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Executivos do Google disseram em depoimento à Polícia Federal que a empresa gastou cerca de R$ 2 milhões em anúncios sobre o PL das Fake News.

A informação foi confirmada pelo presidente do Google no Brasil, Fábio José Silva Coelho, e o diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa Marcelo Lacerda.

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Eles foram ouvidos na semana passada no inquérito que investiga se a empresa manipulou buscas e fez campanha contra o texto. A investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a partir de um ofício do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL).

Os anúncios, segundo os depoimentos, foram veiculados em rádios, jornais, redes sociais e no próprio Google. Os executivos negaram, no entanto, que o objetivo fosse pressionar parlamentares a votar contra o projeto de lei.

"Os anúncios não tinham como objetivo manifestar oposição ao projeto de lei em questão, mas sim abrir espaço para o debate quanto as possíveis melhorias em seu texto", afirmou Coelho. "O Google é aberto ao diálogo e não é contra a regulamentação."

Autor de um artigo que acusou o PL de ‘aumentar a confusão entre o que é verdade e mentira no Brasil’, Marcelo Lacerda justificou que o objetivo do Google é tornar o debate mais ‘plural’.

Ambos negaram que a empresa tenha interferido no resultado das buscas sobre o projeto de lei ou tentado ‘direcionar a percepção’ dos usuários.

Os executivos disseram ainda que os textos publicados pelo Google sobre o projeto de lei refletem a posição institucional da empresa e tiveram como objetivo ‘demonstrar a possibilidade de aprimoramento do texto’.

O bilionário Elon Musk concluiu na noite desta quinta-feira (27) a compra do Twitter após seis meses de negociações com a rede social. A compra foi finalizada por US$ 44 bilhões, informam os veículos Washington Post, Insider e CNBC.

O primeiro ato de Musk como proprietário do Twitter foi demitir os principais executivos do alto escalão da companhia: o então presidente executivo, Parag Agrawal; o chefe financeiro, Ned Segal; e Vijaya Gadde, chefe do Departamento Jurídico, Políticas e Confiabilidade.

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De acordo com a Bolsa de Nova York (NYSE), a negociação de ações do Twitter já está suspensa e não vai mais aparecer no pregão. A intenção de Musk é tornar o Twitter uma companhia privada, movimento incentivado pelo fundador da companhia, Jack Dorsey.

"A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma 'praça pública digital', onde uma ampla gama de crenças possa ser debatida de maneira saudável, sem recorrer à violência", explicou o Musk, em carta para o mercado publicitário publicada no Twitter na manhã desta quinta.

Na véspera de ano de eleições, a corrida no Congresso para a aprovação de vários projetos com medidas que contemplam renúncias tributárias, aumento de gastos e perdão de dívidas está tão acirrada que o novo "santinho" dos deputados e senadores se transformou em postagens nas redes sociais com as medidas que conseguiram emplacar ou fizeram avançar nessa reta final de votações no Congresso.

"Reunião na Câmara dos Deputados. Após mobilização de Collor, Arthur Lira diz que vai pautar PEC que garante piso salarial para agentes de saúde", gaba-se em publicação, por exemplo, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PROS-AL).

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Em outra frente, os evangélicos trabalham para a aprovação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a isenção do IPTU para igrejas e templos que ocupam imóveis alugados.

As negociações foram articuladas em conjunto com a aprovação da urgência para a tramitação de projeto que prevê a legalização dos jogos de azar, como jogo do bicho, cassino e bingo. Outros projetos determinam anistia ampla para os defensores do Fies, programa de financiamento do ensino superior.

'Bombas fiscais'

Para o especialista em contas públicas Marcos Mendes, do Insper, que acompanha a tramitação de projetos com impacto para as contas públicas no Congresso, as "bombas fiscais" não se encerram com as votações deste ano. Ele prevê pressão maior em 2022 pelo lado das renúncias de receitas e também de medidas parafiscais, como anistia e perdão de dívidas como o Fies e os Refis (parcelamento de débitos tributários). Pelos seus cálculos, R$ 3,3 bilhões em isenções tributárias vencem até 2023 e acabarão sendo renovadas com o cenário atual das negociações no Congresso.

"O que acontece geralmente no final do ano (‘bombas fiscais’), vai acontecer, vai persistir", projeta Mendes. Entre essas medidas, ele calcula que a correção da tabela do IRPF e o aumento salarial para mais categorias serão aprovados. "Tudo o que representa redução de receita e benefícios vai ser mais fácil, porque o teto de gasto está frágil, mas não morreu."

Sobre os reajustes, ele diz que a pressão para ampliação do alcance da medida vai ser alimentada pelo Judiciário e o Ministério Público, que ganharam um espaço maior no teto de gastos com a PEC dos Precatórios, e devem dar aumentos para os seus servidores. Esse movimento vai fazer girar a roda da equiparação em 2022 que existe entre as categorias.

Para a economista Laura Kapurska, a consequência macroeconômica de curto prazo é o aumento do prêmio de risco brasileiro - medido pela trajetória dos juros no longo prazo e desancoragem das expectativas de inflação -, que dificulta o trabalho do Banco Central e torna o baixo crescimento o cenário sempre mais provável. "Isto acontece porque há piora da qualidade das contas públicas, da dinâmica da dívida, aumentando a probabilidade de onerarmos com mais impostos gerações futuras", avalia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nos últimos meses, o executivo André Veloso já foi sondado para, pelo menos, 20 vagas de diretor financeiro, também conhecido como CFO (sigla em inglês para Chief Financial Officer). Nos últimos dois anos, ele trabalhou na T4F (Time for Fun) e ajudou a companhia a lidar com os efeitos da pandemia, que paralisou o setor de entretenimento. Havia tanto trabalho para preservar caixa, cortar custos e renegociar dívidas, que Veloso nem conseguia avaliar direito o que chegava até ele de proposta.

No mês passado, no entanto, ele decidiu aceitar uma vaga e trocar a T4F pela Bemobi Mobile, que abriu o capital no início deste ano. "Contou a favor não só a questão financeira como também o ambiente e o projeto que será tocado", explica. Veloso destaca que a parcela de incentivo de longo prazo, que normalmente pode envolver participação na empresa ou uma fatia da valorização das ações, foi bastante relevante na sua escolha pela nova vaga, até mais que o salário fixo.

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"Dependendo da proposta, você tem mais tranquilidade na condução do trabalho e sabe que terá reconhecimento de todo valor agregado, que vai ser premiado pelo esforço", diz o executivo, que atua como CFO há 11 anos no mercado.

Como Veloso, muitos outros profissionais estão sendo assediados por recrutadores para mudar de emprego em troca de salários altos e incentivos que variam de empresa para empresa, mas podem significar ter parte das ações da companhia. Segundo dados da consultoria Egon Zenhder, multinacional especializada em desenvolvimento e recrutamento de lideranças, os incentivos de longo prazo (ILP) tiveram uma alta de quase 60% entre 2020 e 2021.

