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Os candidatos José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) lideram a disputa para a Prefeitura de São Paulo, conforme pesquisa feita pelo Datafolha e divulgada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo. Serra tem 30% das intenções de votos e Russomanno, 26%. Como a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais, a situação é de empate técnico.

Entre os demais candidatos, Fernando Haddad (PT) tem 7% das intenções, Soninha Francine (PPS), 7%, Gabriel Chalita (PMDB), 6% e Paulinho da Força (PDT), 5%. Entre os 1.075 eleitores consultados, 6% não sabem em quem votar e 11% votarão em branco ou nulo. A pesquisa foi feita em 19 e 20 de julho.

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Ao fim da segunda semana de campanha para a Prefeitura de São Paulo, o candidato José Serra (PSDB) subiu nesta sexta-feira (20) o tom de suas críticas ao PT e comparou militantes do partido rival a tropas nazistas que participaram da instauração do regime de Adolf Hitler (1933-1945). Um dia antes, o presidente municipal do PT havia chamado de "fascistas" um grupo de jovens do PSDB.

Serra afirmou que pessoas ligadas ao PT fazem campanhas difamatórias na internet e disse que essas atividades se assemelham às operações das Sturmabteilung ("Tropas de Assalto"), milícias paramilitares nazistas conhecidas pela sigla SA. "Basta olhar o jogo sujo (do PT) na internet, a tropa organizada, uma verdadeira tropa de assalto na internet. A SA nazista tem outra configuração no Brasil atual. É via internet", disse o tucano em um encontro com candidatos a vereador e cabos eleitorais na sede estadual do PSDB.

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Serra atribuiu sua preocupação a mensagens agressivas que diz receber nas redes sociais e acusou seus rivais de manterem "blogs sujos", pagos pelo PT, para difundir informações contra sua candidatura. "Os blogs sujos, essa tropa toda veio dizer que eu era contra os ônibus", disse o tucano.

Procurado, o candidato petista Fernando Haddad não quis comentar as declarações de seu rival. "Quem tem uma militância paga é o PSDB", respondeu o coordenador da campanha do PT, Antonio Donato, que acusa os tucanos de terem criado uma rede de perfis falsos na internet para disseminar ataques contra a candidatura de Dilma Rousseff em 2010. Sobre as declarações de Serra, Donato disse que o tucano "convive mal com as críticas".

'Fascista' - Anteontem, o presidente petista havia classificado como "fascista" um protesto de jovens tucanos contra Haddad. Na véspera, quatro jovens cercaram o candidato do PT em um evento de campanha com cartazes que criticavam sua gestão no Ministério da Educação. Mais tarde, eles foram identificados como integrantes do PSDB.

Serra defendeu os manifestantes. "Não tem orientação partidária, mas também não tem nada de errado chegar e protestar." Em discursos dirigidos a militantes do PSDB, Serra costuma atacar o PT com o objetivo de reforçar a polarização entre os dois partidos. Apesar das críticas, Serra disse que a campanha deve ser marcada pelo debate sobre São Paulo. "Tudo o que eu quero é que o debate fique centrado nos problemas da cidade."

Na quinta-feira, Haddad havia prometido uma campanha "limpíssima, sem nenhum tipo de provocação". Afirmou ainda achar inadequado que seus adversários se organizem "para criar embaraços artificiais". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Neste início oficial de corrida à Prefeitura de São Paulo, a forte polarização entre o PT de Fernando Haddad e o PSDB de José Serra fica cada dia mais evidente. No mais recente embate entre as duas siglas, o mote é a liberação de verbas pelo Ministério da Educação, na gestão do candidato petista. Em entrevista exclusiva à Agência Estado, o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), acusa a gestão do ex-ministro de ter 'partidarizado' as verbas do MEC, através de um favorecimento maior a parlamentares do PT e da base aliada, em detrimento da oposição.

Em resposta, um dos coordenadores da campanha de Haddad, Chico Macena, diz que a crítica do dirigente tucano ocorre em razão da "tentativa de manipular dados (dessas liberações)". "Vemos também que a tendência é de polarização. Mas do nosso lado, a oposição é feita às claras, nas ruas, com argumentos sólidos. Essa tentativa de manipular dados, montar manifestações artificiais, não vai prosperar. José Serra deveria se ocupar mais em como vai defender sua bandeira, que é a continuidade de uma gestão que 80% não quer mais", criticou.

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A área técnica do PSDB produziu um estudo com dados extraídos do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), obtido com exclusividade pela Agência Estado, segundo o qual 52,8% das verbas de emendas parlamentares foram pagas a petistas entre 2005 e 2012, época que o Ministério era comandado por Haddad. A assessoria de imprensa de Fernando Haddad questiona os dados, afirmando que entre 2005 e 2006 o Siafi "não segregava dados de forma a permitir acompanhamento de emenda individual".

Com base nesse estudo, Guerra chamou a gestão de Haddad de "irresponsável, antidemocrática e antipatriótica". "É muito grave que o ministro da Educação use o dinheiro público dessa forma. Ele colocou a educação no canal poluído dos interesses do PT. Como um cara vai partidarizar o recurso da educação brasileira?", bradou. Macena, por sua vez, acusou o PSDB de esconder o candidato José Serra e "gerar notícias negativas". "(O PSDB) esconde seu próprio candidato e nomeia outros porta vozes para tentar gerar noticias negativas."

