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O escritor, jornalista, advogado e professor cametaense Salomão Larêdo lança, no próximo dia 13 de junho, às 17 horas, no Palacete Chermont, em Belém, as obras "Banhos de Rio - irresistível atração das águas" e "Baixo Tocantins - alguma memória - história - romances na vida de sua gente". O lançamento ocorre no ano em que o escritor será homenageado na 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes (26 a 30 de setembro de 2023). A entrada para a tarde/noite de autógrafos é gratuita.

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Escritos durante a pandemia, os livros abordam assuntos relacionados à geografia da gente do interior do Pará, mais especificamente da área do Baixo Tocantins, ampliada ao Marajó. O romance "Banhos de Rio", selecionado em Edital Público de Patrocínio 2023 do Banco da Amazônia, segundo o escritor, aborda “a relação do povo do Baixo Tocantins e do Marajó com a água, a apropriação do espaço público pelo privado, os banheiros nos rios, as facções, os crimes, a relação com o meio ambiente, o embate pelo poder entre Creonte e Antígona, a inação do Estado, a revolta da ictiofauna, os peraus, as encantarias do fundo”.

“O leitor está diante de narrativa líquida, do texto repleto de tudo que os nossos rios proporcionam e propiciam, cenários e cenas de crime e castigo, prazer e alegria nas alternâncias da vida. Quem manda no rio? Quem é o dono do rio, da água? A água ainda é água? Está limpa, está suja, potável, boa pra beber, pra fazer comida, pra tomar banho? Quanto temos que estar atentos, ver, saber, fiscalizar, não poluir, tratar, cuidar?”, ressalta Salomão Larêdo.

Já "Baixo Tocantins" resulta de intensa pesquisa, iniciada em 2013, sobre a região que dá nome à obra. Impresso pela Editora Pública Dalcídio Jurandir, da Imprensa Oficial do Estado (Ioepa), o livro é um passeio pelos municípios de Baião, Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru, Cametá, Oeiras do Pará, Mocajuba, Tucuruí e Oeiras do Pará, onde Larêdo lecionou ao longo da vida, com seus encantos, contos, visagens, rezas, sabores e demais aspectos da cultura local.

"Estou sempre atento em toda parte, observando a fala de nossa gente que conta. Anoto e desenvolvo, faço a ficção baseado no conteúdo do que manifesta a gente da periferia, os simples, os despossuídos, mas também de outras camadas sociais", conta o escritor.

Salomão Larêdo nasceu em Vila do Carmo, na cidade de Cametá, Baixo Tocantins, e mudou-se em 1960, quando tinha 10 anos, para a capital paraense junto com seus pais e irmãos. Formado em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), o advogado, jornalista e professor é pós-graduado em Análise Literária pela Universidade do Estado do Pará (Uepa). Tem uma intensa ação política e cultural pela democratização do livro, leitura e formação do leitor crítico.

Serviço

Lançamento dos livros "Banhos de Rio" e "Baixo Tocantins", de Salomão Larêdo. Dia 13 de junho, às 17 horas, no Palacete Chermont (avenida Nazaré, nº 669, esquina da travessa Quintino Bocaiúva, no Largo do Redondo). Entrada franca. Mais informações: 98941-9117 – Instagram: @salomao.laredo

Da Redação do LeiaJá Pará.

 

O escritor chileno Jorge Edwards, ganhador do prêmio Cervantes em 1999, próximo de Pablo Neruda e autor do livro "Persona Non Grata", no qual narra seu desencanto com a Revolução Cubana, morreu nesta sexta-feira (17) em Madri, aos 91 anos, informou seu filho à AFP.

"Morreu há algumas horas" em Madri, disse o filho, que também se chama Jorge Edwards e falou por telefone de Santiago, no Chile. "Foi basicamente a diabetes que progrediu e produziu um estado de saúde que o levou à internação no fim de semana e depois, assim que voltou para casa, ele faleceu", acrescentou.

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"Perdemos um romancista excepcional, um ensaísta corajoso e um jornalista atento a todas as camadas da atualidade. Sentiremos falta de sua vitalidade e moral elevado", escreveu no Twitter o Instituto Cervantes.

Nascido em Santiago em 1931, Edwards estudou na Escola de Direito da Universidade do Chile e fez estudos de pós-graduação na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.

Exerceu o cargo de diplomata de carreira entre 1957 e 1973, em Paris, Lima e Havana, destino este que o marcaria de maneira especial. Seu último posto na diplomacia chilena foi o de embaixador em Paris, entre 2010 e 2014, durante o primeiro mandato do ex-presidente conservador Sebastián Piñera.

Em 1971, Edwards passou três meses na capital cubana para abrir a embaixada do Chile em representação do governo de Salvador Allende, um dos primeiros a restabelecer laços diplomáticos com o regime de Fidel Castro.

O duplo ofício de diplomata e escritor permitiu que Edwards estivesse em contato com escritores da ilha, que lhe relatavam o contrário da versão oficial.

Edwards nunca foi expulso oficialmente, mas deixou Cuba antes do previsto e seguiu para Paris, após ser requisitado por seu amigo Pablo Neruda, o novo embaixador.

O escritor americano Paul Auster, famoso por seus romances sobre pessoas à margem da sociedade, tem câncer, anunciou sua esposa no sábado.

Auster, 76 anos, está em tratamento no Centro Oncológico Memorial Sloan Kettering de Nova York, publicou no Instagram sua esposa e também escritora, Siri Hustvedt.

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"Meu marido foi diagnosticado com câncer em dezembro, depois de passar vários meses doente", escreveu.

"Eu estou vivendo em um lugar que passei a chamar de 'Cancerlandia'".

"Muitas pessoas cruzaram suas fronteiras porque estão ou estiveram doentes ou porque amam alguém, um pai, filho, cônjuge ou amigo que tem ou teve câncer", completou.

Auster escreveu mais de 30 livros que foram traduzidos para mais de 40 idiomas. Em 1982 ele se tornou muito conhecido por "A Invenção da Solidão", memórias inquietantes sobre seu pai.

Depois ele escreveu "A Trilogia de Nova York", sua visão do gênero policial.

Hustvedt não revelou o tipo de câncer que afeta o marido nem o prognóstico.

