Tópicos | familiares

Após Mirella Santos ser eliminada em uma dinâmica surpresa, os participantes da Ilha Record ficaram com os nervos à flor da pele. Eleita por todos os exploradores como planta da edição, a Gêmea Lacração foi obrigada a deixar a disputa e se juntar a Dinei na Caverna do Exílio. Enquanto os dois exilados arquitetavam o plano para revirar o jogo, no episódio que foi ao ar nesta quarta-feira (4) a segunda votação do programa rolou e duas celebridades foram direto para o Desafio de Sobrevivência.

Como comandante da equipe Esmeralda, a vencedora da semana, Nanah Mattos teve a responsabilidade de indicar alguém direto para a berlinda. A cantora decepcionou Dinei, que achou que a amiga votaria no Thomaz Costa, e escolheu Pyong.

##RECOMENDA##

"Essa pessoa poderia orquestrar coisas contra mim. Votando nessa pessoa, eu vou dar um tiro no meu pé, já que vai contra algo que eu falei antes. Só que eu vim aqui para ganhar, não vim aqui apenas para ser amiga", explicou Nanah.

"Ela foi tão defensora do Dinei. Disse que honraria o Dinei, por isso achei que ela não seria hipócrita, mas é o jogo, né. Foi uma escolha inteligente pois eu sou uma ameaça para todos aqui", rebateu o youtuber.

Já Lucas Selfie foi o mais votado pela casa e terá que duelar com hipnólogo no Desafio da Sobrevivência que vai rolar na próxima quinta-feira, dia 5, para descobrir quem será exilado do reality. E não parou por aí! A temperatura aumentou quando Dinei e Mirella, diretamente da caverna, tiveram o poder de indicar um explorador para revelar o voto - e também escolheram Pyong.

"Eu votei no Lucas", disparou.

"Opa, eu já esperava. Eu só não votei nele porque ele já estava indicado", respondeu Lucas.

Mas não é só de faísca que um reality sobrevive. Em homenagem ao Dia dos Pais, os participantes receberam mensagens dos familiares e a emoção rolou solta. Pyong até recebeu um vídeo para lá de fofo do filho Jake, narrado por Sammy Lee.

O Senado deve analisar neste segundo semestre o Projeto de Lei (PL) 2.136/2020, que tem o objetivo de regulamentar a prática de visitas virtuais de familiares a pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTIs). De acordo com a proposta, a visita virtual seria feita por meio de videochamadas (em celulares ou computadores, por exemplo) para permitir aos pacientes entrarem em contato com os familiares — uma vez que, em várias situações, o quadro de saúde é grave e não há oportunidade de visitas presenciais devido a medidas de isolamento.

O texto original do projeto — de autoria do deputado federal Célio Studart (PV-CE) e subscrito pelos deputados federais Celso Sabino (PSDB-PA) e Luisa Canziani (PTB-PR) — tratava da visita a pacientes internados por Covid-19. Mas a deputada federal Soraya Santos (PL-RJ) apresentou um substitutivo, aprovado pela Câmara em junho, que estende essa regulamentação a todos os internados em enfermarias, apartamentos e UTIs.

##RECOMENDA##

O texto destaca que a visita virtual deverá ocorrer levando em conta o momento adequado definido pelo respectivo corpo de profissionais de saúde.

Para o senador Confúcio Moura (MDB-RO), que preside a Comissão Temporária da Covid-19 (colegiado formado por senadores que analisa as ações de enfrentamento da pandemia), a proposta é oportuna.

"O projeto tem uma grandeza de alma muito grande. Todo mundo sabe como fica a situação de um parente que tem um pai, uma mãe ou irmão internado numa UTI, intubado, e a gente não sabe a situação dele, só pelos boletins médicos, pelas informações ocasionais, mas a gente precisa ver, a gente precisa enxergar, olhar a situação", disse Confúcio Moura em entrevista à Rádio Senado.

De acordo com o texto, a realização das videochamadas deverá ser previamente autorizada pelo profissional responsável pelo acompanhamento do paciente. Se houver contraindicação para as videochamadas, os profissionais de saúde deverão justificar e anotar isso no prontuário do paciente. O projeto prevê pelo menos uma videochamada por dia, com os cuidados para que não sejam exibidas imagens que possam expor o paciente ou os serviços de saúde.

A proposta estabelece que as visitas virtuais deverão obedecer aos protocolos de segurança e saúde. Também estabelece que essas visitas poderão ocorrer mesmo com os pacientes inconscientes, desde que previamente autorizadas pelo próprio paciente (enquanto este gozava de capacidade de se expressar de forma autônoma, ainda que oralmente) ou por familiar.

O projeto determina ainda que o serviço de saúde zelará pela confidencialidade dos dados e das imagens produzidas durante a videochamada e exigirá firma do paciente, de familiares e de profissionais de saúde em termo de responsabilidade, sendo proibida a divulgação de imagens por qualquer meio que possa expor pacientes ou o serviço de saúde. Os serviços de saúde serão também responsáveis, de acordo com o texto, pela operacionalização e pelo apoio logístico para o cumprimento do estabelecido no projeto de lei.

O deputado Célio Studart destaca que a visita virtual a pacientes internados com Covid-19 já está sendo implementada em diversos hospitais no país. “A própria UTI neonatal da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (UFC), é um exemplo de sucesso, onde mães tiveram a oportunidade de ter contato com seus filhos. Assim como o caso Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, em que as famílias dos pacientes também puderam acompanhar seus entes queridos. Tal experiência aumenta a imunidade emocional e, assim, colabora com a saúde dos pacientes. Vale ressaltar que a presente propositura surgiu por meio de uma sugestão da senhora Silvana Andrade, fundadora e presidente da Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda)”, destacou o deputado na justificativa do projeto.

