada por Frank Hu e Shilpa Bhupathiraju, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, foram publicados na revista Diabetologia, da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes.

Há tempos se associava uma incidência menor do diabetes tipo 2 com o consumo de chá e café, e os cientistas observaram esta relação de perto. Os autores determinaram que as pessoas que aumentaram o consumo de café em mais de uma xícara por dia durante quatro anos apresentavam um risco 11% menor de contrair diabetes tipo 2 com relação àquelas que não modificaram seus hábitos de consumo.

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Ao contrário, os pacientes que reduziram o consumo de café em pelo menos uma xícara apresentaram um risco de desenvolver diabetes tipo 2 superior 17%. Não foi detectado um impacto do consumo de chá e café descafeinado no risco de diabetes. Aqueles que mantiveram um nível elevado de consumo de café, de 3 xícaras de café ou mais, apresentaram um risco de diabetes ainda menor, 37% inferior ao de consumidores moderados, que consomem uma xícara ou menos por dia.

"As mudanças nos hábitos de consumo de café parecem impactar o risco de diabetes em um prazo relativamente curto. Nossas pesquisas confirmam estudos prospectivos anteriores segundo os quais um consumo maior de café era associado a um risco menor de diabetes tipo 2", afirmaram os autores.

Dez importantes empresas farmacêuticas, inclusive as americanas Merck e Pfizer e a francesa Sanofi decidiram unir forças para desenvolver novos tratamentos contra o diabetes e o mal de Alzheimer, anunciou nesta terça-feira (4) o Instituto Nacional de Saúde (NIH) americano.

Esta associação sem precedentes, estimada em 230 milhões de dólares em cinco anos, também se concentrará nos transtornos imunológicos, segundo um comunicado. Os dez laboratórios farmacêuticos e o NIH, encarregado da pesquisa biomédica, compartilharão seus conhecimentos científicos e suas bases de dados com o objetivo de identificar biomarcadores importantes para desenvolver novos tratamentos.

"Temos que trabalhar em conjunto para compreender o completo quebra-cabeças destas doenças e acelerar nossa capacidade de aportar novos tratamentos para os pacientes", disse Elias Zerhouni, médico encarregado das pesquisas da Sanofi, no comunicado.

Segundo este acordo, os laboratórios associados se comprometem a não desenvolver seus próprios medicamentos a partir das descobertas feitas no contexto deste projeto antes de estes serem difundidos. A aliança também inclui os laboratórios Bristol-Myers Squibb, Biogen Idec e Johnson & Johnson dos Estados Unidos, o britânico GlaxoSmithKline e o japonês Takeda.

A Google está desenvolvendo uma tecnologia para ajudar os diabéticos na sua luta diária contra a doença metabólica. A inovação trata-se de uma lente de contato inteligente que está sendo construída para medir os níveis de glicose do usuário através de suas lágrimas. A medição é feita através de um minúsculo chip sem fio inserido entre duas camadas de material macio do acessório.

Os protótipos testados podem gerar a leitura da glicose a cada segundo. Atrelado a isto, a empresa pretende incluir na lente uma tecnologia que avisa quando os níveis de açúcar no sangue do usuário estão alterados através de luzes de LED. Segundo a empresa, ainda é cedo para por a tecnologia luminosa em prática, mas a expectativa é que a inovação ajude os diabéticos a controlar sua doença de maneira mais simples.

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Ainda segundo a companhia, os procedimentos junto à agência de medicamento dos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês) estão em andamento. Contudo, a empresa não pretende trazer a lente de contato inteligente para o mercado sozinha. Parcerias devem ser firmadas para a criação de apps para integrar a inovação com o trabalho de médicos, por exemplo.

“Nós sempre dissemos que iríamos buscar projetos que parecem estranhos, e num momento em que a Federação Internacional de Diabetes (PDF, em inglês) declara que o mundo está “perdendo a batalha” contra a diabetes, pensamos que este seria um projeto que valia a pena tentar”, explicaram os responsáveis pelo projeto, Brian Otis e Babak Parviz. Através do blog oficial da Google. 

Em alusão ao Dia Mundial do Diabetes, comemorado no dia 14 deste mês, acontece nesta terça-feira (19), das 8h às 11h30, no hall do edifício da Prefeitura do Recife, uma ação para conscientizar os servidores sobre a doença. Participam da atividade endocrinologistas, enfermeiros e nutricionistas, que farão exames de medição da taxa de glicose, circunferência abdominal e orientações nutricionais.

Ao perceber a alteração no exame de glicose, os especialistas vão orientar os pacientes a procurar uma unidade de saúde próxima para acompanhamento. Folders informativos também serão distribuídos. A iniciativa faz parte do Programa Servidor de Valor, lançado em outubro pela prefeitura do Recife.

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Por Juliana Isola

 

 

O fardo do diabetes, que mata uma pessoa a cada seis segundos no mundo, não para de crescer, com 382 milhões de portadores apenas em 2013, informou a Federação Internacional do Diabetes (FID).

Em 2013, 382 milhões de pessoas no mundo têm diabetes, ou seja, 8,4% dos adultos. Esse número deve chegar a pelo menos 592 milhões até 2035, de acordo com as últimas estimativas da FID.

