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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (26) uma ação de combate e desarticulação de uma organização criminosa que atuava no comércio ilegal e exportação de minérios e pedras preciosas. A Operação Soldner foi realizada nos estados de Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Pará, Pernambuco e Tocantins.

Em Pernambuco, foi cumprido um mandado de condução coercitiva – quando a pessoa é obrigada a comparecer para prestar esclarecimentos. A mulher esteve na sede da PF e foi liberada para fazer exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML).

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Segundo a Polícia Federal, a movimentação do grupo foi estimada em R$ 500 milhões. Cerca de 200 policiais federais cumprem 58 medidas judiciais, sendo 10 mandados de prisão temporária, 19 de busca e apreensão e 29 conduções coercitivas nos sete estados.

O Brasil voltou a perder espaço no mercado internacional de produtos manufaturados. Um levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) com base em dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) colocou o País no 32º lugar entre as economias que mais exportaram manufaturas em 2014 - duas colocações abaixo do apurado no ano anterior.

Pelo estudo, a parcela do Brasil no comércio internacional de manufaturas foi de apenas 0,61%. A perda de participação da indústria brasileira no comércio internacional tem sido constante ao longo dos últimos anos, segundo o levantamento. Em 2005, o Brasil ocupava a 26.ª posição, e a fatia internacional era de 0,85%.

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As manufaturas brasileiras têm sido menos demandadas globalmente por uma conjunção de fatores. Nos últimos anos, o real valorizado em relação ao dólar tirou a competitividade dos produtos brasileiros. O chamando Custo Brasil - que envolve desde uma carga tributária complexa aos problemas de logística do País - também impediu um aumento das exportações da indústria.

"Os fatores que impedem um aumento das exportações já são conhecidos de longa data e continuam o mesmo: uma tributação em cascata, que onera demais o setor produtivo. Há um problema sério de logística com os gargalos de infraestrutura. E, a taxa de câmbio apreciada nos últimos anos, fez com que a estrutura produtiva perdesse ainda mais espaço", diz Rafael Fernandes Cagnin, economista do Iedi. "Hoje, a taxa de câmbio está melhor, mas a reação leva um pouco de tempo", afirma Cagnin.

A perda do mercado internacional fez com que a pauta de exportação brasileira se invertesse nos últimos dez anos. Em 2005, os manufaturados correspondiam a 53% das vendas do País. No ano passado, a fatia diminuiu para 34%. No caso dos produtos agrícolas, houve um processo contrário. A participação aumentou de 30% para 40% no período analisado.

Economia fechada

O estudo aponta que a economia brasileira também permaneceu bastante fechada para o comércio global quando se leva em conta a exportação total. No ano passado, o Brasil foi o 25.º maior exportador, três posições abaixo do apurado em 2013. O País foi ultrapassado por Suíça, Malásia e Tailândia, nações com uma economia bem menor do que a brasileira.

No ranking das importações, a economia do Brasil se manteve na 22ª colocação. Em 2014, as exportações brasileiras somaram US$ 225 bilhões, uma queda de 7% ante 2013. E as importações foram de US$ 239 bilhões, um recuo de 5% no período.

"O quadro da inserção da estrutura produtiva brasileira no comércio mundial se deteriora sobretudo para as exportações", afirma Cagnin. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A exportação brasileira de carne bovina alcançou em outubro o melhor resultado do ano. Em volume, foram exportadas 138,7 mil toneladas de carne, com faturamento de US$ 557,3 milhões. Foi o maior crescimento do ano também comparado com setembro, sendo 14,7% em volume e 5,36% em faturamento. O levantamento é da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), divulgado nesta quarta-feira, 11.

Conforme a associação, no mês passado Hong Kong voltou ao topo dos maiores importadores de carne bovina brasileira, com cerca de 33 mil toneladas e faturamento de US$ 114 milhões, 80% maior que no mês anterior. A China ocupou a segunda posição com a compra de 17 mil toneladas e faturamento de US$ 83 milhões.

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A Abiec destaca o crescimento dos embarques para a Rússia, também em relação a setembro: foram 20 mil toneladas embarcadas ao país, aumento de 93% na comparação com setembro, e faturamento de US$ 60 milhões (77% superior ao mês anterior).

No acumulado do ano até outubro, a exportação de carne bovina brasileira alcançou US$ 4,8 bilhões em faturamento. No período, foram embarcadas perto de 1,1 milhão toneladas de carne. O resultado ainda se mantém inferior ao mesmo período de 2014, com queda de 18% em faturamento e 11% em volume.

Mas, como já era esperado, está havendo uma recuperação neste segundo semestre. As expectativas do setor ficaram ainda melhores com o anúncio da reabertura do mercado da Arábia Saudita, no início de novembro.

O presidente da Abiec, Jorge Camardelli, disse em comunicado que a Arábia Saudita é um mercado de muito potencial para a carne brasileira. "Junto com a Arábia, também conseguiremos atingir outros países como Bahrein, Kuwait, Qatar e Iraque, o que terá um ótimo reflexo e incremento nas exportações já a partir de dezembro", afirmou.