Ou seja, as empresas estão apostando nesse instrumento para atrair os profissionais e retê-los por períodos mais longos. Além de os valores terem aumentado mais em relação a pares de outras áreas, como diretor de marketing (19,03%), o prazo para receber os incentivos totais aumentou cerca de 12 meses, para quatro anos e meio (para os executivos de marketing esse prazo subiu metade, para três anos).

"O mercado está mais acirrando. Uma das formas de manter os profissionais é incrementar esse incentivo de longo prazo e amarrá-los por mais tempo", diz Luis Giolo, consultor líder da prática de sucessão de presidentes e Conselhos no Brasil da Egon Zenhder. Esses bônus variam muito entre as empresas, mas podem chegar a R$ 30 milhões por ano, com prazos de 2 a 5 anos para recebimento. Atualmente, o salário médio de um CFO é de R$ 130 mil por mês, segundo levantamento da consultoria. Entre o ano passado e agora, a remuneração cresceu 8% - acima da inflação. Os bônus de curto prazo praticamente não mudaram.

Na avaliação de Giolo, a expectativa é de que esse movimento de demanda pelos diretores financeiros continue em alta nos próximos meses por uma série de fatores. Primeiro porque durante o ano passado houve uma demanda reprimida. Muitas empresas seguraram contratações e agora estão retomando. Outros estão tirando alguns projetos do papel e precisam de executivos experientes.

Também tem o efeito dos IPOs (oferta pública de ações), que mesmo tendo esfriado um pouco devem ser retomados em algum momento. E, nesse caso, as empresas exigem profissionais que já tiveram experiência com abertura de capitais, diz o sócio do Grupo Fesa, de recrutamento executivo. "Há profissionais disponíveis no mercado, mas a maioria dos que contratei até agora estava em outras companhias. Isso gera uma inflação no setor."

Muitas empresas precisaram buscar esses profissionais para arrumar a casa por causa dos efeitos da pandemia. Além de ter de cortar despesas, algumas tiveram de reestruturar dívidas. O CFO André Veloso conta que foi procurado para ocupar vagas em diferentes empresas e setores. "Mas o motivo quase sempre estava ligado à agenda de crescimento. As companhias queriam se reestruturar para voltar a crescer ou para abrir o capital", disse ele. O que o atraiu para a empresa escolhida foi o projeto de crescimento inorgânico, ou seja, por meio de aquisições, o que deve exigir uma atuação forte da área financeira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Executivos do setor de tecnologia tiveram de encarar perguntas do Congresso americano mais uma vez. Os presidentes executivos do Facebook, do Google e do Twitter participaram nessa quinta-feira de uma audiência realizada pelo Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA.

O tema da sessão, que aconteceu por videoconferência, foi a desinformação nas plataformas digitais, com foco em acontecimentos recentes, como o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro e também assuntos relacionados à pandemia.

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Primeira audiência com executivos de tecnologia após a invasão do Parlamento dos EUA, as influências e ações das redes sociais em relação ao episódio foram um tema muito discutido. Mark Zuckerberg, do Facebook, Sundar Pichai, do Google, e Jack Dorsey, do Twitter, foram incisivamente cobrados a responder com "sim ou não" se suas plataformas contribuíram com a disseminação de desinformação e o planejamento do ataque. Dorsey disse que sim, ressaltando que o problema não é apenas dos sistemas tecnológicos. Zuckerberg e Pichai se recusaram a dar uma resposta direta.

"Acho que a responsabilidade é das pessoas que agiram para infringir a lei", disse o presidente do Facebook. A exigência da resposta com "sim ou não", que se repetiu em outros momentos da sessão, pareceu irritar os executivos. Durante a audiência, Dorsey publicou uma enquete em sua conta no Twitter com as opções "yes" e "no".

Entre os questionamentos, foram recorrentes também assuntos relacionados à pandemia. Além disso, os deputados fizeram perguntas sobre o uso de plataformas digitais por crianças, bullying e discursos de ódio direcionados a grupos específicos.

Debate

Um dos pontos centrais sobre moderação de conteúdo na internet é a Seção 230, lei americana que protege empresas de internet de responsabilização por conteúdos de usuários. Pichai disse que algumas propostas para a legislação podem a desvirtuar.

Zuckerberg definiu etapas para reforma da lei, dizendo que as empresas devem ter imunidade de responsabilidade se seguirem as melhores práticas para remoção de conteúdo. Além disso, sugeriu que o Congresso traga mais transparência e supervisão sobre como as empresas devem agir em relação ao tema.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à pandemia e ao crescimento do desemprego, os executivos que trocaram de emprego ou encontraram uma vaga tiveram como destino basicamente startups da área de entregas, como iFood e Rappi, empresas de e-commerce e negócios que têm na tecnologia e em serviços financeiros seu filão de atuação. Segundo dados da plataforma LinkedIn, foram 1.269 movimentações para cargos executivos entre março e agosto, e 80% delas foram para esses setores.

Os dados do LinkedIn também mostram que essa movimentação em cargos de gerência veio crescendo ao longo dos meses. Das mais de 1,2 mil vagas ocupadas, 884 foram nos meses de junho, julho e agosto. "Os números ainda são menores do que no período anterior à pandemia, mas já estão, de fato, se intensificando para esses mercados que tiveram desempenho melhor durante a pandemia", diz Carlos Eduardo Altona, sócio da empresa de recrutamento Exec.

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Essa movimentação começou até mesmo a preocupar empresas de outros setores. Em pesquisa feita no Brasil pela multinacional de recursos humanos Robert Half com 300 executivos do alto escalão, quase 60% deles afirmaram estar muito preocupados com uma debandada dos funcionários alocados em postos-chave. Esse porcentual é superior ao dos seus pares na Alemanha, França, Reino Unido e Bélgica.

Entre as motivações para uma fuga desses profissionais, segundo os entrevistados pela Robert Half, foi apresentada, em primeiro lugar, justamente a investida de empresas em plena expansão, com 54% das respostas. Em seguida, 44% dos alto executivos temem uma reação dos profissionais após a implementação de programas de redução de jornada, salário e cortes de benefícios de curto e de médio prazos. Por fim, 31% dos presidentes e diretores de empresas reconhecem que durante a pandemia alguns de seus funcionários passaram a gerenciar pesadas cargas de trabalho, trabalhando à beira do esgotamento.

Mercado sem crise

A administradora de empresas Karina Noguti trocou em julho a petroquímica Braskem, onde ficou por quase dez anos e nos últimos tempos atuava como gerente de controles internos, por posição similar no iFood, que de março para cá já contratou 83 profissionais para posições de liderança.

Ela diz que não se preocupou ao deixar uma empresa tradicional e de capital aberto por uma startup de delivery que nunca registrou lucro. "Eu me interessei pela oportunidade de trabalhar em uma empresa de tecnologia e com visibilidade sobre o futuro", conta ela, que também procurava mais qualidade de vida. "Estou em quarentena desde o dia 18 de março e, desde que comecei no iFood, tenho conseguido fazer exercícios durante a noite e estou dormindo melhor", conta.