*Das Agências Câmara e Senado

Começou nesta segunda-feira (14) a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas em todos os Estados e no Distrito Federal. A campanha do Ministério da Justiça e Segurança Pública vai até sexta-feira (18) e ocorre de forma integrada com as secretarias estaduais de Segurança Pública e a Polícia Federal. O objetivo é possibilitar a identificação de pessoas desaparecidas por meio de exames e bancos de perfis genéticos.

Os familiares de pessoas desaparecidas devem procurar o local indicado por cada uma das 27 unidades da Federação para fornecer seus dados e material genético. A coleta voluntária deve ser feita, preferencialmente, por parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida, seguindo a ordem de preferência: pai e mãe; filhos; irmãos.

##RECOMENDA##

O DNA do próprio desaparecido também poderá ser extraído de itens de uso pessoal, tais como: escova de dentes, escova de cabelo, aparelho de barbear, aliança, óculos, aparelho ortodôntico, dente de leite, amostra de cordão umbilical. Esses materiais também poderão ser entregues nos pontos de coleta da campanha. É necessário, no ato da coleta, assinar um termo de consentimento.

Todo o material recolhido será utilizado com a finalidade exclusiva de identificação de pessoas desaparecidas por intermédio da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). A Rede é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O exame

O exame de DNA é uma ferramenta conhecida para a identificação de pessoas. Ainda que seja mais lembrada por sua utilização em testes de paternidade ou na solução de crimes, este recurso vem sendo usado com sucesso na localização de pessoas desaparecidas (ou não identificadas), tanto no Brasil como no exterior.

É um instrumento moderno e efetivo, capaz de dar uma resposta para as famílias que vivem o drama de ter um ente desaparecido. O material colhido para este fim não pode seá utilizado para nenhuma outra ação. Sua função exclusiva é a identificação e localização de pessoas desaparecidas ou não identificadas.

Ministério da Justiça disponibilizou na internet mais informações sobre onde doar o material, tirar dúvidas e dar detalhes sobre o procedimento.

Várias pessoas próximas do líder da oposição russa Alexei Navalny foram detidas nesta quinta-feira (28), antes de um tribunal examinar um recurso sobre sua detenção e a poucos dias de novas manifestações previstas para acontecer em todo país.

O irmão do opositor, Oleg Navalny, e Liubov Sóbol, sua aliada e figura emergente do movimento de oposição, foram detidos por 48 horas, acusados de "violarem as normas sanitárias" impostas pela pandemia da covid-19, segundo a equipe de Navalny.

"Oleg Navalny acaba de ser detido por 48 horas no departamento principal de investigação do Ministério do Interior (...) Isso significa que ele agora é um suspeito neste caso", tuitou um estreito colaborador de Navalny, Ivan Zhdánov.

O advogado de Sóbol, Vladimir Voronin, denunciou no Twitter "um completo delírio e arbitrariedade".

Maria Aliokhina, membro do grupo de protesto Pussy Riot, também foi detida por 48 horas pelo mesmo motivo, afirmou sua companheira Nadezhda Tolokónnikova no Instagram.

Anastasia Vasilieva, chefe de um sindicato de médicos parcialmente ligado a Navalny, sofreu o mesmo destino, segundo Zhdánov, assim como outros colaboradores do opositor do Kremlin.

Um vídeo divulgado pela imprensa e nas redes sociais mostrava Vasilieva tocando piano em sua casa, enquanto os investigadores revistavam seu apartamento.

- Chamados para protestos -

Essas detenções acontecem no momento em que um tribunal deve examinar, nesta quinta-feira, o recurso de Alexei Navalny contra sua prisão, há mais de uma semana. Este ativista anticorrupção e inimigo declarado do Kremlin é objeto de vários processos judiciais.

As buscas na quarta-feira tiveram como alvo a casa de sua esposa, Yulia, de seu irmão Oleg e de sua porta-voz Kira Yarmysh, condenada na sexta passada a nove dias de prisão, bem como as instalações de sua organização, o Fundo de Luta contra a Corrupção.

As residências, ou dependências, vinculadas a Navalny foram alvos de revistas diversas vezes nos últimos anos e por diversos motivos. Sua equipe denuncia assédio judicial por motivos políticos.

Segundo Zhdanov, as batidas fazem parte de uma investigação por violação das "normas sanitárias" em vigor, devido à pandemia de coronavírus, durante as manifestações da oposição ocorridas no sábado na Rússia.

O Ministério do Interior garantiu que os organizadores dos protestos, que não foram autorizados e resultaram em quase 3.900 prisões, "criaram uma ameaça de disseminação do coronavírus".

As autoridades abriram cerca de 20 investigações, em particular por chamados a distúrbios, violência contra a polícia, ou incitação de menores a cometerem atos ilegais.

O órgão de monitoramento do setor de Telecomunicações Roskomnadzor anunciou que multaria as redes sociais em até 4 milhões de rublos (US$ 63.500) por não apagarem as convocações incitando os menores a irem às ruas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, defendeu, nesta quinta-feira, que as forças da ordem "estão fazendo seu trabalho" e enfatizou que "houve várias violações da lei" nos protestos de sábado.

Os apoiadores de Navalny convocaram novos protestos para o domingo e esperam aproveitar o sucesso de uma investigação da oposição sobre um suposto palácio de Putin às margens do Mar Negro.

Mães de candidatos que realizam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) lamentaram o início das provas neste domingo (17). Elas disseram ter medo de que seus filhos se contaminem com a Covid-19.