A assessoria de imprensa do MEC afirmou, mediante nota, que "as emendas parlamentares individuais pagas nunca superaram 1% do orçamento do Ministério da Educação, portanto, não há a mínima possibilidade de partidarização de um orçamento". Eles também argumentaram que a liberação das emendas não está a encargo do ministro. "A liberação de emendas sempre foi coordenada pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República", disseram.

Estudo

De acordo com o estudo produzido pela área técnica do PSDB na Câmara, durante os seis anos e meio da gestão de Haddad no MEC(2005-2012), dos R$ 29.208.781 pagos aos deputados e senadores em emendas parlamentares, R$ 15.442.128, ou 52,8% do total de emendas, ficou com os petistas. Somando o PT e a base aliada dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foram pagos R$ 23.751.088, ou 81,31% de toda a verba, para os partidos da base aliada.

Nesse meio tempo, parlamentares da oposição (PSDB, DEM, PPS e PSOL) receberam R$ 5.480.980, 18,76% do total. Excluindo o PT, os partidos da base obtiveram R$ 8.285.673, 28.44% do total. A assessoria de imprensa do MEC alega que esses valores correspondem ao tamanho da bancada dos quatro partidos na Câmara. "O pagamento de emendas individuais para os partidos PSDB, DEM, PPS e PSOL foi de 20%, média anual, exatamente a representatividade total desses partidos no Congresso Nacional." O Ministério emendou que, entre 2007 e 2011, a oposição fez 25% das solicitações de emendas e recebeu 20% do total. Já o PT, solicitou 26% das emendas e recebeu 29%.

Os candidatos às eleições 2012 dizem ser proprietários de um verdadeiro cofre do Tio Patinhas. No total, as declarações de bens registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) somam mais de R$ 1 bilhão em dinheiro vivo, fora de banco ou de qualquer fundo de investimento, dentre os R$ 62 bilhões totais declarados. Em notas de R$ 10, o valor seria suficiente para preencher mais de 30 contêineres e pesaria 100 toneladas.

É quase três vezes mais do que os candidatos declararam ter em caderneta de poupança: R$ 362 milhões. O valor também é superior a outros tipos de investimento, como renda fixa (R$ 473 milhões) e ações (R$ 392 milhões).

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Mas este valor pode ser fictício. Segundo contadores, é uma prática usual deixar um "caixa" de dinheiro vivo, fora do banco, na declaração do Imposto de Renda, mesmo que o valor não exista de verdade. Isso ocorre quando os gastos declarados são menores que as receitas. Ao longo do tempo, o dinheiro acumulado na declaração pode ser usado para justificar investimentos para a Receita Federal.

"Este valor não é sobra de dinheiro, porque ninguém mais deixa dinheiro em espécie guardado debaixo de colchão (…) Fisicamente esse dinheiro não existe, senão estaria aplicado em algum lugar", afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de São Paulo (Sescon-SP), José Maria Alcázar.

"A pessoa pode ter omitido despesas, como viagens e gastos que não precisam constar na declaração (…) e acha que com esse dinheiro vai poder justificar a compra de um imóvel, barco, mansão", diz Alcazar.

R$ 128 milhões. No total, 28 mil candidatos declararam ter dinheiro em casa. Mas somente 10% deles são responsáveis por 60% do montante total, de R$ 1,027 bilhão. São 2.006 pessoas que disseram ter mais de R$ 100 mil em dinheiro vivo. Acima de R$ 1 milhão em espécie, são 33 candidatos.

No topo da lista do TSE está Juarez Gontijo, o Juarez da Papelaria Comercial, candidato a vereador pelo PT do B no município de Inhumas (GO). Segundo os registros, ele teria "debaixo do colchão" R$ 128 milhões. Mas, de acordo com o candidato, novato nas eleições, o valor informado está errado. O correto seria R$ 128 mil. "É zero demais da conta."

Devido ao engano, o comerciante afirma que já foi até ameaçado por telefone. "Eu passei muita dificuldade com isso, muito medo. Mas não tem lógica um candidato a vereador em uma cidade pequena (ter este valor em espécie). Mas o Brasil é cheio de coisa estranha, dá para entender (que as pessoas acreditem que o valor é de R$ 128 milhões)", diz Gontijo.

Segundo ele, os R$ 128 mil também não existem em espécie. "Dinheiro guardado não tem. Quando a gente faz declaração de Imposto de Renda, vai acumulando ‘dobrinha’ que tem direito a não pagar imposto. Aí, tem esse dinheiro, coisa de papel, que vai guardando", explica o candidato.

Atrás do dono da Papelaria Comercial, aparece Jair Correa, o Nozinho Correa, candidato a prefeito de Linhares (ES) pelo PDT. Pecuarista, ele declarou ter R$ 4,5 milhões em dinheiro vivo. Em entrevista para o site da revista Carta Capital, Correa afirmou nunca ter visto o valor. Depois, retificou o que disse. Segundo ele, o negócio de gado movimenta valores altos e é possível que o montante tenha ficado disponível em dinheiro vivo.

Ilegal - O presidente do Sindicado dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP), Victor Galloro, explica que ter tanto dinheiro em casa "não é comum, mas pode acontecer". "Depende da circunstância, do ramo. Se o sujeito vendeu a casa em 31 de dezembro e recebeu em dinheiro, por exemplo, pode declarar para a Receita que o valor ficou em caixa", exemplifica Galloro.

Mas, se o dinheiro não existir, a declaração é ilegal. "Perante a Receita, isso chama-se simulação. É iilegal. É um dinheiro que não tem sustentação para nenhum uso futuro em qualquer investimento. É uma estratégia ultrapassada e uma orientação de risco para o contribuinte", afirma Alcazar, do Sescon-SP.