"Não existe crise para um certo tipo de profissional. E, quando uma empresa reduz salário ou corta bônus, essa pessoa fica mais aberta a um convite de uma outra empresa, que de repente atue em um setor menos sensível ao momento e que, por isso, oferece uma perspectiva de carreira melhor daqui para a frente", afirma o diretor da área de pesquisa de executivos da Robert Half, Mario Custodio.

Entre as contratantes, além do iFood - que no total já recrutou 409 funcionários desde o início da pandemia, não apenas em cargos de gerência -, a Amazon deve chegar ao final do ano com 50 novas posições em nível gerencial, segundo estimativa dos headhunters. Procurada, a empresa não comentou a informação.

Na fintech Nubank, desde março já foram contratados mais de 200 funcionários. Desse total, mais de 35 dessas posições foram para cargos de liderança. "No momento, temos mais de 350 vagas abertas para diferentes posições e níveis de senioridade e que pretendemos preencher até o fim do ano", afirma a empresa, em nota.

"Uma das preocupações, agora, é como proteger as nossas lideranças. O mercado esquentou para líderes", diz o vice-presidente de RH do iFood, Gustavo Vitti. "A redução salarial tem sido importante (na prospecção de novos executivos). Nós aceleramos nossa política de benefícios para os contratados. Mas eu percebo que o segmento de atuação e o propósito da empresa são hoje nossos principais atrativos", afirma.

Com o aumento das vendas pela internet após o início da pandemia, a empresa de comércio eletrônico argentina Mercado Livre, hoje com 3,9 mil funcionários no Brasil, iniciou processo para contratar 1,5 mil empregados até o final do ano. A empresa vem recrutando cerca de 400 funcionários por mês, desde julho, e, para dar conta da demanda em alta, já contratou 60 executivos desde março. Outros 40 serão contratados até o final do ano.

As vagas são principalmente para as unidades das empresas em São Paulo, em Salvador e no Rio de Janeiro. "A quarentena vem sendo importante para o nosso crescimento. Mas a gente vem se preparando há 21 anos para estarmos preparados para um momento como este", diz a gerente de recursos humanos do Mercado Livre, Carolina Recioli. 

Após se reunir com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, há cerca de duas semanas, um grupo de executivos do setor privado vai recorrer agora ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para pressionar por uma pauta de desenvolvimento sustentável e contra o desmatamento da Amazônia. O encontro virtual está marcado para hoje, às 9h30.

Os sete executivos confirmados para a reunião fazem parte do movimento de líderes do setor empresarial brasileiro, ligado ao Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds).

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São representantes de grandes companhias, com peso relevante na economia: Domingo Lastra (presidente da ADM); Horácio Lafer Piva (conselheiro da Klabin); Leila Melo (diretora do Banco Itaú); Marcos Matias (presidente da Schneider); Otávio Carvalheira (presidente da Alcoa); Patrícia Audi (vice-presidente do Banco Santander); e Tânia Cosentino (CEO da Microsoft).

Do lado das associações estarão a presidente do Cebds, Marina Grossi, e os presidentes do Instituto Brasileiro de Árvores (Ibá), Paulo Hartung, e da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Marcello Brito. Na pauta de reivindicações estará o aperfeiçoamento da legislação de regularização fundiária e a proposta de criação de um mercado de carbono no Brasil.

Ao vice-presidente Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, eles pediram, no último dia 10, o fortalecimento das ações de combate ao desmatamento na Amazônia e em outros biomas. Pediram também para participar da implementação de políticas que induzam a uma retomada verde da economia, para um cenário de baixo carbono. E destacaram que o desmatamento ilegal prejudica os negócios e a imagem do Brasil no exterior.

"A principal fala dos empresários é que o desmatamento não deve ser mais tolerado. Foi falado muito dos investimentos que a gente pode estar trazendo. Todos frisaram a questão do desmatamento. Por isso acho importante Mourão ter assumido 100% do compromisso contra o desmatamento", disse Marina Grossi na coletiva de imprensa após a reunião com o vice-presidente da República, no último dia 10.

Um terço dos executivos de grandes empresas espera retomar o trabalho presencial nos escritórios de suas companhias entre setembro e dezembro, mostra levantamento inédito da consultoria KPMG. Conforme o estudo, 34,9% dos 722 executivos entrevistados preveem que o trabalho nos escritórios voltará aos padrões convencionais entre setembro e dezembro. Outros 21,05% preveem a volta para agosto.

Embora a maioria dos executivos trabalhe com a volta ao trabalho presencial neste segundo semestre, 9,42% disseram que só pretendem retornar em 2021, destacou André Coutinho, sócio-líder de Clientes e Mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul. Desde o início de maio, em torno de 8,8 milhões de trabalhadores vêm trabalhando remotamente, segundo uma nova pesquisa semanal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A pesquisa da KPMG revela ainda que a volta ao normal não será de uma vez só. Quase um terço (30,33%) dos entrevistados disse que a volta aos escritórios se dará, inicialmente, com no máximo de 15% a 30% dos profissionais. Outros 16,07% afirmaram que será com no máximo 15% do pessoal. "Para quase metade das empresas, o retorno será com ate 30% do pessoal. Com esse fluxo, as empresas administram melhor, têm mais controle do acesso (ao escritório) e têm um processo de aprendizado", disse Coutinho.

Na visão do sócio da KPMG, embora a ideia do trabalho remoto seja "sedutora" para as empresas, diante da possibilidade de cortar custos fixos com luz, água e até mesmo aluguel de espaço físico, a adoção generalizada do formato ainda está cercada de incertezas.

O "home office" poderá implicar prejuízos que ainda requerem tempo para serem avaliados, como o cansaço dos funcionários, a adaptação de processos e sistemas de tecnologia da informação, a dificuldade de reforçar a cultura corporativa e a falta da interação pessoal entre as equipes, disse Coutinho.

Mesmo assim, apenas 16,45% dos entrevistados pela KPMG avaliaram que o trabalho remoto diminuiu a produtividade dos funcionários em abril e maio. Para a metade (49,58%), a produtividade se manteve igual à do trabalho presencial. Outros 33,94% relataram ganhos de produtividade.

Coutinho acredita que o trabalho remoto será usado com cautela. Além de promover a volta aos escritórios gradualmente, as empresas também deverão optar por modelos em que os funcionários trabalham apenas alguns dias de casa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por não atingir as metas anuais, executivos de uma rede de restaurantes chineses foram punidos e rastejaram 'de quatro' durante a reunião do balanço de fim de ano. Segundo um funcionário, os diretores se ofereceram para ser punidos dessa maneira por medo de perder o emprego.

O colaborador destacou que os gerentes e líderes tiveram que se locomover dessa maneira por três voltas no local do evento, enquanto um alto-falante repete: "eu juro, sou responsável", segundo o Daily Mail. Um por um sai do palco engatinhando em fila indiana, em Jilin, no nordeste da China.

