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A professora de redação Fernanda Pessoa está organizando uma nova edição do aulão 'Operação Redação Nota 1000', que visa passar os principais ensinamentos na construção dos textos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O aulão será totalmente gratuito e aberto ao público pelo formato online, com transmissão no Youtube.

O evento acontecerá nos dias 15 e 16 de maio, a partir das 19h. Para assistir com o material completo, é necessário se inscrever na 'Operação Redação Nota 1000', através da página do aulão.

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A docente pretende ensinar as estruturas mais adequadas para conquistar bons resultados nas redações e abordar temas que enriquecem o repertório sociocultural dos alunos e que possam ser cobrados no exame. 

“Universalizar e democratizar o conhecimento é um dos meus principais objetivos. A ideia de oferecer dois dias de aulas gratuitas é justamente atingir cada vez mais pessoas. Na primeira edição, conseguimos alcançar e ajudar milhares de alunos, o que deixa muito realizada”, afirma Fernanda Pessoa.

A 'Operação Redação Nota 1000' se diferencia pelo método próprio de ensino da professora, com aulas sobre a história da arte para aumentar e fortalecer o repertório dos vestibulandos para prepará-los para qualquer tema que seja exigido no exame.

A 52ª edição do Concurso Internacional de Redação de Cartas encerra suas inscrições na próxima quinta-feira (23). As escolas públicas e privadas podem inscrever seus alunos de até 15 anos por meio das informações presentes na página do Correios, a organizadora do torneio aqui no Brasil.

O tema desta edição é "Imagine que você é um super-herói e sua missão é tornar todas as estradas do mundo mais seguras para as crianças. Escreva uma carta para alguém explicando quais superpoderes você precisaria para cumprir sua missão".

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A competição possui quatro etapas: escolar, estadual, nacional e internacional, sendo a última conduzida pela União Postal Universal (UPU). Na fase escolar, cada instituição participante pode escolher até duas cartas entre seus alunos para representá-las na fase estadual, sem premiação.

Já nas outras etapas, há prêmio em dinheiro. Na fase estadual, o primeiro colocado recebe R$ 2,3 mil e sua escola recebe R$ 2,5 mil. No nível nacional, o retorno é de R$ 10 mil para o aluno e R$ 10,5 mil para escola, além do certificado e troféu.

O Brasil está em segundo lugar na classificação mundial com 3 medalhas de ouro, 2 de prata e 2 de bronze, ficando atrás apenas da China, que possui 5 medalhas de ouro. Nos anos 2009, 2012, 2016, 2017 e 2018 o Brasil também recebeu menções honrosas pelo seu desempenho no concurso.

A 52º edição do Concurso Internacional de Redação de Cartas encerra suas inscrições na próxima quinta-feira (23). As escolas públicas e privadas podem inscrever seus alunos de até 15 anos por meio das informações presentes na página do Correios, a organizadora do torneio aqui no Brasil.

O tema desta edição é "Imagine que você é um super-herói e sua missão é tornar todas as estradas do mundo mais seguras para as crianças. Escreva uma carta para alguém explicando quais superpoderes você precisaria para cumprir sua missão". A competição possui quatro etapas: escolar, estadual, nacional e internacional, sendo a última conduzida pela União Postal Universal (UPU).

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Na fase escolar, cada escola participante pode escolher até duas cartas entre seus alunos para representá-las na fase estadual, sem premiação. Já nas outras etapas, há prêmio em dinheiro. Na fase estadual, o primeiro colocado recebe R$ 2,3 mil e sua escola recebe R$ 2,5 mil. No nível nacional, o retorno é de R$ 10 mil para o aluno e R$ 10,5 mil para escola, além do certificado e troféu.

O Brasil está em segundo lugar na classificação mundial com 3 medalhas de ouro, 2 de prata e 2 de bronze, ficando atrás apenas da China, que possui 5 medalhas de ouro. Nos anos 2009, 2012, 2016, 2017 e 2018 o Brasil também recebeu menções honrosas pelo seu desempenho no concurso.

Key Alves virou motivo de risadas nas redes sociais. Enquanto chorava no Quarto Fundo do Mar após a eliminação de Gustavo, a sister exibiu uma tatuagem no braço que chamou a atenção dos internautas.

Na região interna do braço esquerdo da jogadora de vôlei o público identificou a frase 'Be beaultiful hurt'. Além da palavra beautiful estar escrita errada, com um i a mais, a tradução da tattoo seria 'Seja lindo ferir', o que não faz muito sentido. Na teoria, os internautas acreditam que a sister quis tatuar 'Ser linda dói', que seria 'Being beautiful hurts'. No Twitter, diversos internautas começaram fazer piadas com Key.

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Embora possa ser desenvolvida de maneiras diferentes, a escrita permite que a imaginação das pessoas seja estimulada e que grandes histórias sejam contadas, inclusive no universo das fanfics. Com origem no termo inglês fanfiction, fanfic significa “ficção de fã”. Como o nome diz, as histórias são criadas por fãs e são inspiradas em tramas e/ou personagens que já existem, artistas, entre outros.

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Atualmente, esse estilo de literatura tem crescido cada vez mais, principalmente na internet, graças às plataformas criadas para a leitura de fanfics e por causa das redes sociais. A estudante de Letras e escritora Daniela Alves, de 29 anos, conheceu as fanfics de modo inusitado, enquanto pesquisava sobre a banda sul-coreana BTS, e começou a escrevê-las em 2017.

Na época, Daniela percebeu que a maioria das fanfics possuía a mesma temática e o conteúdo era bom, mas notou também a falta de contextualização dos personagens e do ambiente. Por esse motivo, a escritora quis escrever algo parecido, porém de forma leve e mais próxima da realidade. “Outra motivação foi o fato de não encontrar fanfics que tinham Belém como cenário e, claro, a minha recente paixão pelo BTS”, conta.

Daniela escreve fanfics de romance com um pouco de ação e erotismo, e afirma que ama escrever sobre os cenários, porque, além de descrevê-los, gosta de fazer com que o leitor consiga se imaginar nos lugares. Apesar de não ler mais, a escritora relata que encontrou uma autora de fanfictions do BTS que aborda temas relevantes sobre autocuidado e tem buscado a reconexão com o mundo das fanfics.

Além do grupo de k-pop, as maiores inspirações de Daniela eram Belém, as frutas e comidas típicas da cidade. Ela revela que o seu desejo era atravessar fronteiras e mostrar a capital paraense a partir de uma perspectiva romântica e real do que temos. “Atualmente, o que me inspira são os meus pensamentos agitados que a cada instante querem falar”, diz.

A escritora acredita na contribuição das fanfics para a formação de novos autores e leitores, e destaca que existem escritores maravilhosos que abordam a depressão, preconceito, desigualdade social e outros temas importantes que precisam de visibilidade e aceitação maiores.

Além disso, Daniela relata que existe um preconceito em relação ao gênero pelo fato de autores de fanfics usarem artistas (rosto e corpo) como base para os personagens, desqualificando a criatividade dos escritores. “Muitos jovens estão ali, produzindo e consumindo histórias incríveis. Temos que incentivar ainda mais essa leitura, mostrar os vários gêneros textuais e literários que existem e visibilizar essas mentes criativas em ascensão”, afirma.

Daniela encoraja a expressão da criatividade e dos sentimentos daqueles que pensam e têm vontade de escrever fanfics. “Não escreva pensando ou se preocupando com o que as outras pessoas irão falar ou pensar de ruim sobre sua história, pois isso pode travar o seu processo criativo. Veja a escrita como algo leve e que vá satisfazer sua paixão”, incentiva a escritora.