"Viver com alguém que tem câncer e está sendo bombardeado com quimioterapia e imunoterapia é uma aventura de proximidade e separação", afirmou ela. "Nem sempre é fácil andar nesta corda bamba...".

"Bem, então, para ficar parecendo intelectual, eu vou colocar meus óculos e a Janja vai retirando as páginas aqui", disse Luiz Inácio Lula da Silva, anunciando que iria ler seu discurso de vitória, no último dia 30. Aos prantos, a mulher do recém eleito presidente o ajudava a manusear uma pequena pilha de papéis. Desde que se lançou candidato, Lula recorreu a discursos lidos em momentos cruciais, quando busca passar uma mensagem clara, sem correr o risco de produzir falas desastradas - quando, por exemplo, se manifestou em encontro com aliados a favor de aumento de gastos e contra a "tal da estabilidade fiscal", provocando estresse no mercado financeiro.

O trabalho de elaboração dos textos é coletivo, mas é um escritor mineiro radicado em Brasília o responsável por colocar em palavras as sugestões variadas que recebe e dar ao pronunciamento "a alma de Lula", como diz um dos assessores próximos. José Rezende Jr. - ou apenas Rezende - é, segundo quatro pessoas próximas a Lula ouvidas pelo Estadão, a peça crucial na ampla engrenagem de comunicação do presidente eleito.

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Quem dita a embocadura do discurso é Lula. Ele também cita, de cabeça, dados e informações que deseja ver contempladas. Para o pronunciamento da vitória, por exemplo, pediu uma mensagem de união, pacificação, não revanchista e com indicativos de que governaria para todos os brasileiros e não apenas para seus eleitores. Atribui-se a Rezende a expressão que condensa a mensagem pretendida por Lula e dita na noite da vitória: "Não existem dois Brasis". O marqueteiro Sidônio Palmeira, que trabalhou na campanha do petista, também ajudou a escrever o discurso do dia da vitória.

O petista tem sempre um discurso previamente preparado, mesmo quando o descarta. Costuma fazer a última leitura do texto no carro ou no avião, no trajeto para o local de pronunciamento, e opta por improvisar na hora. Os momentos em que opta pela leitura de sua fala são momentos solenes, segundo o seu entorno, quando ele acredita que o discurso irá reverberar para outros públicos e, possivelmente, entrar para a história.

No domingo 30 de outubro, durante os primeiros minutos de discurso lido, Lula afirmou "esta não é uma vitória minha ou uma vitória do PT", em uma toada que o levaria a pregar a união dos brasileiros, rachados politicamente na eleição mais acirrada da história.

Ele já tinha optado pela leitura do discurso em outro momento: o lançamento da chapa com Geraldo Alckmin (PSB), no dia 7 de maio, em São Paulo. Na ocasião, parte da plateia conversava enquanto Lula discursava, o que não é comum quando o petista improvisa no palco. Apesar do burburinho, ele seguiu com os olhos fixos nas folhas de papel à sua frente. A missão de Lula era clara: falar que sua união com Alckmin mirava a construção de uma frente ampla de centro - e ser ouvido para além da militância que o assistia no Expo Center Norte.

Também preferiu ler a improvisar na COP-27, seu primeiro pronunciamento internacional depois de eleito, e já tinha feito isso em dezembro de 2021, diante do Parlamento Europeu.

Quando estava na Presidência, Lula contava com uma equipe de quase dez pessoas para elaborar seus discursos. Uma delas era Rezende. Segundo pessoas ligadas ao presidente eleito, o escritor se voluntariou para ajudar novamente a redigir comunicações de Lula quando ele foi preso durante a Operação Lava Jato. Uma vez solto, Lula continuou a contar com a ajuda do escritor e jornalista.

Ganhador de um Jabuti em 2010 na categoria de contos e crônicas pelo livro Eu Perguntei pro Velho se ele Queria Morrer, o escritor e jornalista passou por redações de grandes veículos do País até se dedicar à literatura. Seu último livro, "Fábula urbana", publicado em 2019, recebeu elogio público de Lula. No twitter, o presidente eleito escreveu que a obra, "do amigo José Rezende Jr", é a história de um menino pobre que pede livro em vez de esmola". "Nos faz refletir sobre o Brasil que queremos: um país onde a cultura seja tratada com prioridade. Indico a leitura", disse Lula.

Equipe

O responsável pela comunicação do presidente, José Chrispiniano, é quem coordena o trabalho de elaboração dos discursos e também trabalha nos textos. Participam ainda da discussão sobre a linha a ser seguida o ex-ministro Franklin Martins, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que foi um dos coordenadores da comunicação de campanha de Lula, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e Luiz Dulci, que por anos foi o responsável pela elaboração dos discursos do petista.

Aliados de outras áreas compartilham uma minuta para subsidiar o pronunciamento. O ex-chanceler Celso Amorim, por exemplo, envia informações que devem ser incluídas sobre política externa. Marina Silva e Izabella Teixeira, dados sobre a questão ambiental. Quando um material chega bem escrito, acaba aproveitado quase na íntegra. Rezende ajuda a montar o quebra-cabeças, sob a batuta de Chrispiniano. Lula lê com atenção e com frequência devolve para reelaboração, várias vezes, até chegar no ponto que deseja.

 

A Justiça italiana abre um julgamento contra o jornalista Roberto Saviano nesta terça-feira (15) após o processo de difamação aberto há dois anos pela atual primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, a quem ele chamou de "bastarda" por sua posição contra os imigrantes.

Saviano, 43 anos, conhecido por seu best-seller sobre máfia "Gomorra", corre o risco de até três anos de prisão se for condenado.

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A audiência foi marcada pela nona seção do Tribunal Criminal de Roma e será presidida pela juíza Roberta Leoni.

Meloni, então líder do partido de extrema-direita Irmãos da Itália, na oposição na época, que sempre foi a favor de uma política rigorosa contra a migração, não estará presente na audiência, pois está em Bali, na Indonésia, na cúpula de chefes de Estado do G20.

O caso remonta a dezembro de 2020, quando Saviano comentou em um programa de televisão sobre a morte de um bebê da Guiné de seis meses durante um naufrágio e chegou a acusar Meloni do uso político do fenômeno da migração que ela costuma fazer.

"Só posso dizer a Meloni e (Matteo) Salvini: bastardos! Como eles podem fazer algo assim?", lamentou Saviano no programa.

