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O PSDB elegeu, nesta quinta-feira (30), o ex-governador de Goiás Marconi Perillo como seu novo presidente, após uma eleição da Executiva Nacional que expôs novo racha no partido. A sigla, que vem acumulando uma série de reveses políticos nos últimos anos, tenta se unir com foco nas disputas municipais do ano que vem e na campanha presidencial de 2026.

O novo presidente chega ao comando do partido apoiado pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que recuperou influência no partido após ser absolvido de uma acusação de corrupção passiva que o havia afastado dos holofotes. O consenso em torno de Perillo foi alcançado apenas nesta quinta-feira. O ex-senador José Aníbal (PSDB-SP) chegou a concorrer ao posto, como contraponto ao grupo de Aécio.

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"Eu não acho que disputa divide. O Mário Covas se irritava com isso. Disputa unifica. Terminou a disputa, está todo mundo junto. O que nós não podemos é ficar fazendo de conta que a nossa unidade é sólida. Estamos unidos, olha essa vitória, mas é uma unidade que não tem uma âncora política sólida. O PSDB está um pouco perdido no panorama que temos hoje da política brasileira", disse Aníbal, na convenção.

O ex-senador disse que o PSDB não pode se confundir com a "oposição odienta" e elogiou o ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad. "Eu até quero admitir que o atual ministro da Fazenda tem uma sensibilidade para esses temas", disse, ao falar da importância da transição energética. "Mas o Congresso Nacional dificulta muito o trabalho dele, é uma tarefa árdua", emendou.

O deputado Beto Pereira (PSDB-MS) disse ao Estadão/Broadcast que os atores políticos do partido tiveram maturidade para convergir. "Essa manifestação hoje, consensuada, demonstra maturidade", afirmou.

Como mostrou a Coluna do Estadão nesta quarta-feira, 29, um grupo de deputados federais cogitou lançar o líder do partido na Câmara, Adolfo Viana (BA), para a presidência da sigla. "Houve um movimento que foi capitaneado pelo Adolfo dentro da bancada que era, justamente, para que tivéssemos espaço e representatividade dentro da Executiva, de busca de espaço", afirmou Pereira.

Perillo assume a sigla no lugar do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que decidiu deixar o cargo com a justificativa oficial de que precisa se dedicar ao governo estadual. Ele, contudo, também acumulou atritos ao promover intervenções nos diretórios da legenda na capital paulista e no Estado. A expectativa é que Leite seja candidato à Presidência da República em 2026 pelo partido.

"Não somos candidatos a mito, nem a super-heróis e nem a salvadores da pátria", declarou Leite, na convenção, após reconhecer as disputas internas no PSDB. "Somos humanos", justificou.

Antes de Aníbal anunciar que disputaria a presidência do partido contra Perillo, Leite também tentou construir uma chapa liderada pelo ex-senador Tasso Jereissati para a presidência do PSDB, mas não conseguiu. Motivo: Tasso e Aécio são desafetos e não houve acordo.

Prévias causaram trauma nas fileiras tucanas

No ano passado, o PSDB sofreu mais uma derrota ao perder o governo de São Paulo, Estado que administrava há quase três décadas. Após uma debandada de tucanos históricos, como Geraldo Alckmin - hoje vice-presidente da República - e a saída do ex-governador João Doria, o partido acabou sem candidato próprio ao Palácio do Planalto e suas alas entraram em guerra.

Nas prévias realizadas pelo PSDB para a escolha do candidato à Presidência, há exatos dois anos, Aécio apoiou Leite, em um movimento que tinha como objetivo derrotar Doria. Mesmo assim, Doria venceu a eleição interna. Pressionado pelo próprio partido, no entanto, o ex-governador renunciou à candidatura e, onze meses depois, pediu desfiliação. O PSDB fez aliança com o MDB, que lançou Simone Tebet, hoje ministra do Planejamento.

Além da expectativa de lançamento da candidatura de Leite ao Palácio do Planalto em 2026, Aécio também se prepara para disputar o governo de Minas, Estado que já governou. O agora deputado era senador e presidente do PSDB quando, em 2017, foi acusado de pedir propina de R$ 2 milhões a Joesley Batista, um dos donos da JBS, em troca de favores no Congresso. Em julho deste ano, o Tribunal Regional da 3.ª Região (TRF-3) manteve sua absolvição por unanimidade.

Perillo, por sua vez, chegou a ser preso em 2018. Foi acusado de corrupção passiva e organização criminosa em caso envolvendo suspeita de pagamentos da empreiteira Odebrecht.

No ano passado, porém, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes anulou medidas da investigação contra Perillo, tornando inviável o processo contra ele. O ex-governador ainda tentou se eleger para uma cadeira no Senado, mas foi derrotado.

 Neste sábado (16), acontecerá o 8º Congresso do Psol PE. Ao menos 151 delegados(as) estaduais, eleitos(as) durante as plenárias municipais, terão vez e voto para escolher o novo comando da legenda pelos próximos três anos. O encontro acontecerá, a partir das 10h, no Clube do Sindsprev, BR-101, Km 57 - s/n - Guabiraba, no Recife.

Além disso, na ocasião serão debatidas as quatro teses propostas pelos grupos que disputam o comando da legenda; e aprovadas as resoluções de organização partidária, conjuntura politica e a tática para as eleições de 2024.

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As teses que disputam o comando do PSOL em Pernambuco são:  Primavera Socialista por um PSOL Popular; Psol Pernambuco de Todas as Lutas- Revolução Solidária; PSOL-PE Independente! Pra Lutar contra a Extrema-direita e Conquistar Direitos e Sementes PSOL-PE.

Vale salientar que a tese 02 “Revolução Solidária”, teve 1.956 dos 4.379 votos nas etapas municipais. Isso corresponde a quase 45% dos eleitores. O grupo que já larga na frente, tem como referência a deputada estadual Dani Portela; a vereadora do Recife Elaine Cristina, as ex-codeputadas das Juntas Robeyonce, Jo Cavalcanti e Joelma Carla, além de Eugênia Lima, em Olinda e o atual presidente estadual Tiago Paraíba.

O grupo Primavera Socialista por um PSOL Popular é representado por João Arnaldo. O PSOL-PE Independente! Pra Lutar contra a Extrema-direita e Conquistar Direitos tem à frente do grupo o dirigente Leandro Recife ; e a tese Semente PSOL-PE, é representada pelas ex- codeputadas Carol Vergolino e Kátia Cunha, além do vereador do Recife Ivan Moraes.

