Tópicos | esquerda

A deputada federal e líder do Governo na Câmara Federal, Joice Hasselmann (PSL), expressou sua opinião em seu perfil oficial no Twitter neste sábado (15) sobre as manifestações que tomaram as ruas de várias cidades do Brasil, nesta sexta-feira (14), em um chamado de Greve Geral.

A parlamentar compartilhou um vídeo em seu perfil do Twitter de um homem discursando e oferecendo gasolina e alimentação para quem participar do ato desta sexta-feira. Porém, ela não identificou quem é o homem e onde o vídeo foi gravado.

##RECOMENDA##

“Hoje. A volta do kit-greve, agora em versão premium: 20 litros de gasolina!”, escreveu a deputada. A parlamentar ainda falou do projeto de reforma da Previdência, proposto pelo Governo Federal.

“O brasileiro não pode mais se calar diante das desigualdades do sistema atual da previdência. Ontem, este cidadão representou a voz da grande maioria ao falar aos grevistas que defendiam a manutenção dos privilégios”, disse ao compartilhar um outro vídeo de um homem discursando a favor do projeto.

Neste sábado, Hasselmann está na Paraíba cumprindo agenda da sua “caravana da Previdência”. Ela passará por João Pessoa e Campina Grande.

Figuras políticas têm se empenhado em convocar a população a ir às ruas nesta sexta-feira (14) e participarem da Greve Geral - um chamado nacional em manifesto contra medidas adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, disse que um dos motivos do ato é se posicionar contra o projeto de reforma da Previdência.

##RECOMENDA##

“Contra Reforma da Previdência, que prejudica os mais pobres, trabalhadores rurais e as mulheres. Ao contrário do que diz o governo, a PEC 06 não ataca privilégios e ainda beneficia os bancos com a adoção do sistema de capitalização”, disse a petista.

O ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilher Boulos, criticou Bolsonaro. “Greve Geral contra a Reforma da Previdência e o desgoverno de Bolsonaro na sexta”, convocou. Já a deputada federal Talíria Petrone (PSOL) lembrou da pauta da educação. “Se a situação é grave, a resposta é greve! Depois de duas grandes mobilizações em defesa da educação, Sexta tem greve contra o desmonte da previdência e os cortes na educação”, escreveu.

O líder da bancada do PT na Câmara Federal, deputado Paulo Pimenta, citou a história vivida pela ex-presidente Dilma Rousseff. “Sexta-feira é dia de greve geral em defesa da previdência, da educação, dos direitos trabalhistas, da saúde pública e de tudo mais que a direita vem arrancando do povo brasileiro desde o golpe contra Dilma em 2016!”, mencionou.

O deputado federal e vice-presidente nacional do PT, Paulo Teixeira, alfinetou o ministro da Justiça Sergio Moro. “Moro fere o princípio de imparcialidade previsto na Constituição e no Código de Ética da Magistratura, além de desmentir a narrativa dos atores da Lava Jato. Por isso temos que ir às ruas”, enfatizou.

Já o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, disse que “a mobilização para a Greve Geral está enorme. Além de defender o direito à aposentadoria e os recursos para educação, a greve ganhou um novo componente para nós, do PSOL: queremos o imediato afastamento de Sérgio Moro”.

Assim como a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), a também deputada federal e líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB), repercutiu nesta sexta-feira (31) a fala do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre a esquerda gostar de “pobres”.

 Feghali disse que o presidente cometeu um ato falho. “Bolsonaro em mais um ato falho ao dizer ‘eles gostam de pobre’. Quem tem olhar pro pobre, realmente, é a esquerda”, afirmou a parlamentar.

##RECOMENDA##

 Ainda em sua publicação, a deputada aproveitou para alfinetar os parlamentares de direita. “A direita costuma olhar o lucro dos banqueiros”, disparou, complementando que “já Bolsonaro não olha para lugar nenhum mesmo”.

 

Exatamente uma semana depois das grandes manifestações que encheram as ruas de mais de 200 cidades em todos os estados do país em defesa da educação, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), participou de uma reunião com presidentes de partidos de esquerda (PT, PSB, PDT, PCdoB e PSOL) que fazem oposição ao governo Bolsonaro para avaliar o cenário de desastre completo sob o comando do PSL e para traçar estratégias contra os retrocessos promovidos pela gestão do capitão reformado.

 De acordo com Humberto, o desgaste do governo e o quadro tão deteriorado estão levando o Brasil a um impasse complexo que exige das lideranças políticas muito diálogo e articulação. Ele afirma que a única saída para a crise é pelo caminho da democracia e que não existe possibilidade de as siglas investirem em qualquer iniciativa que não passe pelas regras do jogo.

##RECOMENDA##

 “O clima no Congresso Nacional está muito tenso. Os aliados do governo não aguentam mais os erros cometidos pelo Palácio do Planalto. É praticamente unânime essa posição. Mas eu não acredito que Bolsonaro vá renunciar, até porque ele não tem nada a ganhar. Os processos contra os familiares dele iriam seguir na Justiça, sem qualquer ingerência dele”, resumiu.

 O senador entende que nem um regime parlamentarista, que ele defende, salvaria o país agora, pois não seria aceito por Bolsonaro e seus ministros. Humberto acredita que, neste momento, a instituição desse regime representaria uma muleta para salvar algo que está muito ruim.

“A velocidade com que o governo eleito se destruiu e ameaça levar o país a um completo caos social, econômico e político é o que mais me impressiona. Creio que as lideranças de todas as áreas da nação estejam dialogando em busca de uma saída que não comprometa ainda mais os brasileiros, principalmente os mais pobres”, afirmou.

 O líder do PT lembrou que deputados e senadores já estão atuando fortemente contra decretos e medidas do governo que retiram direitos da população, como a Reforma da Previdência, e que flexibilizam proibições históricas, como a posse e o porte de armas, incluindo até fuzil. "Graças à pressão e a iniciativas da oposição e da sociedade, o governo tem recuado em muitas medidas", comentou.