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Um comentário feito no Weibo - equivalente ao Twitter na China - afirma que eles se voluntariaram para arcar com as despesas. Os custos gastos com pais idosos, filhos e hipotecas motivaram os dirigentes.

Acompanhe

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A 13.ª Vara Federal de Curitiba recebeu denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato (Ministério Público Federal no Paraná) contra 11 executivos das empreiteiras OAS, Mendes Júnior, Engevix, Alusa e Galvão Engenharia pelo crime de formação de cartel no âmbito da Petrobrás.

Segundo a denúncia, 'com abuso do poder econômico e mediante prévio ajuste com a fixação artificial de preços, o 'clube de empreiteiras', em detrimento da concorrência, promoveu, entre 1998 e 2014, o controle do mercado de montagens e construção civil da Petrobrás em diversos procedimentos licitatórios de obras realizadas em várias localidades, entres elas, Araucária (PR), São Paulo, Rio de Janeiro, Betim (MG), Santos e Suape (PE).

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O dano causado aos cofres públicos supera os R$ 19 bilhões, afirma a Lava Jato.

Em cinco anos da operação, a força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná já denunciou 466 investigados.

Segundo as investigações, por mais de uma década e pelo menos até 2014, 'as principais obras da estatal foram loteadas entre as maiores empreiteiras do País que se organizaram num gigantesco 'Clube' formado por 16 empresas - Odebrecht, UTC, OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Mendes Junior, Andrade Gutierez, Galvão Engenharia, Iesa, Engevix, Toyo Setal, Techint, Promon, MPE, Skanska e GDK S.A.

"Outras seis também participavam das fraudes, Alusa, Fidens, Jaraguá Equipamentos, Tomé Engenharia, Construcap e Carioca Engenharia", informou a Procuradoria.

Os executivos da Iesa e Queiroz Galvão já foram denunciados por esses crimes nos autos nº 5046120-57.2016.404.7000, em curso na 13.ª Vara Federal de Curitiba.

A Andrade Gutierrez, a Camargo Correa, a Odebrecht, a Toyo Setal e a Carioca celebraram acordo de leniência com o Ministério Público Federal. A apuração da responsabilidade de seus dirigentes é feita nos limites de seus respectivos acordos.

Os dirigentes da UTC celebraram acordo de colaboração premiada com a Procuradoria.

A Procuradoria informou que as investigações sobre outros empresários e agentes públicos envolvidos nos crimes imputados prosseguirá, 'não afastando a possibilidade de outras pessoas virem a ser acusadas pelos mesmos fatos no futuro'.

Segundo a acusação, durante o período de seu funcionamento, 'o cartel apresentava um modus operandi bem definido'.

Nas reuniões entre os empreiteiros, considerando os planos de investimento divulgados pela Petrobrás, as sociedades integrantes do 'Clube' indicavam as obras de sua preferência, loteando entre os cartelizados, individualmente ou em consórcio, as obras da estatal.

"O conluio, além de se sustentar na prévia divisão das licitações, permitiu a elevação dos custos em diversas licitações fraudadas, já que as empreiteiras cartelizadas acabaram fixando artificialmente os preços, com a proposta vencedora sempre próxima da estimativa máxima da Petrobrás."

A Lava Jato sustenta que foram fraudados 'pelo menos' os seguintes processos licitatórios: Refinaria Henrique Lage (Revap) - HDT Diesel (início em 2006); Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) - Off sites HDS Gasolina (início em 2007); Refinaria Henrique Lage (Revap) - HDS Nafta URC (início em 2007); Refinaria de Paulínia - Replan (início em 2007); Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) - UCR (início em 2007); Refinaria do Nordeste - Rnest - Refinaria Abreu e Lima (início em 2007); Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - Comperj (início em 2008); Refinaria Duque de Caxias - Reduc (início em 2007); Refinaria Presidente Bernardes - RPBC (início em 2008); Terminal de Gás de Cabiúnas - Tecab (início em 2011 aproximadamente); Unidade de Fertilizantes Nitrogenados-V - UFN-V (início em 2012 aproximadamente); e Refinaria Gabriel Passos - Regap - Betim/MG (início em 2006).

"O crime de cartel é muito difícil de comprovar. Contudo o ajuste entre as empreiteiras foi comprovado por um diverso conteúdo probatório, entre eles documentos apreendidos em que apareciam o 'regulamento do campeonato esportivo', que regulava a conduta das empresas do cartel. E, sem dúvida, a participação de órgãos colaboradores no decorrer dos trabalhos foi essencial para que as investigações evoluíssem", ressaltou o procurador da República e coordenador da força-tarefa Lava Jato do Paraná, Deltan Dallagnol.

O produto desses crimes de cartel e fraude à licitação, além de maximizar o lucro das empresas ilicitamente associadas, também serviu em parte para os pagamentos de propina feitos a ex-dirigentes da Petrobrás e a terceiros - operadores, agentes políticos e partidos políticos , por via dissimulada, sustenta a Procuradoria.

"Para evitar qualquer entrave aos objetivos espúrios do cartel, tornaram-se sistemáticos o oferecimento e o pagamento de vantagens indevidas", destaca a acusação.

Em regra, os atos de ofício praticados em contrapartida às propinas 'consistiram no compromisso de se manterem inertes e anuírem quanto à existência e efetivo funcionamento do cartel na estatal'.

Os ex-dirigentes da petrolífera, ocupantes de cargos estratégicos, 'omitiam-se de informar as irregularidades ou mesmo adotar providências para impedir a prática ilícita'.

"A operação desvendou este mega esquema de corrupção envolvendo empresários e agentes públicos que eram mantidos nos cargos para atender interesses de políticos e partidos. Esse círculo vicioso era financiado pelas empreiteiras que mantinham contratos com a Petrobrás. O funcionamento do cartel, com a conivência de diretores da estatal, era uma contrapartida para as empreiteiras, que com isso conseguiam obter contratos com preços maiores do que os que seriam praticados em ambiente de livre concorrência", destacou o procurador da República Paulo Roberto Galvão, que integra a força-tarefa Lava Jato.

O valor mínimo de reparação dos danos causados pedido pelo Ministério Público Federal nesta denúncia atinge o montante de R$ 19,87 bilhões, 'correspondente ao prejuízo total causado pelo cartel à estatal em relação às licitações fraudadas, de acordo com laudo pericial'.

Segundo a Lava Jato, a existência do cartel pode ser comprovada por 'uma série de provas robustas que vão desde documentos apreendidos, anotações e manuscritos, registros eletrônicos, troca de mensagens eletrônicas, além de colaborações premiadas e diversos relatórios' - produzidos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União.

DEFESA

A maior parte das empreiteiras do 'clube' que agiu na Petrobrás fechou acordos de leniência com a Lava Jato. Por meio dos acordos, os grupos admitiram o cartel e pagamento de propinas e ajustaram devolução de quantias milionárias. Vários executivos fizeram delação premiada, confessando atos ilícitos.