De 29 de setembro a 1° de Outubro, acontece o Congresso Nacional em Brasília (DF). Nele, haverá discussões estratégicas do partido, além de aprovação de resoluções e da escolha da nova Presidência Nacional. Serão avaliadas e debatidas a conjuntura Nacional e Internacional, além da tática partidária para o próximo período; os desafios para as eleições 2024 e 2026; análise do balanço da gestão e organização partidária, e a eleição da nova direção nacional, dos integrantes do Conselho Fiscal, da Comissão de Ética, e da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco.

*Da assessoria 

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) do Recife realizou, neste sábado (16), o seu Congresso Municipal, que voltou a eleger o Diretório do partido na capital pernambucana. A Comissão Executiva também foi escolhida pelos filiados da legenda, que agora conta com sua composição diretiva constituída para o triênio 2021-2023.  A solenidade foi realizada na sede estadual socialista, na área central recifense.

"Estamos vivenciando um importante momento, de reafirmação de nossas bandeiras, nossas lutas e de nosso compromisso com o povo. A construção de um partido deve e está ocorrendo aqui ouvindo as diferentes representações sociais. Chegaremos ainda mais fortes no próximo ano, com a certeza de que o PSB ajudará o Brasil a virar a página do atraso, do ódio e do retrocesso que o Governo Bolsonaro encarna", destacou Gabriel Leitão, reconduzido à Presidência do PSB do Recife.

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Presente na ocasião, o prefeito do Recife, João Campos, destacou o fortalecimento do PSB recifense e com a eleição do seu novo comando. “Sob a coordenação do nosso presidente Gabriel Leitão, o diretório municipal, ao lado dos nossos segmentos, dará sequência ao processo de construção coletiva, que tanto nos marca, e de defesa dos valores e princípios democráticos que norteiam as lutas em favor do nosso povo", pontuou, completando: "O combate às desigualdades e a transformação contínua da vida das pessoas são legados de homens como Miguel Arraes e Eduardo Campos, referências que permanecerão nos inspirando na militância diária."

Serão integrantes da Executiva Municipal para o triênio 2021-2023 os seguintes filiados:

Presidente Municipal - Gabriel Leitão

1° Vice-Presidente - Tarcísio Ribeiro

2° Vice-Presidente - Niedja Guimarães

3° Vice-Presidente - Augusto Carreras

Secretaria-Geral - Sérgio Campello

Secretaria de Cultura e Formação Política - Lêda Alves

Secretaria de Ação Parlamentar - Carlos Muniz

Secretaria do Movimento Sindical - Rinaldo Júnior

Secretaria do Movimento Popular e Mobilização - Camila Barros

Secretaria de Comunicação Social - Gabriel Azevedo.

"É uma construção muito positiva para o fortalecimento do Partido Socialista Brasileiro, reunir-se em Congresso Municipal e por aclamação definir um diretório executivo eleito, retomando esta pratica após uma altiva e participante Comissão provisória que tão bem representou o partido nos últimos quatro anos", afirmou o presidente do PSB de Pernambuco, Sileno Guedes.

Durante o Congresso,  também foram eleitos os membros da Comissão Executiva de Segmentos e seus delegados estaduais, além de ter sido discutida a autorreforma do Partido Socialista Brasileiro.

*Da assessoria de imprensa

A Executiva Nacional do PSL decidiu, nesta terça-feira (28), aprovar por unanimidade o avanço do processo para a fusão com o DEM. Os diretórios nacionais dos dois partidos vão fazer uma reunião conjunta no dia 6 de outubro, em Brasília, para decidir de forma definitiva sobre a união.

Em nota, o presidente do PSL e também presidente do novo partido, deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que a reunião do diretório definirá a forma como a nova legenda irá funcionar."Na ocasião serão aprovados os projetos comuns de Estatuto e o programa do novo partido. Também será eleita a Comissão Executiva Nacional Instituidora, órgão nacional que promoverá o registro do novo partido", disse.

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Na semana passada, a Executiva Nacional do DEM também aprovou o avanço da fusão e autorizou a convocação do Diretório Nacional para o próximo mês para deliberar sobre isso. Se aprovada em outubro pelos dois partidos, articuladores da fusão avaliam que a oficialização pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai acontecer até fevereiro do ano que vem.

O novo partido será presidido pelo atual presidente do PSL, Luciano Bivar, e terá o presidente do DEM, ACM Neto, na secretaria-geral. Em entrevista ao Estadão, Neto afirmou que as decisões da nova legenda não ficarão concentradas na presidência e serão feitas de forma "compartilhada e colegiada". "Todas as decisões internas terão que passar por uma apreciação colegiada da comissão instituidora do partido", disse.

A fusão das duas siglas, caso concretizada, terá as maiores quantias dos fundos eleitoral e partidário e o maior tempo de rádio e televisão para a eleição de 2022. O dinheiro será consequência de a nova sigla ter a maior bancada da Câmara, com 81 deputados, que também terá força para definir os rumos dos projetos da Casa. Além disso, a legenda terá quatro governadores e sete senadores.

Por outro lado, é esperada a desfiliação dos deputados ligados ideologicamente ao presidente Jair Bolsonaro e que hoje estão no PSL, caso de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O grupo bolsonarista do PSL tem sido deixado de fora das conversas sobre a fusão e não participou da reunião de hoje da Executiva.

Os organizadores da fusão esperam perder cerca de 25 deputados aliados do presidente após as duas legendas se unirem. O grupo governista planeja se filiar ao partido que Bolsonaro escolher para disputar a reeleição, algo que ainda não está definido. O presidente está sem legenda desde o final de 2019, quando deixou o PSL.

A legenda resultante da fusão trabalha com as candidaturas ao Planalto do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), do apresentador José Luiz Datena, que está filiado ao PSL, e com a do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O mineiro tem sido sondado para se filiar ao PSD, mas o comando do DEM tem usado a fusão e o tamanho do novo partido para tentar impedir isso. Como "plano B" caso Pacheco vá para o partido de Gilberto Kassab, a fusão DEM-PSL planeja filiar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que hoje está no Novo.