O escritor estava se referindo ao bebê, Joseph, um dos 111 migrantes resgatados pelo navio de ajuda Open Arms, que morreu antes que pudesse receber tratamento médico.

A indignação de Saviano foi desencadeada pelas declarações de Meloni, que em 2019 havia dito que os navios de ONGs humanitárias que resgatam migrantes “deveriam afundar”, enquanto Salvini, ministro do Interior naquele ano, havia ordenado o bloqueio da entrada na Itália desses navios carregados de migrantes depois de dias à deriva.

Organizações que defendem a liberdade de imprensa e expressão, incluindo a PEN International, pediram a Meloni que retire a denúncia.

“Continuar com esta ação judicial envia uma mensagem alarmante a todos os jornalistas e escritores do país, que vão deixar de falar livremente por medo de represálias”, denunciou o PEN, organização internacional de jornalistas e escritores.

O autor, que está sob proteção policial desde que publicou 'Gomorra' (2006) devido a ameaças da máfia, considera que se trata apenas de mais uma intimidação.

"Intimidar um para intimidar cem", disse ele à AFP.

Inúmeros intelectuais e jornalistas expressaram sua solidariedade com Saviano nas redes sociais e censuraram a lei da Itália, onde jornalistas e escritores podem ser denunciados e presos pelo que dizem ou escrevem.

A “passividade e inércia do governo e do parlamento italianos” acabam sendo “cúmplices dos inimigos da liberdade de imprensa”, diz Saviano.

De acordo com Repórteres Sem Fronteiras, a Itália ocupa o 58º lugar no índice mundial de liberdade de imprensa de 2022.

Antônio Gonçalves Dias (1823-1864) foi um dos maiores poetas de uma primeira geração romântica do Brasil. O escritor foi consagrado como patrono da cadeira 115 na Academia Brasileira de Letras (ABL).

Lembrado como poeta indianista, o escritor dedicou-se a temas relacionados à figura do índio. Além de poeta, Gonçalves Dias também foi jornalista, advogado e etnólogo.

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O autor ingressou na Universidade de Coimbra em 1840, formando-se em Direito. Nesta época escreveu um de seus poemas mais famosos, "Canção do Exílio". Em 1845, retornou ao Brasil e publicou a obra “Primeiros Contos”. Foi nomeado professor de Latim e História do Brasil, no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.

À época, na capital do Brasil (Rio de Janeiro), trabalhou como jornalista e crítico-literário nos jornais: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia. O autor também foi um dos fundadores da Revista Guanabara, importante veículo de divulgação dos ideais românticos e ufanistas.

Nessa mesma época, conheceu Ana Amélia, mas por ser considerado mestiço, a família dela não permitiu o casamento. Casou-se com Olímpia da Costa, com quem não teve um casamento feliz.

Em 1854, partiu para Europa ao encontro de Ana Amélia, já casada. Desse encontro nasceu o poema “Ainda uma vez-adeus!”. Depois de uma temporada na Europa, em 1864, voltou para o Brasil com a saúde debilitada.

No dia três de novembro de 1864, o navio em que o escritor estava naufragou. O poeta faleceu próximo ao município de Guimarães, no Maranhão, aos 41 anos de idade.

Luis Fernando Veríssimo (1936) é um escritor e poeta brasileiro. Veríssimo ficou muito conhecido por suas crônicas e contos de humor, além de ser um exímio jornalista, tradutor, roteirista para programas de televisão e músico. Filho do também escritor Érico Veríssimo, seguiu os passos profissionais de seu pai.

Nascido em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 26 de setembro de 1936, viveu uma parte de sua infância nos Estados Unidos junto aos seus pais, Érico e Mafalda Halfen Volpe. Nesta época, seu pai lecionava literatura brasileira nas universidades de Berkeley e de Oakland, entre 1941 e 1945.

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Veríssimo cursou o primário em San Francisco e em Los Angeles. No ano de 1953, a família voltou aos Estados Unidos, quando seu pai assumiu a direção do Departamento Cultural da União Pan-Americana, em Washington, só retornando ao Brasil no ano de 1956.

Já de volta a Porto Alegre, Luis Fernando Verissimo começou a trabalhar na Editora Globo, dentro do departamento de artes. No ano de 1960, começou a integrar o conjunto musical Renato e seu Sexteto, que se apresentava profissionalmente nas noites de Porto Alegre.

Em 1962, Veríssimo mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como tradutor e redator publicitário. Em 63, casou-se com a carioca Lúcia Helena Massa, com a qual teve três filhos.

Em 1973, Veríssimo publicou “O Popular”, uma coletânea de textos já publicados anteriormente nos jornais onde trabalhou. No ano de 75, retornou ao jornal Zero Hora e passou a escrever também para o Jornal do Brasil. Neste mesmo ano, publicou seu primeiro livro de crônicas, “A Grande Mulher Nua”.

Em 2003, seu livro Clube dos Anjos, na versão inglesa (The Club of Angels), foi selecionado pela New York Public Library como um dos 25 melhores livros do ano. Em 2004, recebeu o Prix Deus Oceans, no Festival de Culturas Latinas de Biarritz, na França. Além disso, também recebeu o prêmio Juca Pato e foi considerado intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores.

Recentemente, Luis Fernando Veríssimo faz parte de um grupo de 26 escritores no Rio Grande do Sul que são retratados em pinturas expostas em uma galeria a céu aberto, localizada na Av. Borges de Medeiros, ponto turístico do Centro-Histórico de Porto Alegre. Entre os homenageados estão: Caio Fernando Abreu, Lya Luft, Mario Quintana, Érico Veríssimo, Moacyr Scliar e outros. 

A partir das 18h desta sexta-feira (19), o poeta e prosador Samarone Lima lança seu novo livro na Livraria da Praça, no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife. A obra, intitulada “O Elefante Azul - Crônicas das coisas mínimas e desnecessárias”, é uma seleção de textos publicados pelo autor em blogs, revistas, jornais e sites, desde 2005. A publicação será pela editora Confraria do Vento, que já lançou dois livros de poesia de Samarone.