A estudante de Publicidade e Propaganda Vitória Gonçalves, de 21 anos, escreve fanfics desde 2017 e o que a motivou foi o gosto pela leitura. Além disso, ela conta que costumava imaginar histórias e a partir disso começou escrever as ideias que tinha no papel. 

Vitória relata que gosta de todas as partes do processo de escrita, principalmente da criação de uma história, e que se empolga bastante com as ideias. A escritora também consome fanfics e relembra que leu muito durante a pandemia. Além disso, ela fala sobre suas inspirações. “As ideias surgem de repente na minha mente, mas às vezes me inspiro em filmes, livros, séries e letras de músicas para escrever uma fanfic”, revela.

A escritora acredita que as fanfics possuem grande relevância e que podem estimular o surgimento de novos autores e leitores no mundo literário. “A escritora Anna Todd, por exemplo, começou a sua carreira em 2013, publicando uma fanfic do cantor Harry Styles no Wattpad, que é uma plataforma exclusiva para quem gosta de ler e escrever fanfics. E atualmente é uma autora de grande sucesso”, exemplifica.

Vitória também incentiva os que têm vontade de se aventurar com a criação de fanfics porque ela estimula a criatividade, ajuda a aprimorar a habilidade da escrita e melhora o humor, e os reforça a acreditarem no seu potencial. “Eu acredito que todos nós temos capacidade de criar uma história e que a imaginação faz parte da nossa essência”, afirma.

A partir dos enredos nos quais pensava e gostava, a estudante de Jornalismo Gabrielle Almeida, 19 anos, começou a escrever fanfictions em 2016. A escritora revela que gosta de todas as etapas do processo de escrita de uma história, mas principalmente do desenvolvimento dos personagens. “Eu gosto de pensar o que vai acontecer com cada personagem”, destaca.

Além de escrever fanfics de romance, Gabrielle conta que lê histórias do mesmo gênero e também gosta de ler fantasia. Assim como Vitória Gonçalves, a escritora também busca inspirações nos livros, filmes e músicas, e afirma a contribuição das fanfictions para a literatura.

“A princípio, quando começamos a escrever uma história, eu diria que é mais como um hobby, mas a partir do momento em que vemos que gostamos de escrever, por que não investir nisso? Inclusive muitas autoras de fanfics estão investindo em ter seus livros físicos”, aponta Gabrielle.

A escritora deixa um recado para aqueles que pretendem investir na criação dessas histórias: “Apenas faça. Se você tem um bom plot (enredo), apenas escreva. Acho que escrever fanfics é uma forma de ter uma melhora gramatical e ter mais criatividade”.

Conheça os perfis das autoras:

Daniela Alves – Instagram: @danyalvessz

Vitória Gonçalves – Instagram: @citedbts / Wattpad: @citedbts

Por Isabella Cordeiro, com apoio de Even Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Os cursos de História da UNAMA – Universidade da Amazônia e do IFPA – Instituto Federal do Pará promovem, na quinta-feira (26), a I Jornada de Escrita e História. Abordando as relações entre essas duas áreas do conhecimento, o evento conta com a presença de especialistas na área, como o Prof. Dr. Francisco Neto, coordenador do curso de História e Geografia da UNAMA, e o Prof. Dr. Raimundo Nonato Castro, coordenador do curso de História do IFPA, campus Belém.

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De acordo com Francisco Neto, a parceria entre as instituições de ensino surgiu por meio da interação entre os pesquisadores envolvidos. “Todos são contemporâneos no período de estudos da graduação em História. São pesquisadores com diversas vivências, seja na História, Antropologia, Sociologia e Letras, áreas que dialogam neste evento”, diz.

A Jornada visa trazer as várias possibilidades das relações da História, permitindo reflexões sobre produção acadêmica e plágio e debates sobre a escrita e as demais formas de expressão de pensamentos.

Programação

18h30 – Mesa de Abertura, com Prof. Dr. Francisco Neto e Prof. Dr. Raimundo Nonato Castro.

19h – Mesa 1

Palestra 1 – Escrita e História: O uso de imagens na pesquisa histórica, com Prof. Dr. Raimundo Nonato Castro.

Palestra 2 – A escrita histórica do comércio negreiro e a qualidade dos escravizados que desembarcaram na Amazônia, com Prof. MSc. Diego Pereira Santos.

20h – Mesa 2

Palestra 1 – A narrativa histórica na literatura: A perspectiva da aristocracia do pé no chão sobre Cidade de Belém de Dacildo Jurandir, com Profa. Dra. Maíra Maia.

Palestra 2 – Escrita, História e Punição: Sobre dispositivos escriturais a partir de Michel Foucault, com Prof. Dr. Heraldo de Cristo.

O evento é aberto aos interessados e será na UNAMA, campus Alcindo Cacela (Av. Alcindo Cacela, 287 – Umarizal) – Auditório D-200. Inscrições neste link.

Por Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Mulheres estão alcançando o protagonismo dentro de diversos campos artísticos, de diversas formas, e elas ainda têm muito a conquistar. Na literatura, a MC e poeta Shaira Mana Josy criou o projeto de competição Slam Dandaras do Norte, do qual participam mulheres que se expressam por meio da poesia, do hip hop, do rap, do grafite e também da fotografia.

A artista conta que, por vir do movimento do hip hop, especificamente do rap (rhythm and poetry, ou ritmo e poesia), percebeu que escrever e declamar poesias potencializava o trabalho delas e se tornou uma necessidade. “Na poesia podemos expressar nossas inquietações, revoltas e mandamos mensagens com temas diversos, principalmente pelo fato de não ser uma poesia qualquer, e sim a poesia marginal ou periférica”, diz.

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Shaira acrescenta que na poesia cabe tudo e todos param para ouvir, refletindo sobre o que ouvem. Elas notaram uma explosão de saraus poéticos, a inclusão de poetas em eventos musicais e uma procura considerável pela arte e pela escrita delas nas academias.

Segundo Shaira, o Slam Dandaras do Norte abriu as portas para uma nova era de empoderamento feminino, já que até 2021 o projeto era exclusivo para as mulheres. “Conquistamos o respeito até das pessoas que já trabalhavam com a literatura mais tradicional”, complementa.

Para que a arte local seja mais valorizada, Shaira defende políticas públicas permanentes que possibilitem o acesso a editais que fomentam a arte e a desburocratização destes. “Na maioria das vezes puxamos do nosso bolso para comprar equipamentos como caixa amplificada, microfone, criar a identidade visual e divulgar o slam”, relata.

Shaira releva que o movimento já passou por momentos difíceis, com assédio e ataques machistas durante algumas apresentações. “Muitas coisas que abordamos ferem o orgulho da sociedade conservadora, racista, que tenta esconder seus preconceitos, e tentar nos calar é a solução”, aponta a artista.

Shaira fala sobre a influência que a arte delas tem em outras mulheres, que na poesia se identificam de alguma forma, expressam o desejo de participar do slam (do inglês slam poetry, uma competição poética) ou querem mostrar as próprias escritas. “No início é sofrido porque elas têm medo, mas aos poucos vão ganhando confiança, sentindo-se acolhidas no Dandaras do Norte, e quando menos esperamos, já estão declamando, cantando e publicando suas escritas”, conta.

A artista reafirma o propósito do slam de ser um espaço de proteção, incentivo e de fortalecimento das mulheres através da escrita poética. “Esse espaço já está demarcado e quando se ouve falar do Slam Dandaras do Norte, já se compreende a presença feminina e sua importância no processo de fortalecimento da arte produzida por mulheres”, conclui.

Veja, aqui, documentário sobre as Dandaras do Norte.