Três ex-dirigentes da empresa Tepco foram absolvidos nesta quinta-feira por um tribunal de Tóquio, que determinou que não podem ser considerados culpados pelas consequências da catástrofe nuclear ocorrida em Fukushima em 2011, após um violento tsunami.

"Os acusados são todos inocentes", declarou o juiz ao ler o veredicto.

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"Incrível!", exclamou uma pessoa que acompanhava o julgamento.

O juiz prosseguiu: ""As deliberações foram baseadas no fato de saber se havia algum nível de previsão" do gigantesco tsunami para definir a acusação de negligência que provocou mortes.

Quase 100 pessoas que estavam no espaço reservado ao público permaneceram em silêncio, assim como os três acusados.

A Promotoria solicitara cinco anos de prisão para o presidente do Conselho de Administração da Tokyo Electric Power (Tepco) no momento da tragédia, Tsunehisa Katsumata (79 anos), assim como para os ex-vice-presidentes Sakae Muto (69) e Ichiro Takekuro (73).

De acordo com a acusação, os executivos tinham informações muito antes da tragédia sobre o risco de tsunami superior às capacidades de resistência da central, mas não atuaram de acordo com os dados.

Estes três ex-executivos da operadora da central nuclear de Fukushima Daiichi, devastada pelo tsunami de 11 de março de 2011, eram as únicas pessoas físicas julgadas pela tragédia, o segundo pior acidente nuclear da história, atrás de Chernobyl (Ucrânia), em 1986.

- Indignação do Greenpeace -

De fato, eles eram julgados pela morte de 44 pacientes do hospital de Futaba, situado a poucos quilômetros da usina, durante a evacuação de emergência em condições extremas. A situação foi letal para os enfermos de idade avançada.

Os promotores haviam se recusado em duas oportunidades a iniciar um procedimento judicial contra os executivos da Tepco, alegado que não havia elementos suficientes.

Mas uma nova análise do caso em 2015, por um painel de cidadãos (procedimento pouco utilizado no Japão), decidiu por um processo penal.

"O sistema jurídico do Japão voltou a fracassar na defesa dos direitos de dezenas de milhares de cidadãos afetados pelo desastre nuclear de Fukushima Daiichi em 2011", afirmou em um comunicado a organização ambiental Greenpeace.

Durante o julgamento, Katsumata declarou que não estava envolvido no dia a dia das decisões relacionadas com a segurança e delegava o trabalho aos subordinados responsáveis por tais questões.

A Tepco não adotou medidas para proteger as instalações antes do terremoto de 9 graus de magnitude, que provocou o tsunami que alagou a usina, interrompeu o resfriamento do combustível nuclear e causou a fusão.

- Degradação das condições de vida -

Embora o tsunami tenha provocado 18.500 mortes na região nordeste do Japão, o acidente nuclear propriamente dito não deixou nenhuma vítima.

Mas é indiretamente responsável por "milhares de óbitos relacionados", reconhecidos pelas autoridades como falecimentos em consequência da degradação das condições de vida das pessoas.

A catástrofe obrigou dezenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas, nas áreas próximas à central nuclear. Muitas continuam morando em outras regiões do país, porque não podem ou não querem retornar, por medo das radiações.

Esta foi a primeira vez que várias pessoas foram processadas criminalmente pelo caso. O Estado japonês e a Tepco já foram punidos pela justiça em várias oportunidades, após várias ações coletivas.

Os investidores consideraram a decisão do tribunal uma boa notícia para a Tepco e a ação do grupo registrou alta de 2,5% após o anúncio do veredicto.

Um teste aplicado a 30 mil profissionais de 25 países, incluindo o Brasil, mostrou que os altos executivos de grandes empresas não estão preparados para os desafios da economia digital nem têm ferramentas para se adaptar às exigências de um consumidor mais conectado. Entre presidentes e altos executivos, só 22% receberam avaliação positiva no teste sobre transformações digitais. Ou seja: quase 80% desses profissionais têm pouca ou nenhuma noção sobre a nova economia.

No Brasil, o teste desenvolvido pela consultoria espanhola Foxize começou a ser aplicado em processos seletivos de alto escalão há cinco meses. A falta de conhecimento sobre internet, e-commerce e comunicação em tempo real pode ser motivo para substituição de profissionais, de acordo com Marcus Giorgi, sócio da Exec, parceira da Foxize no País. Em algumas empresas, diz ele, todos os altos executivos estão sendo convidados a avaliar seu nível de conhecimento sobre o mundo digital.

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Embora a falta de intimidade com o mundo digital possa ser amenizada com treinamentos, há grandes negócios que estão tomando simplesmente o caminho da substituição de equipes, muitas vezes de forma radical. No caso da agência de publicidade Young & Rubicam, por exemplo, 70% do time foi trocado ao longo dos últimos três anos, de acordo com o presidente da empresa, David Laloum.

Ele diz que não houve demissões em massa, mas que, entre o fim de 2017 e o início de 2018, foi feito um processo de transformação mais firme do time. "Existe uma necessidade clara por novas habilidades para acompanhar as demandas dos nossos clientes", diz o executivo da Y&R, que atende a empresas como Habib's, Via Varejo (dona de Casas Bahia e Ponto Frio), Santander e Vivo.

Para tentar ter acesso rápido a novidades do setor de marketing, a agência fez uma parceria com o "hub" de startups Distrito. A ideia é buscar negócios que tragam inovação na hora de promover marcas na internet.

O fundador do Grupo Habib's, Alberto Saraiva, também disse ao Estado que desativou sua equipe de tecnologia da informação (TI) e criou uma área de estratégias digitais. No processo, a maior parte da equipe foi demitida, incluindo a liderança. "O meu diretor anterior era um profissional muito bom, mas tinha um pensamento muito analógico", afirmou.

Grupo familiar

Mesmo em empresas familiares, a capacidade de se adaptar a demandas digitais também está sendo valorizada. A rede de atacarejo Tenda, que tem 34 lojas e fatura R$ 3,5 bilhões ao ano, contratou há três meses Flávio Borges para a diretoria financeira. O executivo, que antes atuava na SPC Brasil - de inteligência de mercado sobre crédito -, teve de fazer o teste da Foxize ao buscar a nova colocação.

"Mesmo na área financeira, é preciso alguém que compreenda as necessidades da transformação digital e consiga adaptar os sistemas para fazer frente a esses desafios", diz Borges, de 34 anos. "Há uma tendência crescente para que se entenda quais produtos o cliente está adquirindo, qual é a forma de pagamento usada e quais canais ele usa para fazer compras", afirma. "Bem como ter a capacidade de gerar relatórios sobre essa jornada."

Borges chegou ao Tenda no meio da transformação digital. A rede está para lançar o e-commerce que entregará produtos na casa do consumidor e vai instalar lockers (armários) que permitirão ao cliente fazer compras com antecedência e depois retire-as em pontos instalados dentro e fora das lojas.