“São crônicas que fui escrevendo, publicando e arquivando, e quando fui olhar o acervo, tinha mais de 900 textos publicados. São todos ligados ao cotidiano, aos personagens que encontrei nas ruas, praças, às minhas perambulações cotidianas, já que gosto muito de escutar as histórias alheias. Há também uma geografia envolvida nisso, porque os  primeiros textos surgiram no Poço da Panela, onde morei quase dez anos, depois rua da Aurora e agora, Olinda, onde vivo”, comenta o escritor.

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A obra foi viabilizada pela aprovação de um projeto do Funcultura, antes da Pandemia, mas só agora ficou pronta. Nos textos, Samarone passeia pela diversidade de gêneros que atravessam sua carreira literária. “Tenho um  lado muito forte, que é o da poesia, e sou jornalista de formação, com muitos anos de redação. Talvez as crônicas sejam uma mistura dessas duas estradas, porque elas permitem um lirismo, um despojamento, uma espécie de revelação de certos momentos da alma”, acrescenta.

Sobre o autor

SAMARONE LIMA é prosador e poeta. Nasceu no Crato, Ceará, morou em oito cidades de diferentes estados e há cinco anos vive em Olinda, onde teve o Sebo Casa Azul. É autor dos livros jornalísticos Zé: José Carlos Novaes da Mata Machado - reportagem biográfica, Mazza, 1998,  Clamor - a vitória de uma conspiração brasileira, Objetiva, 2003, e Viagem ao crepúsculo, Casa das musas, 2009, finalista do Prêmio Jabuti em 2010. Em 2014, com o livro de poesia O aquário desenterrado, pela Confraria do Vento, ganhou o 2º Prêmio Brasília de Literatura e o Prêmio Alphonsus de Guimaraens, da Fundação Biblioteca Nacional. Lançou, também pela Confraria, em 2016, A invenção do deserto. Em 2019, publicou, pela CEPE, Cemitérios clandestinos.

Serviço

Lançamento de O Elefante Azul - Crônicas das coisas mínimas e desnecessárias.

19/08 (Sexta-feira)

A partir das 18h

Local: Livraria da Praça (Recife).

Preço: R$ 51,00

Produção e  informações: Aura 9.99884003/ 997274095

A roda de conversa promovida pela Casa das Artes, na última terça-feira (24), por meio da Fundação Cultural do Pará, contou com a presença do escritor Denilson Monteiro, que esteve em Belém com o objetivo de concluir pesquisas e entrevistas para o novo livro que está escrevendo, "Ruy Barata, uma biografia”. Denilson é paraense e vive no Rio de Janeiro. O trabalho está sendo produzido desde 2020.

“Esse livro estava previsto fazer parte das programações centenárias do Ruy Barata, em 2020. Agora já tem boa parte escrita, eu precisei vir aqui pra Belém porque não teria sentido terminar o livro sem passar pelos locais por onde ele passou e visitou”, ressalta o escritor.

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Em sua obra, Denilson vai abordar os primeiros anos da vida de Ruy Barata, o convívio com a elite de Belém, sua vida em família, o interesse pela política como oposição à ditadura Vargas no Estado Novo e a seu interventor no Pará, Magalhães Barata, a eleição e mandato como deputado federal, a perseguição e as prisões durante a ditadura militar. Também fala de poesias e da parceria musical com o filho, Paulo André Barata, que resultou em várias composições de sucesso.

Ruy Barata nasceu em Santarém, Pará, em 25 de junho de 1920 e morreu em 23 de abril de 1990, em São Paulo. Mudou-se para Belém aos 10 anos, para estudar. Foi professor de Literatura da Universidade Federal do Pará (UFPA), historiador, advogado, político, jornalista e poeta. Iniciou a faculdade de Direito em 1938 e, por influência do pai, Alarico Barata, aos 26 anos entrou na política. Sua trajetória política é refletida em diversos poemas e estudos, como “Me trae una Cuba Livre/Porque Cubra libre está”.

Seu primeiro livro de poemas foi publicado em 1943, chamado de “Abismo dos Medos”, com apoio do poeta e romancista paraense Dalcídio Jurandir. Casou-se com Norma Barata, com quem teve sete filhos. Entre eles, Paulo André Barata, seu parceiro em várias canções, como “Pauapixuna”, “Esse Rio é Minha Rua” e “Foi Assim”. Essas se tornaram clássicos da MPB e foram interpretadas por vários cantores paraenses, como Fafá de Belém, que levou a obra do artista para todo o país.

Suas ricas obras inspiram e se encontram presentes até hoje nas mais variadas manifestações culturais. Em dezembro de 2020, comemorando o centenário do poeta, o Governo do Pará criou o “Ano Cultural Ruy Barata”, que compreende todas as manifestações culturais promovidas no Estado do Pará neste ano. Um ano antes, em 2019, Denilson foi convidado e iniciou sua pesquisa e escrita sobre o poeta.

O escritor conta que Ruy Barata era contra a exploração do homem e preocupado com as injustiças sociais e causas ambientais, especialmente na Amazônia. “Era um homem que, muito tempo antes de se falar, de se ter essa coisa da ecologia, já tinha uma preocupação com a devastação da Amazônia e, por conta disso, já era chamado de comunista mesmo antes de ser. Depois, ele, realmente, entrou para o Partido Comunista Brasileiro – PCB – e foi perseguido pela ditadura cívico-militar, foi impedido de fazer uma das coisas que ele mais gostava na vida, que era lecionar”, relata.

Denilson também ressalta sobre a vida boêmia do poeta e sua capacidade de envolver-se com os que estavam ao seu redor, independentemente da faixa etária, tratando todos de igual para igual. “Ele era uma figura muito importante, tanto que você vê busto e estátua pela cidade; terminal hidroviário com o nome dele. Ele tinha uma letra dele dizendo: ‘Eu sou de um país que se chama Pará’. Ele tinha orgulho de ser paraense”, diz.

Denilson Monteiro nasceu em 1967, em Belém. É autor das obras “A bossa do lobo: Ronaldo Bôscoli” (2011), biografia do jornalista e compositor Ronaldo Bôscoli; “Divino Cartola: uma vida em verde e rosa” (2013), fotobiografia do compositor Cartola; e “Chacrinha: A Biografia” (2014).

Por Amanda Martins, Juliana Maia, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Com mais de 40 obras publicadas que ilustram a cultura e o imaginário amazônico, o escritor, poeta e jornalista Salomão Larêdo é um dos maiores nomes da literatura paraense. Mestre em Teoria Literária pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Salomão retrata em sua obra as diversas nuances da sociedade. Nesta entrevista ao LeiaJá Pará, ele fala da carreira, de sua vida e dos projetos futuros.