O contador explica ainda que o fisco tem autuado contribuintes que usam dinheiro vivo fictício para justificar investimentos.

A Receita Federal foi procurada pela reportagem mas não se manifestou até o fechamento da edição. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

A disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte ganha cada dia mais ares de prévia do embate eleitoral que PT e PSDB devem travar em 2014. Nesta quarta-feira (18), a coordenação da campanha do ex-ministro Patrus Ananias confirmou que o marketing do candidato ficará a cargo de João Santana, marqueteiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que intermediou as negociações.

A missão de Santana será tentar superar Cacá Moreno, encarregado do marketing do candidato à reeleição Marcio Lacerda (PSB), e responsável por desenvolver campanhas para o governador Antonio Anastasia (PSDB) e para seu mentor político, o senador Aécio Neves (MG) - principal nome tucano para a corrida presidencial.

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Oficialmente, o comando petista rechaça a tese de nacionalização. "Estamos satisfeitos com o João Santana à frente do marketing. Mas isso (nacionalização) é a visão de analistas políticos e da mídia", disse o coordenador de comunicação de Patrus, o ex-secretário de Comunicação do PT, Gleber Naime.

A avaliação é que o marqueteiro pode ajudar a "sincronizar" participações da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula nas campanhas em Belo Horizonte e São Paulo, onde Santana também está encarregado da imagem do ex-ministro e candidato petista Fernando Haddad. "Nosso programa é para a cidade e não uma plataforma para o País. Mas o aspecto nacional é evidente, porque uma derrota do Lacerda pode ser fatal para as pretensões presidenciais de Aécio", emendou o deputado estadual Rogério Correia (PT).

Irmã - Do lado de Lacerda, Aécio escalou para turbinar a campanha sua irmã Andrea Neves, o secretário de Governo, Danilo de Castro, e o presidente do partido em MG, Marcus Pestana, além de Cacá Moreno. O publicitário foi o responsável pelo marketing da candidatura de Aécio ao governo, em 2002, e do próprio Lacerda no segundo turno de 2008. A Perfil, sua agência, tem a conta das campanhas da Prefeitura de BH. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A senadora Ana Amélia Lemos (PP/RS) anunciou nesta quarta-feira (18) que vai se licenciar por quatro meses do diretório municipal do partido em Porto Alegre para apoiar a deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB) na disputa pela prefeitura da capital gaúcha. A decisão, revelada em entrevista coletiva pouco antes de uma palestra na Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul), toma caminho diferente do escolhido pela sigla, que está na aliança do prefeito José Fortunati (PDT), candidato à reeleição. Ao mesmo tempo, a parlamentar cumprirá extensa agenda de campanha para dar força às candidaturas do próprio PP no interior do Rio Grande do Sul.

"Como meu partido decidiu ficar na aliança com o atual prefeito, eu respeito essa posição, mas vou fazer cumprir o que minha consciência de cidadã me recomenda, que é trabalhar pela candidatura da Manuela", explicou Ana Amélia, que entrou em acordo com a direção estadual do partido para fazer sua opção. Para cumprir as exigências da legislação eleitoral, a senadora participará da campanha da comunista em redes sociais, comícios e visitas a comunidades. A primeira atividade conjunta seria a inauguração de um comitê suprapartidário de apoio a Manuela na noite desta quarta-feira.

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No interior aparecerá em todas as atividades, inclusive nos programas de rádio e televisão, pedindo votos para os candidatos do PP. O partido tem 146 das 497 prefeituras gaúchas e acredita que vai aumentar o número com a força de Ana Amélia, eleita senadora em 2010, mesmo ano em que ingressou na política.

A posição da parlamentar também pode ser um movimento de olho em 2014. Embora negue que vá concorrer, Ana Amélia é tida como potencial candidata do PP para voltar ao governo do Estado, que o partido comandou pela última vez entre 1983 e 1986, com Jair Soares. Além de contar com apoios certos de siglas como o PMDB, PSDB e PPS se for para o segundo turno, a senadora poderá tentar atrair o PC do B, hoje um dos principais aliados do governador Tarso Genro (PT), que vai tentar a reeleição.

Em sua estreia eleitoral, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, deu início à campanha com uma agenda cautelosa, concentrada em redutos petistas no extremo leste ou sul da capital. Já o veterano José Serra (PSDB) apostou na chamada "área volátil", na fronteira entre o centro expandido, tradicionalmente tucano, e a periferia, onde predomina o eleitorado petista.

A escolha dos bairros periféricos para esquentar os motores da campanha de Haddad foi deliberada pelo núcleo de sua equipe, em busca de uma recepção mais calorosa da população. O candidato é desconhecido pela maioria dos paulistanos e ainda se habitua ao corpo a corpo com eleitores.

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"Escolhemos visitar as regiões onde ficam os maiores diretórios do PT, onde há mais mobilização e agitação", disse o deputado estadual Simão Pedro, coordenador da agenda do petista.

Em todos os eventos públicos, Haddad é acompanhado por militantes e uma equipe de vídeo que grava imagens para o programa eleitoral gratuito, que vai ao ar a partir de 21 de agosto.

Desde o dia 6, quando teve início a campanha oficial, Haddad visitou quatro distritos eleitorais onde Dilma obteve mais votos do que Serra no segundo turno das eleições presidenciais de 2010: São Miguel Paulista e São Mateus, no extremo leste da capital, e Cidade Dutra e Campo Limpo, na zona sul. E esteve em apenas duas regiões que deram vitória ao tucano: Parque São Lucas, na zona leste, e Sé, no centro. Segundo Simão Pedro, nas próximas semanas o petista deverá visitar áreas mais centrais.