Apesar dos avanços, para ser confirmada a fusão é preciso ajustar conflitos regionais. Estados como Rio, São Paulo e Pernambuco ainda não têm consenso sobre qual grupo político vai exercer o comando. Pelo acerto entre ACM Neto e Luciano Bivar, o PSL comandaria esses diretórios estaduais, mas os líderes regionais do DEM resistem a ceder os comandos.

Em São Paulo também há uma falta de consenso sobre a eleição para governador em 2022. Uma ala tenta atrair Geraldo Alckmin, que está de saída do PSDB, para a fusão DEM-PSL. Outra ala quer apoiar o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato do atual governador João Doria (PSDB) a sua sucessão. Alckmin também conversa com Kassab e pode se filiar ao PSD.

Mesmo com a defesa de candidatura própria em 2022, a ideia é que os filiados sejam liberados para apoiar outros candidatos a presidente, como Jair Bolsonaro. ACM Neto afirmou que não pretende "criar constrangimentos" para quem não seguir a posição nacional. Apesar de não estar na base do governo, hoje o DEM tem entre seus filiados os ministros de Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), ambos votaram pela fusão na reunião da Executiva do DEM.

O Bradesco anunciou mudanças na executiva, mencionando como objetivo endereçar os desafios desta década, marcada pelo aumento da concorrência no setor financeiro e ainda os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. Nesse sentido, decidiu criar uma vice-presidência voltada a clientes, ampliando a alta cúpula do banco de quatro para cinco vice-presidências, e também indicou um presidente para o Next, seu banco digital.

"Precisamos responder a esse momento desafiador investindo em pessoas, conhecimento e tecnologia", avalia o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em nota.

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De acordo com ele, as mudanças compreendem dois objetivos de atenção: o aumento da competitividade via o atendimento digital, que disparou em meio à pandemia, e foco nas demandas e necessidades do cliente. "As mudanças que estamos vivenciando já há alguns anos implicam em transformações relevantes da nossa atividade. Com a pandemia, essa dinâmica se acelerou", diz o executivo.

Além do aspecto tecnológico, Lazari chama atenção, dentre outros fatores, para alterações na forma da política monetária, a competição gerada pelo open banking, que vai permitir o compartilhamento de dados dos clientes entre as instituições, e os novos meios de pagamentos.

"Essas mudanças são um processo em evolução, e não uma fotografia de momento, com várias implicações no balanço de riscos da atividade bancária. Portanto, é natural endereçar respostas adequadas como as que anunciamos hoje, que têm o sentido de preservar e ampliar nossa capacidade de produção de riquezas aos acionistas", acrescenta.

A vice-presidência com foco nos clientes vai abrigar o cargo de Chief Customer Officer (CCO). A prioridade, segundo Lazari, é investir na "melhor experiência do cliente com o banco", levando em conta suas necessidades e insatisfações.

O CCO será o vice-presidente Rogério Câmara, que foi promovido da Diretoria Executiva. Sob sua gestão estarão, ainda, as áreas de Desenvolvimento de Sistemas, Arquitetura de TI, Gestão de Dados, CRM e Bradesco Experience.

Já para comandar o Next, o Bradesco indicou Renato Ejnisman, que será o primeiro executivo na presidência do banco digital, que recentemente ganhou vida própria, após ser criado em 2017.

Antes, o executivo era diretor executivo e respondia pela Bradesco Asset Management (Bram), BAC Florida Bank, Câmbio, Private e Corporate One. Com a mudança, Ejnisman deixa suas funções no Bradesco para ter dedicação exclusiva à expansão do Next, que soma hoje 4 milhões de clientes.

O Bradesco também anunciou a promoção do diretor departamental Oswaldo Tadeu Fernandes a diretor executivo adjunto, como Chief Financial Officer (CFO) responsável pela Controladoria, Contadoria e Responsabilidade Socioambiental. Com isso, Fernandes passa a integrar o corpo da Diretoria Executiva do banco.

No Bradesco BBI, o executivo Felipe Thut foi confirmado para o cargo de diretor do banco de investimento, função que ocupava interinamente.

Após tomar conhecimento que uma idosa, de 61 anos, era mantida como escrava por uma de suas gerentes, em um imóvel em Pinheiros, bairro nobre da Zona Oeste de São Paulo, a Avon afastou a funcionária e garantiu que vai acolher a doméstica. Na quinta-feira (18), a executiva Mariah Corazza Üstündag, de 29, foi presa em flagrante, mas solta em seguida após pagar fiança de R$ 2.100.

Nessa sexta-feira (26), a marca de cosméticos fez um comunicado para reforçar o compromisso com os direitos humanos e contra a atitude da executiva. “Com grande pesar, a Avon tomou conhecimento de denúncias de violações dos direitos humanos por um de seus colaboradores. Diante dos fatos noticiados, reforçamos nosso compromisso irrestrito com a defesa dos direitos humanos, a transparência e a ética, valores que permeiam nossa história há mais de 130 anos. Informamos que a funcionária não integra mais o quadro de colaboradores da companhia. A Avon está se mobilizando para prestar o acolhimento à vítima”, diz a publicação.

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Com a repercussão do caso envolvendo sua prisão, Mariah deletou o Linkedin, mas a conta informava que ela estudou na Universidade de São Paulo (USP) e era gerente global da Avon no setor de “inovação em fragrância”. A patroa é filha da reconhecida cosmetóloga Sônia Corazza.

A idosa foi encontrada sozinha pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), após ser abandonada pelos patrões em um quarto nos fundos do terreno. No local onde foi mantida, ela estava sem acesso a banheiro e alimentação.Contratada desde 1998, não recebia salário regular desde 2011 e ganha uma quantia em torno de R$ 250. 

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O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que a decisão da cúpula do PSL de suspender seus direitos políticos partidários por um ano "não o preocupa". O filho do presidente desdenhou da possibilidade de perder a liderança do partido na Câmara e afirmou que vai aproveitar o gancho para se dedicar à formação do Aliança pelo Brasil, partido criado por Jair Bolsonaro após o racha dentro do PSL.

"Para ser sincero, não me preocupo com isso (a saída do partido). É óbvio que sair do partido implica sair das comissões, mas nada disso me faz perder o sono, porque a minha moral com o meu público continua a mesma. Agora, eles que vão ter que se explicar", afirmou.

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Nesta quarta-feira (27), em uma retaliação ao grupo político de Bolsonaro, a cúpula do PSL decidiu suspender 14 deputados bolsonaristas que são alvo de processos disciplinares. Eduardo foi um dos quatro parlamentares a receber a maior punição e ficará proibido de exercer atividades partidárias por um ano.