Por Carolina Albuquerque, Even Oliveira, Isabella Cordeiro e Karoline Lima (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

 

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O escritor Alfredo Guimarães Garcia lança novo livro. “O homem que falava com Deus e outros contos assombrosos”, 60ª obra do autor, está em pré-venda na internet, no site da Editora Pará.grafo e nas redes sociais, até o dia 30 deste mês. Custa R$ 45,00, mais a taxa dos Correios de R$ 10,00. O livro será entregue autografado e com dedicatória do autor.

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“O Homem que falava com Deus e outros contos assombrosos” é dedicado ao escritor paraense Walcyr Monteiro, autor do livro Visagens e assombrações de Belém”. “Fui beber nessa fonte para redigir esses contos”, diz Alfredo sobre Walcyr. A obra de Alfredo Garcia expoe a riqueza da escrita, e enaltece a cultura do Estado.

O livro não estará nas livrarias físicas. Será diretamente enviado para o leitor, da mesma forma realizada na pré-venda. O valor será o mesmo. O comprador ainda leva como brinde outro livro de Alfredo Garcia,“Contos do amor em Flor”.

Por Alessandra Nascimento.

 

Com o objetivo de valorizar os hábitos da escrita e escutas terapêuticas, o site Dear Diary (ou Querido Diário, em tradução livre) convida os usuários para uma experiência, no mínimo, peculiar: transformar os desabafos virtuais em música. Além dos designers Stephen Haney e Suyah Joshi, autores do site, a ideia conta com a contribuição do músico Devin Lane.

Na página inicial do Dear Diary, a pessoa que está acessando é convidada a dizer o que está sentindo. Para isso, é preciso clicar em “begin” e começar a escrever. Ao mesmo tempo em que as palavras ganham forma, uma música embala a escrita do usuário, que ao final da experiência pode compartilhar o link do que foi escrito, juntamente com a canção criada de maneira afetiva.

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Embora tenha uma identidade visual simples, o site requer uma programação elaborada para que funcione corretamente. A ferramenta Magenta MusicVAE, executada no Dear Diary, juntamente às programações musicais do projeto, analisa o sentimento predominante no texto, para que a música represente os sentimentos do autor. Além disso, os tons musicais podem mudar de acordo com o uso da pontuação ou de caracteres especiais, a exemplo de letras maiúsculas e minúsculas.

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Desde o primeiro caso confirmado de covid-19 no Pará, em março de 2020, a pandemia do novo coronavírus mudou a vida das pessoas. Afetados pelo isolamento social, escritores paraenses analisam como a crise interferiu na produção de textos e esclarecem como o ato de escrever ajuda a suportar as dificuldades.

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Para o escritor e poeta Alfredo Garcia, escrever durante a pandemia é uma forma de resistir. “Sem a produção de conteúdo literário, eu teria sucumbido durante esse isolamento. A arte foi o que me permitiu, até o momento, sobreviver nesse período pandêmico”, afirmou.

Alfredo também afirma que a covid-19 e o isolamento social influenciaram na produção de textos no último ano. “Houve uma inquietação criativa, e eu procurei dar vazão através da produção literária”, contou. Dessa inquietação surgiram o livro de poesias “Pandemia e Outros Poemas” e os romances “Fiapo” e “A Inquietante Gênese do Nada”. Além das novas obras, Alfredo relançou, junto com a editora Pará.grafo, “O Livro de Eros”, obra de 1998 considerada um clássico contemporâneo da literatura da Amazônia. 

No livro de poemas, diz Alfredo, o foco é a pandemia. "O distanciamento de pessoas que tinham uma troca de afeto. Essa produção dialoga com a minha existência”, explicou. Alfredo usou as redes sociais para publicar os poemas que agora virarão livro. “Os poemas foram divulgados no meu perfil no Facebook. Depois se tornaram e-book. E agora vai ser um livro impresso a partir do mês de abril”, detalhou.

O autor também escreve letras de músicas durante o isolamento. “Escrevo letras de canções de Música Popular Brasileira. Com parceiros tenho lançado singles. Estamos preparando EPs.  Tem um pronto para lançar em maio e outro na metade do ano”, declarou. Para Alfredo, o papel na pandemia, não só do escritor que produz literatura, mas do artista de forma geral, é muito importante. “Em nenhuma época da vida humana nós tivemos tanta necessidade de arte para que a alma pudesse respirar. Eu procuro fazer isso”, finalizou.

Para a escritora e poeta Telma Cunha, a pandemia trouxe certa dificuldade para escrever durante o isolamento. “Eu preciso de silêncio e a pandemia tem feito muito barulho em mim. Nesses dias cinzentos, muitas vezes, o poema flerta comigo, mas não vem”, afirma a poeta. Mesmo assim, a autora tenta escrever sempre que possível. “Rascunho poesia por todos os lugares: manuscritos, no computador, celular. Às vezes, escrevo até na palma da mão”, explica.

Telma conseguiu superar as dificuldades durante o isolamento e escrever um livro de aldravias – poemas de 6 versos e 6 palavras – intitulado “Pé ante pétalas”, sobre o cotidiano e as dores provocadas pela covid-19, e o conto infantil “A menina dos olhos de arco-íris”. A poeta faz uso da internet para divulgar as obras e manter contato com público. “As redes sociais e as lives me ajudam a não perder o elo com os leitores”, contou.

Assim como Alfredo Garcia, Telma acredita na capacidade do escritor de ajudar as pessoas a suportar o isolamento social. “Nessa ausência de liberdade, a minha poesia tem tocado as pessoas. Feito com que elas respirem aliviadas”, declarou. Uma amante de metáforas, a autora afirma que a palavra escrita representa, para ela, a coragem para suportar a pandemia. “Enquanto espero os primeiros raios iluminarem o Brasil para sermos felizes de novo. Livres desse vírus”, concluiu.

Mercado editorial

Os escritores não foram os únicos a sentirem os efeitos da pandemia do novo coronavírus. As editoras também tiveram vendas e publicações afetadas durante esse período, causadas pelo isolamento social dos consumidores.

A Pará.grafo Editora teve apenas seis títulos literários lançados no ano passado. Três foram produzidos por meio de financiamento coletivo, no site Catarse: “Ribanceira”, uma reedição do último romance do escritor Dalcídio Jurandir; o livro de crônicas “Panela de Barro”, de Jacques Flores; e “Antologia da Poesia Paraense”, uma coletânea que reúne 20 escritores da região.

Para o escritor e editor responsável pela Pará.grafo, Dênis Girotto, as empresas e os empreendedores tiveram uma grande necessidade de buscar novas formas de trabalhar durante o período pandêmico.

No caso da editora, ele explica que a saída encontrada foi buscar soluções para custeamento de "vaquinhas" virtuais e apostar em livros on-line. “Estamos tentando nos reinventar. Muitos leitores estão migrando para o e-book, que são mais baratos, ou os audiobooks, que são livros em que [a pessoa] ouve as histórias. São mais acessíveis e os leitores estão migrando para isso.”

A situação nas gráficas não é nada positiva. Dênis Girotto relata que, este ano, os insumos de produção para um livro aumentaram cerca de 20% em comparação com 2020. 

Apesar das dificuldades, Dênis diz querer abrir espaço para o livro e permitir o acesso à literatura pelo público, principalmente os jovens. Tornar o produto mais barato é a meta do editor, que acredita na leitura como transformação social no Brasil.

Por Amanda Martins e Felipe Pinheiro.

 

 

 

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Muitas pessoas sentem vontade de iniciar uma jornada pela escrita e contar histórias que alcancem outras vidas. Para isso, é necessário ter criatividade, determinação e capacidade para lidar com os desafios. 

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A Semana da Criação Literária, evento on-line e gratuito que irá ocorrer entre os dias 25 e 31 de janeiro, foi idealizada com o propósito de auxiliar pessoas que pensam em descobrir e melhorar habilidades, bem como seguir profissionalmente a carreira de escritor ou escritora.