No limite - No QG tucano, a ordem para o início da campanha foi buscar novos eleitores nos distritos que oscilaram entre o PT e o PSDB nas eleições de 2008 e 2010. "Buscamos as áreas voláteis, nas quais podemos conquistar um novo eleitorado, e contemplamos diferentes regiões e segmentos da sociedade", resume o coordenador da campanha, Edson Aparecido.

Serra esteve em regiões como Ermelino Matarazzo, Jaraguá, Vila Sônia e Ipiranga, e deu prioridade a áreas beneficiadas por obras iniciadas ou concluídas quando ele esteve à frente do município e do governo do Estado. O objetivo é atrelar as imagens de obras a Serra e Kassab, comparando as realizações com as da gestão Marta Suplicy (PT).

Essa é a segunda fase da campanha tucana. Nos últimos meses, Serra havia restringido suas participações ao centro expandido, para consolidar a candidatura em regiões onde a votação dos tucanos é mais alta. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

Correligionário do candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (PRB), o deputado estadual Gilmaci Santos usou nesta terça-feira (17) um carro da Assembleia Legislativa para acompanhar evento de campanha na Lapa, zona oeste. A lei veda o uso de bens públicos, como veículos de parlamentares, em campanha eleitoral. O deputado admitiu que estava com o carro oficial e tentou explicar: "Estava passando por aqui, indo trabalhar. Soube pelo Facebook que ele estava aqui."

Russomanno voltou a negar pendências com a Justiça Eleitoral - o Ministério Público Eleitoral impugnou sua candidatura, por não ter pago multa em 2010. "Até publiquei os comprovantes (de pagamento) no Facebook e no Twitter", disse. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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A primeira pesquisa de intenção de votos divulgada depois do registro das candidaturas indica uma disputa apertada pela prefeitura de Porto Alegre entre a deputada federal Manuela D'Ávila (PC do B) e o prefeito José Fortunati (PDT), candidato à reeleição. A sondagem do Instituto Methodus, publicada pelo jornal Correio do Povo nesta terça-feira, mostra a comunista com 38,6% das intenções de voto, o trabalhista com 33,5% e o petista Adão Villaverde com 7,4% na modalidade estimulada. Os outros quatro concorrentes têm índices inferiores a 2%. Nas citações espontâneas Fortunati tem 13,1%, Manuela 11,6% e Villaverde 1,6%.

Nas simulações para o segundo turno, Manuela venceria Fortunati por 46,7% a 39,3% e Villaverde por 62,9% a 16,1%. Fortunati ganharia de Villaverde por 57,6% a 20,1%. A pesquisa foi registrada no TRE/RS sob o número 00035/2012. Foram entrevistados 1,6 mil eleitores entre os dias 11 e 14 de julho. A margem de erro é de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.

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Os primeiros movimentos da campanha atípica à prefeitura do Recife este ano – quando o ocupante da cadeira municipal foi impedido pelo próprio partido de buscar a reeleição – mostra situações diferentes em que se enquadram os principais candidatos.

O maior peso, fora de qualquer dúvida, recai sobre o senador Humberto Costa. Inventado como “tertius” depois do desgaste do bate-chapa entre o prefeito João da Costa e o ex-tudo Maurício Rands, Humberto enfrenta as ruas com a responsabilidade de defender o legado de 12 anos de poder petista no Recife.

Para tanto, terá que se equilibrar entre a explicação da substituição de João da Costa e os argumentos que façam o eleitorado continuar acreditando no PT como a melhor opção para a cidade. Não vai ser fácil. A contradição interna da crise que rachou o partido no estado, e as mágoas do prefeito, de Rands e dos aliados e seguidores de ambos, podem atrapalhar muito a missão do senador, que chamou o ex-prefeito João Paulo para vice exatamente para tentar salvar a imagem da unidade partidária.

Em seguida, os ombros de Mendonça Filho são os mais castigados. Com a atribuição de defender a oposição realizada em três mandatos consecutivos do PT, precisa reduzir a carga conservadora associada ao seu nome e ao partido (neste sentido, a escolha do vice poderia ter sido um pouco mais criteriosa).

A missão de Geraldo Júlio é menos espinhosa. De todos os candidatos, é o mais inexperiente, apesar de representar o maior conjunto de forças na campanha, atraídas pelo brilho do governador Eduardo Campos. Um bom desempenho e até o favoritismo pode lhe ser atribuído, mas como qualquer revés seria debitado da inexperiência, seu desgaste seria menor, por exemplo, do que o que recairia sobre o governador, que faz da conquista da capital pelo partido mais um degrau na sua escalada para o Palácio do Planalto.

Por fim, o neotucano de verde plumagem, Daniel Coelho, corre por fora, como franco atirador, à espera de algum efeito surpresa diante das atribulações que tomaram conta dos governistas e da briga que se acirra entre o PT e o PSB. Com a certeza de quem é, dos quatro, o que menos perde o sono, Daniel, no mínimo, eleva o recall na capital e garante, quem sabe, o mandato de deputado federal em 2014.

Em busca de eleger o maior número de vereadores para a base de sustentação de uma eventual administração José Serra, a coligação "Avança, São Paulo", encabeçada pelo tucano, já montou uma estratégia para tentar compor uma grande bancada na Câmara de Vereadores de São Paulo. A estratégia tem como um dos principais eixos os chamados "puxadores de votos", personalidades políticas já conhecidas do eleitorado e as celebridades com bom trânsito entre a população, na mesma linha utilizada pelo PR nas eleições gerais de 2010, quando lançou o palhaço Tiririca a deputado federal, transformando-o em um fenômeno das urnas, com 1,350 milhão de votos. Nestas eleições, o partido de Tiririca é um dos que compõem o leque de alianças de Serra.