 A avaliação geral entre os presidentes dos partidos de esquerda que participaram da reunião nesta manhã de quarta-feira (22), ocorrida na sede do PSB em Brasília, é de que os setores da sociedade civil têm de se unir para buscar uma pauta em prol do povo.

 “Saímos de um patamar de horror para o de assombro com essa possível queda de Bolsonaro. Os problemas do Brasil irão continuar, só que sem o espantalho. Nosso objetivo é encontrar meios para retirar o país do buraco”, disse Humberto. Os presidentes dos partidos marcaram um novo encontro para a próxima quarta-feira (29).

*Com informações da assessoria

Vice-líder do Patriota na Câmara Federal, o deputado Pastor Eurico (PE) defendeu a atuação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e argumentou que a oposição tem criado situações para “macular” o governo. “Quem perde eleição e não tem honestidade vai sempre agir como está agindo a esquerda hoje”, disparou.

Em conversa com o LeiaJá, para a nova etapa da série Entrevista da Semana, o parlamentar avaliou que o presidente está cuidando de “arrumar a casa” nesses primeiros meses e precisa de tempo para começar a mostrar resultados do seu trabalho pelo país.

##RECOMENDA##

No terceiro mandato federal, durante a entrevista Eurico também disse que a “educação é a maior desgraça do Brasil nas falcatruas, roubos e desvios de dinheiro”. Além disso, o parlamentar, que também é pastor da igreja Assembleia de Deus, descartou a possibilidade de o governo criar tributos que taxem, inclusive, a contribuição dos fiéis ao dízimo.

Veja a entrevista na íntegra:

LeiaJá (LJ) - Como avalia a gestão do presidente Jair Bolsonaro?

Pastor Eurico (PE) - Vejo as coisas em uma ótica diferente das pessoas. Para quem assume um governo com a situação complicada como assumiu, ele precisa primeiro cuidar internamente, e quando você faz isso não vai ser visto pelas pessoas, para depois fazer o externo. Primeiro tem que arrumar a casa para depois começar a trabalhar em prol do que todo mundo espera.

Mas como o povo é imediatista, é normal em todo setor Executivo, vamos ter sempre esses embates que estão acontecendo. E a oposição se aproveita do momento para tentar macular, criar situações para desacreditar o governo. Quem perde eleição e não tem honestidade vai sempre agir como está agindo a esquerda hoje.

LJ- O presidente precisa de quanto tempo ainda para mostrar esse trabalho externo?

PE - Ele está fazendo o correto, organizando a casa internamente para depois trabalhar. Vai trabalhar sem ter nas mãos os subsídios? Há muita coisa propagada de investimentos que na verdade eram situações, numa linguagem popular, criadas para agradar as pessoas. Tem setores com bilhões aprovados em projetos, mas não chega nem a metade do que tem, como se vai trabalhar? É a política do engano. Por exemplo, a Funasa [Fundação Nacional de Saúde], tem lá R$ 7 milhões para pagar com um orçamento de R$ 3 milhões e uma folha de R$ 2 milhões. Quando você vai ver os setores estão fora da realidade. Para as pessoas tem que chegar e resolver, investir; mas como se você não tem o subsídio nas mãos? Temos uma situação caótica e vai se agravar. Enquanto o governo não começar a mostrar resultados, a ação da oposição vai ser de atrapalhar. Eles vão crescer nisso aí e quando as coisas começarem a andar vão ter que buscar outro motivo para falar do governo.

LJ - A Educação está inserida nessa situação caótica?

PE - Com certeza. A educação é a maior desgraça do Brasil nas falcatruas, roubos e desvios de dinheiro. Temos uma educação praticamente falida. Não tiro o direito de ter que se investir na parte das universidades, porém o que aconteceu no governo passado, se formos analisar a política assistencialista, o que tem haver o Bolsa Família com a educação? Nada, mas no governo passado tinha. O que aconteceu? Para o pai receber o benefício as crianças tinham que ir para escola, tudo bem, mas depois tinham que, na linguagem popular,  passar de ano. Então, as crianças tinham que passar de um ano para o outro, com aprovação, muitas vezes sem estudar. Não se comprova, contudo, conhecimento.

LJ - E a atual conjuntura da educação?

PE Aí temos uma geração com dois lados, os que estudavam nas escolas particulares, onde exige resultados, são os que tiram as melhores notas do Enem e vão para as universidades públicas e quem enche as faculdades particulares são os filhos dos pobres e, muito deles, sem conhecimentos. Hoje os pobres enriquecem as faculdades particulares e os ricos usufruem da educação universitária do governo. Lá em baixo precisa mudar essa realidade. 

LJ - Então, porque cortar recursos para um setor que, como o senhor disse, precisa de investimentos?

PE - O governo não cortou recursos. A linguagem cortar é diferente de contingenciar. O contingenciamento é vou separar aqui uma parte, não posso ter isso agora, mas posso ter amanhã. O governo resolveu dar uma injeção lá na educação básica, onde estamos vivendo um sistema caótico. A oposição vai trabalhar mais onde se dá mais críticas ao governo. Cria-se esse clima porque eles precisam de algo para atacar. Temos setores piores do que a educação, mas não vai dar ibope para a oposição bater. É um jogo que vivemos neste país. A oposição trabalha o quanto pior melhor para que eles possam voltar ao poder.

LJ - E qual a opinião do senhor sobre a reforma da Previdência? Ela vai ajudar na recuperação economia do país, como prega o governo?