Na prática, Eduardo deve perder a liderança do PSL na Câmara e cargos em comissões, como a vaga de suplente na CPI das Fake News. Ele só manteria o comando da Comissão de Relações Exteriores porque foi eleito pelos demais integrantes do colegiado e, pelo regimento da Casa, fica imune a quaisquer alterações feita pelo partido.

"Nunca imaginei que seria cassado por deputados que durante a eleição falaram que ia colocar as suas energias para tentar acabar com a corrupção, sendo que eu não cometi nenhum crime. Não roubei, não cometi corrupção e nada disso", afirmou o deputado.

A decisão da cúpula do PSL ainda precisa ser referendada pelo Diretório Nacional na semana que vem. O colegiado é controlado pelo presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), e não deve mudar o resultado da Comissão Executiva Nacional.

A suspensão de Eduardo e de aliados frustra as expectativa da ala ligada a Bolsonaro, que contava com uma punição mais dura, como a expulsão, para poder deixar o PSL sem o risco de perder o mandato. Pela regra da fidelidade partidária, um deputado não pode deixar o partido pelo qual foi eleito sob risco de perder o cargo.

Questionado se isso seria um problema, Eduardo negou. "Vou aproveitar para fazer aquilo que falei no discurso da Embaixada (quando anunciou a desistência de ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos). Vou rodar o País, aproximando o governo, fazendo o regaste histórico, falando sobre o conservadorismo", afirmou o parlamentar. "Vou focar no País. Vamos fazer eventos em todos os Estados."

A Executiva Nacional do PSL decidiu pela suspensão de 14 deputados da legenda que são alvos de processo no Conselho de Ética do partido. O deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, é quem recebeu a maior punição e pode ser suspenso das atividades partidárias por um ano. No total, 14 deputados tiveram os pedidos de suspensão aceitos e quatro foram advertidos.

A decisão, contudo, não tem efeito imediato e precisa ser referendada pelo Diretório Nacional da legenda, que se reúne na semana que vem. Se mantida, o filho do presidente perde a liderança do PSL na Câmara e todas as cadeiras que ocupa nas comissões temáticas da Casa. Eduardo só manteria o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) porque foi eleito presidente e, pelo regimento da Casa, fica imune a quaisquer alterações feita pelo partido.

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A suspensão de Eduardo e de aliados é um banho de água fria dentro da ala ligada ao presidente Jair Bolsonaro que queria a expulsão para conseguir sair do partido sem perder o mandato. Em entrevista à Rádio Eldorado na terça-feira, 26, advogada da família Bolsonaro e tesoureira do Aliança Pelo Brasil, Karina Kufa, afirmou que seria "um favor" retirarem eles da legenda.

Segundo Karina, o PSL tem adotado uma tática de abrir vários processos de expulsão contra os parlamentares aliados de Bolsonaro para provocar "medo e terror". "Estão fazendo isso para vir com penalidades que só visam criar um processo vexatório, não um processo democrático. Se não está satisfeito com o parlamentar, expulse e deixe ele viver a vida em outro partido", afirmou a advogada na entrevista.

Na última quinta-feira, 21, o presidente Jair Bolsonaro lançou o Aliança pelo Brasil, partido que ele deseja tirar do papel a tempo das eleições municipais de 2020, que deve receber os deputados que tiveram os pedidos de suspensão aceitos pelo PSL.

A debandada do grupo político de Bolsonaro do PSL ocorre após divergências com o presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE). O PSL deixou de ser nanico após eleger 52 deputados no ano passado - deve receber algo próximo de R$ 1 bilhão em recursos públicos até 2022. A intenção do grupo do presidente era afastar Bivar para poder dar as cartas na distribuição do dinheiro. Mas a manobra não foi bem sucedida e obrigou Bolsonaro a sair da legenda.

Veja as punições previstas para cada deputado:

Bibo Nunes (PSL-RS): 12 meses

Alê Silva (PSL-MG): 12 meses

Bia Kicis (PSL-DF): 6 meses

Carla Zambelli (PSL-SP) : 6 meses

Carlos Jordy (PSL-RJ): 7 meses

Daniel Silveira (PSL-RJ): 12 meses

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP): 12 meses

General Girão (PSL-RN): 3 meses

Filipe Barros (PSL-PR): 6 meses

Junio Amaral (PSL-MG): 3 meses

Luiz Philippe de Órleans e Bragança (PSL-SP): 3 meses

Márcio Labre (PSL-RJ): 6 meses

Sanderson (PSL-RS): 10 meses

Vitor Hugo (PSL-GO): 7 meses

A Executiva Nacional também indicou advertência para outros quatro deputados. São eles:

Aline Sleutjes (PSL-PR)

Chris Tonietto (PSL-SC)

Hélio Lopes (PSL-RJ)

Coronel Armando (PSL-SC)

A Executiva Nacional do PSL convocou uma reunião nesta terça-feira, 22, para instituir o Conselho de Ética do partido e para a abertura de processos para possível suspensão de 19 deputados. Esses parlamentares, todos da ala ligada ao presidente da República, Jair Bolsonaro, foram notificados nesta segunda-feira, 21. O partido chegou a enviar uma notificação para o atual líder da legenda, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, mas o gabinete do parlamentar não recebeu a documentação.

Segundo o deputado Júnior Bozzella (PSL-SP), um dos principais porta-vozes do presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), depois que os processos disciplinares forem abertos, os deputados envolvidos terão cinco dias para recorrer e fazer a defesa do mérito de seus casos. A alegação do partido é que esses parlamentares atacaram o PSL e correligionários em redes sociais e discursos.

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Segundo a reportagem apurou, punições mais graves, como expulsões, devem ser tratados em um segundo momento, assim como o comando dos diretórios estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro, nas mãos do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), respectivamente.

Há um entendimento por parte da ala "bivarista" de que os nomes dos parlamentares suspensos não poderão contar nas listas que pedem trocas nas liderança do PSL na Câmara, com isso, eles teriam a maioria para retomar a nomeação do Delegado Waldir (PSL-GO). Mas a questão é aberta a interpretações.

Um dos deputados da ala bolsonarista que foi notificado nessa segunda-feira foi Bibo Nunes (PSL-RS) que tem um longo histórico de desentendimento com Bivar. Ele acredita que será "julgado" amanhã e reclama que não foi avisado do processo com mais de 24 horas de antecedência.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e o deputado Filipe Barros (PSL-PR) também foram notificados ao longo dia.