Segundo informações obtidas com exclusividade pela Agência Estado, dentre os candidatos do PSDB tidos como promessa para as urnas estão o ex-secretário estadual da Cultura Andrea Matarazzo, o filho do ex-governador Mario Covas, Zuzinha, e os atuais vereadores Floriano Pesaro e Adolfo Quintas, todos com boa expectativa de votos.

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Nos outros partidos da coligação, PSD, DEM e PR, alguns dos nomes cotados para atrair votos são o atual vereador Antônio Goulart (PSD), que teve cerca de 90 mil votos no último pleito (são necessários perto de 30 mil para se eleger), Milton Leite (DEM), que registrou 80 mil, e Antônio Carlos Rodrigues (PR), que teve pouco mais de 40 mil votos. O ex-judoca e atleta olímpico Aurélio Miguel (PR), atualmente vereador, também teve boa votação na última eleição, com cerca de 50 mil votos, e pretende repetir a performance.

Há também as apostas em nomes populares para chamar votos, em busca de efeito semelhante ao ocorrido com Tiririca. O PSD irá lançar o ex-BBB Serginho para atrair o público de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT). Serginho, após sair do reality show, participou de desfiles de carnaval e da parada do orgulho gay. Outra aposta do partido é no cantor Kiko, que fazia parte da banda KLB. Ele já foi candidato a deputado federal pelo DEM em 2010, mas não se elegeu.

No ninho tucano, essa mesma orientação levou ao lançamento da candidatura do ator e modelo Marcos Flávio de Oliveira, que ficou conhecido como Oliver, interpretando o quadro Teste de Fidelidade, no Programa de João Kleber.

Coligação

A coligação proporcional, o chamado "chapão" que envolve o PSDB, PSD, DEM e PR, irá lançar 110 candidatos a vereador, limite máximo imposto pela lei eleitoral. Dono do maior tempo de propaganda gratuita no rádio e televisão, os tucanos terão 38 nomes concorrendo neste pleito. A ideia nos bastidores era lançar 45, mesmo número da legenda. As negociações com o PSD, que não aceitava lançar apenas 30 candidatos (número necessário para que o PSDB tivesse os 45), no entanto, não progrediram. O PSD conseguiu então 37 candidatos. O PR terá 21 candidatos e o DEM, 14. O PV integra a coligação de Serra, mas fez um acordo majoritário, que não envolve os candidatos a vereador.

Famosos

Além da coligação de José Serra, outros partidos também estão investindo na estratégia de lançar nomes já conhecidos pelo público para tentar ganhar representação na Câmara Municipal. É o caso do PTdoB, com a modelo e dançarina Suellem Aline Mendes, a Mulher Pêra. Ela tentou a Câmara dos Deputados em 2010, mas não se elegeu. No PDT, o ex-jogador corintiano Dinei também irá para a disputa. O partido, inclusive, terá o médico da equipe paulistana, Joaquim Grava, como vice do candidato à Prefeitura, Paulinho da Força. Já o PTB escolheu lançar o ex-apresentador de televisão João Kleber para concorrer a uma vaga no legislativo municipal.

"Seja eleito em 2012: contrate agora consultoria para o seu Twitter por 3 meses e fique entre os 200 primeiros mais seguidos do Brasil." A propaganda, veiculada numa conta do microblog, tem destino certo: candidatos que disputarão as eleições municipais este ano. Ser um dos políticos mais seguidos do País, porém, requer colocar a mão no bolso. Comprar um perfil com 300 mil seguidores custa R$ 6 mil. Se o candidato estiver interessado na consultoria, paga R$ 7 mil mais três parcelas de R$ 1 mil. A venda de perfis no Twitter, porém, é prática ilegal, proibida nos Termos de Uso da rede social.

Diante das evidências, o Ministério Público Eleitoral de Minas começou a investigar se algum candidato adquiriu o serviço. O promotor eleitoral Edson Rezende alerta: a compra de perfil é ato ilícito, podendo levar à rejeição das contas pela Justiça e até mesmo à cassação da candidatura.

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O especialista em marketing digital Gabriel Rossi classifica como "ridícula" tal comercialização. Para ele, quem compra e vende "seguidores" dá sinais de que não entende como a rede funciona. "O que adianta ter um milhão de seguidores, se a maioria nem pode votar, ou nem mora no Brasil? O cara vai ficar twittando para surdos."

Além disso, Rossi destaca que "relevância" não pode ser comprada e que, ao abrir uma conta no Twitter, o político deve ter um processo contínuo de relacionamento com o internauta. "Esse tipo de prática mostra bem como o mercado político na internet hoje ainda engatinha." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), prepara mais uma minirreforma no primeiro escalão de seu secretariado para ajudar a campanha de José Serra (PSDB) na sucessão municipal. Kassab reuniu-se na manhã desta segunda-feira (16) com titulares de pastas para comunicar as mudanças. Bebetto Haddad (Esportes), do PMDB, e Antonio Carlos Malufe (Relações Governamentais), do PSD, devem deixar os cargos em data a ser definida.

Além deles, o ex-vice-presidente da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), Ricardo Montoro, que havia deixado o posto para se candidatar a vereador, também deve integrar o staff da campanha serrista.

