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Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH), Humberto Costa (PT) cobrou agilidade e rigor nas investigações sobre a execução do menino Jonatas Oliveira, 9 anos, ocorrida no último dia 10, no Engenho Roncadorzinho, em Barreiros, Zona da Mata Sul de Pernambuco. Para o senador, a morte brutal da criança não é um ato isolado, mas sim a consequência do conflito agrário que vem acontecendo na região.

“A briga que se trava aqui no Engenho Roncadorzinho é a briga por justiça. É a briga dos trabalhadores rurais pelo direito de produzir. São eles que garantem a comida que está fazendo falta no prato dos brasileiros. Estamos profundamente indignados com a morte brutal de uma criança inocente que estava dentro da sua própria casa quando foi arrastada e barbaramente assassinada a tiros. Um crime que chocou não só o Brasil como o mundo. Mas quero dizer a família de Jonatas e a todos da comunidade que não descansaremos até que tenhamos uma solução para esse crime e para toda a violência que está acontecendo aqui”, afirmou o senador, em visita à localidade, nessa sexta-feira (18).

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Humberto comandou as diligências realizadas conjuntamente pela CDH da Câmara e do Senado. Além de visitar Roncadorzinho e conversar com os trabalhadores rurais do local e de comunidades vizinhas, a agenda também contou com um encontro com representantes do município de Barreiros e, no Recife, com o governador Paulo Câmara (PSB).

O senador questionou a falta de ações do presidente Jair Bolsonaro (PL) para os trabalhadores rurais e criticou o que chamou de “necropolítica” da sua gestão. “Nós temos no comando deste País um presidente da República que instiga a violência, que gosta da morte. Não é por acaso que estamos vendo tantos crimes bárbaros no Brasil, especialmente na disputa por terras. Bolsonaro quer ver o povo trabalhador submisso e sem direitos”, afirmou.

Além de Humberto, também integram a comitiva o presidente da CDH da Câmara, deputado federal Carlos Veras (PT), o deputado estadual Doriel Barros (PT), as codeputadas Juntas (PSOL-PE), o deputado e líder do governo na Alepe, Isaltino Nascimento (PSB), o deputado João Paulo (PT) e a vereadora do Recife Liane Cirne (PT). Representantes da sociedade civil e de movimentos sociais, como a Fetape e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), também participaram das agendas.

Segundo Humberto, as diligências realizadas em Pernambuco fazem parte da estratégia da CDH de estar mais perto da população. Na última segunda-feira (14), o senador esteve no Rio de Janeiro acompanhando as investigações da morte do congolês Moïse Kabagambe, que foi amarrado e assassinado a pauladas após cobrar salário atrasado. “Desde que assumimos a presidência da CDH, nossa preocupação sempre foi estar presente exercendo um papel fiscalizador e de garantia dos direitos humanos, levando a comissão a todo o Brasil”, garantiu.

*Da assessoria de imprensa

 

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