Na semana passada, em uma investida contra esse grupo de deputados bolsonaristas, a cúpula do PSL decidiu aumentar o número de integrantes do partido com direito a voto nas decisões da sigla e suspender cinco deputados federais das atividades partidárias. A intenção era reduzir as chances do deputado Eduardo Bolsonaro (SP) se tornar líder da legenda na Câmara.

O partido aumentou de 101 para 153 o número de filiados com direito a voto em reuniões nacionais - os chamados convencionais. Dos novos convencionais, 34 têm mandato parlamentar. A maioria do grupo é alinhada com o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar. A mudança amplia o poder de Bivar, que trava uma disputa interna com o presidente Jair Bolsonaro sobre os rumos da sigla.

A Executiva Nacional do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, divulgou uma nota na qual afirma que "excessos cometidos contra o partido serão devidamente apurados para adoção das medidas cabíveis". O comunicado ocorre em meio a uma crise interna no partido, uma semana após um grupo de parlamentares pedir auditoria nas contas do partido, divulgar uma carta na qual cobra "novas práticas" da atual direção da sigla, comandada pelo deputado Luciano Bivar (PE), e de Bolsonaro considerar a possibilidade de deixar a sigla.

A nota não esclarece a quais "excessos" se refere. No documento, o partido afirma que eventuais dúvidas, se existirem, serão solucionadas a tempo e modo próprio. O PSL também afirma que a divergência intrapartidária é natural e deve ser sempre resolvida pelo diálogo honesto, "sem insinuações e ameaças veladas".

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"Alguns pronunciamentos noticiados caracterizam pueril tentativa de criar fatos artificiais que visam atender meros interesses pessoais em detrimento do interesse coletivo do partido", diz a nota.

Sobre o pedido de auditoria feita pelo grupo de deputados, o PSL diz que apenas recebeu uma cópia não assinada e desacompanhada de procurações. "Aguardaremos para responder aos termos, se e quando a notificação devidamente assinada e acompanhada dos documentos pertinentes for recebida", diz.

O partido ressalta, no entanto, que em relação à transparência das contas partidárias, qualquer pessoa - filiada ou não - pode ter acesso completo a todas informações, extratos e comprovantes que constam das prestações de contas apresentadas pelo partido nos últimos anos, pois eles estão disponíveis para consulta pública no site do Tribunal Superior Eleitoral.

A carta divulgada na semana passada, que faz um desagravo ao presidente, diz que a ala bolsonarista da bancada "não perdeu a esperança" de que seja aberto um "canal de diálogo".

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:

Diante das matérias veiculadas nos últimos dias, a Comissão Executiva Nacional do Partido Social Liberal vem esclarecer o que se segue:

1. O PSL, como previsto em seu estatuto, conduz todas as suas ações com fundamento nos princípios de respeito à soberania nacional, ao regime democrático, ao pluripartidarismo e aos direitos fundamentais da pessoa humana, com estrita observância da Constituição e das leis brasileiras.

2. A divergência intrapartidária é natural ao processo democrático e deve ser sempre resolvida pelo diálogo honesto, sem insinuações e ameaças veladas, que se mostram frágeis, sem respaldo jurídico e que em nada contribuem para o crescimento das instituições democráticas e para o atendimento das necessidades básicas da sociedade, o que é obrigação de todo homem público, especialmente dos que exercem os mais altos cargos da República.

3. Alguns pronunciamentos noticiados caracterizam pueril tentativa de criar fatos artificiais que visam atender meros interesses pessoais em detrimento do interesse coletivo do partido.

4. Nem a Comissão Executiva Nacional nem a maioria absoluta dos membros do diretório nacional do partido, incluindo os deputados que formam a bancada na Câmara dos Deputados, concordam com esse comportamento.

5. Em relação à minuta da notificação que teria sido endereçada ao partido, cumpre-nos informar que apenas recebemos uma cópia não assinada e desacompanhada de procurações, com o anúncio de que o original seria encaminhado oficialmente. Aguardaremos para responder aos termos, se e quando a notificação devidamente assinada e acompanhada dos documentos pertinentes for recebida.

6. De qualquer forma, no que tange à transparência das contas partidárias, parece ser evidente que qualquer pessoa - filiada ou não - pode ter acesso completo a todas informações, extratos e comprovantes que constam das prestações de contas apresentadas pelo partido nos últimos anos, pois eles estão disponíveis para consulta pública no site do Tribunal Superior Eleitoral.

7. Eventuais dúvidas pontuais, se existirem, serão solucionadas a tempo e modo próprio, sem atropelos. Por outro lado, os excessos cometidos contra o partido serão devidamente apurados para adoção das medidas cabíveis.

Comissão Executiva Nacional do PSL

Em carta direcionada à Executiva do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que será lida neste sábado (26), durante reunião da legenda, o deputado federal Jean Wyllys (Psol) disse ter consciência do legado que deixou ao país, mas que com “profundo pesar” não tomaria posse para o cargo no qual foi reeleito porque chegou ao seu limite. 

“Tenho consciência do legado que estou deixando ao partido e ao Brasil, especialmente no que diz respeito às chamadas “pautas identitárias” (na verdade, as reivindicações de minorias sociais, sexuais e étnicas por cidadania plena e estima social) e de vanguarda, que estão contidas nos projetos que apresentei e nas bandeiras que defendo. Conto com vocês para darem continuidade a essa luta no Parlamento”, ressaltou. 

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O deputado também falou que sua vida estava “pela metade” por conta das difamações e ameaças de morte que, segundo ele, foram intensificadas nos últimos três anos. 

No texto, entre outros pontos, o psolista expôs que não podia fazer coisas simples e que, praticamente, só saia de casa para cumprir agendas de trabalho. Ele disse que se sentia “constrangido” por ter que ir escoltado pela polícia a festas e praias, por exemplo. “Aos amigos, costumava dizer que estava em cárcere privado ou prisão domiciliar sem ter cometido nenhum crime”. 