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Malufe e Montoro devem assumir papéis estratégicos no time de Serra. O atual secretário de Relações Governamentais será o responsável pela campanha dos principais candidatos a vereador da coligação - grupo que inclui os atuais parlamentares e potenciais puxadores de voto, como Andrea Matarazzo e Mario Covas Neto. Já Montoro, a convite de Serra, deve trabalhar ao lado do coordenador da equipe tucana, Edson Aparecido.

A função de Bebetto na campanha ainda não foi definida. Sua entrada na equipe joga um peemedebista na campanha de Serra - o que pode evidenciar divergências no PMDB e constranger o candidato da sigla, Gabriel Chalita, que faz críticas contundentes à gestão Serra/Kassab.

Ex-presidente do PMDB paulistano e ligado ao ex-governador Orestes Quércia, Bebetto, porém, virou desafeto no partido após a chegada de Chalita. Ele se negou a abandonar a gestão Kassab como o partido queria para dar liberdade a Chalita para criticar o prefeito. Bebetto resistiu mesmo sob pressão do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e do diretório estadual da legenda. Ele sofreu retaliações: acordos políticos firmados por ele foram desfeitos pela executiva estadual.

O ex-deputado federal Walter Feldman (PSDB) é cotado para assumir a secretaria de Esportes. Ele já comandou a pasta e foi enviado por Kassab a Londres para acompanhar, em 2011, a preparação da cidade inglesa para os Jogos Olímpicos que ocorrem neste mês. Na época, Feldman enfrentava resistências dentro do PSDB por ter apoiado a campanha pela reeleição do atual prefeito, em 2008.

Quando se concretizar, esta será a terceira troca de comando nas secretarias de Kassab em função das eleições de outubro. Outras duas ocorreram em abril e junho, por causa dos prazos de desincompatibilização eleitoral exigidos pela Justiça para candidatos a vereador e a vice-prefeito.

O prefeito já havia exonerado o nome escolhido para vice de Serra, Alexandre Schneider (Educação), a atual vice, Alda Marco Antonio (Assistência Social), Miguel Bucalem (Desenvolvimento Urbano) e Marcos Cintra (Desenvolvimento Econômico e Trabalho) - todos do PSD -, Eduardo Jorge (Verde e Meio Ambiente) e Marcos Belizário (Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida) - ambos do PV.

 

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, demonstrou apoio à fusão de seu partido, o PMDB, com outras siglas. Conforme informou o jornal O Estado de S.Paulo, o DEM já admite fusão com o PMDB, dependendo do resultado das eleições municipais de outubro. "Eu vejo sempre como boas as iniciativas que levem a um quadro partidário mais enxuto", disse o governador a jornalistas, após participar de reunião sobre combate a desastres naturais, realizada nesta segunda à tarde no Palácio do Planalto.

"Esse enxugamento de partidos convergindo pra identidades partidárias mais próximas, né, o PMDB é um partido de centro, converge pro centro, tem poucos mais à esquerda, outros mais conservadores, partidos que orbitam em torno do centro que desejam fundir com o PMDB são muito bem-vindos." Na avaliação do governador, o PMDB "ganha no sentido de amalgamar outros partidos, outras forças partidárias, que virão pro PMDB somar forças."

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Questionado se o DEM seria uma boa força partidária para ser somada, o governador respondeu: "Quem tem de avaliar é o Valdir (Raupp, presidente nacional do PMDB)".

Antes de deixar o Planalto, Cabral reiterou que é "cabo eleitoral da reeleição da presidenta Dilma Rousseff".

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), já foi condenado a pagar R$ 20 mil em multas por irregularidades em sua campanha de reeleição - de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ). Esse valor ainda pode aumentar nos próximos dias, pois o peemedebista é alvo de outras representações que estão tramitando na Justiça Eleitoral.

Iniciados na semana passada, os procedimentos acusam o prefeito carioca de compra de votos e de propaganda irregular. No primeiro caso, o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, afirma que Paes cometeu crime eleitoral de captação de sufrágio por ter anexado ao último holerite dos servidores municipais uma folha em que são listadas supostas melhorias promovidas por ele ao funcionalismo nos seus três primeiros anos de administração. No outro, o Ministério Público Eleitoral acusa o prefeito de propaganda fora de época.

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Paes também responde por supostas irregularidades ao promover uma apresentação do jogador holandês Seedorf, reforço do Botafogo para o Campeonato Brasileiro, nas dependências do Palácio da Cidade.

No fim da semana passada, Paes e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram condenados por propaganda eleitoral antecipada. Cada um dos dois terá que pagar R$ 5 mil. De acordo com a juíza eleitoral Ana Paula Pontes Cardoso, o prefeito do Rio e o ex-presidente divulgaram a candidatura à reeleição no dia 6 de junho, durante a inauguração da linha de ônibus expresso BRT Transoeste, em Santa Cruz. O evento ocorreu exatamente um mês antes do início oficial da campanha.

Paes também já foi condenado a pagar R$ 15 mil em multas em dois processos em que foi responsabilizado por faixas de agradecimentos que uma deputada estadual e seu filho candidato a vereador espalharam pela zona oeste da cidade. Os dois também foram multados.

Defesa

O advogado do prefeito, Eduardo Damien, informou que apresentou recurso em todos os processos em que o Paes já foi condenado e ressaltou que o peemedebista não cometeu irregularidades.

"O prefeito não cometeu nenhum ilegalidade e não vai precisar alterar sua conduta. Vamos esclarecer tudo na justiça eleitoral", afirmou Damien.