PE - Sem sombra de dúvidas. Todo o mundo exterior espera o Brasil fazer alguma coisa, se não teremos uma quebradeira. Procurem falar com os prefeitos, mais de 90% dos municípios que tem Previdência própria estão quebrados. Estão tirando dinheiro de outros setores para pagar aposentados. As Previdências não se sustentam. Temos muita gente recebendo de forma correta, mas um bom percentual de aposentadoria foram esquemas e falcatruas. Por outro lado, o que se arrecada não vai dar conta de pagar os aposentados de hoje. Se alguma coisa não for feita o caos vai ser maior, o aposentado vai chegar lá e não vai ter dinheiro na conta dele.

LJ - Mas a oposição tem se articulado para barrar o texto.

PE - Eles dizem que tem solução [que não seja a reforma], mas porque eles tiveram 14 anos e não resolveram? A própria Dilma [Rousseff] ia fazer essa reforma e agora não precisa mais? É complicado o jogo que é feito pela esquerda. Existe uma grande hipocrisia por parte dos deputados que falam ‘temos que defender o pobre, o pobre, o pobre’. A linguagem pobre se chama massa de manobra. Muitos deputados não querem que haja a reforma porque vai prejudicar eles próprios. Se não estou consciente da necessidade do Brasil eu vou me prejudicar. Quem ganha mais vai querer receber mais e a Nova Previdência acabou isso. A reforma não é a solução para o Brasil, mas é um grande passos para iniciarmos uma reorganização do governo.

LJ - Outras medidas econômicas devem ser adotadas pelo governo e já se chegou a cogitar a taxação de impostos para as igrejas. Como religioso, de que forma o senhor avalia isso?

PE - Existem muitas pessoas interessadas em taxar impostos às igrejas, mas o presidente já desmentiu e foi um caso contornado. Sempre existiu esse interesse de alguns, mas esquecem eles que as igrejas, através de quem faz parte delas, já contribuem com seus impostos. A parte devocional dos fiéis é a contribuição que se dá para os trabalhos das igrejas, que não são poucos. A igreja é um braço a serviço da sociedade. E a igreja não recebe benesses de governos. De acordo com o que está firmado com o presidente, este assunto está descartado.

LJ - O senhor fez recentemente críticas a lideranças do PSB de Pernambuco, como avalia o governo de Paulo Câmara?

PE - Quanto a pessoa do governador não tenho nada a dizer, porém após a eleição, até hoje não recebi um telefonema. Estivemos com quase 100 candidatos na base e não recebemos a consideração de nada. O que eu fico admirando hoje são os deputados falando de Pernambuco, que o governo de Eduardo Campos foi feito isso na educação, aquilo na economia. Só citam o que foi feito no governo Eduardo Campos, mas o que é que o governador atual está fazendo?

LJ - Ficou alguma rusga, então, após a eleição que se refletiu no relacionamento do senhor com a bancada federal do PSB?

PE - Não somos inimigos pessoais. O deputado Tadeu Alencar, disse que a reforma era uma selvageria, mas eu sou um ser humano, não sou animal. Por isso reagi. Eu apoio a reforma. Tem partes que eu, particularmente, já estava na luta para tentar mudar, como BPC, a questão dos professores. Concordo que haja uma adequação, mas a reforma tem que ser feita. Por isso precisamos dialogar, mas dizer que quem apoia é um selvagem não, tem que ter respeito. Por isso que contestei. Eu respeito muito Tadeu Alencar e já disse a alguns setores que ele é um traído pelo sistema.

LJ - Por quê?

PE - O Tadeu Alencar foi secretário, desenvolveu um grande trabalho, um a pessoa capacitada e era para ser o governador do Estado e na época não deixaram ele ser candidato porque ele tinha o típico voo próprio. Se ele fosse candidato, para o sistema de um grupo familiar, seria um problema. Essa é a verdade. Achei ele uma pessoa traída.

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

A deputada federal Carla Zambelli (PSL) teceu comentários nesta terça-feira (14) sobre o comportamento dos partidos de esquerda diante de situações políticas que vêm acontecendo no Brasil.

Através de seu perfil oficial no Twitter, a parlamentar pontuou ações. “O dinheiro acabou, e a esquerda não quer o contingenciamento. Também não quer reformar a Previdência para cortar gastos. Também não quer aumentar os impostos - nem nós”, disse.

##RECOMENDA##

 “Afinal, o que a esquerda quer? Que o Presidente pedale, para que peçam o impeachment! Quem não vê que é isso?”, questionou Zambelli, fazendo referência ao impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff por pedaladas fiscais.

 A deputada aproveitou para falar sobre o projeto de reforma da Previdência. “A Nova Previdência é o maior projeto de corte de privilégios, de redistribuição de renda e de promoção da Justiça Social já proposto na história do país. Somente quem quer sabotar o país para sabotar o governo pode ficar contra os pontos essenciais da proposta”, argumentou.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) criticou, nesta quinta-feira (2), uma declaração do ex-presidente do Uruguai José Alberto Mujica, mais conhecido como Pepe Mujica, em defesa da Guarda Nacional Bolivariana, leal ao presidente da Venezuela Nicolás Maduro, que atropelou manifestantes com veículos blindados durante atos violentos na última terça (30).

Ao ser questionado nessa quarta (1º) sobre como avaliava o uso das tanquetas e o episódio do atropelamento, Mujica defendeu os militares pró-Maduro: "[Os manifestantes] não deveriam ficar na frente das tanquetas".

##RECOMENDA##

A postura repercutiu negativamente no Brasil e Mujica é considerado um dos ídolos internacionais de partidos de esquerda como o PT, o que insuflou ainda mais o debate. O nome dele, inclusive, está entre os assuntos mais comentados no Twitter no país.

Ao expor uma reportagem que estampa a afirmativa de Mujica, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que o ex-presidente fez o que é típico da esquerda “colocar a culpa nos outros” e pontuou que para os que defendem Maduro vale até matar pela causa.

“Ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, como todo bom esquerdista bota a culpa nos outros. Assumir responsabilidades não é com os esquerdistas do Foro de São Paulo”, alfinetou Eduardo Bolsonaro. “E tudo vale em nome da causa, até matar”, completou o deputado.

Na última terça duas pessoas morreram e 187 ficaram feridas na Venezuela por causa da disputa de poder entre Maduro e o autodeclarado presidente do país, Juan Guaidó. Mujica apoia o governo de Nicolás Maduro enquanto Jair Bolsonaro e seus filhos já declararam o alinhamento a Guaidó.

Realizando uma tarefa habitual, o vereador e filho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, utilizou seu perfil oficial no Twitter para alfinetar partidos mais alinhados à esquerda nesse domingo (14).

Dessa vez, o vereador comentou sobre a linha de pensamento do educador Paulo Freire. “É simples entender porque o PT, PSOL, PCdoB defendem método Paulo Freire alinhado com chás e bolos com ervas e recheios ilegais”, disse.

##RECOMENDA##

O vereador ainda afirmou que “a esquerda não dá ponto sem nó. Basta sair da bolha e ver como tudo sempre foi milimetricamente calculado”, assegurou Carlos Bolsonaro, fazendo referência à polêmica causada pela divergência de ideologias entre Paulo Freire e Olavo de Carvalho.

Por fim, Carlos Bolsonaro fez uma metáfora cinematográfica. “O verdadeiro ‘The Walking Dead’ existe”, ironizou.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) afirmou, neste sábado (30), que a destituição do presidente João Goulart em 31 de março de 1964, para o início da ditadura militar, não foi um golpe e aconteceu com o “apoio do povo”. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele ressalta que a data precisa ser lembrada como o momento que evitou o Brasil virar “uma Cuba”.

“Quero fazer um alerta para que você não entenda que esse resgate do passado brasileiro é algo de menor importância. Um povo sem memória é um povo sem cultura, refém de qualquer pessoa do governo e que tem uma índole mais autoritária”, observou o filho do presidente Jair Bolsonaro.

##RECOMENDA##

“Então, quando a gente fala em 31 de março estamos falando do Brasil não ter virado uma Cuba. Repara só, várias pessoas estavam nas ruas, o Congresso Nacional declarou vago o cargo de presidente. E o General Castelo Branco tomou posse como presidente sem disparar um tiro, sem que tivesse uma morte”, completou.

Sem mencionar os exilados políticos ou pessoas que foram vítimas de tortura, Eduardo ainda aproveita para disparar contra políticos da esquerda, a quem chama de terroristas dos anos 70.  

“Que golpe é esse, com grande amparo popular? Isso que estou falando é novidade para quem é jovem, isso não ensinam na história. Para dar a entender que o pessoal da esquerda são os bonzinhos da história. Mas você já viu o que o pessoas da esquerda que nos anos 70 eram terroristas, sequestravam e torturavam, o que fizeram quando chegaram ao poder. Saquearam os cofres públicos”, disparou o deputado federal.

Na ótica do parlamentar, “temos que ter memória para evitar que essa história venha se repetir e declaremos como heróis pessoas que eram criminosos e bandidos”. “Foram bem presos naquela época e estão sendo bem presos novamente agora”, alfinetou, sem citar nomes.

Em declaração feita ao canal Brasil Paralelo, no YouTube, o chanceler Ernesto Araújo afirmou que o nazismo e o fascismo são resultados de "fenômenos de esquerda". Segundo Araújo, regimes totalitários distorceram o sentimento de nacionalismo, o que, para ele, seria uma tática comparável à da esquerda. A declaração gerou reação e foi rebatida por especialistas.

"Eles de certa forma sequestraram esse sentimento (do nacionalismo). É muito a tendência da esquerda: pega uma coisa boa, sequestra, perverte e transforma em coisa ruim. Isso tem a ver com o que eu digo que fascismo e nazismo são fenômenos de esquerda. É a mesma lógica", afirmou o chanceler na entrevista, dada na semana passada e que durou 33 minutos.

##RECOMENDA##

A declaração do chanceler repercutiu negativamente na principal emissora de TV pública da Alemanha, a Deustche Welle. Em texto publicado nesta quinta-feira, 28, na versão do seu site em português, a emissora afirma que as falas de Araújo vão contra o consenso acadêmico sobre o tema e ressalta que essa discussão é inexistente entre historiadores sérios do país.

"Há décadas não restam mais dúvidas, nos âmbitos acadêmico, social e político, sobre a natureza de extrema direita do nazismo", diz a reportagem.

O Brasil Paralelo produz conteúdos como séries na internet para assinantes do canal. Também promove cursos e palestras. Entre os palestrantes, está o escritor Olavo de Carvalho, considerado guru do bolsonarismo.

Historiador

Para o jornalista do jornal O Estado de S. Paulo e historiador Marcos Guterman, o nazismo não pode ser qualificado como de esquerda em nenhuma circunstância. Em geral, quem usa esse discurso se vale do nome da legenda nazista: Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Há grupos na internet que costumam reproduzir essa ideia.

"Mas é outro contexto. Não tem nada a ver com o socialismo marxista. Tem a ver com o sentido da totalidade da sociedade alemã", afirmou ele.

Para Guterman, se trataria de uma argumentação insustentável cujo único objetivo seria o de mobilizar a militância. "Ele está respondendo a um pensamento do eleitor." Em entrevista à Deustche Welle no ano passado, o embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, chegou a afirmar que essa discussão "não tinha base honesta".

O professor alemão Oliver Stuenkel, da área de relações internacionais da FGV-SP, diz que a afirmação faria parte do "submundo das conspirações". Para Stuenkel, a fala de Araújo traz constrangimento, mas há o entendimento de que ela não representa a totalidade do governo.

Procurada na noite desta quinta-feira pela reportagem, a assessoria do ministro não havia se pronunciado até a conclusão desta matéria.