“Esta semana, em que tive convicção de que não poderia – para minha saúde física e emocional e de minha família – continuar a viver de maneira precária e pela metade, foi a semana em que notícias começaram a desnudar o planejamento cruel e inaceitável da brutal execução de nossa companheira e minha amiga Marielle Franco. Vejam, companheiras e companheiros, estamos falando de sicários que vivem no Rio de Janeiro, estado onde moro, que assassinaram uma companheira de lutas, e que mantém ligações estreitas com pessoas que se opõem publicamente às minhas bandeiras e até mesmo à própria existência de pessoas LGBT”, acrescentou.

O parlamentar ainda ressaltou que “o Brasil nunca foi terra segura para LGBTs nem para os defensores de direitos humanos, e agora o cenário piorou muito. Quero reencontrar a tranquilidade que está numa vida sem as palavras medo, risco, ameaça, calúnias, insultos, insegurança. Redescobri essa vida no recesso parlamentar, fora do país. E estou certo de preciso disso por mais tempo, para continuar vivo e me fortalecer”.

Autoridades canadenses em Vancouver prenderam a diretora executiva da gigante de telecomunicações chinesa Huawei Technologies a pedido do governo dos Estados Unidos, por supostas violações das sanções contra o Irã. Um porta-voz do Departamento de Justiça do Canadá afirmou que a executiva foi detida em Vancouver em 1º de dezembro e deve ter uma audiência de fiança nesta sexta-feira.

Meng é filha do fundador da Huawei, Ren Zhengfei. A prisão ocorre em meio a uma campanha de um ano do governo dos EUA contra a empresa, que Washington vê como uma ameaça à segurança nacional. No ano passado, o governo americano tomou uma série de medidas para restringir os negócios da Huawei em solo americano e, mais recentemente, lançou uma campanha internacional para persuadir aliados a adotar restrições similares.

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Um porta-voz da Huawei não tinha ainda comentários a fazer sobre a prisão, ao ser questionado nesta quarta-feira.

Autoridades dos EUA suspeitam de suposto envolvimento da Huawei em violações contra sanções iranianas pelo menos desde 2016, quando os EUA investigaram a ZTE, concorrente chinesa menor da Huawei, por violações similares. Fonte: Dow Jones Newswires.

Após o PSDB declarar oficialmente que não apoiará nem Jair Bolsonaro (PSL) nem Fernando Haddad (PT) no segundo turno da campanha presidencial, o candidato petista afirmou que aposta em alianças com tucanos ligados ao ex-governador de São Paulo Mário Covas, ou seja, a ala mais histórica do partido.

"Vai haver pessoas mais ligadas ao Mário Covas, que eu acho que tem outra perspectiva, existe uma social democracia ainda no PSDB e eu entendo que individualmente as pessoas possam se manifestar", disse Haddad, destacando que respeita a deliberação da legenda tucana.

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Haddad negou que já tenha telefonado para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e também não afirmou se pretende buscar uma conversa com FHC.

O presidenciável petista comemorou a adesão do PSB à sua candidatura, repetindo que quer montar alianças com todos os "democratas" e governar, se eleito, "para todos os brasileiros".

Dois dias após amargar o quarto lugar na eleição presidencial, o candidato e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, criticou o candidato ao governo de São Paulo, João Doria, durante reunião da Executiva Nacional do partido, em Brasília. Alckmin chama Doria de "temerista" e insinua que o ex-prefeito o traiu: "Traidor eu não sou".

Durante a reunião, Doria cobrava do partido mais ajuda financeira às campanhas dos candidatos a governos estaduais que passaram para o segundo turno. Em trecho da reunião obtido pela reportagem, Alckmin interrompe Doria e diz: "Traidor eu não sou".

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A fala de Alckmin se deu após ouvir Doria reivindicar mais recursos e afirmar que, passada a eleição, o PSDB deve fazer uma autoavaliação sobre erros, acertos e equívocos da legenda nesta eleição. No contexto dos equívocos citados por Doria, Alckmin ainda afirmou: "O 'Temerista' não era eu não". E diz na sequência: "Você, você, você", numa associação com o governo federal marcado pelo alto grau de impopularidade. Alckmin era contrário ao ingresso do PSDB no governo Michel Temer.

Doria pede calma a Alckmin durante a reunião: "Compreendo a sua situação", disse o ex-prefeito ao presidente de seu partido e padrinho político. "Temos de ter calma e discernimento." Doria ainda defendeu que o PSDB declare apoio a Bolsonaro e afirmou que, ao seu ver, não há a menor condição de o partido não manifestar oposição ao PT neste segundo turno presidencial.

Durante coletiva concedida, nesta quarta-feira (1°), para falar sobre a decisão da Executiva Nacional do PT em apoiar no estado o PSB, a vereadora do Recife Marília Arraes (PT) disse que discordava do que chamou de “tática”. “Nós não achamos que o melhor para a candidatura do presidente Lula é retirar uma candidatura que efetivamente tem condições política de fazer a defesa do presidente. Nós discordamos”, declarou. 

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Marília avaliou que após o momento político peculiar que o Brasil vive com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff que, segunda ela, foi destituída sem ter cometido crime algum com o “maciço” apoio do PSB nacional e com o governo que não é legítimo, era necessária uma candidatura própria em Pernambuco, ainda que fosse uma candidatura só para marcar posição e para fazer a defesa de Lula. “Ao longo desse tempo [fomos] construindo um projeto que ganhou apoio da população”, disse ressaltando que fortalecer a candidatura do líder petista continuará sendo o grande objetivo. 

A petista também pontuou que a unidade da esquerda não deve ser feita mediante chantagem nem do toma lá dá cá. “Enquanto a gente continuar achando que nós podemos colocar em prática o projeto de transformação da sociedade que nós acreditamos, enquanto nós continuarmos agir dessa maneira a gente não tende a evoluir”. 

Arraes ressaltou que o encontro da PT-PE, marcado para acontecer nesta quinta-feira (1°), está mantida mesmo com as especulações de que seria cancelado. Ela contou que a reunião foi adiada por três vezes em manobras induzidas pelo PSB. Ainda disse que sua candidatura tem apoio massivo da sociedade de Pernambuco e que não tem o direito de recuar. “Marília Arras não tem o direito de recuar e colocar a esperança das pessoas dessa maneira que foi colocada como uma moeda de troca a preço de banana”, frisou. 

Após conversar com o PCdoB para uma aliança na campanha presidencial, o PT fará uma nova investida tentando um acordo com o PSB na disputa. Durante reunião da Executiva nacional do partido, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que vai procurar novamente o PSB para uma conversa na semana que vem.