Tiago Novaes, escritor, tradutor e doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), ministrará aulas que pretendem mostrar, entre outras coisas, obstáculos que impedem o desenvolvimento da escrita. Falta de confiança, dificuldade para encontrar inspirações, medo e até mesmo falta de tempo são os fantasmas que assombram os jovens escritores. 

Tiago Novaes desenvolveu o gosto pela escrita na infância, com a leitura. “Minha tia contava histórias à beira da cama antes de dormirmos, meu irmão e eu. Eram histórias fantásticas, com terras distantes, dragões, florestas encantadas. Aí vieram os livros. E um livro puxa outro. Na adolescência, Clarice, Graciliano, Guimarães, Saramago. A poesia. Eu era um aluno bastante medíocre na escola, e a exceção sempre foram as redações, onde sinto que eu destilava estas leituras”, revelou.

O escritor destacou que, inicialmente, há um prazer simples e inocente diante do papel, uma inspiração, um entusiasmo. Depois vem um um desejo de alçar voo maior, de contar uma história melhor, desenvolver os personagens. “Aos poucos a gente passa a querer transmitir a ambiguidade da vida nos próprios escritos. E é um desafio que vai sendo trabalhado continuamente, identifica-se com a experiência de vida, com as perguntas que fazemos e que nunca alcançam resposta”, explicou.

A Semana da Criação Literária surgiu com a intenção de ajudar as pessoas a se apropriarem da própria língua e da própria voz, informou Tiago. Segundo ele, desde as oficinas presenciais que ministrou a partir da publicação do seu primeiro romance, surgiu um senso de “missão literária”. “Acredito que ainda somos jovens, como país e cultura em termos de narrativas escritas. Quantas histórias por escrever! Romances psicológicos, históricos, ficções científicas. Ainda precisamos mapear na ficção a nossa cultura, que se diversificou e tem revelado a sua complexidade”, disse.

Para incentivar aqueles que querem escrever mas que são impedidos pelas inseguranças, Tiago afirma que o primeiro passo é retirar o lugar do "Grande Escritor" de um pedestal inalcançável e mostrar que a escrita é um ofício como qualquer outro, com suas complexidades. Para Tiago, o grande segredo da criação literária é que não existe segredo e sim que existe trabalho, insistência, paixão revigorada, comunidade.

“A escrita criativa entra neste movimento. É uma disciplina tão jovem quanto a psicanálise e foi fundada por um reitor na Universidade de Iowa, um sujeito chamado Carl Seashore. Nos EUA existem centenas de programas de graduação e pós em escrita. No Brasil este movimento ainda é emergente. Parte do meu trabalho é de difusão deste conhecimento”, assinalou o escritor.

Tiago Novaes entende que a questão da criatividade está em aceitar que é sempre necessário buscar objetos em um lugar diferente, enxergá-los de uma nova perspectiva. “Os livros fazem isso. As viagens. A análise ou autoanálise. O debate intelectual e literário. O sujeito criativo é um sujeito curioso, desassossegado. Precisamos abandonar as questões narcísicas, como 'Isso é para mim?', 'Eu sou bom o suficiente?', e passar a fazer perguntas de dentro da prática, que são bem menos autocentradas”, acrescentou.

O escritor comenta que vive de atividades ligadas à escrita e conhece muitas pessoas que fazem o mesmo. Durante a Semana da Criação Literária, Tiago vai mostrar como o autor pode enveredar por esse caminho. Também terá a discussão sobre a estruturação de uma obra a partir do romance "Torto Arado", de um dos antigos participantes de suas oficinas on-line, Itamar Vieira Jr. “Por fim, vamos oferecer orientações práticas para aprimorar a escrita e algumas reflexões que o escritor deve realizar de saída para que possa superar as questões extrínsecas à obra: o medo da falta de talento, a dificuldade em lidar com o tempo da escrita, dentre outras”, complementou.

Experiências válidas

O escritor e jornalista Tiago Júlio Martins contou que conhece e recomenda a participação nas aulas de Tiago Novaes, pois ele possui experiências válidas para quem deseja seguir a carreira de escritor. “Acho um trabalho muito incrível porque ele ensina técnicas muito legais para quem está começando, até para pessoas mais experientes têm teorias muito eficazes na construção de enredos. Já assisti alguns vídeos dele e eu recomendo participar do evento, porque tudo que vem a somar e agregar para a nossa escrita, nossa bagagem cultural, nossa bagagem técnica eu acho superválido”, disse.

Ele também relata que o seu hábito pela leitura surgiu na infância. “Comecei a ler com as revistinhas da Turma da Mônica, principalmente. Depois minha tia me dava livros infantis, então eu lia Ziraldo, li outras coisas também.”

Tiago explicou que a escrita é algo natural desde os seus 17 anos e que aperfeiçoou com a profissão de repórter. "Exercitei bastante a minha aptidão como escritor, jornalista, redator e sempre foi uma forma de me encontrar comigo mesmo”, afirmou.

Como escritor, publicou dois livros, “Cabeça Bipolar” e “Outubro”, cada um com as suas particularidades de construção. “O 'Cabeça Bipolar' escrevi praticamente em fluxo de consciência. Foi um processo muito orgânico, não me preocupei tanto com o enredo, forma. Já no 'Outubro' eu precisei me preocupar mais com a estrutura, com o desenvolvimento do enredo em si”, explicou.

Tiago Júlio contou que os autores que mais lhe inspiram são Manuel de Barros, Ferreira Gullar, José Saramago, Clarice Lispector, Cecília Meirelles, Hilda Hilst, Caio Fernando Abreu e Paulo Leminski. “São escritores que têm uma obra muito rica. Se um dia eu conseguir chegar no dedinho do pé de algum deles, em sentido de qualidade literária, eu já vou ficar muito feliz”, completou.

O escritor também relatou que já sofreu com bloqueio criativo. “A forma que eu encontrei para lidar com isso foi buscando outras fontes de arte para me inspirar, na música, no cinema, nas artes visuais, na dança, e procurei me inspirar a partir do trabalho de outros artistas, acho que é uma boa ferramenta que pode ajudar bastante”, contou.

Para as pessoas que desejam se tornar escritoras, Tiago Júlio conta que o mais importante é escrever sem a preocupação de estar produzindo um texto grandioso e que há formas de autopublicação gratuita na internet, facilitando a intensificação da prática da escrita. “A nossa escrita é a troca que a gente tem com o leitor”, finalizou.

Vivências literárias

A jovem escritora Giovanna Maués, estudante de Odontologia e amante de livros, apesar de não ter um livro publicado ainda, compartilhou um pouco sobre sua vivência ao escrever histórias. Ela diz que seu gênero preferido é o romance e todas as variações dele (romance de época, romance de fantasia, romance contemporâneo, etc.) e que se inspira muito em autoras como Sarah J Maas, Angie Thomas e Julia Quinn.

“Eu gosto muito de literatura, mas percebi que um dos meus gêneros preferidos tem pouca representatividade. Comecei a escrever como uma tentativa de reverter esse cenário. Queria que mais pessoas se sentissem representadas em um gênero que eu gosto tanto”, destacou.

Giovanna também falou de alguns entraves no momento de transcrever o que ela deseja para história no texto. “Uma das maiores dificuldades é achar as palavras certas para encaixar no texto, que transmitam o que eu tô pensando.”

A jovem escritora comentou também sobre o que a ajuda mudar essa situação. “O que me ajuda muito é ler livros do mesmo gênero que eu estou escrevendo.”

Emanuelle Estumano, de 20 anos, escreve desde quando era criança. Poemas ou textinhos, mas nada sério, até os seus 12 anos, quando começou a ter crises de ansiedade e encontrou na escrita uma forma de refúgio.