"Achei desorganizado. E tem o risco da saída de casa até chegar aqui. Muitos podem pegar um Uber, mas e quem não pode?", questionou Roberta Cioly, de 43 anos, mãe da candidata Luiza Cioly, 15.  Ela também destacou que os estudantes não tiveram uma rotina de estudo normal em 2020, o que pode prejudicar o desempenho deles.

##RECOMENDA##

Maria Gorete, 45, é mãe de um jovem de 18 anos que tenta entrar na universidade pela primeira vez. Ela também criticou a realização do exame. "Eu acho que deveria ter sido adiada. Teve aglomeração aqui na entrada. Não sei lá dentro, mas aqui ficou muita gente esperando". Seu filho é de escola pública, não tem computador em casa e teve que estudar por celular com internet ruim. "Foi complicado", resume Gorete. 

A mãe Ana Paula Rodrigues, 41, também criticou a aglomeração no local. "Parecia que estava tudo normal", criticou ela. Rodrigues conta que sua filha estava em um cursinho, interrompido por causa da pandemia. "Ela acabou estudando pouco. Não está confiante."

"Queria que as provas tivessem sido adiadas. Está sendo muito difícil. As pessoas estão agindo como se não existisse a doença",  disse Rosângela Cavalcante, 45, mãe de Érika, 18. Segundo Rosângela, sua filha teve muita dificuldade em estudar remotamente. "Ela reclamou muito. Só conseguiu se organizar de três semanas para cá."

Neste domingo (17), primeiro dia do Enem 2020, os candidatos respondem, das 13h30 às 19h, questões de Ciências Humanas, Linguagens, além da redação. Já no dia 24 deste mês, os feras enfrentarão quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

A versão digital está programada para o dia 31 de janeiro e 7 de fevereiro. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização do Enem, quase 5,8 milhões de candidatos se inscreveram no Exame, cujo resultado está programado para março.

LeiaJá também

--> PM-PE pede que pais não aglomerem nos locais de prova

--> MEC divulga o tão esperado tema da redação do Enem 2020

--> Enem tem escola cheia e candidatos temem contaminação

Por volta das 8h desta terça-feira (5), o Corpo de Bombeiros retomou as buscas no Rio Tejipió para encontrar a manicure Dione do Nascimento, de 39 anos. Ela teria sido jogada da Ponte Motocolombó, após ter sido assassinada pelo companheiro na madrugada do domingo (3).

Familiares acompanham o trabalho dos bombeiros e reforçam que o relacionamento era marcado por discussões. Cerca de 12 militares realizam buscas no rio com o apoio de dois barcos e um helicóptero. 

##RECOMENDA##

A vítima já estava desacordada quando o namorado conseguiu carona com um primo para socorrê-la. No caminho do hospital, ele teria pedido para parar o veículo na ponte, onde atirou a companheira no rio, indica o ex-marido José Cláudio do Nascimento.

O suspeito segue foragido. O motorista do carro prestou esclarecimentos à Polícia Civil, que investiga o caso.

[@#galeria#@]

A família de Miguel Otávio pede que Sarí Corte Real responda ao processo atrás das grades. A primeira-dama de Tamandaré foi acusada de abandono de incapaz com resultado em morte e passa por audiência de instrução e julgamento nesta quinta-feira (3), no Centro Integrado da Criança e do Adolescente (Cica), bairro da Boa Vista, área Central do Recife.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Sarí negligenciou os cuidados ao filho da doméstica Mirtes Souza. Em junho, ele caiu de uma altura de cerca de 40 metros, de um edifício de luxo, no Centro do Recife. "Só quero Justiça pela morte de Miguel", clamou o pai da vítima, Paulo Inocêncio.

##RECOMENDA##

A ex-patroa e Mirtes serão postas frente a frente no rito comandado pelo juiz José Renato Bizerra. Outras testemunhas serão ouvidas, dentre elas a avó do menino, Marta Santana. Familiares uniram-se a organizações não governamentais e realizam um ato por Justiça, na entrada do Cica.

"A gente crê em Deus que ela vai responder presa e pague pelo que ela fez. Que o juiz julgue como o filho dele, o parente dele', reivindica a tia-avó da criança, Sandra Maria.

Relembre o caso

No dia 2 de junho deste ano, Miguel morreu após cair do nono andar do condomínio de luxo, Pier Maurício da Nassau, localizado no Centro da capital pernambucana. Ele era filho da doméstica Mirtes de Souza, que passeava com o cão da patroa e havia deixado o garoto sob os cuidados da Sarí.

Ela fazia as unhas e permitiu que Miguel pegasse o elevador do edifício sozinho até o andar de onde caiu. Sua morte resultou na lei municipal 17.020/20, que proíbe o uso do elevador por menores de idade desacompanhados no Recife.

Na ocasião, Sarí chegou a ser presa em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, contudo foi liberada após fiança de R$ 20 mil. A patroa é primeira-dama do município de Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco.

Após a repercussão do homicídio, um esquema de contratação de funcionários fantasmas foi descoberto na gestão do prefeito Sérgio Hacker, que incluiu as ex-funcionárias na lista de servidores do município.

O Governo de Pernambuco anunciou, na manhã desta quinta-feira (30), que as visitas nos presídios vão voltar em 8 de agosto, véspera do Dia dos Pais. Os encontros acontecerão quinzenalmente e cada preso poderá receber apenas um parente. As visitas íntimas seguem suspensas.

As visitas serão realizadas aos sábados e domingos com duração de duas horas. Está proibida a entrada de crianças, mulheres grávidas e pessoas com mais de 60 anos. Os visitantes deverão usar máscara e terão a temperatura aferida na entrada da unidade. Os alimentos trazidos vão passar por sanitização. "As pessoas têm que entender que as limitações são fundamentais para garantir e preservar a vida", disse o secretário de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), Pedro Eurico.