Treinamento interno

Se o desempenho dos altos executivos no teste sobre economia digital é ruim, um alento vem dos resultados do nível de gerência - que são bem mais animadores. Enquanto apenas 22% dos diretores e presidentes mostram intimidade com a atuação digital, esse índice se inverte e chega a 74% de avaliações positivas no nível de gerência. Logo, uma interação mais próxima entre os dois níveis hierárquicos poderia trazer resultados positivos.

O curioso, segundo a pesquisa, é que os profissionais de 35 a 45 anos são os mais bem avaliados no levantamento. Isso ocorre, segundo Giorgi, da Exec, porque os profissionais mais jovens, de até 35 anos, têm bom conhecimento sobre ferramentas digitais, mas acabam tendo pouca cautela em relação a um assunto muito caro aos consumidores: a segurança das informações.

Além de aplicar o teste, a Exec faz uma entrevista com os executivos sobre seus hábitos digitais. A conversa funciona como checagem: se o profissional tentou enganar a pesquisa, pode ter seu "eu analógico" desmascarado ao ser pressionado por cerca de uma hora de "interrogatório".

Por ora, por telefone. Nem toda a transição do analógico para o digital, porém, se dá de forma fluida. A Teladoc, de teleatendimento médico, está aos poucos migrando para meios digitais. Por insistência de seus clientes, como Itaú, Santander e Google, vai lançar um aplicativo. Para Caio Soares, diretor médico da Teladoc, porém, ferramentas como o WhatsApp e o FaceTime são "inadequadas" para consultas médicas. Por isso, ao menos por enquanto, a maioria dos atendimentos da empresa seguirá pelo telefone.

Soares diz que a legislação brasileira ainda restringe alternativas de atendimento. Mas afirma que a tecnologia vai impondo seu domínio e ferramentas de vídeo poderiam ser úteis em certos casos. "Depois de uma cirurgia ortopédica, o retorno do atendimento poderia ser feito por vídeo. Seria uma forma de garantir conforto ao paciente, que não precisaria se deslocar em um momento de recuperação", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O juiz André Wasilewski Duszczak, da 1ª Vara Federal de Ponta Grosso (PR), afastou executivos investigados na Operação Trapaça, 3ª fase da Carne Fraca, de suas funções na BRF. No entendimento do Ministério Público Federal, o retorno de seis dos investigados às suas atividades habituais na empresa 'coloca em risco a ordem pública e econômica'.

"As cautelares determinam que não frequentem a companhia ou outros estabelecimentos operacionais ligados à empresa, inclusive laboratórios, suspendendo tais investigados de suas atividades profissionais junto da empresa ou de qualquer estabelecimento ligado a ela. Caso descumpram as medidas cautelares, ficam sujeitos à decretação de prisão preventiva", informou a Procuradoria da República em nota neste sábado, 10.

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O pedido de afastamento foi acolhido pela Justiça na sexta-feira, 9, ao término do prazo de prisão temporária. A Trapaça investiga fraudes praticadas por empresas e laboratórios que tinham como finalidade burlar o Serviço de Inspeção Federal e não permitir a fiscalização eficaz do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Para a procuradora da República em Ponta Grossa, Lyana Helena Joppert Kalluf, a soltura dos investigados, acompanhada do retorno deles às suas atividades habituais junto da empresa, coloca em risco a ordem pública e econômica, já que poderiam atrapalhar o andamento das investigações assim como continuar a realizar as graves fraudes que em tese já vinham cometendo.

Foram submetidas às medidas cautelares: Fabiana Rassweiller de Souza (responsável pelo Setor de Assuntos Regulatórios do Corporativo do Grupo BRF); Décio Luiz Goldoni (gerente agropecuário da planta da BRF de Carambeí); Andre Luis Baldissera (teoricamente afastado da BRF desde a primeira fase da Operação mas percebendo salário); Harissa Silverio El Ghoz Frausto (atuante perante os laboratórios de análises que atendiam a BRF); Helio Rubens Mendes dos Santos (vice-presidente da BRF até 26 de fevereiro de 2018); e Natacha Camilotti Mascarello (analista de qualidade da fábrica de rações em Chapecó).

A partir da análise técnica de todo material arrecadado através da deflagração da operação, o que está sendo feito pela Polícia Federal em conjunto com equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e que demanda razoável duração, será avaliada a possibilidade de oferecimento de denúncias. A BRF não retornou os contatos da reportagem.

Operação Trapaça - A Operação Trapaça está relacionada à fraude na emissão de resultados de análises laboratoriais para fins de respaldo à certificação em alguns estabelecimentos registrados junto ao Serviço de Inspeção Federal.

Segundo o Ministério da Agricultura, a referida operação visa apurar indícios de fraudes relacionadas à emissão de laudos por laboratórios privados e credenciados junto à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) por laboratório privado e acreditados na ABNT NBR ISO/IEC 17025, para sustentar o processo de controle de qualidade e a certificação de produtos para o mercado.

"As empresas investigadas burlavam a fiscalização preparando amostras, através dos laboratórios investigados, com o objetivo de esconder a condição sanitária dos lotes de animais e de produtos, evitando, assim, uma medida corretiva restritiva do Serviço Oficial".

Em prisão domiciliar há um mês e meio e proibido de atuar nos negócios da Odebrecht até 2025, conforme acordo de delação premiada, Marcelo Odebrecht pediu à Justiça para receber visitas do atual presidente do grupo, Luciano Nitrini Guidolin, e da chefe da recém-criada área de compliance da empresa, Olga de Mello Pontes.

A defesa recuou da solicitação após o Ministério Público Federal ver a possibilidade de "ingerência de Marcelo Odebrecht na gestão do grupo" e quebra do acordo de colaboração fechado com a Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato.

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Uma das cláusulas do acordo determina "o afastamento de cargos e funções de direção em empresas do Grupo Odebrecht que negociem ou contratem com o poder público pelo período em que estiver cumprindo pena privativa de liberdade".

"A realização de visitas de tais executivos a Marcelo Odebrecht vai de encontro à cláusula mencionada. Se o colaborador deve ser afastado de tais cargos e funções de direção, não se mostra adequado que, durante o cumprimento da pena privativa de liberdade, em regime fechado diferenciado, possa manter contato com os atuais diretores do grupo empresarial", afirmaram os procuradores em requerimento entregue no dia 15 de janeiro à Justiça.

Os nomes de Luciano Guidolin e Olga Pontes - que chefia o chamado departamento de Conformidade -, dois dos principais executivos do Grupo Odebrecht, estavam na lista de 15 pessoas que Marcelo Odebrecht tem o direito de indicar à Justiça Federal para receber nos dois anos e meio em que vai cumprir prisão domiciliar - a segunda etapa da pena de 10 anos de reclusão imposta pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba.

O acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal estipula que o delator pode receber visitas de parentes de até 4.º grau, como primos e tios-avós, profissionais de saúde, para tratamento médico autorizado pelo juiz, advogados constituídos e "pessoas estabelecidas em uma lista de 15 nomes previamente fornecida" ao Ministério Público e à Justiça.