'Distorções'

"Vivemos um momento preocupante de distorções de fatos históricos consagrados, que mostram que o nazismo era um regime de extrema direita. Há desprezo pelo contexto histórico; um esquecimento voluntário, além de manipulação", disse a historiadora da USP Maria Luiza Tucci Carneiro.

"O que importa aqui não é fazer história, mas fazer política no presente, desconsiderando o passado e os fatos. Os nazistas apontavam os comunistas como 'inimigos objetivos'. Uma das primeiras medidas de Hitler no poder foi pôr na ilegalidade o Partido Comunista. Começa, então, uma fuga de intelectuais e cientistas. O passado deve ser revisitado, não deturpado", concluiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ex-candidatos à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), além do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), estiveram reunidos nesta terça-feira (26) e realizaram um debate sobre o atual momento político do Brasil.

O trio também esteve reunido com o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, e a ex-candidata à Vice-Presidência da República, Sonia Guajajara. Juntos, eles divulgaram uma nota em que fazem pontuações sobre o que chamaram de um “rápido e profundo desgaste do Governo Bolsonaro”.

##RECOMENDA##

“Estamos atentos e mobilizados para evitar agudos retrocessos sociais, trazidos por esse projeto de Reforma da Previdência, centrado no regime de capitalização e no corte de direitos dos mais pobres”, diz o primeiro ponto do escrito.

Em seguida, o grupo destacou que enxerga características antinacionais no discurso patriota do atual governo. “Vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos”, complementaram.

O terceiro ponto do documento aborda a decisão do governo em comemorar o golpe militar de 1964. O presidente Jair Bolsonaro quer que no próximo dia 31 de março aconteçam celebrações alusivas à ditadura que o Brasil passou.

“Sublinhamos a centralidade da questão democrática, que se manifesta na defesa do Estado de Direito, das garantias fundamentais e no repúdio a atos de violência contra populações pobres e exploradas, a exemplo das periferias, dos negros e dos índios. Não aceitamos a criminalização dos movimentos sociais, uma vez que eles são essenciais para uma vivência autenticamente democrática”, pontuaram.

No documento não faltaram referências ao ex-presidente Lula: o grupo enfatizou que “é urgente assegurar a Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em julgado”.

Fernando Haddad, Guilherme Boulos, Flávio Dino, Ricardo Coutinho e Sonia Guajajara finalizaram afirmando que “essa reunião expressa o desejo de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer propostas progressistas para o Brasil”.

 

LeiaJá também:

--> Bolsonaro 'me tornou inimigo', diz Jean Wyllys

--> 'Caciques' e militares dominam PSL nos Estados

--> Bolsonaro: 'Reforma trará equilíbrio das contas públicas'

Antes opositores do ex-presidente Michel Temer, representantes da esquerda foram ao Plenário da Câmara dos Deputados criticar a prisão do emedebista. O MDB divulgou nota lamentando a prisão de Temer e do ex-ministro Moreira Franco, que também foi alvo da operação autorizada pelo juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) usou a tribuna para falar que não se podia comemorar a prisão de ninguém. "Nós não podemos defender uma prisão. Respeitamos as garantias constitucionais de todos os brasileiros", afirmou.

##RECOMENDA##

Já o deputado federal João Daniel (PT-SE) defendeu a aprovação do projeto contra o abuso de autoridade, visto pela Lava Jato como uma tentativa de intimidar juízes e procuradores que investigam casos de corrupção envolvendo a classe política. "A Câmara tem o dever de aprovar o projeto que nenhuma autoridade esteja acima. Por isso, a Casa tem que aprovar o projeto contra o abuso de autoridade."

O presidente Jair Bolsonaro causou polêmica na manhã desta segunda-feira (11) ao acusar a implementação da “ideologia de esquerda” nas universidades brasileiras.Por meio da sua conta oficial no twitter, ele afirmou que “o ambiente acadêmico com o passar do tempo vem sendo massacrado pela ideologia de esquerda que divide para conquistar e enaltece o socialismo e tripudia o capitalismo”, afirmou o político. Ele alegou, ainda, que as instituições de ensino estão esquecendo a formação dos cidadãos e priorizando a conquista dos militantes políticos.

Segundo Bolsonaro, uma das metas do governo será quebrar o “ciclo da massa hipnotizada” formado dentro das instituições de ensino. Ele afirmou, porém, que o caminho não deve ser fácil, mas que o ponto de partida já existe por parte do governo. O presidente encerrou a série de mensagens alegando que a maldade formada para destruir a “nata” é “organizada apenas por um lado” e pedindo que “o mal que esteve tão perto de destruir nosso país” fosse impedido. Após poucas horas, a publicação já tinha alcançado mais de 900 compartilhamentos e 5,3 mil curtidas, recebendo uma enxurrada de comentários que se dividiam em elogios e críticas.

##RECOMENDA##

Algumas polêmicas envolvendo o governo Bolsonaro e a educação já foram criadas em pouco menos de três meses. Entre elas, está a declaração do ministro Ricardo Vélez sobre a necessidade de reservar as universidades a uma elite intelectual e a criação de uma comissão para analisar “itens ideológicos” do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma das principais portas de entrada para universidades públicas brasileiras.

Confira tweet do presidente:

[@#video#@] 

 

Houve um tempo em que o general de brigada Sérgio Augusto de Avellar Coutinho, um dos mais importantes pensadores militares, afirmava que o presidente Jair Bolsonaro fazia "o jogo das esquerdas". Para ele, a atuação política do então capitão da reserva só servia "para reforçar uma campanha de descrédito das Forças Armadas perante a opinião pública, comprometer a respeitabilidade do militar e quebrar a coesão interna" do Exército.