A publicação mais recente do escritor é o romance ficcional “Pedral, Canal do Inferno”, lançado no primeiro semestre de 2021, inspirado na leitura de “De Belém a S. João do Araguaia – Vale do Rio Tocantins” (1910), livro do engenheiro cametaense Ignácio Baptista de Moura. O cenário da ficção é o Pedral do Lourenço, formação rochosa com 43 quilômetros de extensão, localizada no rio Tocantins, município de Itupiranga, sudeste do Pará, que no período de estiagem impede a navegação. Para viabilizar a hidrovia Araguaia-Tocantins, o poder público pretende destruir o imenso pedral.

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Porém, por não serem ouvidas, comunidades, movimentos sociais, colônias de pescadores, quilombolas, mulheres, entre outros, manifestam-se contra a ação. “Como aconteceu com a construção da hidrelétrica de Tucuruí (inaugurada em novembro de 1984), e na oportunidade escrevi o romance ficcional 'Sibele Mendes de amor e luta', que lancei em 1984. A história se repete”, relata Larêdo.

Salomão Larêdo se descreve como circunscrito à Amazônia, tratando de temas do povo e da região. Pelas abordagens, no entanto, sua literatura ganha dimensões e interesse universais.

O escritor conta que desde criança aprecia o movimento do rio Tocantins que passa na frente da casa onde nasceu, na Vila do Carmo, em Cametá, no nordeste do Estado. “Aprendi a ler com meu pai, ouvindo minha mãe contar e cantar encantadamente na comunidade onde vivíamos, partícipes das águas do rio Tocantins, imersos na vida da natureza ao nosso redor”, diz.

Salomão Larêdo diz que sua obra seduz e fisga o leitor pelo enredo e pela maneira simples de escrita. “Não escrevo para intelectual, escrevo para leitor, para o povo, sempre valorizando o que é nosso, utilizando a linguagem do povo da Amazônia, o sotaque paraense, tudo tão rico, quase não lido, não estudado”, descreve.

O escritor também fala das dificuldades de publicação e afirma que trabalha bastante, e que o fruto do esforço cotidiano e permanente na literatura é a aceitação dos livros pelo público. “O leitor gosta, adquire, lê, discute e pouco a pouco vamos conquistando mais espaço e leitores na Amazônia, no Brasil e no mundo”, observa.

Para o escritor, artistas regionais e a cultura do povo precisam ser mais valorizados. Ele afirma que a região amazônica, apesar da beleza e das riquezas, ainda é pouco estudada e pesquisada por pessoas nativas.

Salomão afirma que trabalha para a formação do leitor crítico, com a adoção de bibliotecas, de livros. “Para que o acesso seja o mais democrático possível e, através da leitura que faz o povo pensar, mudemos o status quo”, enfatiza.

O escritor cita algumas influências como Machado de Assis, Guimarães Rosa, Jorge Amado e alguns mestres no Pará e na Amazônia, como Dalcídio Jurandir, Ildefonso Guimarães, entre outros. Pesquisa e escreve muito, de forma permanente. Segundo ele, tudo é material para livros futuros. “Tenho alguns em curso. Vem aí o 'Banhos de Rio', romance ficcional muito bonito, encorpado, rico em propostas, jeito novo de narrar, modo, outro estilo, que fiz antes do 'Pedral - Canal do Inferno'”, revela.

Ele destaca outro projeto futuro bastante esperado pelo público, o "Onze Bandeirinhas", ficção com cenário localizado no bairro do Guamá, em Belém. “Contém as emoções das relações humanas, acontecimentos do encontro entre pessoas no nosso mundo Guamá. Para a leitora e o leitor dialogar com a leitora e com o leitor ao seu modo e no seu mundo Guamá”, diz.

Salomão Larêdo reitera que deve haver investimento em educação e cultura, e reforça a necessidade de formação de leitores, cidadãos políticos e culturais que sabem fazer escolhas e que possuem senso crítico. “É um direito das pessoas que o livro esteja à disposição delas, em toda parte e lugar, pois a cultura, os bens culturais, é um direito de todos que devem fruir e usufruir desse direito”, afirma.

O escritor aconselha aqueles que têm vontade de seguir uma trajetória por meio da escrita. “Quem quer escrever, antes de tudo tem que ler, ler muito sempre e pesquisar, ler e ler e ler bastante, pois o ato de ler precede, sempre, o de escrever”, conclui.

Por Isabella Cordeiro (sob acompanhamento e orientação de Antonio Carlos Pimentel).

Heloísa de Carvalho, filha do escritor Olavo de Carvalho, que morreu na segunda-feira (26), nos Estados Unidos, revelou que pode doar o dinheiro da herança do pai para a campanha presidencial do ex-presidente Lula (PT). Olavo era crítico da esquerda e de Lula.

Por meio de sua conta no Twitter, Heloisa compartilhou um print de uma resposta que deu a uma possível seguidora de Olavo de Carvalho. A internauta havia indagado se a filha do escritor iria querer o dinheiro do pai.

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Heloisa de Carvalho respondeu: "Só para você largar a mão de ser uma idiota, se sobrar algum, porque ele é cheio de dívida de calotes, vou sim e talvez doe para a campanha do Lula, com direito a sair na mídia e tudo, só para vocês passarem raiva, sua idiota."

A filha do escritor já havia compartilhado antes em seu Twitter que praticamente não existe herança por conta das dívidas com indenizações contraídas por Olavo. "Não tem essa grana toda pra pagar, tudo o que tinha correu e passou para o nome da minha irmã, dando rasteira nos credores e nos meus irmãos. Pelo amor, olavettes, usem o ‘miolo’ pelo menos uma vez na vida", disse.

Confira os tuítes:

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A Bienal do Livro Rio, considerada a maior festa literária do país, terá sua 20ª edição aberta nesta sexta-feira (3), às 10h, no Riocentro, Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. A solenidade de abertura prestará homenagem ao escritor Zuenir Ventura pela importância de sua obra e por ter marcado presença em toda a história da Bienal.

Durante a cerimônia, também será homenageada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pela GL events, realizadores da Bienal, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, com a entrega do Prêmio José Olympio que, desde 1983, reconhece personalidades e instituições com notáveis contribuições ao mercado editorial brasileiro. O presidente do Snel, Marcos da Veiga Pereira, disse que a ministra, "com seu histórico voto cala boca já morreu, garantiu aos autores do país a plena liberdade de publicar biografias não autorizadas, permitindo que os leitores conheçam melhor a história".

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A 20ª edição da Bienal do Livro Rio vai festejar o reencontro do público apreciador de livros. A programação foi especialmente elaborada por um coletivo curador, visando a atender aos mais diferentes gostos e estilos, com o objetivo de proporcionar reflexões e debates, de forma democrática, sobre o tema "Que histórias queremos contar a partir de agora?".

Todos os protocolos sanitários serão observados para preservar o bem-estar dos visitantes. Haverá limite de capacidade de público por turno; será necessária apresentação de comprovante de vacinação, além de uso obrigatório de máscara.

Programação

Para discutir o que as pessoas têm vivido e participar da construção dessas novas narrativas, a Bienal vai lançar a Estação Plural, reunindo autores, artistas e formadores de opinião. Este ano, estão confirmados 85 editoras e 140 selos, além de livrarias, distribuidores e lojas de comércio eletrônico, como Submarino.

A programação conta com debates sobre juventude e fé, poesia, desenvolvimento sustentável, política e democracia, feminismo, jornalismo investigativo, adaptações audiovisuais, cultura geek (fãs de tecnologia) e pop, LGBTQIAP+, saúde mental, ancestralidade e tendências do mercado literário, além da conexão de música e streaming (tecnologia de transmissão de dados pela internet, sem baixar conteúdo).

Entre os autores internacionais, estarão os norte-americanos Matt Ruff, Julia Quinn e Beverly Jenkins, a argentina Mariana Enriquez, a australiana Monica Gagliano e o japonês Junji Ito, um dos mais conceituados no universo dos mangás. A Bienal receberá ainda nomes como Conceição Evaristo, Itamar Vieira, Aílton Krenak, Caco Barcellos e Lázaro Ramos, entre outros.

Crianças

Para os pequenos leitores, o programa Petrobras Cultural oferece o Espaço Metamorfoses, inspirado nas mudanças do mundo e da leitura, que traz uma exposição imersiva com cenários interativos e lúdicos, que proporcionarão a cada visitante mirim a possibilidade de vivenciar uma viagem literária em diversas linguagens.

Nesse espaço, crianças com deficiência visual poderão fazer uma visita guiada. Além disso, todas as sessões da programação oficial terão tradução simultânea em libras. A Bienal deste ano terá formato híbrido, com o conteúdo transmitido em tempo real pelo site www.bienalrio.com.br.

Os ingressos podem ser adquiridos no site e também estarão disponíveis em bilheteria física, com número limitado, durante o festival. A diretora da GL events, responsável pela Bienal, Tatiana Zaccaro, disse que essa edição da Bienal é muito especial porque, ao mesmo tempo que demonstra a responsabilidade que o momento atual, ainda de pandemia, exige, traz “a energia do reencontro e a potência das conexões com o universo literário e as diferentes linguagens e temas. Nosso propósito de estimular a leitura para transformar o país está ainda mais presente, com uma programação plural e de bastante qualidade", afirmou.

Serviço

A Bienal se estenderá até o próximo dia 12, nos horários das 9h às 21h, de segunda a quinta-feira; das 9h às 22h, às sextas-feiras; e das 10h às 22h, aos sábados e domingos. O ingresso custa R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada).

De acordo com os organizadores, a meia-entrada é válida para estudantes, idosos, portadores de necessidades especiais e acompanhantes, jovens de 15 a 29 anos pertencentes a famílias de baixa renda, menores de 21 anos e professores e profissionais da rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Crianças com até um metro de altura terão direito à gratuidade, além de guias de turismo com carteira emitida pelo Instituto Brasileiro de Turismo ( Embratur) e acompanhados de caravanas de turistas e grupos escolares. Autores, bibliotecários, profissionais de livros e professores também terão direito à gratuidade no dia e turno escolhido para visita à feira, mediante cadastro online prévio no site oficial da Bienal.

A solenidade de abertura terá com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e dos secretários estaduais e municipais da Cultura e da Educação.

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Morreu na manhã desta quarta-feira (10), aos 71 anos, em Belém, o cartunista paraense Ubiratan Nazareno Borges Porto, mais conhecido como Biratan, uma das maiores referências do humor e da cultura do Pará. Segundo informações da família, o artista estava em tratamento contra o câncer.

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Biratan nasceu no dia 29 de outubro de 1950, em Castanhal, e era formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Pará – UFPA. Ele era escritor e compositor, foi cartunista profissional por mais de 40 anos e teve suas charges publicadas diariamente no jornal “A Província do Pará”, a partir de 1978.

O cartunista tem vários livros publicados, sendo um deles a coletânea “Biratan, Um Traço no Tempo – 40 anos de humor & Artes Visuais”, lançado em 2020. Ao longo da carreira, Biratan também conquistou prêmios no Brasil e no exterior, além de ter trabalhos exibidos em diversos países da Europa, como a França, Itália, Bélgica, Holanda, entre outros.

Biratan Porto foi o idealizador do Salão Internacional de Humor da Amazônia, festival de exposição de cartuns e charges que teve dez edições, entre os anos de 2008 e 2018. Até o fechamento deste texto, informações sobre o velório e o sepultamento do cartunista ainda não foram divulgadas.

Na galeria de fotos estão alguns dos premiados cartuns de Biratan. Conheça mais nos links abaixo.

http://biratancartoon.blogspot.com/

https://brazilcartoon.com/biratancartoon?language=

Por Isabella Cordeiro.

Nesta quinta-feira (2), completam-se 48 anos que John Ronald Reuel Tolkien (1892 – 1973) morreu. Conhecido pela abreviação J.R.R. Tolkien, ganhou notoriedade no mundo inteiro por criar o universo mítico na Terra Média. Suas maiores obras são "O Hobbit" (1937), e "O Senhor dos Anéis" (1954), que posteriormente serviram como base para adaptação cinematográfica.

Vale lembrar que apesar de ser conhecido mundialmente por ter sido escritor, Tolkien foi professor na Universidade de Oxford e dedicava seu tempo aos estudos literários, além de praticar traduções de obras antigas. Devido ao seu alto desenvolvimento em técnicas linguísticas, Tolkien criou seus próprios idiomas, que acabou sendo inserido em suas obras, como a língua élfica.

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A inspiração que Tolkien usava para escrever suas histórias aconteceu em decorrência de suas vivências na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), quando tinha pouco mais de 20 anos, e na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), quando estava com cerca de 50 anos. Além disso, o escritor e professor repudiou os acontecimentos da guerra, e chegou a proibir publicamente que suas obras fossem traduzidas para o alemão.

Aliás, é possível reconhecer muitos desses traços em  suas obras, como em “O Senhor dos Anéis”, em que Frodo e Sam são parceiros e protegem-se um ao outro, a fim de conseguir destruir o “Um Anel” no topo do vulcão de Mordor. Assim como acontecem com os soldados nas guerras, que precisam se proteger para atingir um objetivo em comum.

 

 

Paulo Coelho se ofereceu na madrugada desta quarta-feira (14), via redes sociais, para cobrir os gastos do Festival de Jazz do Capão, evento que solicitou verba pela Lei Rouanet e acabou sendo reprovado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte).

Para apoiar, o escritor disse que a condição é o evento “seja antifacista e pela democracia”.

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O que aconteceu?

A Fundação Nacional de Artes (Funarte), ligada ao Ministério da Cidadania, emitiu um parecer técnico desfavorável a um projeto de captação na Lei Rouanet do Festival de Jazz do Capão por causa de uma postagem contra o fascismo e o preconceito.

Trechos do parecer técnico foram divulgados pela organização do festival nas redes sociais. 

"No dia 01/06/2020, o Festival de Jazz do Capão decidiu se posicionar, na sua página do Facebook, a favor da Democracia e contra o Fascismo. Passado um ano, a referida postagem foi citada como motivo principal para que o nosso projeto de captação na Lei Rouanet tivesse um parecer desfavorável para a sua aprovação", critica o festival. “Não podemos aceitar o fascismo, o racismo e nenhuma forma de opressão e preconceito”, diz a publicação de 2020.

Gil do Vigor poderá ser encontrado nas livrarias do Brasil a partir da próxima quinta (10). Na verdade, é o livro autobiográfico do ex-brother, intitulado Tem que vigorar, que será lançado nesta data. Ele recebeu o primeiro exemplar impresso da obra na última segunda (7), e chorou de emoção. 

Recém-saído de um dos realities shows mais assistidos do Brasil, o pernambucano Gil Nogueira já colocou no papel parte de sua trajetória de vida. No livro, ele conta como foi sua infância em Pernambuco, a importância da educação em sua história e também, como foi ingressar no mundo da fama.

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Na última segunda (7), Gil recebeu o primeiro exemplar impresso da obra e se emocionou muito. Sua irmã e sua ‘mãinha’ também choraram com a conquista dele. “Gente, tá lindo demais. A mensagem da Xuxa, eu chorei relendo esses dias”, disse o ex-BBB.

John Le Carré, o mestre britânico dos romances de espionagem profundamente contrário ao Brexit, adotou a nacionalidade irlandesa pouco antes de sua morte, em dezembro passado - revelou um de seus amigos nesta quinta-feira (1º).

"John Le Carré, cronista dos ingleses, morreu sendo irlandês", escreveu seu amigo, o escritor Philippe Sands, em artigo publicado pelo jornal The Times.

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Sands conta que um dos filhos do romancista, Nick, fez-lhe essa revelação enquanto preparava um programa de rádio sobre John Le Carré.

Depois de se dar conta de que tinha origens irlandesas, o escritor, cujo nome verdadeiro era David Cornwell, viajou para o sul da Irlanda.

"Foi para Cork, de onde sua avó era, e foi recebido pela arquivista da cidade em um lugar muito pequeno", que lhe "disse 'bem-vindo ao lar'", relatou seu filho a Sands.

Esta visita lhe causou um "transtorno emocional", assegura o amigo, acrescentando que, "quando morreu, já era cidadão irlandês".

Segundo Nick, "uma das últimas fotos" que ele tem de seu pai o mostra "sentado, enrolado em uma bandeira irlandesa, sorrindo".

John Le Carré faleceu em dezembro, aos 89 anos. Escreveu 25 romances e um volume de memórias, "O túnel de pombos" (2016). Vendeu, no total, mais de 70 milhões de livros no mundo inteiro.

Para sua obra literária, inspirou-se em sua carreira anterior como agente secreto, arruinada por uma agente dupla britânica que revelou sua identidade e a de muitos de seus compatriotas à KGB soviética.

Em seu último romance, "Agente em campo" ("Agent Running In The Field", 2019), este eurófilo retrata o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, como um "porco ignorante" e classifica o Brexit de "loucura".

Parece que vale tudo mesmo pelo engajamento nas redes sociais. Foi com esse argumento que o escritor Raiam Santos usou a função stories do Instagram para promover xingamentos contra o nordestinos. Na rede social, ele postou a pergunta “Pra que serve o Nordeste?” e replicou várias respostas xenófobas dos seus seguidores.

Entre os comentários preconceituosos ele replicou: “mão de obra barata e praia bonita”; “alguém tem que ser porteiro e garçom no sudeste”; “serve para fuder o país nas eleições”; “para pegar bolsa família”; “não serve pra plantar maconha no Nordeste porque lá não tem água”, “o nordeste é a cruz que o Brasil carrega”.

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Alguns internautas se revoltaram e pediram para denunciar as postagens. Confira algumas:

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A cultura paraense está de luto. Morreu nesta terça-feira (10), em Belém, o professor, jornalista e escritor João Carlos Pereira, docente da UNAMA – Universidade da Amazônia. João Carlos tinha 61 anos e estava internado para tratamento de complicações decorrentes da covid-19. Era casado e tinha duas filhas.

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Graduado em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA), mestre em Estudos Literários, membro da Academia Paraense de Letras (APL), João Carlos dedicou a vida à educação e à cultura. Cronista, traduziu em palavras os sentimentos humanos, o cotidiano, o amor, a vida.

Devoto de Nossa Senhora, João Carlos era estudioso do Círio de Nazaré. Atualmente, ele preparava um livro sobre a manifestação religiosa. Por muitos anos, participou das transmissões da TV Liberal com informações históricas sobre o Círio. Também atuou como colunista do jornal O Liberal.

Ainda não há informações sobre o horário do velório e sepultamento do corpo. A UNAMA, por meio da reitora Betânia Fidalgo, decretou luto oficial de três dias em homenagem à memória do professor.

"Um amigo que vai deixar muita saudade. João Carlos, de uma energia incrível, uma pessoa amável, apaixonado pelas letras e uma enciclopédia sobre o Círio de Nazaré", escreveu em suas redes sociais o jornalista Márcio Lins, colega de trabalho de João Carlos na TV Liberal.

Salomão Larêdo, escritor, publicou que João Carlos era "amigo, o colega jornalista, pesquisador, professor, escritor e notável cronista". William Monteiro Rocha, internacionalista e professor da UNAMA, destacou: "Uma grande referência, sempre cordial, atencioso. Perdemos um grande mestre".

Em perfil publicado por um site em 2014, João Carlos revela suas paixões: "Meu corpo vive em Belém. Minha alma, em Paris. Leio, escrevo (todo dia), planejo viagens, trabalho mais do que desejaria. Já escrevi livros, casei, tive filhas". 

Nos últimos meses, isolado pela pandemia do novo coronavírus, João Carlos Pereira publicou no Facebook uma série de crônicas sob o título "Diário de um desespero - ou quase". Em um dos textos, escreveu: "Os dias desapareceram da semana. Diluíram-se nas ausências do cotidiano. Dormimos e acordamos no mesmo calendário. Não há mais amanhã nem ontem. Tudo é um hoje sem fim, onde o dia e a noite são meros cenários. Auroras e poentes estão do mesmo jeito. Quando isso passar, não haverá memória de datas, exceto para quem cultiva o quase inexistente hábito de escrever diários. Como fiz a vida toda, busco refúgio na poesia. Encontro em Adélia Prado a resposta de que não preciso, porque não há espaço para perguntas, mas a explicação fundamental para a hora que não há, porque dias não há, meses não há e o relógio parou, sem que sequer notássemos".

Da Redação do LeiaJá Pará.

O escritor Jeffrey Toobin, da revista The New Yorker e comentarista da televisão americana, provocou um alvoroço ao se masturbar durante uma reunião pelo aplicativo Zoom. Não é o primeiro caso de nudez em videoconferência, mas talvez o mais chocante.

Toobin, de 60 anos, pediu desculpas pelo incidente na segunda-feira, após ser suspenso pela revista The New Yorker por mostrar seu órgão sexual durante uma videoconferência com colegas sobre as eleições presidenciais americanas de 3 de novembro.

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Toobin, analista legal da CNN, foi flagrado se masturbando, segundo fontes não identificadas presentes na chamada citada pela Vice News, que foi o primeiro veículo a noticiar o episódio, ocorrido na semana passada.

O caso aconteceu durante uma simulação da eleição entre os funcionários da revista The New Yorker e da rádio pública WNYC, na qual os participantes desempenhavam papéis, como o do presidente Donald Trump e de seu rival democrata Joe Biden.

Durante uma pausa, Toobin parecia estar em uma segunda chamada de Zoom, mas logo apareceu diante da câmera tocando seu pênis, segundo a Vice.

"Cometi um erro vergonhoso e estúpido, achando que estava fora da câmera. Peço perdão a minha esposa, minha família, amigos e colegas", disse Toobin em comunicado enviado à Vice.

"Achei que não estava visível no Zoom. Pensei que ninguém na chamada de Zoom poderia me ver. Pensei que tinha fechado o vídeo", completou.

O incidente é o último exemplo de usuários de Zoom mostrando inadvertidamente mais do que imaginam durante reuniões de trabalho, em meio ao aumento vertiginoso do número de videoconferências devido à pandemia.

No mês passado, um deputado argentino foi suspenso por tocar o seio de sua esposa durante uma sessão parlamentar realizada por videoconferência.

No telão instalado no Congresso argentino para sessões por Zoom, foi possível ver uma mulher se aproximar do deputado Juan Emilio Ameri, de 47 anos, sentar em seu colo e ser tocada e beijada no seio.

A sessão foi interrompida e o presidente da Câmara de Deputados anunciou a suspensão do parlamentar por cinco dias.

Ameri tentou pedir perdão e se justificar pelo ocorrido: "Aqui, em todo o interior da Argentina, a conexão é muito ruim. Estávamos na sessão, mas a internet caiu. Minha mulher saiu do banho, lhe perguntei como estavam as próteses (nos seios) e lhe dei um beijo, porque há dez dias ela fez uma operação de implantes mamários".

- "Tem um peladão aí" -

Também em setembro, um empresário brasileiro apareceu acidentalmente nu durante uma videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro.

O homem, que logo explicou ter esquecido de desligar a câmera, apareceu com o torso nu em um quadro da tela da videoconferência ao lado de outras 20 pessoas que participavam da reunião.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou, entre risos: "Tem um peladão aí, fazendo isolamento peladão em casa e tal, beleza. O cara foi ficando com calor com a conversa, aí foi tomar um banho frio".

"Nós vimos, infelizmente", respondeu rindo Bolsonaro.

Em junho, o legislador irlandês Luke Flanagan participou de uma videoconferência do Parlamento Europeu de seu quarto, de camisa, mas sem calças, vestindo apenas uma cueca.

"Eu tinha acabado de voltar de uma corrida... Estava de camiseta dois minutos antes [da reunião]. Decidi colocar uma camisa para parecer mais respeitável. Não funcionou muito bem!", escreveu no Twitter. "Espero que as pessoas gostaram das minhas pernas!", brincou.

As videoconferências por Zoom também têm sido alvo de nudez intencional e mais sinistra este ano. Hackers interromperam aulas em escolas ou audiências judiciais para exibir pornografia, forçando a empresa criadora da tecnologia a melhorar a segurança do aplicativo.

Toobin é autor de vários livros, incluindo "True Crimes and Misdeeds: The Donald Trump Investigation", sobre a investigação do ex-diretor do FBI Robert Mueller sobre as alegações de que a Rússia estava envolvida na campanha do presidente em 2016.

A CNN disse que Toobin irá tirar uma licença "enquanto lida com um problema pessoal".

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