Em relação ao processo por causa do evento com Seedorf, o advogado argumentou que é normal o prefeito receber personalidades internacionais no palácio. "Listei outras oito personalidades, como o ator espanhol Antonio Banderas, e o cineasta brasileiro radicado nos Estados Unidos Carlos Saldanha, que participaram de eventos similares", disse Damien.

O senador Humberto Costa, candidato do PT à prefeitura do Recife, saiu na dianteira na primeira pesquisa Ibope para a eleição municipal deste ano. O petista tem 40% das intenções de voto, seguido por Mendonça Filho, do DEM, com metade das intenções de voto do primeiro colocado - 20%. Em terceiro lugar vem o tucano Daniel Coelho, com 9%. O PSB, com Geraldo Julio, ocupa a quarta posição, com 5% das intenções de voto.

Esteves Jacinto (PRTB) teve 2%, enquanto Edna Costa (PPL) e Jair Pedro (PSTU) apareceram com 1% das intenções de voto, cada um. Roberto Numeriano, do PCB, não pontuou. Votos brancos e nulos somaram 14% e 7% disseram não saber em quem votar ou não responderam.

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A pesquisa, encomendada pela TV Globo e jornal Folha de Pernambuco - registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) sob o número 00046/2012 - foi divulgada nesta segunda (16). Foram ouvidas 805 pessoas entre os dias 12 e 14 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O DEM, que em 2012 terá 42% menos candidatos a prefeito que em 2008, depende das eleições municipais para sobreviver. Se vencer em capitais como Salvador e Aracaju, e tiver bom desempenho em grandes cidades como Mossoró (RN), Vila Velha (ES), Feira de Santana (BA) e Caruaru (PE), estará salvo. Caso contrário, dirigentes do partido já admitem que a saída poderá ser a fusão com outro partido e a opção mais cogitada por sua cúpula hoje é o PMDB, e não o PSDB.

Tudo porque a parceria tradicional com os tucanos vai de mal a pior. Embora acusem o golpe de ver o novo PSD solapar metade de seus recursos no fundo partidário e de seu tempo de televisão no horário eleitoral, os dirigentes do DEM mantêm a esperança de que a legenda garanta sua existência nas urnas. Mas se o risco da fusão só é mencionado em conversas reservadas, o afastamento do PSDB nesta reta final da montagem das coligações é tratado abertamente.

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Lideranças do DEM não escondem a insatisfação com o tucanato. Dizem que o PSDB fez um "papelão" com o velho aliado no Recife e em Fortaleza, onde as opções do partido para a prefeitura estão bem melhor posicionadas nas pesquisas do que os candidatos do PSDB. Eles não se conformam de os tucanos terem lançado Marcos Cals contra Moroni Torgan (DEM) na capital cearense. E, menos ainda, aceitam que o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, tenha preferido se aventurar com a candidatura própria de Daniel Coelho, em vez de somar forças com Mendonça Filho (DEM) na corrida do Recife.

Candidato a prefeito do Rio contra o colega tucano Otávio Leite, o deputado Rodrigo Maia (DEM) afirma que não houve diálogo entre os partidos. Lembra que o afastamento do PSDB começou ainda em 2010. "Nas duas outras capitais em que estamos juntos não houve aliança. O que aconteceu foi puro escambo", reclama.

Segundo ele, o apoio do PSDB à candidatura do líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), em Salvador, só se deu em troca da composição com o candidato tucano em São Paulo, José Serra. Os dirigentes da legenda não escondem a irritação com Serra que, diante do pleito do DEM de ter o posto de vice, não hesitava em afirmar que só decidiria após a definição do tempo de TV dos partidos.

E assim aconteceu. O PSD do prefeito Gilberto Kassab ficou com metade do tempo de TV do DEM e com a vice de Serra. Não fosse a determinação do DEM em fechar parceria com os tucanos para eleger Neto, a cúpula teria fechado aliança com o PMDB, de Gabriel Chalita. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Entre os grandes partidos, o PSB é que mais cresceu em número de candidatos a prefeito desde as últimas eleições municipais. Este ano, ele vai disputar uma em cada cinco prefeituras do País, 14% a mais que em 2008. No total, são 1.044 candidatos do partido socialista, 126 a mais que em 2008. Levantamento do Estadão Dados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra também que o PT nestas eleições ultrapassou o PSDB no número de candidatos, ficando atrás apenas do PMDB, que mesmo recuando 16% em relação a 2008 continua tendo a maior base de candidaturas. O novato PSD ocupa a quarta posição nesse ranking.

A avidez do PSB na disputa municipal deste ano já gerou conflitos com o PT, seu aliado nacional, em pelo menos três capitais. Em Belo Horizonte, o atual prefeito Marcio Lacerda (PSB) vai enfrentar o ex-ministro Patrus Ananias (PT). Em Recife e Fortaleza, o PSB também sairá com candidatos próprios contra o partido da presidente Dilma Rousseff. Para dissipar o desconforto, Dilma se reuniu na semana passada com o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e recomendou que as eleições municipais não fossem confundidas com a aliança nacional entre os dois partidos. Após três horas de reunião, Campos anunciou que a paz estava selada.

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A influência do PSB acontece com maior intensidade na região Nordeste do País. Mais da metade dos candidatos a prefeito do partido estão concentrados por lá, onde vão disputar uma em cada três cadeiras do Executivo municipal. A faixa de influência dos socialistas também se estende para o Sudeste, onde estão um quarto dos seus candidatos. Mas no resto do País sua presença ainda é tímida. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, os candidatos da legenda estão na briga por apenas uma em cada dez prefeituras.