Coutinho vinculava Bolsonaro a "iniciativas desastradas" que podiam desprestigiar a autoridade dos chefes militares e "criar lideranças informais e hierarquias paralelas". O general - estudioso da guerra revolucionária - expressou-se assim quando comandava o Centro de Informações do Exército (CIE), em 1989, em dois Relatórios Periódicos Mensais do órgão - os de n.º 05/89 e 09/89.

##RECOMENDA##

Nos anos 1980, o general foi um dos primeiros militares a difundir nas Forças Armadas textos que abordavam a influência do pensador marxista Antonio Gramsci na estratégia das esquerdas no Brasil.

Na reserva, tornou-se uma espécie de "guru" da direita no País. Coutinho publicou livros pela Biblioteca do Exército, como Cenas da Nova Ordem Mundial e A Revolução Gramcista no Brasil. Dava palestras no Clube Militar nas quais afirmava que "o marxismo cultural", por meio da criação de "um novo senso comum" ancorado no "politicamente correto", criava o "consenso na sociedade". Este era interpretado como um instrumento para a socialização do País, discurso que influenciaria o de Bolsonaro. O general morreu em 2011.

Alvo de suas críticas nos relatórios confidenciais do CIE, Bolsonaro era então vereador - preparava a primeira candidatura a deputado federal - e ocupava a vice-presidência da Federação das Associações de Militares da Reserva. A Famir reunia militares inativos e pensionistas e defendia as reivindicações dos militares.

Coutinho não foi o único general que, na época, criticava Bolsonaro. A atuação classista do capitão fez com que tivesse a entrada proibida nos quartéis, após colidir com os ministros do Exército Leônidas Pires Gonçalves (1985-1990) e Carlos Tinoco (1990-1992). Julgavam-no inconsequente e intransigente. Ou, nas palavras de Coutinho, alguém que "procurava semear um clima de discórdia, incompreensão e descrédito no público interno".

Prontuário

Coutinho não se limitava a informar fatos nos relatórios do CIE. Ele também fazia análises, um estilo que contrastava com os dos chefes anteriores do centro, como o general Tamoyo Pereira das Neves. Desde 1987 até 1990 os generais do CIE, por meio da Seção 102 (Informações) do órgão, produziram documentos sobre Bolsonaro para os chefes militares e alimentaram seu prontuário no centro: o de n.º 18658-5.

Além de vigiar e acompanhar as atividades de Bolsonaro, a inteligência militar também espalhava suas análises e descobertas pelos quartéis. Na época de Coutinho, os relatórios mensais tinham 340 cópias, que eram distribuídas "até o nível de unidade" com o objetivo de "difundir informações relacionadas à defesa interna". Era praticamente o triplo do que era feito no comando do general Tamoyo, seu antecessor.

Assim, os textos de Coutinho sobre Bolsonaro tiveram difusão ampla na Força, pois o general acreditava que "o comandante de unidade tem o dever de manter seus homens informados". "A utilização de trechos (do relatório confidencial), desde que preservado o sigilo da fonte, poderá ser feita para atingir os objetivos já citados."

Compostura

No relatório de maio de 1989, o texto sobre Bolsonaro (Compostura Militar) dividia a página - a de número 6, com a assinatura de Coutinho no alto - com outro sobre o líder do PT Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso na Lava Jato -, que tinha o título Desinformação.

Um texto analisava o "socialismo moreno" do ex-governador Leonel Brizola, a quem acusava de ter usado nos anos 1960 recursos de Cuba para "alimentar movimentos revolucionários". Mais adiante, criticava o secretário-geral do PCB, Salomão Malina, por não ter verdadeiramente desistido da luta armada para a tomada do poder e ser financiado pela União Soviética.

Em setembro, Coutinho escreveu que a "permissividade da sociedade brasileira, pacientemente elaborada nos últimos 10 anos, através dos meios de comunicação social, infiltrados pela esquerda, tem criado uma aceitação 'sem preconceitos' e 'democrática' de tudo: da destruição da família ao desamor à Pátria, da tolerância ao crime à complacência aos antigos terroristas". Denunciou ainda "a radicalização do PT" e concluía com a acusação a Bolsonaro - Fazendo o Jogo das Esquerdas II: Famir. A inteligência do Exército chegou a se infiltrar na Famir. Em sigilo, pelos menos três colegas de Bolsonaro, da turma de 1977 da Academia Militar das Agulhas Negras, denunciaram sua atuação para o CIE.

Seria pelo trabalho silencioso - revelou um general ao Estado - de um dos maiores agentes da história do CIE, o tenente-coronel João Noronha Neto, o Doutor Nilo, que começaria a reconciliação da cúpula militar com Bolsonaro, um processo iniciado nos anos 1990 que só se concluiria no ano passado.

O Estado procurou o Centro de Comunicações do Exército e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, mas eles não se manifestaram sobre os relatórios de Coutinho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de ter o nome ventilado como candidato a presidente em 2018, o apresentador Luciano Huck afirmou, nesta sexta-feira (25), que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), apesar de boas ideias econômicas, tem uma concentração grande de pessoas com mais de 60 anos, quando o mote principal da política deveria ser a renovação. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Huck, que esteve no Fórum Econômico Mundial  na Suíça, salientou que a política é o setor de “antigos” com “assuntos antigos”.

“Não é uma crítica, é uma constatação. Se você olhar o gabinete formado neste governo, sem julgamento de mérito da capacidade ou das ideias, a grande maioria tem mais de 60 anos...  A gente tem que formar novos líderes, pessoas com um cabeça mais moderna”, salientou ao periódico.

##RECOMENDA##

Ao participar do Fórum em Davos, Luciano Huck disse que se vê “quão sexy” se trata assuntos econômicos, de investimento, “tentando lapidar um capitalismo 4.0 que se adeque aos novos tempos”. Contudo, ao tratar de política há retrocessos.