“Quando eu tinha 12 anos comecei a ter crises de ansiedade e isso me impulsionou a escrever músicas. Fiz muitas durante a adolescência, pois eram como desabafos do que eu sentia ou mensagens positivas que eu queria ouvir quando me sentia assim. Depois fui adentrando no mundo das narrativas e comecei a criar histórias ficcionais que eu escrevia para não esquecer. Com o tempo foi virando hobby e hoje acho que já é mais do que isso”, afirmou.

Segundo Emanuelle, a escrita é resultado de vivências relacionadas a sua fé ou no âmbito social. Cada música de sua autoria, esclareceu, tem um pouco de experiências espirituais, emocionais e sociais vividas por ela. 

“Escrevo sobre o que vejo, o que ouço, o que leio. Então, algo que eu vi na parada de ônibus pode render uma boa ideia. Gosto bastante de traços da vida real misturados com a ficção. Quando se lê, é difícil saber o que é verdade e o que não é”, comentou Emanuelle.

Emanuelle falou sobre os desafios de publicar seus escritos. “Acho que o maior desafio é o que vem depois que o trabalho está pronto. Criar não é difícil em si; entretanto, tornar uma obra pública, reconhecida e vendável é. Acredito que grande parte dos escritores crie algo pensando em quem lerá aquilo, e não idealizando que a obra fique apenas engavetada. Há todo um processo, passando pelo registro de direitos autorais, publicação on-line ou a partir de alguma editora e a circulação para os leitores, isso sem uma garantia de que o trabalho será aprovado e agradará parte do público.”

“A internet tem ajudado bastante com várias plataformas disponíveis para escritores amadores divulgarem suas obras; contudo, nem sempre é fácil ganhar visibilidade e “fazer seu nome”. Eu me encontro um pouco estagnada nesse processo, pensando em como publicar minhas criações de maneira segura, ampla e benéfica, tanto para mim quanto para quem vai ler.”, comentou sobre as facilidades que temos hoje em dia com o uso da internet.

Incrições para a Semana de Criação Literária aqui.

Canal Escrita Criativa no Youtube.

Por Isabella Cordeiro, Sabrina Avelar, Yasmin Seraphico e Rita Araújo.

 

 

Nascido no município de Cametá, Pará, no dia 23 de abril, Salomão Larêdo é escritor e um dos nomes mais influentes da cultura amazônica contemporânea. Dono de várias facetas - é advogado, jornalista, mestre em Teoria Literária, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), poeta, contista e romancista -, é na literatura que deixa marcas.

Tem mais de 40 obras publicadas, que narram sobre a cultura, as histórias e o imaginário paraense. Em entrevista ao LeiaJá, às vésperas de lançar o novo livro, intitulado “Pedral, Canal do Inferno”, Larêdo fala da vida, da carreira e da inspiração para esse romance ficcional.

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Com o lançamento previsto para começo de 2021, “Pedral, Canal do Inferno” é um romance que se passa no Pedral do Lourenço, formação rochosa no meio do rio Tocantins, sudeste do Pará, que impede a navegação durante a estiagem e inviabiliza a hidrovia do Araguaia-Tocantins. “A ideia para este romance eu tive lendo o livro de ‘Belém a S. João do Araguaia’, escrito pelo engenheiro cametaense Ignácio Moura", disse. A narrativa, segundo Larêdo, se desenvolve em torno do Pedral do Lourenço, revela o escritor.

Salomão Larêdo relata que, por ter nascido na vila do Carmo cametaense, à beira do rio Tocantins, a cultura e o imaginário amazônico influenciam totalmente sua literatura. “Ela é a personagem principal das personagens do meu labor literário. Eu procuro me valer das mitologias pessoais, da mitologia grega e das mitologias amazônicas para fazer esse entendimento ser cada vez melhor na literatura que eu faço”, explica.

Paixão de longa data, o escritor acredita que o amor pela literatura surgiu desde pequeno, com as histórias contadas pelos familiares sobre o lendário e as encantarias da Amazônia, e se recorda do pai. “[Meu pai] me ensinava, lia muito para mim, contava histórias, comprava livros – tanto quanto eram possíveis, porque as condições eram difíceis. Eu acho que fui me apaixonando”, diz.

O escritor conta que cedo teve contato com a literatura de Machado de Assis e passou a ser influenciado por ela. Depois começou a ler obras de Dalcídio Jurandir, Ildefonso Guimarães e outros autores locais. Em nível nacional, Larêdo diz que teve influência de Jorge Amado. Internacionalmente, de James Joyce. 

“Costumo ler Joyce como aprendiz, como quem está procurando o entendimento, o aprender, o exercitar, ver de que modo eu posso melhorar cada dia mais o meu texto e esse texto ser uma coisa gostosa, prazerosa. As influências são muitas, de todas as áreas, em diversos campos”, revela. “Eu sou apaixonado pela literatura universal e que se desenvolve em toda parte”, acrescenta.

Salomão Larêdo diz que a literatura regional brasileira, apesar de ser densa, de ter valores importantes e boa elaboração, ainda não é valorizada. “Por não conhecermos, nós não valorizamos. Então outras pessoas lá fora estudam mais, pesquisam mais, sabem do que nós estamos fazendo aqui e valorizam mais”, explica o escritor. Ele cobra incentivo e estímulo.

Novos leitores

O escritor também acredita que a formação do leitor deve ser trabalho de todo cidadão, não somente do escritor e do artista. “Todas as pessoas devem se preocupar em formar leitor crítico. Se quisermos ter uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais feliz, mais equânime, mais afetuosa, nós devemos investir em educação e cultura, o que passa pelo livro e pela leitura, pela formação do leitor”, afirma. 

Para Salomão Larêdo, democratização da leitura é colocar o livro à disposição do público. “Livrarias nós temos quase que nenhuma em Belém, com dificuldade elas se mantêm. Bibliotecas temos pouquíssimas. Espaços de leitura nas escolas, quase nenhum. Como formar leitores, como democratizar a leitura sem espaço de leitura, sem aquisição de obra do autor local, nacional e internacional?” questiona. “Nós precisamos ter um programa, um processo, políticas públicas de leitura, de aquisição de livros, de formação de leitor para que a democratização do livro (processo) se dê”, complementa Larêdo. 

O escritor ressalta a importância da leitura e da pesquisa para aqueles que pensam em se tornar escritores. “Como ser escritor? O primeiro escritor é leitor. Acho que tem que ler muito, estudar, pesquisar e exercitar muito o texto. Qualquer gênero que você opte por escrever, tem que estudar bastante, mas ler é o principal.”

Salomão enfatizou também a validação de participar de concursos literários, não só pelo reconhecimento e para vencer, mas também pela experiência que se ganha. “Depois é entrar em concursos literários, locais, regionais e nacionais. Há muito concurso importante, concursos sérios, que se deve mandar os trabalhos e não se chatear se o trabalho não foi premiado”, afirmou o escritor.

Carreira literária

Salomão revelou que não imaginava que iria escrever tantos livros, ainda mais com as dificuldades da época. "Há 10, 15, 20, 30 anos a gente não tinha as facilidades que se tem hoje no sentido de a pesquisa mais rápida, pesquisar no Google, de serviços de edição gráfica um trabalho mais aprimorado.”

O jornalista lembra que, especialmente em Belém, a dificuldade estava na ausência de recursos e incentivos à cultura. “Pra quem não tinha condições, e aqui não havia incentivos nesse sentido, as coisas foram pouco a pouco também aparecendo e me meti em concursos literários, realmente eu batalhei bastante para descobrir, fazer pesquisa, estudar, saber como se davam as coisas e queria fazer uma carreira. Depois disso, tomei consciência que era este o dom que eu tinha, de escrever e que deveria desenvolver.”