A carne in natura continua como a categoria de produtos mais exportada. Em outubro, atingiu faturamento de US$ 450 milhões, seguida de miúdos com US$ 51 milhões de faturamento.

A agência de classificação de risco Moody’s avalia que o real mais fraco dá vantagem aos exportadores, mas ressalta que um movimento muito significativo de desvalorização cambial eleva o valor das dívidas, o que pressiona a alavancagem e o peso dos juros. De acordo com a agência, a maioria dos exportadores também tem dívidas expressivas denominadas em moeda estrangeira.

Em comentário enviado por e-mail, o analista da Moody’s Erick Rodrigues destaca que a Petrobrás e as companhias aéreas, como Latam e Gol, devem sofrer impacto maior em função do movimento do câmbio. "A desvalorização cambial prejudicará a Petrobrás, forçando-a a gastar mais para importar o petróleo usado na produção de combustível, pagar juros denominados em dólar e fazer investimentos de capital."

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O analista também destaca que Latam Airlines e Gol Linhas Aéreas também têm exposição de custos e dívida significativa, mas ressalta que a Latam possui uma receita mais diversificada. "Companhias com descasamentos de dívida - ou seja, aquelas que têm receitas em reais e dívida, custos em dólares - estão entre as mais vulneráveis", afirma Rodrigues. Segundo ele, o impacto para as empresas será variável, dependendo da quantidade de ativos e receitas no exterior e das estratégias de hedge adotadas. "Para evitar maiores riscos de liquidez no curto prazo, as empresas que são mais expostas à volatilidade cambial devem reforçar suas posições de caixa ou linhas de crédito."

Para a agência, a depreciação do real favorecerá as companhias de metal e mineração, embora não o suficiente para compensar o ambiente de preços muito baixos para metais e minério de ferro. Além disso, a Moody’s também enxerga que Fibria e Suzano devem se beneficiar com as exportações mais competitivas e maiores volumes de produção.

"O real fraco também ajudará as produtoras de proteína JBS, BRF, Minerva e Marfrig Global Foods a competir nos mercados de exportação, apesar do imediato impacto negativo sobre alavancagem", diz Rodrigues. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pesquisa de Sondagem da Indústria da Transformação e Extrativa Mineral, no Brasil, apresentou elevação em três de seus índices no mês de julho de 2015. Assim, verifica-se que o volume de produção apresentou aumento de 3,7 pontos, no com o mês imediatamente anterior, e atingiu na pesquisa 44,0 pontos, mesmo assim o índice ainda encontra-se abaixo da linha divisória dos 50 pontos (queda na produção).

O índice da utilização da capacidade instalada em relação ao usual elevou-se em 1,0 ponto e marcou 34,8 pontos em julho. No mesmo sentido, percebese que a evolução do número de empregados obteve 40,8 pontos e um leve crescimento de 0,1 ponto na comparação de junho com julho/15. No sentido oposto, os estoques de produtos finais registraram, na comparação com junho, recuo de 0,7 ponto e registrou 52,3 pontos na pesquisa.

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Em Pernambuco, a sondagem para o mês de julho demonstrou evolução em dois dos seus quatro índices. Logo, a variação mais significativa foi constatada no volume de produção, que elevou-se 11,4 pontos, em relação a junho, chegando a marcar 50,2 pontos na pesquisa (valores acima da linha divisória indicam crescimento na produção) e a utilização da capacidade instalada em relação ao usual (41,1 pontos) se expandiu em 4,7 pontos. Por outro lado, os índices evolução no número de empregados (40,4 pontos) teve queda 1,1 pontos e os estoques de produtos finais registraram 53,3 pontos e apresentaram decréscimo de 2,0 pontos em julho/2015.

Em relação às expectativas dos empresários pernambucanos para os próximos seis meses, a pesquisa apresentou aumento em todos os índices pesquisados. Destaque para a expectativa para a quantidade exportada que marcou 53,0 pontos, alta de 7,6 pontos na comparação com julho/2015. Nesse mesmo sentido, o índice compras de matérias-primas (50,4 pontos) cresceu 5,8 pontos, a expectativapara o número de empregados (43,6 pontos) elevou-se em 2,9 pontos e por fim, o índice demanda por produto alcançou 50,1 pontos e no comparativo com o mês de julho de 2015 o aumento registrado foi de 2,8 pontos na pesquisa.

Da Assessoria da FIEPE

Nesta terça-feira (18), será realizado o 1° Seminário de Crédito e Serviços para Exportação, promovido pelo Governo de Pernambuco. O objetivo do evento é incentivar a participação das micro e pequenas empresas nas atividades de exportação, além de ampliar sua inserção no comércio exterior.