“E quando você vai falar de política, você ouve os discursos e vê como ainda são antigos, com assuntos antigos. A gente tem que tentar um esforço grande para fazer discussões políticas, de governo, institucionais de um jeito sexy, mais moderno, e em paralelo formar novas lideranças que possam colocar essas coisas em prática”, observou.

À Folha, Huck também frisou que neste momento a necessidade do país é “diálogo” e aproveitou para alfinetar o PT. “À esquerda falta, nesse momento, a capacidade e boa vontade de dialogar. Graças a Deus o último governo do PT tinha péssima capacidade de execução, porque tinham péssimas ideias, e se tivessem capacidade de execução seria pior ainda, e agora, este novo governo, do ponto de vista econômico, tem boas ideias, claras, e agora vamos ver qual a capacidade de execução daqui para frente”, salientou.

Por fim, o apresentador tentou amenizar a crítica aos petistas dizendo que pretende apontar caminhos onde discordar do governo Bolsonaro. “E nas pautas nas quais a gente não concorda, que não são poucas, a gente vai ter que ficar vigilante e ter capacidade de dialogar, criticar e apontar caminhos”, disse. 

O PT, o PSB e o PSOL anunciaram nesta terça-feira (22) a formação de um bloco de oposição ao governo federal na Câmara dos Deputados.

"É importante unir forças para que possamos fazer o enfrentamento e honrar a condição de oposicionistas que os eleitores nos colocaram", disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

##RECOMENDA##

Ainda está em em negociação a adesão de PDT, PCdoB e Rede. Caso se concretize,o bloco pode chegar a 136 deputados a partir de fevereiro: PT (56), PSB (32), PSOL (10), PDT (28), PCdoB (9), Rede (1).

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman, afirmou que a sigla será responsável pela articulação entre PDT e PCdoB. Já o PSOL se reunirá com lideranças da Rede. As atividades do Congresso Nacional começarão no dia 1º de fevereiro. Também nesta data será realizada a eleição da Mesa Diretora, responsável pela condução dos trabalhos legislativos e administrativos na Câmara. 

Para o vice-líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), esse é o momento mais adequado para consolidar o bloco opositor ao governo atual. A sigla é a única dos partidos do bloco que já anunciou candidatura para a presidência da Câmara. "Por isso, a proposta inclusive, de recolocar o PCdoB e o PDT, aliados históricos, que venham para o bloco para que tenhamos uma agenda comum, que vai ser depois a nossa agenda”, afirmou. 

Presidência da Câmara

Inicialmente, o bloco não definiu posicionamento único sobre as eleições da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Além da presidência da Câmara, estão em disputa a primeira e segunda vice-presidência da Casa, quatro secretarias e as respectivas quatro suplências. 

Até agora, oito deputados já anunciaram candidatura à Presidência da Câmara: Alceu Moreira (MDB-RS), Capitão Augusto (PR-SP), Fábio Ramalho (MDB-MG), JHC (PSB-AL), Kim Kataguiri (DEM-SP), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Marcelo Freixo (PSOL-RJ). 

O atual presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não oficializou a candidatura à reeleição, mas já conta com o apoio de 12 siglas para permanecer no cargo, incluindo o PSL, do presidente Jair Bolsonaro. O deputado João Campos (PRB-GO) havia anunciado candidatura, mas voltou atrás e decidiu integrar o bloco em formação que apoia Maia. O bloco já reúne 262 deputados. 

A votação para Mesa Diretora é secreta. Para eleição em primeiro turno, é necessária maioria absoluta entre os presentes na sessão, o correspondente a 257 deputados. Se ninguém atingir este número, há segundo turno com os dois mais votados. A eleição dos demais integrantes da mesa só ocorre quando o presidente é eleito.

Em meio a toda a polêmica do projeto Escola sem Partido, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), durante sessão realizada nesta terça-feira (13) sobre o assunto, afirmou que a escola “não tem de ser nem de direita nem de esquerda”. Ele voltou a dizer que há “militantes travestidos de professores”.

“Muitos militantes travestidos de professores têm se aproveitado do segredo da sala de aula para roubar o cérebro das nossas crianças. Com frequência você vê na internet imagens de pessoas com as camisas de candidatos diferentes dos da esquerda sendo hostilizados, cuspidos e às vezes até agredidos dentro das universidades”, lamentou. 

##RECOMENDA##

O filho do capitão da reserva também falou sobre a necessidade de mudar esse cenário. “É aí que a gente quer mudar e é por isso que nós temos, inclusive um manifesto de mais de 200 membros do Ministério Público a favor do Escola sem Partido, projeto totalmente constitucional”, argumentou.

Nesta terça, o deputado federal Marco Feliciano (PSL) causou mais uma vez ao criticar os estudantes das universidades federais. “Esses meninos e meninas dessas universidades de esquerda, dessas universidades federais estão com as mentes deles completamente destruídas. Ele também defendeu o Escola Sem Partindo afirmando que o objeivo é que hajam professores e mestres de verdade e não "doutrinadores". 

Antes com uma postura mais discreta a psicóloga Heloisa Wolf, mulher do deputado federal mais votado da história do Brasil, Eduardo Bolsonaro (PSL), decidiu por se manifestar de forma direta em relação à política. Ela publicou uma foto no qual aparece com um vestido vermelho que teria sido usado no dia da sua formatura para falar sobre o tradicional vermelho que até então era usado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). 

“É melhor JAIR avisando que a esquerda não possui exclusividade da cor vermelha, talkei? Graças a Deus essa cor deixará de ser sinônimo de comunismo no Brasil e afastaremos esse fantasma. Ufa, sou colorada”, alfinetou por meio das redes sociais. 

##RECOMENDA##

Heloisa também comentou o resultado da eleição presidencial. Ela definiu a data como “histórica”. “A emoção e a festa na rua era de vitória como se o Brasil tivesse sido campeão da Copa do Mundo. Pessoas cantando o Hino Nacional e vestidas de verde e amarelo com muito orgulho. De fato, que orgulho. Jair Bolsonaro representa a esperança de um futuro melhor e esse sentimento é inexplicável”, elogiou.