O autor fala sobre sua literatura ser uma arma a qual usa como para defender a região Amazônica, a cultura, o povo e a sua voz. “A minha literatura é a arma que eu uso pra defender a região, pra falar do meu povo, pra falar da nossa cultura, para defender que nós estamos presentes, pra ir em frente rompendo as dificuldades, pra ver se a nossa voz é ouvida, porque nós precisamos falar da Amazônia, dizer o que somos, como estamos, retratar o sofrimento do povo, as coisas que precisam ser melhoradas, defender a região, o meio ambiente e a natureza humana”, afirmou o escritor.

Leia mais sobre o escritor aqui.

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Por Carolina Albuquerque, Isabella Cordeiro e Rita Araújo.

 

A literatura brasileira - e também a mundial - celebra neste 2020 o talento de Clarice Lispector. A história de uma das maiores escritoras do século XX começa em 10 de dezembro de 1920, em Tchechelnyk, na Ucrânia. E continua no Brasil, onde Clarice conheceu a língua de sua grande expressão, na qual deixou o seu legado em palavras. O mês de dezembro também testemunhou a derradeira viagem de Clarice, no dia 9, em 1977, no Rio de Janeiro.

O Brasil de 1922 testemunhava os horrores da 1ª Guerra Mundial. Nesse cenário apocalíptico, a luz faria nascer “A hora da estrela”. Esse é o título da última publicação da ucraniana Haia Pinkashovna, que ao desembarcar em terras brasileiras, em 1922, torna-se Clarice Lispector.

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A família, de origem judia, instala-se, a princípio, na capital alagoana, até o instante em que o pai de Clarice leva a esposa e filhas para o Recife (PE). Nesta cidade, Clarice despede-se da mãe, Marieta, que morre em 1929, vitimada pelas sequelas dos atos sofridos na terra de origem.

Pedro Lispector decide, então, migrar para o Rio de Janeiro, na esperança de encontrar melhores chances de trabalho e viver mais tranquilamente em companhia de suas três filhas. Começava-se a escrever mais um capítulo na vida da futura jornalista e consagrada escritora.

Aos 23 anos, Clarice casa-se com o diplomata Maury Gurgel Valente, e dessa união nascem Pedro e Paulo, pelos quais a escritora sempre declarou profundo amor materno. Os filhos são também o motivo de Clarice adentrar no universo da literatura infantil e lançar “O mistério do coelho pensante”.

Clarice causara impacto logo ao lançar seu primeiro romance, "Perto do coração selvagem”, e seria um dos nomes a revolucionar o panorama literário dos anos quarenta. Incompreendida por uns, silenciando outros, seguiria a encantar o Brasil e o mundo.

Sua formação leitora recebeu as vozes de Tolstói, Kafka, Hesse, Flaubert, Machado de Assis, Shakespeare, entre outros expoentes da literatura universal. A romancista, além da língua materna, o iídiche, dominava as línguas francesa, italiana, inglesa e a língua portuguesa, em que escreveu diversos títulos: “A paixão segundo G.H.”, “Enigma”, “Ideal burguês”, “A quinta história”, contos, poesias, cartas e crônicas.

Clarice Lispector viajou o mundo ao acompanhar o esposo diplomata nas diversas missões exigidas pelo Itamaraty. Teve suas publicações traduzidas em diversos idiomas e editadas em mais de 30 países.

Em 1940, o Pará recebia Clarice, que durante seis meses permaneceu em Belém, onde conquistou a amizade do professor Francisco Paulo Mendes, com quem manteve diálogo constante e foi o articulador dos encontros literários nos quais a jovem romancista pôde conversar com o público local.

Também é paraense um dos mais renomados estudiosos de sua obra, o filósofo Benedito Nunes, que publicou “O drama da linguagem – uma leitura de Clarice”.

Clarice Lispector permanece eternizada em cada leitor, torna-se assunto de amplas discussões tanto entre especialistas quanto entre leigos. Recebe homenagens e os títulos de sua autoria convertem-se em filmes, musicais e inspiram outras obras.

O Brazil LAB, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, criou a Biblioteca Sonora Clarice 100 Ears. No Brasil, o cineasta F. de Carvalho produziu o filme “A paixão segundo G.H".

A escritora também é tema dos publicados “Clarice, uma vida que se conta”, de Nádia Battella Gotlib, e “Clarice, uma biografia”, de Benjamin Moser.

Os artistas Moreno Veloso, Beatriz Azevedo, Jaques Morelenbaum e Marcelo Costa criaram o show "Agora Clarice", com a participação da cantora  Maria Betânia.

No último 10 de dezembro, exato dia de seu nascimento, foi transmitida pelo Instagram a live do projeto "Clarice Belém", para celebrar o centenário de Lispector.

Entrevistada pelo Portal LeiaJá, a professora Salier Castro, do Centro de Formação de Professores da Educação Básica do Estado do Pará (CEFOR), disse que ler Clarice é importante não somente para conhecer a obra da escritora, como também sua postura como jornalista, esposa e mãe: "(Clarice) nos convida a olhar para dentro de nós. Penso que estamos necessitados disso. Seus cem anos são um presente para o leitor.”

Estudante de Pedagogia, Adriano do Vale Pereira revela sua admiração pela escritora: “Minha professora de literatura e redação pediu uma pesquisa sobre  Clarice. Eu estava no Ensino Médio. Fiquei encantado em saber que ela morou em Belém e gostei muito de ler seus textos. Clarice permanece em minha memória”.

Clique no ícone abaixo e ouça a leitura de textos de Clarice Lispector na voz de Rosângela Machado.

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Mais informações: 

Instituto Moreira Salles (IMS)

Por Rebeca Costa, Rosângela Machado e Quezia Dias. 

 

Qual é o segredo da boa escrita? O que é uma notícia? Por que fake news é fake, não é news? Que papel tem o jornalismo no universo das redes? Provocações e reflexões, muito mais que respostas, estão no livro "Tu já viste um rei?", o segundo da série Papo de Jornalismo, do jornalista e professor Antonio Carlos Pimentel Jr., que terá lançamento virtual neste mês de outubro. Por causa da pandemia, o livro físico, já disponível, pode ser adquirido pelo e-mail tonga.carlos@gmail.com ou pelo whatsapp (9114-7657). Custa R$ 40,00, com entrega em domicílio.

“Tu já viste um rei?” é uma publicação do selo Expedição Pará. Tem diagramação do jornalista, designer e fotógrafo Fernando Sette e capa do jornalista e designer Filipe Sanches. A revisão é da jornalista e professora Regina Alves. Apresentação e orelha são dos jornalistas e professores João Plaça Jr. e Guilherme Guerreiro Neto. A primeira obra da série, "Os quês e o porquê", foi lançada em 2016, pela editora Publit.

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De acordo com Antonio Carlos, o livro fala de jornalismo, fake news e da escrita. "Como trabalho há muitos anos com textos, apresento conceitos sobre a redação jornalística, gêneros textuais e proponho um exercício de técnica e estilo. Uso algumas coisas que escrevi e referências de autores consagrados", informou o professor, que espera contribuir na formação de jovens jornalistas com relatos de experiência. Além do texto jornalístico, a obra também traz discussões sobre outras áreas, como a escrita criativa, a escrita afetuosa e a ficção.

"Histórias do jornalismo nos remetem a momentos que revivemos e a outros de que tomamos conhecimento através da memória. É o caso dessa fusão de textos que Antonio Carlos nos apresenta com maestria, numa linguagem saborosa e, ao mesmo tempo, educativa, pois perpassa histórias vividas no âmbito da Redação, universo especial que os profissionais e personagens da área têm a oportunidade de vivenciar", escreveu o jornalista João Plaça Jr., no texto de apresentação do livro.