Devido ao crescimento, o PSB saltou do oitavo para o sexto lugar na lista de partidos com mais candidatos a prefeito. Ainda sim, ele dá mais apoio para chapas encabeçadas por outras siglas do que apresenta candidatos próprios. Apesar das rusgas com o PT, os socialistas são a maior fonte de apoio para os petistas. Embora o PMDB e o PT possuam o maior número de alianças (em mais de mil municípios), o PSB é o partido que mais dá apoio aos candidatos do PT nestas eleições - o PSB apoia os petistas em 413 cidades; o PMDB em 382 (números com base em 90% das informações do TSE consolidadas).

O PMDB, que tem a maior base municipal do País, continua sendo a principal força partidária na corrida pelas prefeituras. Mas o número de candidatos caiu 16% em relação a 2008. Este ano, serão 2.292 nomes peemedebistas, 440 a menos. Ainda sim, o número é quase 30% maior que o do PT, que ocupa o segundo lugar em quantidade de candidatos.

Virada e PSD

O resultado petista, no entanto, representa uma virada. Este ano, a sigla ultrapassou os tucanos, que perderam quase 200 candidatos em relação a 2008. A força do PSDB concentra-se em São Paulo, Minas e Paraná - todos governados por tucanos -, que detêm metade dos nomes do partido para as prefeituras. O PT é também o segundo que mais cresceu entre as grandes legendas, atrás apenas do PSB. Em 2012, são 124 candidatos a mais que nas últimas eleições, totalizando 1.789 - um aumento de 7%.

Nas suas primeiras eleições, o PSD é um fenômeno. Criado em 2011 pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o partido tem o quarto maior número de candidatos, atrás do PMDB, PT e PSDB. No total, são 1.094 nomes. A distribuição regional das candidaturas mostra que Kassab conseguiu costurar apoio principalmente fora do seu Estado. Quatro entre dez candidatos do PSD estão no Nordeste. No Sudeste, a sigla concorre a 12% das prefeituras. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Funcionários de campanha e representantes do presidente Barack Obama e de seu rival republicano, Mitt Romney, aproveitaram os jornais de domingo para mostrar que seguem na batalha sobre as atividades do republicano na Bain Capital, uma empresa de private equity fundada por ele.

O prefeito de Chicago, Rahm Emanuel, antigo aliado de Obama, disse que Romney pode parar de "lamentar" sobre os ataques dos democratas, enquanto do lado de Romney seus aliados disseram que a retórica recente da administração de Obama marca um ponto fraco para o presidente.

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"Como disse Mitt Romney a seus próprios colegas republicanos: pare de reclamar. Eu dei a ele seu próprio conselho. Pare de reclamar". Emanuel disse na rede de TV ABC esta semana. "Se você quer reivindicar Bain Capital como sua aposta para a Casa Branca, então defenda o que aconteceu ao Bain Capital."

Ed Gillespie, um importante conselheiro da campanha de Romney, disse que a crítica de Obama está errada. "É triste de se ver", afirmou Gillespie na CNN. "Sabemos agora que esse presidente dirá e fará tudo o que for preciso para se manter no poder, mesmo se isso significar denegrir esse poder."

Na semana passada, os dois candidatos trocaram acusações sobre como o tempo em que Romney permaneceu na direção do Bain Capital. Romney alegou que deixou toda a responsabilidade da direção ou gestão da empresa em 1999 para se dedicar a resolver os problemas dos Jogos Olímpicos de Inverno de Salt Lake City, mas seu nome aparece em documentos da SEC (a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana), apontando que Romney deixou formalmente a firma de capital de risco Bain Capital em 2002, três anos após o que tinha dito.

O momento da saída de Romney é importante porque os democratas tentam associá-lo à época em que ocorreram as demissões relacionadas às recompras pela Bain Capital. Romney alegou não ter participado dessas decisões. As informações são da Dow Jones.

Ao retirar o apoio à reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), para aderir à candidatura petista do ex-ministro Patrus Ananias, o prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, fez dois movimentos no xadrez político da sucessão de 2014. Além de tentar puxar o tapete do pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves (MG), o prefeito alinhou o PSD na base de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Em telefonema a Aécio, Kassab disse que houve "um apelo" de Dilma. "Eu não queria fazer isso agora, mas, se é para ficar contra alguém, que seja o PSDB, porque a Dilma e o PT deram todo o apoio ao PSD", explicou a um correligionário. "Não podemos mostrar ingratidão. Isso causaria ao partido um prejuízo desgraçado", previu, em conversas reservadas.

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Em defesa da intervenção para desmontar a aliança do PSD com Lacerda e Aécio, Kassab disse a deputados mineiros que a eleição em Belo Horizonte ganhara dimensão nacional. Questionado sobre a parceria com o tucano José Serra em São Paulo, respondeu de pronto que, diferentemente de Aécio, Serra não será candidato a presidente.

"Dei-me conta de que a questão local estava nacionalizada quando vi o (vice-presidente) Michel Temer comandando a operação no PMDB para retirar a candidatura do deputado Leonardo Quintão à prefeitura", contou Kassab, que entende que Aécio errou ao pressionar contra a coligação PSB-PT para eleger vereadores, o que levou os petistas a saírem da chapa de Lacerda. Foi a partir desse rompimento que Dilma entrou em cena na montagem da candidatura petista, acionando o PMDB e a sigla de Kassab. Parte da cúpula do PSD entendeu que o movimento de Aécio acabou jogando o PMDB "no colo" da presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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