“No momento em que o país assiste a uma retração econômica, é importante que as micro e pequenas empresas busquem novos mercados. Toda iniciativa é válida para despertar o interesse do empreendedor a vender para fora”, destaca o secretário executivo da Micro e Pequena Empresa e de Fomento ao Empreendedorismo, João Freire, conforme informações da assessoria de imprensa.

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O encontro será das 8h às 12h, no auditório do empresarial Isaac Newton, no bairro da Ilha do Leite, no Recife. Ao todo, 60 vagas estão disponíveis e as inscrições podem ser feitas pela internet.

O empresarial fica na Avenida Governador Agamenon Magalhães, 4779, no bairro da Ilha do Leite, no Recife. Mais informações podem ser conseguidas pelo telefone (81) 3184-7879. 

O governo da China restringiu a exportação de aviões não tripulados (drones) e de supercomputadores, na mais recente medida do país para fortalecer o controle sobre tecnologias ligadas à segurança nacional. A partir de meados de agosto, as fabricantes chinesas dos drones e de alguns computadores mais avançados terão de obter licença para exportar, segundo comunicado da sexta-feira do Ministério do Comércio e da Administração Geral de Aduanas.

Os computadores terão de obter licença se eles conseguirem superar os 8 "teraflops" - o que significa que podem processar mais de 8 trilhões de cálculos por segundo, quase o equivalente ao poder de processamento de 33 modelos somados do videogame Xbox 360. A China tem fortalecido seu controle sobre o setor industrial, a fim de tentar impedir a infiltração de espiões estrangeiros e ainda melhorar sua competitividade global entre as empresas do setor de tecnologia.

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Os drones da China têm causado incidentes políticos nos últimos meses, após modelos vendidos pela empresa SZ DJI Technology, sediada em Shenzhen, sobrevoarem o escritório do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e as proximidades da Casa Branca em Washington. Na avaliação de Andrei Chang, editor da Kanwa Defense, uma publicação online sobre temas militares, as restrições podem chamar a atenção para a força da tecnologia chinesa e colocar o país numa posição de barganha melhor ante outras nações. "É para mostrar que eles têm tecnologia", disse Chang. "É uma atitude."

Os drones e os supercomputadores são duas áreas em que a China é uma líder industrial. A medida pode ser também uma reação ao fato de que os EUA bloquearam exportações de componentes do supercomputador Tianhe-2. O presidente Barack Obama também emitiu uma ordem executiva em julho para que os EUA construam até por volta de 2025 o mais veloz supercomputador do mundo.

Por ora, as medidas devem ter pouco efeito econômico no setor de drones da China. As restrições valem apenas para drones que podem voar mais de uma hora, ou aqueles mais poderosos, com estabilização de vento e que podem voar por mais de meia hora. Poucos drones comerciais estão sujeitos às restrições, mas elas devem ter um efeito maior nos próximos anos, com a melhora na tecnologia de baterias permitindo maior autonomia de voo. O novo controle de exportações sobre supercomputadores da China é similar ao já usado pelos EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), recebeu nesta terça-feira (28) produtores de açúcar de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e outros estados do Nordeste. No encontro, os empresários entregaram ao petebista  um documento que formaliza  a proposta e busca viabilizar as quotas de exportação de açúcar para os Estados Unidos e países da União Europeia.

De acordo com o documento, os produtores teriam acesso ao financiamento privado e contariam com o seguro de crédito no âmbito do Fundo de Garantia às Exportações (FGE). Segundo o Ministro, a proposta está em consonância com as diretrizes do Plano Nacional de Exportações e representaria um alívio financeiro para o setor, viabilizando a produção e as exportações para os próximos anos.

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*Com informações da assessoria

 

Os interessados na área do comércio exterior podem realizar o Curso Prático de Exporta Fácil, promovido pelo Núcleo Peiex, nesta quarta-feira (29), das 14h às 16h30, na sede do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep). 

O objetivo do curso é entender como é possível simplificar os processos postais e alfandegários para quem deseja expandir seus negócios pelo uso da exportação. Ao total, são 25 vagas disponíveis, sendo necessária confirmação de presença por envio de solicitação para o e-mail peiex@itep.br, em que deve conter o nome completo do participante e o número do CPF, ou por meio do preenchimento do formulário online.

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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto (PTB), reuniu-se nesta sexta-feira (27) com os representantes de empresas exportadoras de Pernambuco para colher contribuições ao Plano Nacional de Exportação. A proposta está sendo finalizada pelo governo federal deve ser lançada nas próximas semanas com o objetivo de estimular as vendas do Brasil, ampliando mercados e as oportunidades de emprego no país.

Segundo Monteiro, o Brasil precisa aproveitar melhor as oportunidades que estão surgindo. “Temos que nos associar aos fluxos de comércio e às regiões com maior dinamismo para procurar novas janelas de oportunidade. E sinalizamos para isso ao fazermos a nossa primeira viagem ao exterior exatamente aos Estados Unidos, que é o principal mercado de manufaturados do Brasil, que voltou a crescer e que oferece possibilidades muito promissoras para o nosso país”, ressaltou o petebista, durante encontro realizado na sede da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe).

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Ao lado do presidente da Fiepe, Ricardo Essinger, o ministro também ressaltou que “Pernambuco tem que ter uma participação importante no Plano Nacional de Exportação”. Na opinião dele, o plano também precisa ter uma visão regional. “A base exportadora no Brasil é ainda muito concentrada. Acho muito importante um esforço para que a gente possa engajar a média e a pequena empresa no país. Nesse sentido, o papel das Federações é muito importante”, salientou.

O encontro articulado pela diretoria da Fiepe conotu com cerca de 30 representantes de grupos como Acumuladores Moura, João Santos, Oxinor, Engarrafamento Pitú e Petroquímica Suape. Além de Armando Monteiro como representante do governo, o secretário de Comércio Exterior do Ministério, Daniel Godinho, também aprofundou a discussão com os empresários. 

 

 

 

 

 

A indústria de transformação, que teve déficit recorde de US$ 58,86 bilhões em 2014, não foi só o principal responsável pelo maior saldo negativo da balança comercial brasileira desde 1998 (US$ 3,96 bilhões). Mas também contribuiu para piorar a qualidade do fluxo de comércio exterior: o Brasil se consolidou nos últimos oito anos como um exportador de itens que são quase matérias-primas também no segmento industrial.

Entre 2006 e 2014, setores intensivos em recursos naturais e que usam pouca tecnologia responderam por quase 70% do avanço das exportações da indústria, aponta um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para avaliar o comércio exterior por setor produtivo com base na intensidade tecnológica. O estudo levou em conta 2006, quando a balança industrial era superavitária, e 2014, ano que a indústria teve déficit histórico.

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Nesses oito anos, as exportações da indústria de transformação tiveram aumento de US$ 31 bilhões. Desse acréscimo, US$ 21,6 bilhões ou 69,7% vieram de setores de baixa tecnologia, como abate e fabricação de produtos de carne, produção e refino de açúcar, produção de óleos e gorduras vegetais, por exemplo. Já as exportações de segmentos industriais, que agregam maior valor aos produtos, ficaram praticamente estagnadas no período.

No sentido contrário, as importações da indústria entre 2006 e 2014 aumentaram US$ 122 bilhões, quase quatro vezes o acréscimo registrado pelas exportações. E a categoria que apresentou a maior variação no valor importado foi a de produtos intensivos em tecnologia e de alto valor.

"Não estamos desenvolvendo dentro da nossa indústria produtos de alto valor que possam ser exportados. A vulnerabilidade está justamente aí", afirma José Ricardo Roriz Coelho, diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp e responsável pelo estudo. A mudança de perfil indica que a já combalida indústria brasileira está deslocando a produção de atividade de alta produtividade e que paga os maiores salários para setores com menor produtividade e remuneração para os trabalhadores locais.

Na sua avaliação, o Brasil se "acomodou" com os altos preços das commodities e foi perdendo competitividade nas exportações de produtos de maior valor, afetado pelo câmbio valorizado, pela alta carga tributária, pelos juros elevados, pela burocracia excessiva e a infraestrutura deficitária.

Demandas

A piora da qualidade da balança comercial da indústria combinada com déficit recorde do setor ganham relevância no momento que o governo desenha um plano para alavancar as exportações. Até agora, o Ministério do Desenvolvimento trabalha com a ideia de ajudar os empresários a entrar e ampliar sua presença em mercados já conhecidos e outros ainda a serem consolidados. Mas o plano não toca na desoneração dos produtos, a principal demanda do setor.

Para o gerente executivo de comércio exterior de Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diego Bonomo, o plano de exportação não mexe nas questões estruturais, porque para tocar nesses pontos, como por exemplo, na reforma tributária, precisaria ter o aval do Executivo e do Congresso.

Já Roriz Coelho, da Fiesp, não vê grandes avanços nas exportações se as medidas ficarem restritas à área comercial. "Como ampliar as vendas externas se não temos competitividade para participar do mercado de produtos de maior valor", questiona. Ele observa que a recente valorização do dólar em relação ao real, que já passa de R$ 3, pode atenuar um pouco o problema de falta competitividade. Segundo Roriz Coelho, a solução para ampliar as exportações é desonerar a produção.

O diretor da Fiesp argumenta que a indústria responde por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) e paga um terço de todos os impostos que o Brasil arrecada. "É como se os produtos brasileiros estivessem participando de uma maratona com uma mochila nas costas pesando 50 quilos e concorrendo com um chinês todo paramentado, com um tênis de primeira linha", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da França, François Hollande, anunciou hoje que o Egito concordou em comprar 24 caças Rafale, da fabricante Dassault. Segundo Hollande, o negócio faz parte de um acordo de Defesa que também envolve a compra de uma fragata.

Se confirmada, esta será a primeira exportação do caça francês, que também foi oferecido ao Brasil. No ano passado, a presidente Dilma Rousseff decidiu pela compra do caça sueco Gripen, da fabricante Saab.

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"Este equipamento irá permitir que o Egito aumente a sua segurança e participe plenamente da estabilização da região", disse Hollande em uma nota.

O contrato deve ser assinado na próxima segunda-feira, quando o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, deve visitar Cairo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Brasil exportou 26% menos carne bovina em janeiro, com 96 mil toneladas, ante 130 mil toneladas há um ano. Em receita, também houve queda, de 23%, passando de US$ 555 milhões para US$ 426 milhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 09, pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e consideram a carne in natura, industrializados, cortes salgados e miúdos.

"A desaceleração já era esperada pela conjuntura macroeconômica que a Rússia atravessa e também porque as novas cotas para o ano ainda não foram distribuídas para os importadores do país", explicou, em nota, o presidente da entidade, Antônio Jorge Camardelli.

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Hong Kong continua sendo o principal destino do produto nacional, com importação de 29 mil toneladas e faturamento de US$ 130 milhões em janeiro. Com crescimento de quase 30% em faturamento (US$ 71 milhões) e 23% em volume (20 mil toneladas), o Egito ocupou a segunda posição no mês passado.

A Abiec destaca também o mercado norte-americano, que ocupou a quinta posição em janeiro. O crescimento em faturamento ultrapassou 127% e, em volume, mais de 170%. Vale lembrar que o Brasil exporta apenas carne industrializada para os EUA e a abertura do mercado para carne in natura ainda no primeiro semestre é uma das grandes apostas do setor para ampliar exportações em 2015, informa a associação. "Temos indicativos de que as negociações com o mercado norte-americano para carne in natura deverão avançar de maneira positiva e em breve. A abertura para os EUA é de fundamental importância porque possibilita também atingir outros países da NAFTA, bem como Caribe e América Central", diz Camardelli.

Segundo a Abiec, outras apostas do setor para ampliar mercados em 2015 é a retomada definitiva da China - que também tem previsão para o primeiro semestre; bem como as perspectivas positivas para o anúncio do fim do embargo da Arábia Saudita e Japão.

"O cenário continua em alta para este ano. Além dos esperados anúncios de liberação de mercados, temos diversas ações para a promoção da carne brasileira pelo mundo. Iniciamos agora em fevereiro com a presença na Gulfood, em Dubai. Os países árabes formam um mercado essencial para a carne brasileira, onde somente nos últimos dez anos, mais que dobramos o faturamento com vendas para aquela região, passando de US$ 537 milhões para US$ 1,3 bilhão. E ainda temos potencial para crescer mais", complementa o presidente da Abiec.

Ainda dentro dos resultados do mês de janeiro, a carne in natura foi a categoria de produtos brasileiros mais importada em todo o mundo, atingindo um faturamento de US$ 326 milhões.

Durante visita à fábrica da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) em Goiana, Pernambuco, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou que o Brasil deve intensificar os estímulos às exportações como uma das estratégias para retomar o crescimento econômico e garantir a geração de empregos no país.

O ministro atualmente está debruçado para concluir o Plano Nacional de Exportação, que tem como objetivo estabelecer instrumentos de inteligência e promoção comercial, financiamento, seguros e garantias, por exemplo, para “motivar efetivamente o setor produtivo a se engajar nesse processo”.

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“O Plano nos dá uma perspectiva de menor crescimento, sobretudo em 2015; todos sabem que as projeções estão indicando um crescimento baixo para a economia brasileira; e aí a saída é buscar novos mercados e nós nos associarmos às áreas que têm tido maior crescimento no mundo. E isso se faz através dos canais de exportação. Isso é muito importante para manter o emprego no Brasil. Se há uma queda na atividade econômica e a gente pode compensar isso com mais exportações, isso mantém os empregos no Brasil”, ressaltou, segundo informações da assessoria de imprensa.

Ainda de acordo com o ministro, o plano deve ser concluído e lançado pelo governo nos próximos 30 dias. Após encontro com Stefan Ketter, vice-presidente mundial de Manufatura/Projeto Pernambuco da Fiat Chrysler Automobiles, e Cledorvino Belini, CEO da FCA na América Latina, o ministro garantiu que o setor automotivo vai se engajar no plano nacional de exportações, inclusive por meio da fábrica de Pernambuco, que, junto com os fornecedores instalados no local, já emprega cerca de 10 mil pessoas e terá capacidade para produzir 250 mil veículos por ano.

Diante das dificuldades econômicas enfrentadas pelo Brasil e o arrocho anunciado pelo Governo Federal, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio ( exterior pretende investir na exportação. “O MDIC apresentará, nos próximos dias, um arrojado plano nacional de exportação, com ampla participação do setor privado e indispensável visão integradora das diversas regiões do País", afirmou Armando Monteiro, durante a cerimônia de posse realizada esta quarta-feira (7), em Brasília. 

No entanto, o estímulo a saída de mercadoria não será a única estratégia utilizada melo MDIC para alavancar o desenvolvimento do país. Segundo o ministro, a pasta pretende apresentar um conjunto de ações que podem reduzir o impacto fiscal, incentivar o investimento e renovação do parque fabril e facilitar o acesso das pequenas e médias empresas ao crédito.

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De acordo com o novo ministro, reduzir a burocracia irá ampliar as relações internacionais. “Vamos promover um arranjo institucional que favoreça e estimule a inovação. Para isso, precisamos aprimorar o marco legal, ampliar o escopo e foco do financiamento", pontuou Monteiro, ressaltando que para desenvolver uma política industrial é preciso manter o comércio exterior ativo. 

As exportações brasileiras de proteína animal devem voltar a bater recordes neste ano. Em 2014, as vendas externas de carne bovina, suína e de frango já alcançaram níveis históricos, com crescimento em volume ou receita, resultado da demanda aquecida. Para este ano a perspectiva de abertura de novos mercados em meio a um cenário de redução da oferta de animais em países concorrentes favorece o escoamento da produção do País. A projeção de um real mais desvalorizado frente ao dólar também reforça a expectativa positiva de associações e empresas do setor em relação ao desempenho do mercado internacional. A tendência é de que as exportações aquecidas compensem uma possível desaceleração do consumo doméstico, mantendo os preços em patamares elevados.

Com a diminuição do rebanho dos Estados Unidos e da Austrália e a crescente demanda dos países emergentes, o segmento de bovinos deverá apresentar o melhor desempenho entre as carnes. "A oferta de bois no mundo está restrita, mas o Brasil não está sofrendo com isso. Por outro lado, a demanda internacional vem crescendo, o que puxa os preços internacionais do gado", explicou Leonardo Alves, analista da Votorantim Corretora. A estimativa da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec) é de que a receita com as exportações da proteína bovina alcancem US$ 8 bilhões ao final deste ano, valor que representa um aumento de 9,8% em relação à receita de US$ 7,2 bilhões estimada pela entidade para 2014.

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Em volume, a projeção também é de obter novo recorde. De acordo com a Abiec, os embarques ao longo de 2015 podem totalizar 1,7 milhão de toneladas, volume 7,6% superior ao esperado no ano passado. Os dados da associação levam em conta as exportações de carne in natura, miúdos e processados. Considerados apenas os números referentes à carne in natura, os dados informados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostraram que a receita em 2014 atingiu o maior nível já registrado ao somar US$ 5,736 bilhões. O volume da proteína in natura embarcado no ano passado totalizou 1,227 milhão de toneladas, ficando muito próximo do recorde de 1,286 milhão registrado em 2007.

Além da China, que oficializou a reabertura de seu mercado à carne bovina in natura brasileira em novembro passado, o setor espera que em 2015 Japão e Estados Unidos também retirem seus embargos ao produto. "A principal vantagem do mercado norte-americano é o trânsito no Nafta. México e Canadá também são importantes mercados consumidores de carne", destacou o presidente da Abiec, Antônio Jorge Carmadelli. O potencial de exportações do Brasil para os EUA é de 64 mil toneladas de carne bovina, principalmente de proteína in natura. Segundo ele, as projeções da Abiec ainda não incluem um possível acesso aos Estados Unidos, ou seja, o volume de exportações do Brasil em 2015 pode ser ainda maior do que o previsto inicialmente. Hoje, o País exporta aproximadamente apenas 20% da sua produção de bovinos.

Com os preços internacionais da carne bovina elevados, a expectativa é de que os preços da proteína e da arroba do boi gordo também permaneçam altos no mercado brasileiro. "Em 2015, com uma redução da oferta e exportações aquecidas, os preços da carne para o consumidor serão altos e, para o produtor, os preços da arroba também continuarão lucrativos", estimou o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. De acordo com Alves, os preços elevados da proteína bovina tendem a puxar também as cotações das carnes concorrentes, como a de frango e a suína.

Aves e suínos

Ainda que a projeção para as exportações de aves e suínos seja de um desempenho mais modesto frente ao segmento de bovinos, a expectativa é de um forte ganho de margem para a produção desses animais. Os criadores e as indústrias devem se beneficiar da redução das cotações dos grãos, que compõem grande parte dos seus custos. Para a BRF, maior exportadora do segmento no País, os gastos com milho e soja representam de 20% a 25% do custo total das vendas das carnes in natura.

De acordo com estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o volume das exportações de carne de frango deve crescer entre 3% a 4% frente ao resultado de 2014, quando pouco mais de 3,6 milhões de toneladas foram embarcadas. Já a previsão para o segmento de suínos é de uma manutenção do desempenho observado no ano passado: volume inferior, mas com ganho de receita devido ao aumento do preço internacional da carne suína. O valor mais alto da proteína é resultado direto da queda da oferta mundial de animais.

Apesar do cenário positivo, a recente queda dos preços do petróleo levanta a preocupação de que Rússia, Venezuela e países do Oriente Médio, todos importantes mercados consumidores das carnes brasileiras, reduzam as suas importações. No entanto, o foco do setor parece ser mesmo o mercado chinês. "A China e a abertura de novos mercados serão mesmo o principal vetor de crescimento", disse Francisco Turra, presidente executivo da ABPA. Segundo ele, o governo chinês deve habilitar no início deste ano oito novas plantas brasileiras, sete produtoras de aves e uma de suínos.

As exportações de celulose alcançaram 1,095 milhão de toneladas em outubro, crescimento de 19,41% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando os embarques somaram 917 mil toneladas. De acordo com dados divulgados na tarde desta segunda-feira, 3, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), houve um aumento de 20,1% no volume exportado em relação a agosto, quando foram embarcados 911,7 mil toneladas.

Em receita, a celulose exportada chegou a US$ 511,9 milhões no mês passado, uma alta de 6,2% na comparação anual. Em outubro do ano passado, o Brasil havia vendido o equivalente a US$ 482,2 milhões em celulose. Com relação ao mês anterior, houve um avanço de 16,6%. Já o preço médio das exportações caiu 11,08%, de US$ 525,8 por tonelada em outubro de 2013 para US$ 467,5 no mês passado. Na comparação mensal, houve um recuo de 2,9% no preço praticado.

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O diretor de mercados da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, Mauro Bogéa Soares, participou nesta quarta-feira (10), do VI Encontro Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex) salientando as ações e esforços do governo no sentido de melhorar o ambiente de negócios e ampliar o mercado exterior para as micro e pequenas empresas.

Ele citou a universalização do Sistema de Tributação Diferenciado para as Micro e Pequenas Empresas (Supersimples), que unifica oito impostos em um único boleto e reduz, em média, em 40% a carga tributária.

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"Minha missão aqui é dar um pequeno informe de pelo menos duas ações específicas, que são melhorar o ambiente de negócios e ampliar o mercado exterior para micros e pequenas empresas", disse. De acordo com ele, o total das exportações hoje está inferior a 1%, sendo que há pessoas que atestam que está em torno de 0,7% e pode ser ainda pior por causa de questões metodológicas. "É possível que estes números sejam piores. É verdade que nas exportações de serviços este número chega a quase de 10%, o que gera uma preocupação no governo, que tem como objetivo incentivar as pequenas e micro empresas", disse.

No caso do Brasil, de acordo com Soares, apoiar as micro e pequenas empresas não se trata apenas de uma força de lei, mas porque elas, entre outras coisas, respondem por 40% da massa salarial, 10% das exportações de serviços e menos de 0,7% de produtos manufaturados.

"No caso dos impostos, se já não é bom para as médias e grandes empresas, é um desastre para as micros e pequenas empresas, porque elas não têm onde desonerar", disse o representante do governo. Ele afirmou ainda que a lei não permite às micros e pequenas usufruir das regras de drawback. A lógica é corrigir imperfeições de mercado e marcos institucionais para que as empresas possam crescer.

A universalização do Simples, de acordo com Soares, vai permitir que cerca de 500 mil empresas possam participar dos benefícios do sistema. "Não é verdade que o Simples reduz impostos. Ele reduz os custos para que as empresas possam cumprir suas obrigações tributárias", disse.

Com a expectativa de um consumo doméstico menos aquecido no segundo semestre deste ano, as principais companhias brasileiras do setor de carnes aumentam sua atenção para as vendas no mercado internacional.

De abril a junho, as empresas com operações no segmento de bovinos já apresentaram bom desempenho das exportações, fator que impulsionou o avanço de suas receitas. Para JBS, Marfrig e Minerva, o crescimento das vendas externas foi um dos destaques do período, possibilitado pela demanda internacional crescente em países emergentes e pela maior rentabilidade da carne.

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Maior exportadora do setor no País, a JBS apresentou uma alta de 45% nas suas exportações ao final do último trimestre, para US$ 4,305 bilhões ante US$ 2,975 bilhões no segundo trimestre de 2013. Para o analista Luca Cipiccia, do Goldman Sachs, com crescimento do volume exportado pela divisão norte-americana e do preço médio mais elevado da unidade no Mercosul, o desempenho das vendas externas das operações de bovinos do grupo foi um dos responsáveis pelo resultado consolidado da JBS. No período, a receita líquida da companhia aumentou 32,1%, para R$ 28,968 bilhões.

Já a receita bruta da Minerva no mercado externo teve uma expansão de 28,1% entre abril e junho, para R$ 1,191 bilhão, enquanto a receita líquida total da empresa avançou 25,2%, para R$ 1,656 bilhão. "As vendas externas chegaram a 70% do total e continuam a ser o grande 'driver' de resultado e faturamento", declarou o diretor Financeiro da companhia, Edison Ticle, durante divulgação dos resultados.

Em entrevista com a imprensa para comentar os números da empresa no período, o diretor presidente da Marfrig, Sérgio Rial, também destacou a crescente participação das exportações na divisão de bovinos, a Marfrig Beef. Ao final de junho, 40% da produção total no Brasil eram destinados para exportação. Ao considerar os demais países de atuação da Marfrig na América Do Sul, as vendas externas correspondiam a quase 46% de todo o volume produzido. Para Rial, depois de um segundo trimestre onde as vendas no mercado interno contaram com o suporte da Copa do Mundo, a desaceleração econômica do País deve tornar o cenário do consumo doméstico mais desafiador para todo o setor. "Diante disso, a expectativa é de que o bom momento das exportações brasileiras neutralize parte do movimento da queda dos preços em função do menor consumo interno", disse o executivo.

Novos mercados

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de janeiro a julho de 2014, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram US$ 3,299 bilhões, avanço de 3,4% na comparação com igual período do ano passado. Em volume, a alta é de 13,4%, para 715 mil toneladas. Além do crescimento já apresentado no ano, a recente abertura de importantes mercados consumidores, como China e Rússia, também elevam as perspectivas para as vendas externas do setor.

A demanda chinesa por carne bovina é uma das que mais cresce em todo mundo e, no início de julho, o país suspendeu o embargo aplicado ainda em 2012 ao produto brasileiro. Juntos, China e Hong Kong representam um dos principais mercados para o setor. Para a JBS, por exemplo, a Grande China concentrou 18,5% de suas exportações no segundo trimestre. Já a Minerva deve ser uma das principais beneficiadas com a maior abertura do mercado russo, após o país aplicar barreiras aos Estados Unidos e à União Europeia. Em junho, a Rússia concentrava 23% das exportações da operação brasileira da companhia.

 

Carne suína e frango

Os mercados chinês e russo também têm potencial para aumentar o volume e, principalmente, rentabilidade das exportações de outras proteínas, como as carnes suína e de frango. Com a menor oferta de animais e valorização dos preços da carne suína in natura, no acumulado do ano, as exportações brasileiras da proteína caíram 4,5% em volume, mas apresentam um aumento de 12% em receita, segundo o MDIC. Já as vendas de carne de frango in natura registram queda de 1,3% em faturamento, com um volume exportado estável em relação aos sete primeiros meses de 2013.

Em teleconferência com analistas e investidores, o presidente global da JBS, Wesley Batista, destacou que a maior abertura da Rússia também deve beneficiar o segmento de aves, suínos e processados da companhia. Segundo ele, com a decisão de Moscou, as vendas das operações da JBS no Brasil podem aumentar cerca de US$ 1 milhão.

"Com a abertura do mercado russo, mais do que volumes adicionais, vemos espaço para um melhor poder de barganha em relação aos preços", avaliaram, em relatório, analistas do banco BTG Pactual. Para Rial, da Marfrig, ainda não é possível quantificar qual será o impacto da ampliação dos mercados compradores de carnes brasileiras, mas a abertura de países do tamanho de China e Rússia certamente contribui para a precificação internacional.

BRF

Com operações mais focadas nos segmentos de aves, suínos e industrializados, a BRF foi a única dentre as companhias de capital aberto do setor a não apresentar um avanço em suas exportações. A queda de 2% na receita líquida das vendas externas, no entanto, está em linha com o processo de reestruturação da companhia. A estratégia da BRF é reduzir o volume das exportações com margens mais baixas, como as carnes in natura, e ganhar em rentabilidade com produtos industrializados de maior valor agregado. A companhia deve ser uma das principais beneficiadas com a abertura do mercado russo nos segmentos de aves e suínos. Apenas na última semana, quatro unidades da BRF no Brasil (em Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) foram autorizadas a exportar carne suína para a Rússia.

Na próxima quarta-feira (27), será realizada em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a oficina “Inteligência Competitiva para pequenas e médias empresas – Vencendo o desafio da Internacionalização”. O evento é organizado na unidade da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), das 18h às 22h.

O curso incentivará empresários da região na busca por exportações dos produtos fabricados em Caruaru. Na oficina serão realizadas orientações sobre como as empresas podem realizar esse processo de maneira saudável e acerca de como funciona a Inteligência Competitiva.

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Os interessados podem se inscrever através do telefone (81) 3722-5667 ou pelo e-mail regional.agreste@fiepe.org.br. A unidade da Fiepe Caruaru fica na Rua Padre Félix Barreto, nº79, bairro Maurício de Nassau.

Oficina “Inteligência Competitiva para pequenas e médias empresas – Vencendo o desafio da Internacionalização”
Local: Fiepe Caruaru - Rua Padre Félix Barreto, nº79, no bairro Maurício de Nassau
Data: Quarta-feira (27/08)
Horário: 18h às 22h
Informações e inscrições: (81) 3722-5667 ou regional.agreste@fiepe.org.br

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