"O caso é grave. Antonio Carlos Pimentel Jr. vive a derramar palavras no mundo e enxugar as que escapam em excesso. Antes fosse apenas hábito de ofício. Faz por gosto", escreveu o jornalista Guilherme Guerreiro Neto, se referindo ao trabalho de Antonio Carlos como escritor e editor de textos. Na visão de Guilherme, "Tu já viste um rei?" é uma "terapia coletiva para nós que, sem a perícia de Antonio Carlos, deixamos vez ou outra palavras por aí".

Jornalista profissional desde 1987, Antonio Carlos é editor do LeiaJá Pará, site regional do portal de notícias LeiaJá,  professor do curso de Jornalismo na UNAMA - Universidade da Amazônia, mestre em estudos literários e especialista em produção textual pela UFPA - Universidade Federal do Pará. "Escrever é uma prática de todos os dias. É uma habilidade que a gente desenvolve e aprimora com o tempo, com muito trabalho e com as referências da vida, nossas leituras, nosso conhecimento de mundo", explicou o professor. “Jornalista tem que ler e escrever bem. Escrevo por prazer, mas também pela necessidade da interlocução, do contato por meio da palavra, talvez de uma busca pela permanência.”

No embate com as palavras

O livro “Tu já viste um rei?” traça um percurso que corta três eixos: os gêneros textuais, a informação jornalística e a escrita criativa. Para o professor e jornalista Antonio Carlos Pimentel Jr., a excelência do texto passa pelo reconhecimento das diferentes formatações narrativas e pelo domínio da língua.

Em um dos capítulos, o autor destaca que a rotina da escrita implica um verdadeiro embate com as palavras. “Redator e editor de jornal impresso, passei quase três décadas retocando matérias para adequá-las às formatações da notícia e, se possível, conferir-lhes algum brilho capaz de reforçar o poder de sedução do fato jornalístico. Professor, sigo na lida. Esse é o desafio de quem escreve: encontrar a precisão de sentido com estilo e elegância”, diz Antonio Carlos.

Gêneros textuais, para Antonio Carlos, são demarcadores de territórios narrativos. “O leitor precisa saber onde pisa. Informação é informação, resulta de apuração, checagem, verificação. Opinião é opinião, carrega subjetividades, mas não pode ter o pé fora da realidade, sob pena de quebrar a lógica da comunicação. Todo discurso opinativo deve ter fundamento. Se não tiver, é inútil”, observa.

Escrever é pensar, é refletir sobre a vida e o mundo, afirma o jornalista. Mas também é contar histórias, assinala. “Para falar de alguns conceitos fundamentais do jornalismo, recorro a minhas vivências, pessoais e profissionais. Quando falo da urgência da notícia, por exemplo, recordo a passagem do imperador do Japão por Belém, é o rei a que se refere o título do livro. Para falar dos procedimentos da edição, recupero o dia da morte de Ayrton Senna”, relata Antonio Carlos.

Na passagem para o texto criativo, Antonio Carlos tem referências consagradas – Thomas Mann, Gabriel García Márquez, Milton Hatoum, Rubem Fonseca, entre outros pesos pesados da literatura, aparecem no livro – e se aventura na ficção com um conto selecionado para a coletânea Off-Flip da Feira do Livro de Paraty, em 2016. “O conto ‘Deodorinda’ é uma experiência, um exercício de linguagem. Procuro fazer o que propõe o escritor gaúcho Moacyr Scliar, quando fala da escrita literária – ‘estabelecer laços entre pessoas e criar beleza’. Estou à procura desse caminho”, afirma. 

Com apoio de Ana Luiza Imbelloni.

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Pesquisa realizada pelo Sesc São Paulo e pela Fundação Perseu Abramo mostra que os idosos no Brasil sentem-se excluídos do mundo digital e têm dificuldade em ler e escrever. A pesquisa Idosos no Brasil: Vivências, Desafios e Expectativas na Terceira Idade consultou, entre 25 de janeiro e 2 de março de 2020, 2.369 pessoas com mais de 60 anos, nas cinco regiões do país, e tem margem de erro de até 2,5 pontos percentuais.

O levantamento mostra que o acesso ao ensino médio aumentou entre os idosos desde a última pesquisa, realizada em 2006: de 7% para 15%, em 2020. No entanto, 40% dos maiores de 60 anos disseram ter algum tipo de dificuldade em ler e escrever, seja pela falta de escolaridade básica,  analfabetismo ou o analfabetismo funcional.

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“Pensando que boa parte da nossa comunicação é feita via escrita, via palavra escrita, a gente pode ver por esses números, qual a dificuldade que os nossos idosos encontram em ter acesso aos diversos tipos de comunicação”, disse a pesquisadora da Fundação Perseu Abramo e coordenadora do estudo, Vilma Bokany.

De acordo com Vilma, os dados sobre o aumento do acesso dos idosos ao ensino médio podem esconder a baixa escolaridade desse público. “Quando a gente olha para o segmento idoso, a gente vai perceber que, apesar do expressivo aumento do nível médio de escolaridade, entre os idosos ainda predomina baixa escolaridade, com 14% de idosos que nunca foram à escola, e 24% que têm o ensino fundamental incompleto”.

O estudo mostra ainda que os idosos continuam apartados do mundo digital. Apesar do aumento dos maiores de 60 anos que disseram ter conhecimento sobre o termo internet (63% em 2006 e 81% em 2020), apenas 19% dos idosos fazem uso efetivo da rede. Segundo a pesquisa, 72% da população da terceira idade nunca utilizou um aplicativo e 62% nunca utilizou redes sociais.

“Se na década de 70 e 80 a juventude era o foco da atenção dos governos e das políticas públicas, hoje a gente percebe que esta camada idosa é a que mais demanda por políticas públicas. Nossa população envelheceu ao longo dessas décadas e as gestões precisam pensar em como elaborar melhores políticas para atender os anseios desse público”, destacou a pesquisadora.

O Sesc Ler Surubim, no Agreste de Pernambuco, retomou as atividades culturais nesta segunda-feira (8), promovendo oficinas e cursos gratuitos na forma on-line. Há vagas para as turmas de arte e tecnologia, leituras e estudos de dramaturgias, escrita criativa e para o Núcleo de Pesquisa e Experimentação em Literatura. As inscrições vão até 12 de junho, através deste link

São quatro turmas com oferta de 15 vagas em cada grupo. A primeira, a oficina de ‘experimentação de arte e tecnologia’, terá encontros às terças e quintas-feiras, às 15h e 18h, destinada a jovens com idade igual ou maior de 16 anos. Já a oficina de ‘leituras e estudos de dramaturgias’ com aulas ministradas nas quartas e sextas-feiras, às 15h e 18h, também é destinada a jovens a partir dos 16 anos. 

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A terceira turma, por sua vez, será da oficina de ‘escrita criativa: princípios, meios e fins’,  e contará com encontros semanais às quartas-feiras.O curso é para jovens a partir dos 14 anos de idade e será realizada às 14h. Para participar do ‘Núcleo de pesquisa e experimentação em Literatura’ o interessado deverá ter no mínimo 16 anos. As aulas serão às terças-feiras, às 16h. 

Todas as atividades culturais serão realizadas através da plataforma Zoom do Google Classroom, semanalmente. Para participar o candidato deverá realizar o preenchimento do formulário, no qual escolherá o curso ou oficina de interesse, desde que atenda aos requisitos exigidos.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi realizado neste domingo (3), com a aplicação das provas de Redação, Linguagens e Ciências da Natureza. Na edição de 2019, o tema foi "democratização do acesso ao cinema no Brasil", assunto que surpreendeu muitos estudantes e professores da área.