##RECOMENDA##

Pernambuco contabiliza oito óbitos de presos até o momento. Segundo a SJDH, são 31.654 presos em Pernambuco. No estado, houve a liberação de 2,2 mil detentos seguindo recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desses, 654 estão sendo monitorados via satélite por meio da tornozeleira eletrônica e 62 foram recapturados por romperem o equipamento, segundo o secretário Pedro Eurico. As unidades prisionais de Pernambuco estavam sem receber visitas desde 20 de março. 

Além dos nove óbitos, 1.321 pessoas privadas de liberdade testaram positivo para Covid-19. Dessas, quase 90% já voltaram para o convívio nas celas. Seguem isolados 32 reeducandos.

Entre 1º a 8 de agosto, os familiares interessados em visitar algum preso poderão comparecer às unidades para fazer a carteira. São 23 presídios e 46 cadeias públicas no estado.

As visitas íntimas vão seguir suspensas por tempo indeterminado. "Não temos ainda condições de garantir o encontro íntimo entre as pessoas neste momento. Vamos fazer isso de forma gradual, responsável. Vamos observar semanalmente", disse Pedro Eurico. "Eu sei da ansiedade, da angústia, eu quero pedir a todas vocês que tenham calma, paciência, porque nós estamos preservando a vida de seus familiares que estão temporariamente privados de liberdade", completou.

Um grupo de parentes de vítimas do coronavírus entrou nesta quarta-feira com uma queixa no tribunal de Bérgamo, no norte da Itália, por negligência e erros na gestão da pandemia que matou mais de 34.000 pessoas no país.

É a primeira ação legal em grupo movida na península, que está entre os países mais atingidos pelo coronavírus.

"Não queremos vingança, queremos justiça", disse Stefano Fusco, 31 anos, um dos fundadores do grupo no Facebook "Vamos denunciar. Verdade e justiça para as vítimas da Covid-19", doença que matou seu avô em março em um asilo.

Acompanhados por advogados e membros do comitê, os parentes apresentaram 50 queixas ao Ministério Público em Bérgamo, a cidade mártir da pandemia, "porque se tornou o símbolo dessa tragédia, embora sejam de todo o país", explicou.

A página no Facebook, que em apenas dois meses teve mais de 50.000 adesões, tornou-se um comitê nacional, com advogados que estudam apresentar outras 150 queixas, explicou Fusco.

Os familiares acusam as autoridades de terem demorado a declarar a cidade como "zona vermelha", algo que a associação, assim como alguns partidos e sindicatos, atribuem ao fato de que os interesses econômicos prevaleceram sobre os da saúde, por ser uma zona industrial próspera.

O MP de Bérgamo já abriu uma investigação sobre o caso e ouviu os depoimentos de políticos, incluindo o governador da Lombardia, Attilio Fontana, e seu consultor para a Saúde, Giulio Gallera.

Os familiares também questionam a política de cortes aplicada há anos ao sistema de saúde para favorecer uma privatização.

Alguns parentes relataram as tragédias sofridas, devido à falta de informações ou à falta de cuidados durante a emergência de saúde.

O MP deve agora decidir se existem elementos para a abertura de um julgamento.

- Lágrimas de sangue -

Cristina Longhini, farmacêutica que perdeu o pai Claudio, 65 anos, durante a pandemia espera descobrir a verdade sobre a morte de seu progenitor no hospital de Bergamo.

"Meu pai havia acabado de se aposentar, estava em boas condições físicas, quando começou a apresentar sintomas, febre, disenteria e vômito", disse ela à imprensa.

"Quando ele morreu, eles esqueceram de nos notificar", lamenta Longhini, que mais tarde precisou identificar o corpo.

"Ele estava irreconhecível, sua boca estava aberta, seus olhos estavam inchados, ele tinha lágrimas de sangue nas órbitas", lembra Longhini.

"Eles me entregaram seus objetos pessoais em um saco de lixo, incluindo roupas manchadas de sangue, testemunho de seu sofrimento e também infectada", relata.

Como os cemitérios locais estavam cheios, o caixão foi transportado, juntamente com vários outros, em um caminhão militar para um destino desconhecido da família, que finalmente descobriu porque recebeu pelo correio a conta da funerária por sua cremação, 200 km de distância.

"Queremos saber, ponto por ponto, como foi o tratamento na emergência, os erros, responsabilidades", explicou à imprensa o presidente do comitê, Luca Fusco (pai de Stefano).

"Para o povo de Bergamo, para todos os que perderam um ente querido, pedimos justiça", diz Laura Capella, 57 anos, membro do comitê que, como os outros parentes, não aspira a obter indenização.

Após 54 dias internado com a versão mais grave do novo coronavírus, o pequeno Dom, de apenas cinco meses, vai ganhar uma festinha virtual para comemorar meio ano de existência. Já em casa, os pais, Wagner e Viviane, planejam os detalhes do encontro por videoconferência marcado com a família para o próximo dia 14.

Dom sofreu disfunções cardíacas e respiratórias, e chegou a ser colocado em coma induzido, como lembra o professor Wagner, de 34 anos. "Que período difícil! O caso era grave e estávamos perto de um óbito. Entramos em desespero, mas deu certo [...] A gente estava numa corda bamba. Não sabíamos se daria certo. Contávamos com um milagre, sequelas e até a morte".

##RECOMENDA##

A economista Viviane, de 32 anos, também comentou sobre o período de internação do filho no hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. "Vivemos um momento mágico na hora da alta, porque por vezes a gente pensou que não traria mais ele para casa. Sair com nosso filho nos braços foi indescritível. Um misto de emoções: felicidade e medo, porque aqui (fora) está tudo muito tenso com esse negócio de Covid. Mas estou muito feliz. A equipe médica, técnica e de enfermagem foi maravilhosa!", relatou ao Extra.