Nem chegou a assumir o primeiro mandato na política, Kim Kataguiri, um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), vem falando sobre a possibilidade de ser o próximo presidente da Câmara dos Deputados. O MBL foi um dos movimentos que reuniu milhares de pessoas nas ruas a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). 

##RECOMENDA##

Kataguiri também é um dos ferrenhos críticos do ex-presidente Lula (PT). Ele contou que tem conversado com todos os parlamentares que aceitam um diálogo com ele. “Só os mais extremistas da esquerda que não aceitam. Pretendo ser eleito, na contagem de votos geral não preciso dos votos da esquerda para me eleger, o presidente da Câmara precisa da maioria absoluta para se eleger, ou seja, 50% mais um dos 513”, disse durante uma entrevista. 

O deputado federal eleito também falou que tem como objetivo modificar a lógica de que o presidente da Câmara precisa fazer acordos. “O presidente da República sempre teve que fazer e hoje essa lógica mudou. O candidato favorito teve praticamente a menor coligação, não teve tempo de televisão, não teve fundo partidário e o candidato que era favorito em termos de política tradicional que era o Geraldo Alckmin, teve uma derrota acachapante, aliás ele deveria até entrar no livro dos recordes porque ele conseguiu gastar mais de R$ 60 milhões de reais de dinheiro público e utilizar horas e horas de tempo de televisão para piorar a própria imagem”, alfinetou.

 “Hoje a Presidência da Câmara está muito mais ligada à opinião pública do que antes. Hoje o voto de opinião é muito mais forte do que antes e justamente por isso eu venho propondo um debate entre todos os candidatos à Presidência para mostrar quais são os projetos de cada um, para que os parlamentares conheçam e para que a população conheça”. 

Kim Kataguiri ainda ressaltou que o novo presidente precisa ter conhecimento técnico para saber o funcionamento da Casa citando, como exemplo, o que é uma emenda e quais são as comissões da Casa. Ele ainda falou a importância da transparência. “Porque sempre foi uma caixa escura ali e ninguém sabia como as negociações eram feitas, ninguém conhecia o presidente da Câmara. Agora, trazendo mais a população trazendo mais transparência para esse debate, eu acredito sim que tenho chances de vencer a Presidência da Câmara”, falou com otimismo.

 

Num pleito marcado pelo crescimento de candidaturas de direita, os cinco principais partidos de esquerda no País - PT, PCdoB, PSOL, PDT e PSB - elegeram 25% menos representantes em relação a 2010, auge dessas siglas nas urnas. Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que, em 2018, a esquerda levou 393 nomes para governos estaduais, Câmara, Senado e Assembleias Legislativas nos Estados. Em 2010 (último ano do governo Lula), esse número havia batido em 527.

O PT foi o partido com mais redução no período: neste ano, elegeu 149 nomes para cargos no Executivo e Legislativo, 41% menos comparado a 2010, quando fez 255. Os resultados das urnas mostram que a eleição neste ano foi marcada por forte sentimento antipetista dos eleitores. Já o PSB caiu de 118 para 101; o PDT, de 107 para 84, e o PCdoB, de 34 para 31. Entre os partidos de esquerda no País, só o PSOL cresceu em número de representantes. Passou de dez eleitos, em 2010, para 28 neste ano.

##RECOMENDA##

Para a cientista política Vera Chaia, da PUC-SP, o resultado nas urnas está ligado ao crescimento da oposição ao PT e ao surgimento de uma "onda conservadora" que começou a tomar forma depois das manifestações de rua de 2013. "Ela já existia antes, mas é a partir de 2013 que surge a possibilidade de ela se manifestar. A pauta dessa nova direita, conservadora nos costumes, faz com que o eleitorado se identifique com ela", afirmou Chaia.

No Congresso, com número de cadeiras insuficiente para barrar, por exemplo, emendas à Constituição - que exigem aprovação de três a cada cinco dos parlamentares -, o desafio da esquerda na oposição será tentar colar a imagem de impopular no próximo governo. Na avaliação de analistas, mesmo com a maior bancada, o PT terá dificuldades para influenciar decisões no Legislativo, caso o presidente eleito, Jair Bolsonaro, tenha sucesso em organizar sua base.

"O que a esquerda vai fazer é chamar atenção para a agenda do novo governo, tentando demonstrar que ela está mais sintonizada com interesses dos mais ricos, do mercado, e menos com o da população", diz o analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz. Por outro lado, o ônus de qualquer derrota no Congresso ficará com o Planalto, o que pode beneficiar a esquerda. "A oposição não poderia ser responsabilizada por eventual fracasso do governo porque é ele que tem a maioria."

Queiroz vê um cenário mais favorável à oposição no Senado, onde a fragmentação partidária e o maior número de parlamentares de centro pode facilitar a disputa por votos. "(A oposição) vai buscar se compor com o centro no Senado para derrotar o governo ou, pelo menos, para amenizar os efeitos mais duros das propostas, torná-la mais palatável para os eleitores."

Municípios

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram também uma queda no número de eleitos desses partidos para Câmaras municipais e prefeituras. Em 2012, o auge da esquerda nas eleições municipais, essas siglas conseguiram eleger 14,8 mil candidatos em todo o País. Em 2016, ano do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, foram 12,3 mil - queda de quase 10% no número de eleitos.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), minimiza as baixas e afirmou que o Brasil vive um processo de desconstrução da política e, neste sentido, os partidos políticos tradicionais teriam sido os mais atingidos por esse processo. Pimenta afirma ainda que o Brasil viveria um momento de "criminalização" da política, que, segundo o deputado, seria causada pela Operação Lava Jato e "por parte do Judiciário". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando