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Tema de discussão no seminário “Diálogo Brasil” promovido pelas fundações do PSB, PV e PPS no Recife, a revisão do Pacto Federativo foi cobrada pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB. Para Geraldo, o atual pacto “não atende mais as necessidades do povo”.  

“Esse modelo do dinheiro ficar em Brasília está aprofundando as desigualdades. Precisamos recuperar a participação dos estados e municípios. O dinheiro tem que ficar onde está a responsabilidade e obrigação”, argumentou o prefeito. Segundo dados apresentados por ele, atualmente a cada R$ 4,00 arrecadado pela União, apenas R$ 1,50 é destinado para os estados e municípios. Antes o valor era de R$ 3,00. 

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Corroborando Geraldo, Câmara pela primeira vez o país vive um grande concentração de recursos. “Quem é governador e prefeito sabe que cada vez mais estamos dependendo dos recursos da União. Pela primeira vez estamos vivendo uma maior concentração dos recursos. Esta discussão precisa ser feita, colocamos isso bem claro em 2014. São temas importantes que defendemos e queremos, junto com todo o nosso partido, levar ao conhecimento da população brasileira”, observou o governador.

Para ambos, o maior desafio atual é manter o emprego da população. Segundo eles, de janeiro a maio foram fechados mais de 234 mil postos de empregos no país. “Lutar pelo emprego do povo brasileiro é fundamental. Isso jamais tinha acontecido no Brasil, resultados negativos nesta dimensão. Hoje o Brasil estaria vivendo uma situação diferente se contasse com a presença de Eduardo Campos”, conjecturou Geraldo.

As fundações do PSB, PV e PPS se reúnem, na manhã desta sexta-feira (3), para a quarta edição do Seminário Diálogos Brasil. No encontro eles discutem estratégias para o desenvolvimento regional e o novo pacto federativo, uma das bandeiras do PSB. O evento acontece em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, durante o dia todo.

A economista Tânia Bacelar palestra no seminário. Além dela, o ex-deputado federal e advogado, Maurício Rands; o diretor da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Augusto; e o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jair Amaral, analisam a conjuntura nacional e propõem alternativas para a sociedade.

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Na abertura do encontro, o presidente da Fundação João Mangabeira e secretário-geral do PSB, Renato Casagrande, pontuou que o seminário pretende buscar alternativas para a “crise nefasta” que atinge o Brasil diante da gestão “incompetente”. “Nosso desejo é junto com a sociedade buscarmos caminhos democráticos que possam nos tirar de um momento de inércia causado pela incompetência do governo”, observou. “As propostas que surgirão aqui. A população tem que ter o direito de escolher, não só duas opções”, acrescentou o dirigente. 

Corroborando a ideia de alternativa para o país, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, destacou que o presente não pode “ser o destino do país”, mas o ponto de partida para a retomada do crescimento. “Não há desenvolvimento verdadeiro que não promova a ação social para todos os cidadãos. Não há desenvolvimento sem democracia. Encerrando este ciclo (de crise) se começará outro. A população brasileira sempre foi muito criativa. Estamos como o fechamento de um ciclo, mas o presente não é o nosso destino. É apenas o ponto de partida”, argumentou Siqueira.

O presidente também fez questão de lembrar que o país não deve ser pautado apenas pela crise, mas pelas conquistas dos últimos 30 anos de democracia. Ele citou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), da aposentadoria social rural, a universalização da educação básica e a estabilidade econômica como pontos principais dos últimos anos. 

Além de Siqueira e Casagrande, outras lideranças nacionais do PSB participam do seminário. Estão presentes o vice-governador de São Paulo, Márcio França; os senadores Antônio Valadares e Fernando Bezerra Coelho; os deputados federais Fernando Filho, João Fernando Coutinho e Tadeu Alencar; a ex-primeira-dama Renata Campos; o governador de Pernambuco, Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio. 

A senadora e ex-petista Marta Suplicy também acompanha o seminário. Ela está no Recife desde essa quinta-feira (2) para estreitar laços com o PSB. A expectativa é que ela se filie ao partido para disputar o comando da Prefeitura de São Paulo em 2016. 

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