Havia a possibilidade de uma cirurgia em razão dos pulmões que foram comprometidos, no entanto a coordenadora da UTI Pediátrica da unidade, a médica Cristiane Guimarães, descartou o procedimento e garante que o bebê não terá sequelas.

“[...] Com certeza, Deus ouviu nossas preces. Várias pessoas que eu nem conheço, minhas irmãs, meus tios, todos estavam orando. Aquela corrente foi se expandindo por outras religiões, tinha gente espírita, evangélica e do candomblé. O nome dele estava em todas as mesas, em todas as correntes. Tinha grupos no WhatsApp e no hospital. Na minha concepção, foi Deus que proporcionou essa vitória para a gente”, agradeceu o pai do pequeno.

O presidente Jair Bolsonaro admitiu, na reunião ministerial de 22 de abril, a necessidade de trocar o superintendente da Polícia Federal no Rio para defender a sua família, que estaria sendo "perseguida", de acordo com relatos de pessoas que acompanharam nesta terça-feira a exibição de um vídeo com a íntegra do encontro. Segundo investigadores, Bolsonaro reclamou que a PF não lhe repassava relatórios de inteligência e disse que não poderia ser surpreendido com diligências.

O vídeo da reunião, ocorrida no Palácio do Planalto, foi apresentado a integrantes da PF, da Procuradoria-Geral da República e ao ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que estava acompanhado de advogados. Naquele dia, logo depois de citar a família, Bolsonaro afirmou, em tom irritado - sempre conforme relatos -, que trocaria a superintendência fluminense da PF, chamada por ele de "segurança do Rio".

##RECOMENDA##

Moro deixou o governo dois dias após essa reunião, acusando Bolsonaro de interferir na PF. A gravação está sob sigilo temporário, decretado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, e faz parte de investigação que, dependendo do resultado, pode levar à abertura de processo de impeachment contra o presidente.

A reunião durou cerca de duas horas e foi marcada por palavrões, briga de ministros, anúncio de distribuição de cargos ao Centrão e ameaça de demissão "generalizada", feita por Bolsonaro, a quem não adotasse a defesa de pautas do governo, como mostrou o Estadão.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, também conforme relatos, defendeu a prisão de ministros do Supremo durante o encontro, convocado para discutir o Plano Pró-Brasil e que teve a presença de presidentes de bancos públicos. A gravação mostra Weintraub dizendo que "todos tinham que ir para a cadeia, começando pelos ministros do STF". Como Bolsonaro, o ministro é alvo de inquérito que tramita na Corte. A ação apura se Weintraub cometeu racismo ao fazer declarações sobre a China.

Bolsonaro negou que tenha dito palavras como "Polícia Federal", "investigação" e "superintendência" na reunião de 22 de abril (mais informações na pág. A8). "Vocês vão se surpreender quando esse vídeo aparecer", afirmou ele, na rampa do Planalto. "Nunca estive preocupado com a Polícia Federal." À noite, no Twitter, o presidente voltou ao assunto: "Qualquer parte do vídeo que seja pertinente ao inquérito, da minha parte, pode ser levado ao conhecimento público". O Estadão não teve acesso à integra do vídeo, que foi exibido ontem no Instituto Nacional de Criminalística da PF, em Brasília.

Na reunião, Bolsonaro chamou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de "bosta" e pessoas do governo do Rio de "estrume", de acordo com fontes. O presidente teria afirmado, ainda, que não divulgaria a "porcaria" do exame de coronavírus sob o argumento de que isso poderia, eventualmente, levar a um processo de impeachment (mais informações na pág. A11). O Estadão entrou na Justiça para pedir que o presidente torne públicos os resultados de seus testes para covid-19.

"Qual o motivo do impeachment por causa de exame de coronavírus?", perguntou o presidente, ontem, na portaria do Palácio da Alvorada. "Querer cassar um presidente que não tem mácula de corrupção não tem cabimento, meu Deus do céu."

Moro disse ontem, em nota, que o vídeo da reunião ministerial confirma o conteúdo do seu depoimento à PF, em relação à tentativa de interferência na corporação. "Motivo pelo qual deixei o governo", observou o ex-juiz, defendendo a divulgação do vídeo na íntegra.

"As declarações feitas na reunião foram evidenciadas, também, pelos fatos posteriores: demissão, sem motivo, do diretor-geral da PF, troca do superintendente da PF no RJ, além da minha própria exoneração por não concordar com as mudanças", escreveu Moro.

Isolamento

A gravação da reunião mostrou ainda, conforme relatos dos presentes, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendendo a prisão de prefeitos e governadores que haviam decretado a prisão de pessoas que descumprissem medidas de isolamento social determinadas por Estados e municípios para combater a pandemia do novo coronavírus.

Procurada, Damares disse, por meio de sua assessoria, que pediu a punição de prefeitos e governadores no contexto da violação de direitos humanos. A assessoria de Weintraub, por sua vez, afirmou que ele não iria se manifestar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Flávio Migliaccio foi encontrado morto na manhã dessa segunda-feira, dia 4, aos 85 anos de idade. O ator estava em um sítio que mantinha desde a década de 1970, na Serra do Sambê, em Rio Bonito. Ele foi encontrado em seu quarto por seu caseiro, Nelson Soares da Silva.

De acordo com o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, um boletim de ocorrência foi feito pela quarta companhia do 35º Batalhão da Polícia Militar.

##RECOMENDA##

Flávio ainda teria deixado uma carta aos seus familiares em que diz o seguinte:

"Me desculpem, mas não deu mais. A velhice neste país é o caos, como tudo aqui. A humanidade não deu certo. Eu tive a impressão que foram 85 anos jogados fora num país como este. E com esse tipo de gente que acabei encontrando. Cuidem bem das crianças de hoje!"

