Dados divulgados pela International Stress Management Association (Isma- BR), cerca de 70% da população economicamente ativa no país revelam sintomas de estresse. Recentemente, um caso teve grande repercussão nas mídias internacionais, o estudante Moritz Erhardt, de 21 anos, morreu na Inglaterra, após trabalhar 72 horas praticamente sem descanso. Especialista afirma que entre as principais causas para a doença, está a carga horária excessiva.
Segundo reportagem do jornal The Independent, Erhardt fazia intercâmbio na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e aproveitou o verão no Hemisfério Norte para estagiar no Bank of America, em Londres. O estagiário teria sofrido um ataque epiléptico e caiu no banheiro do alojamento em que morava, em Bethnal Green, antes de ser declarado morto no local.
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De acordo com a coordenadora do núcleo de talentos e empregabilidade do Grupo Ser Educacional, Sonaly Frazão, o primeiro passo para o tratamento do estresse é descobrir a fonte da tensão. “É preciso descobrir as raízes do estresse, se é o local de trabalho, a carga horária excessiva ou até mesmo a própria profissão”, explicou.
Quando o estresse não é devidamente tratado, pode evoluir para a Síndrome de Bournout - ser o ponto máximo do estresse profissional, que pode ser encontrada em qualquer profissão, mas em especial nos trabalhos em que há impacto direto na vida de outras pessoas. É o que acontece, por exemplo, com profissionais da saúde em geral, jornalistas, advogados e professores.
Especialista revela que, entre os mais comuns estão: irritabilidade, insônia, falha de memória, diminuição do entusiasmo e desorganização. “Mudanças no humor e na rotina também são sintomas que devem ser levados em consideração. Em muitos casos, as pessoas param de fazer coisas que dão prazer, deixam de sair com os amigos, ficam mais tempo em casa. Outra coisa muito importante é o dormir, falta de sono ou noites mal dormidas também é um sintoma” pontua.
Para evitar tais problemas, a coordenadora explica que simples pausas no horário de trabalho podem colaborar. “A cada 2 ou 3 horas, o profissional deve fazer uma pequena pausa de cinco à dez minutos para descansar. Levantar, tomar uma água, andar um pouco já é suficiente. Outra coisa muito importante é respeitar o horário do almoço, muitas vezes a pessoa termina de almoçar e já volta a trabalhar, o que prejudica no desempenho”, afirma.
Para a confirmação da doença, Sonaly Frazão comenta que é necessário buscar um especialista. “Um psicoterapeuta é o mais indicado para realizar o diagnostico. Em casos extremos, pode-ser usar até tratamento farmoquímico, mas é sempre a última opção.”, aconselha.