Em mais uma tentativa de atrair os pessebistas, o PT adiou para 2 de agosto os encontros estaduais que definiriam candidaturas em Estados como Pernambuco, Amazonas, Amapá, Paraíba, Maranhão, Tocantins e Rondônia. A ideia é aguardar a posição do PSB para se posicionar nesses lugares. Além do PCdoB e do PSB, o PROS também foi citado pela dirigente petista no pretenso arco de alianças.

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Em outro aceno em direção ao PSB, Gleisi afirmou que o partido não fará um embate direto com o governador Márcio França (PSB), pré-candidato à reeleição em São Paulo. Ela negou, no entanto, um acordo para abrir mão da candidatura de Luiz Marinho na corrida estadual. "Nosso embate aqui é com o Doria e com o Skaf, com essas figuras. Se tivéssemos uma aliança com o PSB agora, a possibilidade de estarmos juntos no segundo turno (em São Paulo) seria muito grande."

O PT pretende registrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato, no dia 15 de agosto. A escolha do vice, disse Gleisi, pode ocorrer tanto na convenção do partido, marcada para dia 4, como no dia do registro. A possibilidade de outro partido, em caso de aliança, indicar o nome para a vice de Lula é "muito grande", reforçou Gleisi.

O MDB decidiu deixar sem reserva de recursos públicos do fundo eleitoral as campanhas do pré-candidato à Presidência da República, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, e de 14 pré-candidatos a governador do partido nas eleições 2018.

A executiva nacional do partido vai repassar R$ 234 milhões - parcela a que tem direito do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) - apenas para deputados federais (R$ 1,5 milhão cada) e senadores (R$ 2 milhões) em busca de reeleição e aos diretórios estaduais, além dos 30% a candidatas mulheres, uma obrigação legal.

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Com a decisão, os candidatos a governador, inclusive quem busca a reeleição, terão de pleitear recursos públicos do fundo eleitoral por escrito junto aos diretórios regionais. Serão distribuídos R$ 54 milhões aos diretórios. Houve protesto por parte de dirigentes de Estados em que o MDB disputará o governo.

O presidente do partido, senador Romero Jucá (MDB-RR), disse que faltam recursos para os candidatos a governador. O Fundo Eleitoral distribui R$ 1,7 bilhão aos partidos, com base no tamanho das bancadas na Câmara. O senador argumenta que em 2014 foram declarados gastos de R$ 9 bilhões à Justiça Eleitoral.

"Os governadores terão um pouco de recursos direcionados aos Estados, mas não há como carimbar recursos do Fundo Eleitoral porque não existem esses recursos. Fui uma das poucas vozes quando se discutiu o Fundo Eleitoral (no Congresso Nacional) que disse que R$ 1,7 bilhão não daria para fazer campanha. Era um faz de conta", disse o senador.

Jucá negou que, ao deixar Meirelles sem recursos públicos, o partido indique falta de apoio à candidatura do ex-ministro da Fazenda. A campanha presidencial tem limite de gastos e arrecadação de R$ 70 milhões no primeiro turno. "Ao contrário, é um sinal de que a gente acredita na candidatura do Meirelles, porque ele tem condições de bancar sua própria candidatura. Nós vamos discutir com ele a forma de disputar a eleição com recursos próprios que ele dispõe. Felizmente ele tem essa condição, o que desafoga o aperto dos partidos", disse Jucá, admitindo que a capacidade de bancar a própria campanha favorece Meirelles na convenção nacional do MDB. "A prioridade do partido é eleger deputados federais e senadores. E a prioridade do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário é financiar essas candidaturas."

Jucá afirmou que a convenção nacional do partido decidirá por voto se Meirelles será ou não candidato. O evento deve ser realizado na última semana de julho, mas ainda não houve data agendada. Jucá disse que o ex-titular da Fazenda é o ideal para agregar uma imagem nova ao processo eleitoral. "Meirelles é um outsider da política, um vencedor. Ele deu conta do recado no governo do Lula, no governo do Michel Temer. Tenho ouvido da maioria esmagadora dos diretórios que a candidatura própria é algo bem-vindo para a disputa das eleições", afirmou o senador.

Ele nega que o partido discuta retirar o nome de Meirelles, atualmente com 1% das intenções de voto, para indicá-lo como vice em outra chapa presidencial. O MDB busca, segundo Jucá, em outros partidos de centro um nome para compor a vice do ex-ministro da Fazenda. "O cenário das pesquisas continua congelado. Esperamos que após a Copa haja um degelo e que o Meirelles tenha um indicador de crescimento", disse.

Diretórios

Os valores administrados pelos dirigentes estaduais variam entre R$ 1 milhão, caso do Amapá, a R$ 4,5 milhões, caso de São Paulo. Os mesmos valores poderão ser divididos ainda entre candidatos a deputado estadual e distrital e aos que disputam a Câmara ou o Senado, mas não exercem mandato atualmente.

O rateio dos recursos entre os diretórios estaduais seguiu a divisão aplicada em outra fonte de recursos públicos recebida do Tesouro, o Fundo Partidário, destinado à manutenção das estruturas ao longo do ano, mas que também pode custear campanhas. Cada diretório tem direito a uma parcela igual de R$ 600 mil, mais três parcelas referentes ao número de eleitores e à quantidade de deputados estaduais e federais.

A líder do partido no Senado, senadora Simone Tebet (MS), afirmou que os R$ 70 milhões reservados para campanhas femininas serão administrados e distribuídos pela cúpula do partido, mas ouvindo sugestões do MDB Mulher.

"Qualquer R$ 1 milhão de candidatura a presidente tira (dinheiro) de uma série de possíveis candidatos a deputado estadual e não vai surtir efeito. O que vai surtir efeito para um candidato a presidente é meio de comunicação, tempo de televisão, rede social e os principais cabos eleitorais, que são os candidatos à reeleição de deputado federal, senador, governador", disse. "Em vez de colocar a distribuição (do dinheiro) na mão de um candidato a presidente, o que não é tão democrático, optamos por um critério em que o próprio partido faça essa distribuição."

A Executiva Nacional do PT aprovou no sábado, 9, resolução que aponta para uma tentativa de isolar o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, e garantir o apoio de PSB e PCdoB a uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento afirma que "uma aliança garantiria o posto de vice na chapa petista para um nome indicado".