A federação publicou a 6ª edição de seu Atlas do Diabetes por ocasião da Jornada Mundial do Diabetes, neste 14 de novembro.

A maioria dos portadores tem entre 40 e 59 anos, e 80% vivem em países de rendas baixa ou média, diz a FID.

Esse flagelo causou a morte de 5,1 milhões de pessoas em 2103. "A cada seis segundos, uma pessoa morre de diabetes", alertam os especialistas dessa organização não governamental fundada em 1950, que reúne mais de 200 associações de 160 países.

O avanço contínuo de casos de diabetes no mundo é um sinal de que "a batalha para preservar as populações do diabetes e de suas complicações incapacitantes e potencialmente fatais está sendo perdida", afirmam os pesquisadores.

Eles estimam em 175 milhões (46% do total) o número de diabéticos atualmente não diagnosticados. Ao ignorar a doença, muitos evoluem em suas complicações, como cegueira, amputações, ou acidentes cardiovasculares.

Esse aumento é, basicamente, devido ao diabetes do tipo 2 (o mais comum), ligado ao sedentarismo, à obesidade e às mudanças nos hábitos alimentares, como ingestão em excesso de bebidas açucaradas, entre outros.

Nesta quinta-feira (14), é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, doença caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, a doença do tipo 2 afetou, em 2012, mais de 371 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, são 13,4 milhões, o que o coloca o país entre os 10 com mais diabéticos. Ainda segundo o órgão, a cada 10 segundos duas pessoas desenvolvem diabetes. 

Diversas condições podem levar à enfermidade, porém, a grande maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2. Os principais sintomas da doença são: sede excessiva, rápida perda de peso, excesso de fome, fadiga inexplicável, aumento na vontade de urinar, má cicatrização, visão embaçada, falta de interesse e de concentração, vômitos e dores estomacais - frequentemente diagnosticados como gripe.

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A Diabetes Tipo 1 é resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos pelo próprio organismo contra as células, levando a deficiência de insulina. Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária.

O quadro clínico mais característico é de um início relativamente rápido - alguns dias até poucos meses - de sintomas. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para o coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento urgente.

No segundo tipo, está incluída a grande maioria dos casos (cerca de 90%) que tem por característica a resistência insulínica, resultando um aumento de produção do hormônio para tentar manter a glicose em níveis normais. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas podem demorar anos até se apresentarem. 

Ao contrário da primeira, há geralmente associação com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, observa-se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso se deve, principalmente, pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física. 

As principais consequências para quem possui a Diabetes do Tipo 1, é que a expectativa de vida é reduzida em média 15 anos, já para o segundo tipo, a expectativa de vida é cai em média 5 a 7 anos. Além disso, adultos com diabetes têm risco 2 a 4 vezes maior de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral. A doença também é a causa mais comum de amputações de membros inferiores não-traumática; Cegueira irreversível; Doença renal crônica e nas mulheres, ela causa partos prematuros e mortalidade materna. 

Veja dados estatísticos da IDF:

A professora de Nutrição do Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU Joyce Morais aproveita a data para dar algumas dicas de como evitar a diabetes e a explica a diferença entre produtos light, diet. e qual o recomendado para pacientes portadores da doença.

De acordo com a professora, nem todo produto Diet. é necessariamente isento de açúcar. “Às vezes o produto é isento de sódio ou algum outro componente. A mesma coisa serve para os Light, que apenas tem uma redução de (cerca de 25%) algum dos seus componentes. O mais adequando é realmente ler o que tem dizendo nas tabelas nutricionais”, afirma.

Para evitar a doença, a nutricionista recomenda que as pessoas tenham o hábito de praticar exercícios e manter uma alimentação saudável. “A principal maneira é realmente evitar os excessos: excessos de açúcar, embutidos (salsichas, presuntos e mortadelas) e carboidratos (arroz, raízes e macarrão). Além disso, deve ser incluído na alimentação, muita fruta, verdura e legumes.”

Joyce Morais conta que existem alimentos hipoglicemiantes, ou seja, que reduzem o nível de açúcar no sangue. “Outra forma de reduzir as chances de ter diabetes é consumindo alimentos como semente de chia, farelo de aveia e chá de canela”, pontua.

Para marcar o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, comemorado nesta quinta-feira (14), o Hospital Memorial Guararapes (HMG) e o Hospital Memorial Jaboatão (HMJ), localizados em Jaboatão dos Guararapes, irão promover uma série de atividades de saúde gratuitas à população.

Uma equipe formada por nutricionistas, enfermeiros e técnicos realizará exames de glicose (HGT), do índice de massa corpórea (IMC) e de aferição da pressão arterial. Os exames serão realizados gratuitamente durante a manhã desta quinta, em dois locais diferentes: na Estação Jaboatão do Metrô (no centro de Jaboatão dos Guararapes) – das 8h às 12h e no Hospital Memorial Guararapes (HMG), das 7h30 às 9h. 

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No HMG, o público será recebido ainda com um café da manhã e poderá participar de uma palestra com orientações sobre alimentação saudável. 

Com informações da assessoria 

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