Outros delatores

A defesa de Marcelo Odebrecht entregou a lista com dez nomes à 12.ª Vara Federal de Curitiba em 19 de dezembro, quando ele deixou a cadeia e seguiu para São Paulo para prisão domiciliar. Antes, o empreiteiro havia passado dois anos e meio em regime fechado.

A lista tinha ainda oito ex-diretores do grupo, também delatores da Odebrecht: Alexandrino Alencar, Benedicto da Silva Júnior, Carlos José Fadigas de Souza Filho, Ernesto Sá Vieira Baiardi, Euzenando de Azevedo, Fernando Reis, Luiz Antônio Mameri e Márcio Faria.

Todos são ex-subordinados de Marcelo e pessoas de sua confiança nos anos em que comandou o grupo, de 2008 a junho de 2015, até ser preso pela Polícia Federal na 19.ª fase da Lava Jato. Márcio Faria, que era ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial - unidade responsável pela montagem das refinarias da Petrobras -, ficou parte do tempo na mesma cela do empreiteiro. Para o Ministério Público Federal, não há veto aos encontros com os ex-executivos.

O movimento de Marcelo Odebrecht se tornou um impasse legal no processo de execução de pena, que passou a ser arbitrado pela juíza substituta da 12.ª Vara Federal de Curitiba, Carolina Moura Lebbos.

Depois da manifestação da Procuradoria contra as visitas do atual presidente do Grupo Odebrecht e da chefe do compliance, a defesa de Marcelo Odebrecht apresentou nova lista sem os nomes de Guidolin e Olga Pontes.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que os dois executivos do grupo desconheciam terem sido listados como pessoas a serem autorizadas a visitar o empresário.

Por meio de nota, a defesa de Marcelo Odebrecht negou que tenha tentado criar dificuldades no acordo. "Embora o tema de sua lista de visitantes esteja sob sigilo, a defesa de Marcelo Odebrecht esclarece que não há óbice no acordo de colaboração a indicação de qualquer pessoa, valendo ressaltar que da sua lista de visitantes constam apenas oito nomes, todos eles ex-executivos do grupo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento Michael Page apontou que 30% dos executivos brasileiros estão dispostos a receber um salário menor em troca de um pacote de benefícios mais robusto, que inclua pagamento de aluguel/casa, plano de saúde (alto padrão), seguro de vida, seguro odontológico e subsídios para bem-estar. O levantamento foi feito nos dois primeiros meses de 2017 com 226 profissionais.

De todos os auxílios mencionados, o predileto dos entrevistados é o plano de saúde e odontológico e seguro de vida, mencionado por 22,5% dos executivos, seguido pelo pagamento de aluguel (18%). Quando questionados sobre quais os benefícios que consideram, os mais mencionados foram carro fornecido pela empresa (23,9%); 14° salário, bolsa de estudos ou cursos subsidiados em ações da companhia também foram os mais citados.

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O levantamento também procurou entender questões importantes para os setores de recursos humanos das empresas, como a expectativa dos executivos para aumento salarial e o percentual de bônus até o final de 2017. Em relação à expectativa de bônus em 2017, os profissionais se mostraram comedidos quanto à margem de ganhos, pois quase 40% acreditam que receberão valores parecidos ou iguais aos de 2016. Para 22,57% dos entrevistados, a margem de bônus pode chegar até 10% superior ao ano passado.

Confira os gráficos da pesquisa:

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Estudo realizado pela Amcham (Câmara Americana de Comércio) publicado nesta quarta-feira (8) traz dados preocupantes sobre a participação feminina no mercado de trabalho. O levantamento entrevistou 350 executivos e executivas; Cinquenta e dois por cento deles acreditam que as empresas não possuem programas formais de igualdade entre homens e mulheres, ou ação de inventivo à igualdade de gênero. A pesquisa foi realizada em outubro do ano passado. 

De acordo com o estudo, 48% dos entrevistados disseram que têm um programa estruturado de igualdade de gênero, mas desse quantitativo, 63% classificaram os resultados de incentivo à igualdade como “regulares”. Menos de 20% se mostraram satisfeitos com as ações e estágio atual dos programas de equidade. 

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“Os entrevistados são, na sua maioria, gestores de recursos humanos de empresas dos mais variados portes e segmentos. Para 76% deles, as empresas ainda não tratam homens e mulheres de forma igualitária na estrutura organizacional e de gestão. Só 24% deles avaliam de forma satisfatória a temática e tratamento de gênero na sua companhia”, consta no texto de divulgação da pesquisa da Amcham.

O estudo mostra ainda que na percepção de 80% das executivas e executivos entrevistados, a diferença de tratamento entre homens e mulheres é identificada em maior escala na promoção de novas lideranças, uma vez que percebem maior número de homens em cargos de gerência. Já 12% dos entrevistados consideram o processo seletivo com o momento de maior diferenciação, “com maior preferência por gênero e não por competência”. Por fim, 8% indicam o estágio do desenvolvimento, com investimentos em treinamento desigual entre sexo nas empresas.

Em busca de igualdade

Segundo conclusões do estudo, existem aspectos importantes no processo de concretização da igualdade de gênero no mercado de trabalho. Esses aspectos são considerados prioritários e precisam ser trabalhados dentro das empresas: “(47%) financeiro, igualando salários e benefícios entre gêneros do mesmo cargo; (30%) recursos humanos, aumentando o número de mulheres no quadro de funcionários; e (23%) jurídico, igualando diretos e benefícios independente de gêneros”.

Para a CEO da Amcham Brasil, Deborah Vieitas, a pesquisa traz números que demonstram o quanto ainda é necessário avançar em prol da equidade entre homens e mulheres. “Quando, para 47% dos empresários, igualar salários entre gêneros ainda é o maior obstáculo, percebemos o quanto falta avançar”, opina a CEO, conforme informações da assessoria de imprensa. 

Família e emprego

O levantamento da Amcham trouxe ainda um panorama que discute maternidade e carreira profissional. De acordo com o estudo, 86% dos entrevistados avaliam que “o papel cultural das mulheres nas estruturas familiares ainda são fatores de interrupção de carreira”. Segundo a maioria dos entrevistados, como as mulheres enfrentam grande proporção das tarefas domésticas, elas perdem oportunidades de promoções. Além disso, 78% dos entrevistados acreditam que a maternidade gera interrupções e pausas em plano de carreira para as profissionais executivas.   

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou uma reunião com 24 executivos de diversos setores industriais do país e afirmou que o objetivo do encontro é discutir como fazer para "retornar empregos" aos EUA.

Participam da reunião executivos da Dell, 3M, Merck, Ford, Johnson & Johnson, Lockheed Martin, Whirlpool, International Paper, Emerson Electric, Harris Corp, Carterpillar, Campbell Soup, U.S Steel, entre outros. "Temos aqui reunidos 24 executivos das maiores companhias industriais de nosso país, representando US$ 1 trilhão em vendas e 2 milhões de funcionários", afirmou Trump.

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O presidente americano afirmou que o país perdeu um terço dos trabalhos industriais desde o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e que 70 mil fábricas dos EUA fecharam desde a China entrou na Organização Mundial do Trabalho. "As políticas comerciais e reformas tributárias e regulatórias do meu governo irão fazer com que os trabalhos do setor industrial retornem com força para nosso país", declarou. O republicano disse aos executivos, principalmente ao da U.S Steel, que é preciso comprar aço produzido nos EUA.

Trump voltou a falar sobre a relação comercial dos EUA com o México, que deve tratar de forma "justa" o país. "Temos um déficit comercial de US$ 70 bilhões com o México, precisamos resolver isso", disse. "Os acordos que temos com outros países são incrivelmente ruins, não temos nenhum bom acordo", declarou. O republicano também criticou a relação comercial norte-americana com a China e afirmou que deve tomar medidas em relação ao déficit comercial com o país.

Trump segue em reunião com os executivos e deve realizar pronunciamento novamente após o fim do encontro.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em mensagem no Twitter que a reunião marcada com diversos executivos, cujo horário não havia sido informado, ocorrerá nesta manhã. Ele se encontrará com diversos empresários, em um grupo que inclui executivos-chefes do JPMorgan, IBM, Cleveland Clinic, BlackRock e Walmart, entre outros.

"Reunião com os maiores líderes empresariais nesta manhã. Bons empregos estão voltando para os EUA, programa de saúde e contas de impostos estão sendo elaboradas AGORA!", escreveu o presidente norte-americano.

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Logo após, Trump escreveu nova mensagem criticando os protestos contra seu governo e disse que os manifestantes são pagos. "Anarquistas profissionais, bandidos e manifestantes pagos estão provando o ponto das milhões de pessoas que votaram para FAZER A AMÉRICA GRANDE DE NOVO!".

O presidente Michel Temer pediu nesta terça-feira (27) a auxiliares que não estiquem a polêmica sobre gafes de sua equipe. Na tentativa de tirar o foco do episódio envolvendo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes - que antecipou nova etapa da Lava Jato, na véspera da prisão do ex-ministro Antonio Palocci -, o Planalto aproveitou uma agenda lotada de audiências com presidentes mundiais de grandes multinacionais. Após as reuniões com Temer, os executivos foram orientados a falar com a imprensa e o saguão do prédio foi transformado em palco de entrevistas, uma após a outra.

Foi assim que o presidente da Petrobras, Pedro Parente, apareceu otimista, dizendo ter levado a Temer o planejamento estratégico da empresa para o período de 2017 a 2021. Pelas estimativas de Parente, em cinco anos a estatal voltará a crescer. Além dele, o presidente global da Shell, Ben Van Beurden, fez questão de afirmar, após se reunir com Temer, que o Brasil é um "lugar seguro" para investimentos. "Isso tem a ver com a segurança e a estabilidade das regras e das leis", disse o executivo. Ele não quis comentar os desdobramentos políticos após o impeachment de Dilma Rousseff. "O importante desses últimos acontecimentos é criar um clima propício para investimentos", afirmou. "Viemos falar com o presidente sobre a confiança que temos no País."

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O presidente da Hyundai, William Lee, apresentou a Temer os investimentos em andamento da companhia coreana no Brasil. A montadora está investindo US$ 130 milhões na ampliação da fábrica de Piracicaba (SP) e vai gastar mais US$ 25 milhões na construção de um centro de pesquisa na mesma cidade. "A Hyundai tem um compromisso de longo prazo com o Brasil. Queremos crescer junto com o Brasil", discursou Lee.

O executivo ponderou que todos os países passam em algum momento por dificuldades econômicas, mas disse que a companhia aposta no retorno do crescimento da economia brasileira. "Vejo um potencial muito grande no Brasil e apostamos na qualidade do trabalhador brasileiro", completou.

O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB - partido de Moraes - também esteve com Temer, no Planalto. Aos jornalistas, Aécio disse que as críticas ao ministro partem do PT. "Vi um presidente absolutamente tranquilo, dizendo que esse assunto estava superado." Na prática, porém, Temer ficou muito irritado com Moraes.

A ordem no Planalto agora é dizer que o episódio já é "página virada". No entra e sai do gabinete presidencial estiveram também o presidente mundial da Fiat Chrysler Automobiles, Sergio Marchione, e o secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Contas da União (TCU) pretende ampliar o número de responsáveis por prejuízos na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). A área técnica da corte concluiu que, além dos 14 ex-dirigentes da Petrobras já implicados, outros executivos tiveram participação no negócio, considerado um dos piores já feitos pela estatal. Delatores da Operação Lava Jato revelaram que houve pagamento de propina na transação.

A inclusão de novos nomes foi discutida nos últimos dias por auditores destacados para analisar a compra da refinaria. Ao menos mais quatro pessoas devem passar a responder às tomadas de contas especiais em curso, entre elas o ex-gerente de Inteligência de Mercado da área Internacional, Rafael Mauro Comino. Ele foi um dos alvos da 20ª fase da Lava Jato, deflagrada em novembro, cujo objetivo foi aprofundar as investigações sobre o esquema de corrupção na aquisição da Pasadena.

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Fora ex-dirigentes da Petrobras, o TCU também mira representantes do grupo belga Astra, que vendeu os ativos para a estatal brasileira.

O tribunal concluiu em 2014 que houve dano ao erário de US$ 792 milhões na compra de Pasadena, feita em duas etapas - uma em 2006 e outra em 2012. Na ocasião, os auditores entenderam que 14 executivos deram causa às perdas, determinando que eles respondessem às tomadas de contas - processos que visam ao ressarcimento.

Dez deles estão com os bens bloqueados, incluindo o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Nestor Cerveró e Renato Duque (Serviços).

A previsão é de que o ministro Vital do Rêgo, relator dos processos, peça ao plenário que também aprove a indisponibilidade dos bens dos novos responsáveis, o que deve ocorrer nas próximas semanas. Antes disso, no entanto, a corte precisa apreciar embargos de alguns dos ex-dirigentes que estão sendo processados.

O TCU também avalia eventual responsabilização de ex-conselheiros de Administração da Petrobras, entre eles a presidente afastada Dilma Rousseff. Auditores afirmam que não há, por ora, consenso a respeito.

A reportagem revelou em 2014 que a presidente Dilma deu aval à compra dos primeiros 50% da refinaria, em 2006. Na época, ela era ministra da Casa Civil e chefe do Conselho de Administração da Petrobras. Em nota ao jornal, a presidente justificou que se baseou num parecer falho, elaborado por Cerveró, que omitia cláusulas prejudiciais do negócio. Do contrário, assegurou, não votaria a favor. O ex-diretor, preso na Lava Jato, é hoje um dos delatores da operação.

A reportagem não localizou Rafael Comino e representantes do grupo Astra.

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