A resolução é uma reação à aproximação dessas duas legendas ao candidato pedetista. A força de atração de Ciro está em um desempenho considerado bom nas últimas pesquisas e, principalmente, na convicção, compartilhada por muitos dirigentes do PSB e PCdoB, de que Lula não conseguirá oficializar sua candidatura.

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Os três principais pontos do documento tratam justamente da aliança entre PT e os dois partidos. O texto coloca como objetivo "construir uma coligação nacional para apoiar a candidatura Lula com PSB, PCdoB e outros partidos que venham a assumir este apoio" e destaca que "essa construção passa pela indicação do candidato a vice-presidente em entendimento com os partidos aliados". A Executiva também escreve que a legenda "deve construir palanques estaduais com partidos de centro-esquerda, preferencialmente com PSB, PCdoB e outros partidos que apoiem Lula".

Na terça-feira passada, dia 5, o PT fez um movimento parecido - visando ao isolamento da candidatura Ciro Gomes. Na ocasião, a Executiva Nacional petista decidiu prorrogar a definição das candidaturas estaduais e nacional do partido. O objetivo foi ganhar tempo para negociar uma aliança nacional com possíveis aliados, especialmente o PSB e PCdoB, e evitar que estas siglas reforçassem a pré-candidatura do PDT.

PT e PSB negociam apoios mútuos em 11 Estados (PE, MG, BA, CE, AP, AM, PB, AC, PI, ES e RO). As chaves para o entendimento são Pernambuco, onde o PSB quer apoio para a reeleição de Paulo Câmara, e Minas - o PT quer o PSB junto com Fernando Pimentel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), defendeu nesta quarta-feira, 7, em reunião da Executiva do PSDB, que o partido unifique as datas das prévias estaduais e nacional do partido em 4 de março, em vez de cada uma ocorrer em um dia diferente. A sugestão, se acatada, possibilitaria ao tucano se descompatibilizar do cargo de prefeito da capital paulista para concorrer ao governo do Estado.

Doria nega que o motivo seja sua suposta intenção de concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. "Isso (candidatura ao governo do Estado) não está em discussão. Estamos tratando das prévias no campo nacional. Nossa posição é pró Geraldo Alckmin. Quanto mais cedo (as prévias), melhor. Não é o momento ainda (de decidir se vai ser candidato ou não). Nossa avaliação é fortalecer o PSDB", afirmou.

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As prévias nacionais do PSDB já estavam marcadas para o dia 4 de março desde o ano passado. Como o prazo de descompatibilização eleitoral é 7 de abril, o prefeito de São Paulo sugeriu que o partido realize as prévias para o governo do Estado na mesma data.

A proposta de Doria teve apoio de parte dos deputados tucanos na reunião, mas enfrentou posição contrária de outra ala do partido, vocalizada pelo ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, que tem rivalizado com Doria publicamente.

Na entrevista aos jornalistas, após a reunião, Doria justificou que sua posição tem relação com a formação de alianças e evitou responder se será candidato ou não. "São Paulo é o maior colégio eleitoral. Um colégio que pode decidir uma eleição. (Com prévias unificadas) Você também estabelece um campo de ação para o candidato eleito", explicou.

Como houve divergências sobre a unificação das datas, a proposta de Doria ainda vai ser analisada pelo partido. Além de João Doria, o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, também almeja representar o PSDB como sucessor de Alckmin no governo.

Crítica a Lula

Doria voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando questionado sobre a condenação do petista no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O prefeito de São Paulo foi perguntado se continuaria utilizando a estratégia de rivalizar com Lula, mesmo após a decisão da Justiça.

"Meu discurso não é contra o Lula, é a favor do Brasil. É que o Lula não é a favor do Brasil. Ele é a favor dos interesses ideológicos do partido dele, o PT. Não acredito que alguém com uma condenação e cinco processos não vá cumprir um tempo na prisão. Eu como cidadão e como brasileiro quero ver o Lula na prisão", disse.

Com a insistência do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, de se colocar como pré-candidato tucano à Presidência, a Executiva do PSDB decidiu criar uma comissão composta por 8 membros para discutir a viabilidade de prévias partidárias. Além de Virgílio, o recém-eleito presidente da sigla, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também disputa a indicação do partido.

Farão parte da comissão o governador de Goiás, Marconi Perillo, o senador Tasso Jereissati, o ex-senador José Aníbal, os deputados Bruno Araújo (PE), Carlos Sampaio (SP), Yêda Crusius (RS) e o presidente da Juventude do PSDB, Marcos Saraiva.

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"Eles vão se debruçar sobre o melhor modelo. Eu defendo prévias com todos os filiados. Precisamos verificar a possibilidade de fazê-la. Já fizemos duas vezes em São Paulo, quando todos os filiados votaram. No Brasil são mais de 5 mil municípios", disse Alckmin.

Para Virgílio, mesmo que a realização de prévias represente um alto custo para a legenda, ele defende que o partido use a eleição interna para mobilizar seus filiados. "Não é custo, é investimento, é jogar dinheiro em democracia", disse. "Não aceito voto censitário, em que o voto de um parlamentar vale mais. Vamos falar com os filiados, que até então só tem carregado bandeira na eleição", afirmou o prefeito.

Segundo Alckmin, a expectativa é de que as prévias partidárias ocorram antes de março. Já Virgílio defendeu a consulta no primeiro domingo do mês, dia 4 de março.

Lula

Alckmin afirmou também que a campanha de 2018 deve ter um grau de exigência superior a anos anteriores. Segundo ele, o "sofrimento da população" nos últimos anos com redução de renda vai exigir que candidatos apresentem propostas factíveis. "Não vamos chegar à terra prometida com voluntarismo."

Questionado sobre a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser impedido de disputar a eleição, disse que preferia não comentar. "Nós não entramos na parte jurídica. Decisão judicial se respeita. Nós tratamos da questão política. Temos divergências com o PT em inúmeros campos. Contamos que a candidatura do PT, de quem vai ser candidato, é um assunto interno. O PSDB estará apresentando um grande projeto para o País."

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) marcou para 24 de janeiro o julgamento do recurso da defesa do ex-presidente em relação à sua condenação na Lava Jato. Caso a condenação seja confirmada, Lula será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e poderá ser considerado inelegível.

Para Alckmin, sua preferência seria enfrentar Lula nas urnas. "Claro que queremos enfrentar nas urnas, mas questão judicial não decidimos sobre isso", disse.

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