O professor de redação e linguagens Diogo Xavier fez a prova e comentou a importância de realizar uma boa proposta de intervenção. Ele, que participou do Enem nesta tarde, fez seu texto sugerindo que o governo federal, através do Ministério das Comunicações, desenvolva parcerias com serviços de streaming (transmissão de vídeo via internet), como a Netflix, para descentralizar o acesso aos produtos cinematográficos.

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“Foram duas propostas que eu coloquei. Uma é que o Ministério das Comunicações de alguma forma se alie à netflix. Citei como o streaming foi primordial para democratização dos filmes no Brasil. Então que o ministério se aliasse ao streaming e pudesse proporcionar a regiões mais longínquas e periféricas o acesso ao cinema”, disse o professor. 

A segunda proposta elaborada pelo professor sugere uma atuação da Justiça, por meio do Supremo Tribunal Federal, para impedir qualquer forma de desrespeito à liberdade da Agência Nacional de Cinema (Ancine). “A segunda foi que o Supremo Tribunal Federal, de maneira legislativa, impusesse uma norma punindo aquelas pessoas ou entidades que desrespeitem a liberdade de expressão e reprodução da Ancine para que a democracia constitucional do cinema possa ser respeitada”, disse Diogo.

Utilização de conceitos

Para a professora Maria Catarina Bózio, coordenadora de redação do Colégio Poliedro, o que surpreendeu foi o recorte específico da questão cultural. "O acesso à cultura de modo geral, contudo, foi um tema trabalhado por nós. Nossos alunos têm uma bagagem bastante grande pensando em conteúdos de educação básica, podendo usar conceitos como o da indústria cultural, de Adorno, e do capital cultural, de Pierre Bourdieu", explica. Assim, a professora não acredita que os candidatos teriam dificuldade no desenvolvimento do texto. "Eles acabam sendo grandes frequentadores do cinema ou mesmo de serviços de streaming como o Netflix", ressalta. 

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O Ministério da Educação (MEC) está recebendo textos e documentários para a 6ª Olimpíada de Língua Portuguesa (OLP). Podem participar alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas do país. As produções dos estudantes só devem ser enviadas por intermédio dos diretores das instituições.

O tema desta edição é "O Lugar Onde Vivo" e os participantes concorrerão nas categorias de poema, memórias, crônica e artigo de opinião. Além destas, uma nova categoria está sendo disponibilizada, que é a de documentário, na qual só podem concorrer os estudantes dos 1º e 2º anos do ensino médio. As inscrições estão abertas até 19 de agosto através do site do programa Escrevendo o Futuro.

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Todos os trabalhos passarão por uma curadoria onde serão selecionados os melhores por estado. Os escolhidos de cada categoria irão para a última etapa, que consiste em cinco encontros que serão realizados na cidade de São Paulo.

Neste ano, o evento terá como homenageada a escritora Conceição Evaristo, vencedora de vários prêmios.

O projeto é uma iniciativa do Itaú Social juntamente com o MEC e foi criado em 2002. O objetivo da olimpíada é contribuir para a melhoria do ensino e aprendizagem da leitura e escrita nas escolas públicas do Brasil.

 

Uma das competências mais cobradas na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para que o candidato tire uma boa nota é o domínio da língua portuguesa. Nesse quesito, o participante deve ficar atento às regras ortográficas e gramaticais, de acordo com a norma culta.

Para quem tem algumas dificuldades com português ou acha que o nervosismo pode atrapalhar o desempenho na prova, o professor de língua portuguesa Tiago Xavier dá a dica: o segredo é a leitura. “O aluno tem que entender que ele tem que ser um bom leitor. Ele tem que ler jornais e revistas para estar atento aos temas do cotidiano. Se ele não for um bom leitor, vai ter dificuldade extrema na redação do Enem”, sugere.

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A nota da redação vale de zero a mil pontos. Serão avaliadas cinco competências, das quais cada uma delas terá nota de zero a 200 pontos que somados irão compor a nota final.

Para te ajudar a redigir uma boa redação que seja clara e objetiva nas ideias, e que também não contenha erros gramaticais, o professor indicou possibilidades de erros para você evitar, não cair em algumas armadilhas e consequentemente, não perder pontos na redação do Enem. Confira: 

 1 - Acentuação incorreta das palavras: É muito comum os alunos esquecerem, principalmente, que existe uma diferença entre singular e plural de alguns verbos com acentuação. Por exemplo: o verbo ter, quando está no singular, não possui acento. Na frase “Ele tem um carro” não há acento. Mas quando eu digo “Eles têm um carro”, é necessário acentuar já que encontra no plural.

2 - Separação silábica na translineação: Muitos estudantes quando vão escrever um texto, a palavra não cabe na linha. Ele tem que separar a palavra em cada linha.

3 - Erro no uso da palavra "mesmo": Em situações pronominais. Exemplo: “Antes de falar sobre o Brasil, é necessário destacar que o MESMO vive uma crise econômica grave”. O correto seria “Antes de falar sobre o Brasil, é necessário destacar que o país vive uma crise econômica";

4 - Erro no uso da palavra “menos”: A palavra MENOS é invariável. Portanto, não existe “menas”;

5 - Erro no emprego do acento (CRASE): A crase só deve ser empregada antes de palavras femininas; antes da indicação de hora; antes de locuções adverbiais que expressam sentido de tempo, lugar e modo.

6 - Erros de pontuação: São muitos erros de pontuação, mas, principalmente, identificamos o uso de vírgula. O aluno tem que saber, principalmente, que entre sujeito e verbo não se utiliza vírgula, entre verbo e complemento não se utiliza vírgula, e entre complemento e adjunto adverbial não se utiliza vírgula. Agora, se há um deslocamento na oração, a vírgula costuma a aparecer, a depender do caso.

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Um Prêmio literário que incentiva a leitura e a escrita de alunos de ensino fundamental está com inscrições abertas no Rio de Janeiro. O projeto, iniciado em 2018, traz neste ano o tema “Onde mora o preconceito?”. Ao todo, 30 textos serão selecionados para publicação em um livro com tiragem de mil exemplares, a serem distribuídos em toda a Rede Municipal de Ensino Fundamental da capital carioca. As inscrições vão até 15 de maio.

O prêmio é uma iniciativa da Alternativa Cultura e Equipe F3 Produções, que por meio do programa e Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura, realiza ações educacionais em escolas da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.

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A ideia do prêmio surgiu de um trabalho de fomento à leitura que é realizado pela equipe em escolas municipais há 16 anos. “O Objetivo é fazer com que os jovens reflitam sobre os diversos problemas da sociedade no dia a dia, estimulando o pensamento crítico no texto”, explica Graça Gomes, que está à frente da elaboração do projeto.

Sobre o tema, Graça diz que o intuito é mostrar às crianças e jovens que a diversidade faz parte das escolas e da sociedade como um todo. No ano passado, o tema foi a “Ética no cotidiano” e teve a participação 30 escolas, que enviaram 121 textos.

O prêmio

Os alunos vencedores irão ganhar um ingresso para um passeio (ainda não definido), uma medalha, camiseta do prêmio, dois exemplares do livro e certificado de premiação.

Além da publicação dos 30 textos em um livro, as escolas cujo textos forem selecionados, receberão um vale de R$600 em livros que serão escolhidos pelos próprios colégios.

Os professores orientadores dos estudantes serão premiados com dois exemplares do livro e certificado. Cada um dos diretores das escolas ganhará um exemplar do livro.

Inscrições

As inscrições devem ser realizadas pelos professores através do site da premiação.

 

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