Por enquanto não há maiores informações sobre o caso e, desde o triste anúncio, diversos famosos se manifestaram.

Familiares de vítimas do coronavírus no Brasil reagiram ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira (24), no qual ele classificou a pandemia como "gripezinha" e resfriadozinho". Para eles, o presidente cometeu uma "loucura" e "está errado" ao minimizar os efeitos da doença no País.

Na casa da família da aposentada Maria da Conceição Costa, de 73 anos, que morreu com suspeita de coronavírus, em Capão Bonito, no interior de São Paulo, no sábado, o clima era de inconformismo. "O presidente está errado. Ele não poderia ter falado desse jeito. As pessoas estão morrendo. Começou na China e está chegando aqui", disse a dona de casa Maria Valdirene Queiróz, nora da vítima. "A gente fica triste com tudo o que está acontecendo e ele tinha de ficar triste também."

##RECOMENDA##

Por causa da suspeita da doença, o corpo de dona Concebenta, como a aposentada era conhecida, foi velado em caixão fechado. O velório durou menos de duas horas. Morador de São Paulo, o filho mais velho entre nove irmãos não conseguiu chegar a tempo de acompanhar o sepultamento. O teste de coronavírus foi feito nos familiares no dia 19, quando a idosa foi internada. Os resultados ainda não foram divulgados.

Santos

A assistente de vendas Bruna Marques, de 24 anos, afirmou que o pronunciamento do presidente foi uma "loucura". No domingo, sua mãe, a auxiliar de enfermagem Cleide Renata Marques, de 43 anos, morreu no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, no litoral de São Paulo. Ela apresentava sintomas semelhantes ao do novo coronavírus, e aguardava o resultado do teste, que sairia nesta semana.

"Aquilo foi uma loucura. Eu vi o que aconteceu com a minha mãe. Nós vemos o que aconteceu na China e na Itália. O Brasil vai se transformar num caos, parando ou não parando. As pessoas não estão percebendo como a situação é grave", declarou a filha de Cleide.

A vítima tinha asma e passou a apresentar quadro de febre e falta de ar após passar cerca de três semanas em São Paulo. Ela foi à capital para ajudar familiares e voltou para a casa, em São Vicente (SP), no último dia 14, para uma festa surpresa de aniversário da filha. Após idas e vindas aos hospitais da região, ela morreu no domingo. Bruna relatou que os médicos apontaram a causa da morte como uma parada respiratória, por causa de uma pneumonia aguda e complicações respiratórias.

A família da primeira vítima do novo coronavírus no Brasil, um porteiro aposentado de 62 anos e morador do bairro da Bela Vista, na região central da cidade, não quis se manifestar sobre o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro. Ele morreu no dia 16 de março. "Eles não vão se manifestar sobre essa questão", disse o advogado da família, Roberto Domingues Junior. 

Um ex-vereador de Apucarana, município localizado no Norte do Paraná, morreu em decorrência de um infarto na madrugada desta segunda-feira (6). De acordo com familiares, Disnei Leugi passou mal após receber uma ligação de um sequestro forjado.

Por volta das 4h30, um golpista ligou para Disnei e afirmou que havia sequestrado sua filha, o genro e três netas. Em troca da liberdade dos parentes, o criminoso pediu dinheiro.

##RECOMENDA##

Ele tinha problemas de coração e, recentemente, havia passado por uma cirurgia. Sua esposa ainda tentou socorrê-lo, mas o infarto fulminante vitimou Disnei aos 77 anos.

O corpo será velado nesta segunda-feira (6), na Câmara de Vereadores, onde Disnei cumpriu mandato entre 1989 e 1992. Já o sepultamento está marcado para às 9h desta terça-feira (7), no Cemitério Cristo Rei.

 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) encerrou rapidamente uma entrevista coletiva na noite dessa sexta-feira (26), após ser questionado sobre a carona que seus familiares pegaram no helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) para irem ao casamento do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ). Ao perceber que seria indagado sobre o assunto, o presidente chamou a pergunta de uma das repórteres de “idiota” e, demonstrando irritação, desconversou. 

“Com licença, estou numa solenidade militar, tem familiares meus aqui. Eu prefiro vê-los do que responder uma pergunta idiota para você. Tá respondido? Próxima pergunta”, disparou, interrompendo a jornalista da Folha de São Paulo antes mesmo que ela encerrasse o questionamento. 

##RECOMENDA##

“Eu vou falar de Brasil e de Goiás. Eu já sei a sua pergunta”, acrescentou o presidente, que cumpria agenda no Estado. Bolsonaro também não quis responder sobre quais motivos decidiu não comentar sobre o assunto, repercutido de forma negativa na sexta. Ao ser interpelado por outro repórter, de acordo com o jornal, o presidente deu as costas e encerrou a entrevista em menos de um minuto.

O filho de Bolsonaro casou no dia 25 de maio no Rio de Janeiro com a psicóloga Heloísa Wolf. O uso do avião da FAB foi registrado por um dos sobrinhos do presidente. Eles fizeram um trajeto de 14 minutos, o que de carro duraria 35. Além de familiares, o voo também transportou o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), conhecido como Hélio Negão, amigo do presidente. 

O governo alegou "razões de segurança" para autorizar o voo. Em nota, o gabinete de Segurança Institucional (GSI) disse que, pela lei, é "responsável por zelar pela segurança do presidente e vice-presidente da República, bem como de seus familiares".

SÃO PAULO - O ator Lúcio Mauro morreu no sábado, 11, aos 92 anos. Ele estava internado há quase quatro meses na Clínica São Vicente, na zona sul do Rio de Janeiro. O filho e também ator Lúcio Mauro Filho publicou nas redes sociais que seu pai morreu por volta das 22 horas. Falou sobre seu trabalho e destacou com orgulho ter atuado ao lado do pai.

A assessoria de imprensa da Clínica São Vicente informou que aguarda orientação da família para emitir posicionamento oficial.

##RECOMENDA##

"Meu amado pai serenou.  Ele merecia esse descanso. Lúcio Mauro teve uma vida linda, uma carreira vitoriosa, 5 filhos, 5 netos, dois casamentos, com Arlete e Lu, duas mulheres fantásticas que se tornaram amigas e mantiveram essa família unida. Papai foi um pioneiro, saiu do teatro de estudante lá no Pará, foi pro Recife, fez rádio, inaugurou a televisão no Nordeste e de lá, veio para o Rio de Janeiro pra se tornar um dos maiores artistas deste país. Me influenciou em tudo. O homem que sou, o artista, o pai de família, o amigo. Eu nada seria sem seus ensinamentos", destacou Lúcio Mauro Filho em sua conta no Instagram.

[@#video#@]

Ele também fala com orgulho que trabalhou com o pai. "Tivemos o prazer de trabalhar juntos, na TV, no Teatro, no Cinema e na Publicidade. Rodamos o Brasil colocando nossas vidas a serviço da arte, em “Lúcio 80-30”, quando ele teve a chance de dividir o palco com os filhos. Não faltou nada.

Natural de Belém do Pará, Lúcio de Barros Barbalho ficou famosos por seu trabalho na comédia brasileira. Ele estreou na Rede Globo em 1966 e, desde então, participou de um dos principais programas humorísticos, como Chico City" (1973), "Os Trapalhões" (1989) e "Escolinha do Professor Raimundo" (1990).

A carreira, no entanto, começou bem antes, nos palcos dos teatros estudantis, quando tinha por volta de 20 anos de idade. 

Lúcio Mauro se casou duas vezes e teve cinco filhos. Entre 1958 e 1970, ele foi casado com a atriz Arlete Salles com quem teve dois filhos: Alexandre Barbalho (ator) e Gilberto Salles (cineasta). Desde 1974, estava casado com Ray Luiza Araújo Barbalho, com quem teve três filhos: Luciane Maria, Lúcio Mauro Filho (ator) e Luanna Barbalho. Ele também deixou cinco netos.

Há três anos, Lúcio Mauro sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Foi forte, mas ele resistiu."Já não era a mesma coisa. Preso a uma HomeCare, ele lutou até suas últimas forças. Ainda teve a alegria de conhecer Liz, a neta inesperada que chegou pra promover o ciclo da vida. Estava internado há quase quatro meses. A esticada foi longa e sofrida", destacou o filho nas redes sociais.

Em março, o ator completou 92 anos. Na ocasião, Lúcio Mauro Filho publicou uma foto em família durante a comemoração do aniversário de seu pai.

"Esse olhar do vovô para a netinha é de quem ganhou um presente muito especial da vida! A chance de viver a renovação e poder celebrar o ciclo da vida. Que bom, meu velho, que tivemos a sorte de vivenciar esse encontro", escreveu Lúcio Mauro Filho.

"Só foi possível graças à sua força e também ao amor incondicional que sentimos por ti", complementou, o ator, ressaltando ainda a "sorte de carregar o sangue" do pai.

A 57 quilômetros de Belo Horizonte, Brumadinho se tornou referência na região por causa da empresa Vale e da proximidade com o Museu do Inhotim, mas desde o desastre há uma semana, quando a barragem da Mina Córrego do Feijão se rompeu, a cidade vive em clima de luto e tristeza. As pessoas caminham sem sorrir nem conversar em voz alta, há enterros todos os dias, parte do comércio fechou as portas e até bares e restaurantes se impuseram luto.

Com pouco mais de 36 mil moradores, Brumadinho é a típica cidade do interior de Minas Gerais: praça onde todos se reúnem, bares com música ao vivo e a igreja, ponto de encontro da maioria. Com a tragédia que matou 110 pessoas e deixou 238 desaparecidas, de acordo com o último balanço, todos têm um parente ou amigo entre as vítimas.

##RECOMENDA##

A esperança que dominou as pessoas, nos primeiros dias de resgate, cedeu lugar à angústia e ao desânimo. É comum encontrar pessoas que afirmam que querem apenas dar um sepultamento digno para uma vítima ainda desaparecida. No desespero, há quem se aventure pela lama e na mata em busca do parente ou amigo desaparecido, o que é condenado pela Defesa Civil e pelos bombeiros.

Heróis invisíveis   

Nas ruas, o único assunto desde o dia 25 é o desastre. Em meio à tristeza que predomina na cidade, surgem heróis invisíveis que estão em todos os lugares. Mulheres de várias idades se uniram e montaram uma lavanderia coletiva. Nela, lavam as roupas dos bombeiros que estão acampados no município para ajudar nas operações de resgate.

Em outro local, voluntários se revezam para tomar conta e brincar com crianças cujos pais estão envolvidos nas buscas ou entre os desaparecidos. Também há grupos de apoio aos militares e civis que atuam diretamente nas ações.

Preocupações

A preocupação da maioria dos moradores se concentra no bairro rural Córrego do Feijão, próximo à barragem. Lá, a comunidade é dependente da Vale e foi duramente atingida pela tragédia. Com a lama por todos os lados, a imagem é desoladora.

Nas pousadas da região, chegam curiosos todos os dias. Pessoas que querem ver de perto a área do desastre e acompanhar os trabalhos de buscas. O movimento ocorre na contramão da economia local, que dependia basicamente da empresa Vale e dos seus impactos.  

As águas do rio que passa perto da casa de Helton ficaram marrons no sábado (26). Alguns peixes começaram a morrer, trazendo até a sua porta o rastro de uma tragédia que já o atingira duramente no dia anterior.

Sua mulher e sua irmã trabalhavam no refeitório dos funcionários da Vale na mina de Córrego do Feijão, sepultado na sexta-feira passada pela maré de barro que arrasou a pequena cidade mineira.

Desde então, o tempo parou na humilde casa às margens do Paraopeba, cujas águas marrom-avermelhadas lembram o tempo todo de uma tragédia que deixou, por ora, 84 mortos e 276 desaparecidos.

"Dizem que as buscas estão frequentes, mas o ponto de acesso onde elas estavam é muito crítico. São 15 metros de profundidade de barro", explica, abatido, esse operador de cargas de 28 anos, que ainda não sabe como dizer a seu filho de 8 anos onde está sua mãe.

Seus olhos inchados observam o rio passando, bem diante de sua casa, em uma ponte suspensa que conecta a estrada regional com uma exuberante mata atlântica.

Há apenas cinco dias, essa água era cristalina, como mostram as fotos no celular de Helton Adriano, e onde se pode ver seu filho brincar com o Paraopeba ao fundo.

Pouco depois do meio-dia de sexta-feira, a cerca de 20 quilômetros dali, a barreira I do Córrego do Feijão arrebentou. Expeliu 12,7 milhões de metros cúbicos de resíduos tóxicos sobre a área administrativa da mina, onde muitos dos funcionários da Vale almoçavam, e prosseguiu com sua onda de destruição.

Servindo a comida, como todos os dias, estavam Carla - a irmã 35 anos de Helton - e Samara, sua esposa, de 28. Com um fio de voz, Helton recorda de quando lhes dizia para arranjar outro emprego, porque ouvia rumores sobre os perigos da represa. 

Mas não é fácil arrumar trabalho nesta região em que a economia depende principalmente das minas da Vale. "Eu pedi para elas saírem, e elas falavam: não, porque precisamos do emprego".

Cercado por inúmeras barreiras que ninguém sabe exatamente em que condição estão, muitos sempre ouviram rumores sobre os riscos das represas que armazenam os rejeitos da mina do Córrego do Feijão. Mas ninguém fazia nada.

"Eles sabiam que ia arrebentar. Sabiam. Os meninos que trabalham lá tinham medo de denunciar (as mineradoras) e serem mandados embora", lamenta Vanderlei Alves, um caminhoneiro de 52 anos, que perdeu vários amigos.

- Até o São Francisco -

A camada superficial da água arrasta sedimentos leves, enquanto o barro vai se acumulando na parte inferior. Chuvas fortes poderão aumentar o potencial nocivo que ainda está sendo avaliado, mas já salta aos olhos.

Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil), foram perdidos aproximadamente 125 hectares de matas, o equivalente a 125 campos de futebol, e a maré avança a 1 km/h.

A Agência Nacional de Águas (ANA) avalia que a onda de resíduos e barro chegará entre 5 e 10 de fevereiro até a hidroelétrica Retiro Baixo, a 300 km do Córrego do Feijão.

O temor é que alcance o São Francisco, 30 km abaixo de Retiro Baixo.

- Peixes mortos -

A poucos metros da casa de Helton, uma equipe de especialistas ambientais toma notas e quebra o silêncio apenas para perguntar a um menino se viu peixes mortos. "Muitos!", responde o garoto.

O nível do desastre ainda tem de ser determinado, mas os moradores locais temem pelo pior. "A maioria das pessoas aqui são muito rurais, ribeirinhos. Então usamos o rio Parapeba como alimento, pela pesca, e para canalizar a água e regar a horta, e agora não se pode mais fazer isso", lamenta Leda de Oliveira, uma cuidadora de idosos de 31 anos.

A família de Helton também será afetada, apesar de, no momento, ele não estar pensando nisso. "Dizem que é perigoso, que há um alto risco de contaminação. Mas a gente não está tão preocupado com a questão dos peixes, porque a gente está com o foco nas buscas", completa ele, conformado em continuar olhando as águas marrons do rio.

Familiares de trabalhadores da Vale começaram a fazer buscas por conta própria na região atingida pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Na manhã deste sábado, 26, eles tentavam ter acesso à mina.

Bem próximo ao vilarejo Tejuco, os parentes encontraram uma passagem aberta pela mineradora, mas que deveria ser utilizada apenas por funcionários nas buscas.

##RECOMENDA##

Carlos Franco, de 40 anos, está em desespero. Ele busca pela mulher, Lenilda Cardoso, gerente do restaurante da mina. O casal está juntos há 20 anos.

"Minha filha, de 4 anos, perguntou onde está a mãe. O que eu digo para ela?", lamentou. "Primos, amigos de infância, estão todos aí".

Nesta manhã, a Vale divulgou em seu site uma lista com os nomes de funcionários com os quais não se conseguiu contato até o momento. São 413 trabalhadores, dos quais 90 são terceirizados, de acordo com as informações divulgadas às 9h. A lista está sendo atualizada em tempo real, conforme as pessoas são localizadas.

O juiz federal argentino Claudio Bonadio convocou o pai e um irmão do presidente da Argentina, Mauricio Macri, para prestar depoimento sobre um suposto pagamento de propina a funcionários do governo anterior, de Cristina Kirchner, para obter direito a exploração de rodovias.

Bonadio suspeita que Franco e Gianfranco Macri tenham feito parte da rede de corrupção integrada por empresários e funcionários criada durante os governos de Cristina e de Néstor Kirchner.

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando