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Três ex-chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) cujo paradeiro era desconhecido anunciaram nesta quinta-feira, 29, o retorno à luta armada junto com outros chefes rebeldes que se distanciaram do acordo de paz na Colômbia desde a posse do presidente Iván Duque.

Iván Márquez, ex-número dois da guerrilha, Jesús Santrich, que fugiu da Colômbia em julho e Hernán Darío Velásquez, conhecido como El Paisa, reapareceram em um vídeo divulgado no YouTube, vestidos com indumentária militar e cercados de homens armados. No discurso, Márquez prometeu se aproximar do Exército de Libertação Nacional (ELN) - última guerreira ativa da Colômbia, que tem operado na fronteira com a Venezuela.

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Os três líderes já tinham se distanciado do acordo de paz de 2017, do qual Márquez foi um dos principais negociadores, e levou ao desarmamento de 7 mil homens e mulheres.

Ex-negociador vê traição de Duque a acordo de paz

"A continuação da luta de guerrilha é uma resposta à traição do Estado aos acordos de paz de Havana", disse Márquez no vídeo divulgado no YouTube.

"A armadilha, a traição e a deslealdade, a modificação unilateral do texto do acordo, a violação dos compromissos por parte do Estado, as assembleias judiciais e a insegurança jurídica nos forçaram a voltar para a montanha", acrescentou o dissidente. "Nunca fomos vencidos, ou derrotados ideologicamente. É por isso que a luta continua."

Há mais de um ano, Márquez decidiu se afastar do pacto de paz, alegando as mesmas violações do Estado que usou para justificar o retorno à luta armada.

Santrich, por sua vez, é um fugitivo processado por tráfico de drogas. Também é acusado pelos Estados Unidos de conspirar para enviar cocaína depois de assinar a paz no final de 2016. Ele fugiu da Colômbia em julho e há relatos de que teria buscado refúgio na Venezuela. O governo da Colômbia oferece US$ 1 milhão por seu paradeiro.

El Paisa - um temido chefe militar nos tempos da antiga guerrilha - também tem um mandado de captura, emitido após os compromissos assinados com o governo do ex-presidente e Nobel da Paz Juan Manuel Santos (2010-2018).

Dissidência atua no narcotráfico

Embora a maior parte das Farc tenha se desmobilizado, cerca de 2,3 mil combatentes distribuídos em vários grupos compõem o chamado dissenso e estão envolvidos, principalmente, com o tráfico de drogas e a mineração ilegal, de acordo com informações militares.

Já o ELN é considerado o último grupo guerrilheiro ativo na Colômbia, também com cerca de 2.300 membros e com uma forte influência na fronteira com a Venezuela.

No momento, o governo de Duque - que tentou, sem sucesso, modificar o que foi acertado em desacordo com o que considera concessões ao ex-guerrilheiro - ainda não se posicionou sobre o anúncio explosivo de Márquez.

Partido das Farc condena 'golpe baixo'

O partido Força Revolucionária Alternativa Comum (Farc), criado após o acordo, e ex-negociadores de paz lamentaram o retorno às armas de Márquez e de seus companheiros, mas insistiram em defender o acordo que permitia o desarmamento de milhares de outros combatentes.

Também conhecido como Timochenko e presidente do partido, Rodrigo Londoño considerou um "golpe baixo" e uma "notícia infeliz" o anúncio de seus antigos camaradas, embora tenha dito que, de agora em diante, acaba a "ambiguidade" que existia em relação aos chefes rebeldes que não reconheciam o pacto.

"A grande maioria das pessoas que se mantiveram no processo continua nele porque acredita nisso, está convencida, tem preocupações, mas essa mensagem pode penetrar em alguns colegas indecisos, pode nos causar algum dano", acrescentou o ex-comandante da guerrilha em entrevistas de rádio.

Santos pede manutenção do acordo

O ex-presidente Juan Manuel Santos também reagiu. No Twitter, escreveu que "90% das Farc seguem em processo de paz. É preciso continuar cumprindo. Os desertores devem ser reprimidos com toda força. A batalha pela paz não para!".

Entre os oponentes ao acordo de paz, o ex-presidente e senador Álvaro Uribe criticou o anúncio. "O país deve estar ciente de que não houve processo de paz, mas o perdão para algumas pessoas responsáveis por crimes hediondos a um alto custo institucional", escreveu ele no Twitter. (com agências internacionais)

Iván Márquez, ex-número dois da guerrilha dissolvida das FARC, e cujo paradeiro era desconhecido há mais de um ano, reapareceu em um vídeo anunciando que voltou às armas junto com outros chefes rebeldes que se distanciaram do acordo de paz na Colômbia.

Na gravação postada na quinta-feira em um canal do YouTube, Márquez, vestido de verde militar e acompanhado por Jesus Santrich, um fugitivo da justiça, enfatiza: "Anunciamos ao mundo que a segunda Marquetalia (berço histórico da rebelião armada) começou sob proteção do direito universal que ajuda todos os povos do mundo a se levantarem contra a opressão".

Nas selvas do sudeste da Colômbia, o ex-negociador da paz também acrescentou que seu anúncio é a "continuação da luta de guerrilha em resposta à traição do Estado aos acordos de paz de Havana". Este acordo levou ao desarmamento de cerca de 7.000 homens e mulheres em 2017.

Márquez, Santrich e Hernán Darío Velásquez, também conhecido como El Paisa - que também aparece no vídeo com um rifle e uniforme de camuflagem - afastaram-se do pacto de paz que visava a acabar com mais de meio século de conflito armado e que deu origem ao agora partido das FARC.

Os três reapareceram na selva ladeados por homens e mulheres com rifles e com uma faixa na parte inferior, na qual é possível ler "Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia FARC-EP".

"A armadilha, a traição e a perfídia, a modificação unilateral do texto do acordo, a violação dos compromissos por parte do Estado, as assembleias judiciais e a insegurança jurídica nos forçaram a voltar para a montanha. Nunca fomos vencidos ou derrotados ideologicamente, é por isso que a luta continua", diz ainda Márquez no vídeo de 32 minutos.

Segundo ele, o novo grupo armado procurará coordenar "esforços com os guerrilheiros do ELN e com aqueles camaradas que não dobraram suas bandeiras".

Com cerca de 2.300 combatentes, o Exército de Libertação Nacional (ELN) é reconhecido como o último grupo guerrilheiro ativo na Colômbia e exerce forte influência na fronteira com a Venezuela.

O Conselho de Estado da Colômbia confirmou na quarta-feira (10) que Iván Márquez, um dos ex-líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e foragido desde o ano passado, perderá seu mandato como senador por não ter tomado posse.

Márquez alega que falta garantias para que ele possa viver em sociedade com segurança. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um general do Exército colombiano pediu perdão após admitir que militares mataram, na semana passada, um ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que participava do processo de paz.

O caso recebeu críticas dos grupos de oposição, inclusive das Farc, que virou partido político após acordo de paz, firmado em 2016, que levou à desmobilização de 7 mil combatentes. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Equador enviou um grupo, formado por autoridades, famílias e repórteres do jornal El Comércio, para identificar na Colômbia os corpos encontrados na fronteira entre os dois países. A suspeita é de que três funcionários do El Comércio foram mortos por dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Os corpos podem pertencer ao jornalista Javier Ortega, ao fotógrafo Paúl Rivas e ao motorista Efraín Segarra. Os três viajaram para a Colômbia para realizar uma grande reportagem sobre os atos violentos que atingem o país e que envolvem as Farc.

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Os profissionais equatorianos foram capturados no país colombiano em 26 de março e há informações, ainda não confirmadas, de que podem ter sido mortos por grupos armados.

Os ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) enfrentam seu primeiro teste eleitoral hoje como um partido político nas eleições parlamentares, considerado como um indicador da força das diferentes facções do país dois meses antes das eleições presidenciais.

Os analistas veem a votação do Senado e da Câmara dos Deputados como prova da viabilidade democrática das FARC, cujos lutadores entregaram suas armas no ano passado após um histórico acordo de paz e formaram um movimento político. Os ex-combatentes mantiveram a sigla para o novo partido.

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"As FARC estão em uma situação difícil", disse Leon Valencia, ex-combatente que agora dirige a Fundação Paz e Reconciliação, um grupo de estudos.

"Se eles tiverem um resultado muito baixo, como se espera, os representantes no Congresso terão o estigma de não serem representantes do povo", disse Valência, referindo-se ao fato de que as FARC garantiram 10 assentos no Congresso de acordo com os termos do acordo de paz que encerraram mais de meio século de conflito.

As ambições políticas do grupo foram prejudicadas pela recente decisão de remover seu candidato presidencial por razões de saúde. O ex-comandante rebelde Rodrigo Londono, mais conhecido por seu nome de guerra, Timochenko, foi operado com sucesso na semana passada e já havia sofrido um acidente vascular cerebral.

Os ex-rebeldes também expressaram seu medo de irregularidades no processo eleitoral e mencionaram problemas na obtenção de fundos da campanha. Em alguns dos eventos da campanha em Londono, houve protestos. Os líderes das FARC disseram que, apesar desses "obstáculos", eles esperam demonstrar que têm um futuro na paisagem política colombiana.

"Há lugares onde as pessoas nos apoiam", disse à Radio Caracol Pablo Catatumbo, ex-comandante das FARC, que agora aparece no Senado. "Existem muitas regiões do país onde nos receberam com grande entusiasmo, incluindo passeios a cavalo e desfiles em motocicletas". Fonte: Associated Press.

Mais de 8 mil fuzis que pertenciam às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e que foram armazenados em 26 zonas de desarme pela Organização das Nações Unidas (ONU), foram retirados nesta terça-feira da zona.

Em julho, os observadores das Nações Unidas começaram a mobilizar os depósitos blindados e o último container deverá sair de La Guajira, no norte da Colômbia, ainda nesta terça-feira. "Isso coloca o país em uma nova etapa", disse Jean Arnault, chefe da missão da ONU na Colômbia.

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Arnault também deu os números do inventário bélico das Farc: além das 8.112 armas, se reconheceram 1,3 milhão de cartuchos, 22 toneladas de explosivos, mais de 3 mil granadas e mil minas terrestres, entre outros itens. Parte desse arsenal foi destruído no lugar, enquanto outras peças foram fundidas e convertidas em monumentos para comemorar o fim do conflito armado mais longevo das Américas.

"A construção da paz é como a construção de uma catedral: agora estamos construindo os nascimentos", disse o presidente colombiano, Juan Manuel Santos. Fonte: Associated Press.

O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia concluirão, nesta terça-feira (15), a entrega de armas da organização guerrilheira em 26 regiões transitórias de normalização – áreas que reunem cerca de 7 mil integrantes das Farc durante a desmobilização do grupo. Além disso, vão formalizar a conversão imediata dessas regiões em Espaços Territoriais de Capacitação e Reintegração de ex-combatentes. As informações são da agência de notícias Télam.

Segundo a ONU, a remoção de armas foi concluída em 20 das 26 regiões transitórias para atender ao acordo de desarmamento do processo de paz, negociado durante quatro anos em Havana e firmado em novembro do ano passado na capital colombiana, Bogotá.

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Nos seis locais restantes, incluindo Pondores, no povoado de Fonseca Guajira, a entrega de armas será concluída hoje. Em seguida, em uma cerimônia simples, o presidente Juan Manuel Santos e Iván Márquez, um dos líderes das Farc, vão dar por concluída a etapa de desarmamento do grupo guerrilheiro no povoado de Funza, próximo a Bogotá.

Segundo o jornal El Tiempo, a cerimônia marca o fim da principal tarefa da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) na Colômbia: garantir a entrega das armas pelas Farc e seu depósito em local onde serão convertidas, mais tarde, em monumentos pela paz.

Em paralelo, nesta terça-feira também termina o prazo para que as Farc entreguem à missão da ONU a lista completa de seus ativos, que serão usados para reparação das vítimas do grupo e em programas de reintegração de ex-combatentes.

A ONU dispõe, no momento, de uma lista provisória de bens recebidos da ex-organização guerrilheira em 29 de julho, e aguarda "uma decisão do governo para receber o inventário completo dos bens e ativos das Farc".

Os ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em processo para se tornar um partido político após o histórico acordo de paz, querem fundar um time de futebol que participe da liga profissional da Colômbia.

"​Nós recebemos há aproximadamente dez dias um comunicado oficial por parte das Farc querendo falar com o futebol colombiano sobre sua participação no nível profissional", disse à Blu Radio Jorge Perdomo, presidente da Dimayor, entidade responsável pelo esporte no país.

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Perdomo indicou que a antiga guerrilha pediu para entrar na segunda divisão e "certamente" no futebol feminino. No Torneio Águila, da série B, competem 16 clubes masculinos e seis de mulheres.

Contudo, afirmou que "não é fácil" as Farc criarem um time profissional.

Para isso, será necessária a aprovação de dois terços da assembleia da Federação Colombiana de Futebol (FCF), da Dimayor, o pagamento de uma espécie de inscrição e ser designado com uma localidade para receber os eventos, entre outros quesitos.

Também são requeridos "cerca de 10 milhões de dólares, e não temos. Nós sempre fomos sonhadores, mas parece complicado", reconheceu Pastor Alape, um dos dirigentes das Farc, numa coletiva de imprensa em Bogotá.

O líder das Farc afirmou que "o único estádio que está disponível, no qual inclusive poderiam ser anfitriões, é no selvagem departamento de Caquetá, uma zona de influência guerrilheira no sul da Colômbia.

Na próxima terça-feira, a ONU vai terminar de recolher as armas das 26 zonas onde estão concentrados os ex-combatentes e a partir de então a Dimayor poderá examinar o pedido das Farc, que entregou os fuzis após meio século de enfrentamento com o Estado.

"Esse pedido (...) poderá ser examinado nas mesmas regras e condições que o de qualquer outro cidadão ou organização", comentou o ministro do Interior, Guillermo Rivera.

O governo da Colômbia prorrogará por 20 dias o prazo para que os integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) entreguem suas armas como parte de um acordo de paz, disse na segunda-feira (29), o presidente Juan Manuel Santos.

O líder colombiano anunciou a decisão em uma mensagem televisiva divulgada à noite e disse que a decisão foi tomada conjuntamente com as Farc e a Organização das Nações Unidas (ONU).

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Como parte do acordo que colocou fim a meio século de hostilidades, a fase de desarme deveria ter sido concluída na terça, 30 de maio. No entanto, o processo foi postergado por problemas de logística em relação ao estabelecimento dos acampamentos onde estão concentrados sete mil rebeldes. A crescente preocupação das Farc sobre a capacidade do governo de cumprir seus compromissos é outro ponto importante.

Santos disse que como parte do novo cronograma para o desarme, os acampamentos rebeldes que seriam desmantelados seguirão funcionando sob supervisão da ONU até agosto. Fonte: Associated Press.

O governo colombiano está avançando com a implementação de seu acordo de paz histórico com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mas não sem uma onda de oposição. No estado de Narino, ao sul do país, fazendeiros de coca queimaram carros e bloquearam estradas depois que a polícia destruiu suas colheitas, em uma iniciativa, prevista no acordo de paz, para erradicar a colheita ilegal.

Além disso, o ex-presidente Alvaro Uribe, líder da oposição política no país, anunciou manifestações de âmbito nacional para este sábado contra o governo do presidente Juan Manuel Santos. O principal motivo dos protestos é um posicionamento contra o acordo de paz e contra a existência de um tribunal especial para julgar os ex-rebeldes, com os críticos dizendo que os julgamentos dos guerrilheiros seria leve, mesmo que fossem acusados de crimes graves. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A missão das Nações Unidas na Colômbia informou nesta sexta-feira que já receberam as primeiras 140 armas individuais por parte das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Por meio de um comunicado, a ONU detalhou que essa é uma primeira medida no processo de armazenamento gradual das armas que pertenciam a homens e mulheres do grupo. Na carta, as Nações Unidas também destacaram que o número total de armas será divulgado após a conclusão do processo de identificação que está em curso.

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A missão observou que mais de 400 delegados internacionais, que estão em diferentes áreas rurais, estão em campos de entrega. O comandante da transição para a entrega das armas pelas Farc, o general Javier Florez, afirmou que, "neste momento, as Farc acabam de entregar as primeiras 140 armas individuais e vão começar um processo gradual para a entrega do restante". Fonte: Associated Press.

O governo cubano ofereceu bolsas de estudo para cursos de medicina aos integrantes do ex-grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). De acordo com o comunicado, enviado pelo embaixador de Cuba em Bogotá, José Luis Ponce, a intenção é contribuir para o sucesso do acordo de paz, celebrado com o governo do país no fim de 2016. São mil bolsas de estudos, divididas em 100 anuais, mais a ajuda de custo para a formação, na própria ilha.

Na carta, o embaixador explica que a distribuição dos benefícios seguirá um único critério, sendo que 50% serão dados aos ex-combatentes, e os outros 50% serão destinados a cidadãos escolhidos pelo governo colombiano. "A embaixada da República de Cuba entregará ao governo da Colômbia e às Farc um documento com os detalhes do oferecimento, que está em processo de preparação pelas autoridades cubanas", disse o embaixador cubano.

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Os conflitos na Colômbia duraram mais de meio século e provocaram a morte de mais de 200 mil colombianos, além da fuga de mais de 6 milhões de pessoas. As 7 mil pessoas que participaram da guerrilha estão sendo monitoradas pelas autoridades e a ONU, para que consigam se reintegrar à sociedade. As armas utilizadas pelos guerrilheiros serão entregues às autoridades e se transformarão em três monumentos: um ficará exposto em Nova York, outro em Cuba e o último na própria Colômbia.

Depois de concluir o deslocamento de cerca de 6,9 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), neste fim de semana, o presidente Juan Manuel Santos visitou hoje uma das 26 zonas em que a guerrilha deixará suas armas nos próximos meses.

Embora a transferência tenha sido mais longa do que se esperava, Santos admitiu o atraso e se disse satisfeito com uma acontecimento cuja importância "é difícil de exagerar".

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"Todos os protocolos do cessar-fogo definitivo e da entrega de armas começaram a ser aplicados... A partir deste momento, ativam-se as zonas e vamos manter o ritmo acelerado", disse o presidente em uma zona conhecida como La Carmelita, no departamento de Putumayo, no sul do país, onde se encontram 50 guerrilheiros. Fonte: Associated Press.

Ambas as casas do Congresso da Colômbia aprovaram a lei sobre anistia para rebeldes esquerdistas sob o acordo de paz do governo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para terminar meio século de conflito.

A medida abrange a maior parte das infrações cometidas pelos combatentes, mas não a guerrilheiros que cometeram crimes de guerra ou violações de direitos humanos, cuja guerra causou mais de 220 mil mortes e deslocou quase 6 milhões colombianos.

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A Câmara dos Deputados aprovou a medida na quarta-feira de manhã, e o Senado no fim da noite.

A anistia foi um passo importante na implementação do acordo de paz, que apela aos lutadores das Farc para começarem a desarmar os campos monitorados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em toda a Colômbia. Fonte: Associated Press.

O Congresso da Colômbia ratificou, no fim da noite desta quarta-feira (30), o acordo de paz fechado pelo governo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O documento recebeu aprovação unânime na Câmara, um dia após ter sido apoiado pela maioria no Senado.

Após eleitores colombianos rejeitarem, em referendo, a proposta inicial do acordo, foram feitas cerca de 50 alterações no texto. O presidente do país, Juan Manuel Santos, disse que não haverá outra consulta popular. "Amanhã começa uma nova era", celebrou Santos.

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O acordo permitirá que membros da guerrilha assumam cargos políticos. Em contrapartida, os rebeldes aceitaram entregar bens, como forma de compensar perdas de vítimas.

A ratificação do acordo de paz passará por um processo de transição por seis meses, período em que os mais de 8 mil guerrilheiros das Farc se concentrarão em áreas rurais e entregarão seus armamentos a monitores das Nações Unidas.

Os rebeldes, entretanto, insistem que só iniciarão a transição quando uma anistia a 2 mil soldados presos seja aprovada pelos congressistas. "O dia D começa quando as primeiras ações forem implementas", disse um dos líderes das Farc, Pastor Alape.

O debate em torno da anistia aos guerrilheiros presos pode ser um dos primeiros desafios ao acordo de paz, já que o Congresso terá de aprovar uma nova legislação e criar tribunais especiais.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, assinaram hoje um novo acordo de paz, na tentativa de terminar com o conflito, que já dura meio século.

Santos e Londoño assinaram o acordo no Teatro Colón, em Bogotá, quase dois meses após o acordo original ter sido rejeitado em um referendo por uma diferença de 57 mil votos. A cerimônia foi organizada às pressas, em um evento para menos pessoas do que o anterior, quando os dois assinaram o acordo na frente de diversos chefes de Estado e do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

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O novo acordo introduz novos cerca de 50 alterações no texto da proposta anterior, que tentam amenizar as críticas da oposição, comandada pelo ex-presidente e atual senador, Álvaro Uribe. Fonte: Associated Press.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou ter recebido com grande satisfação o novo acordo de paz selado entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), manifestando também a disposição do Brasil em contribuir com a paz no país vizinho.

Em nota divulgada na noite de ontem, o Itamaraty expressou ter "esperança" no apoio dos colombianos à versão que revisa o acordo rejeitado em referendo no mês passado. A íntegra do novo pacto ainda não foi divulgada, mas, conforme adiantou o comunicado redigido entre as partes, traz mudanças, corrige imprecisões e incorpora sugestões vindas dos setores que rejeitaram o acordo original no referendo realizado no dia 2 de outubro.

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O governo brasileiro, segundo a nota do Itamaraty, manifestou ainda a expectativa de que o "espírito de boa vontade e de reconciliação nacional prevaleça durante a implementação do acordo de paz".

"Como sempre, o Brasil continuará a contribuir, na medida de suas possibilidades e de acordo com o que solicite o governo colombiano, para que a paz chegue definitivamente à Colômbia, país vizinho e amigo ao qual, neste momento histórico, reiteramos nossas felicitações e nossa solidariedade", conclui a nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores.

O governo da Colômbia conseguiu um novo acordo com as Farc, mas selar a paz com a guerrilha mais antiga da América Latina ainda precisa da aprovação da oposição.

Além disso, falta responder às dúvidas da população que imperavam neste domingo (13): como esse acordo será referendado e implementado.

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Firmado no sábado (12) pelos chefes negociadores de ambos os lados em Havana, o pacto inclui parte dos questionamentos, detalhes e contribuições de diversos setores que se opuseram ao acordo original, alcançado em 26 de setembro, mas derrotado nas urnas em 2 de outubro.

"Com toda humildade, quero reconhecer que este novo acordo é um acordo melhor", declarou o presidente Juan Manuel Santos, em pronunciamento transmitido no sábado à noite pela televisão.

Em conversa com a AFP, o diretor do Centro de Análises de Conflicto Cerac, Jorge Restrepo, concordou que se trata de uma versão melhorada, porque "preserva a Constituição, ao eliminar inovações jurídicas desnecessárias, que buscavam dar garantias às Farc".

Segundo ele, o pacto "entrega a vários grupos do 'não' avanços que protegem seus interesses", sobretudo, em temas de segurança jurídica para quem pode ter envolvimento com alguns crimes - como militares e empresários -, ou alívio para setores religiosos que temiam a presença de ideologias de gênero no texto.

Nem Santos nem os negociadores em Havana apresentaram detalhes sobre como será o processo de referendo do novo acordo.

No momento, o presidente colombiano ordenou ao chefe negociador Humberto de la Calle que comece a se reunir com os líderes do "não" para lhes explicar os pormenores das modificações.

Espera-se que a "versão integrada" do acordo esteja disponível em breve para que todos os colombianos possam lê-la.

A outra grande dúvida que surge sobre o futuro do processo é se os opositores, depois de conhecer o teor do novo acordo, irão apoiá-lo, fazer observações, ou rejeitá-lo definitivamente. Esta última opção implicaria uma enorme incerteza sobre sua implementação.

O mais ferrenho opositor ao processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o ex-presidente Álvaro Uribe, solicitou que os porta-vozes da oposição possam estudar o novo texto e que o acordo "não tenha alcance definitivo" até que sua revisão seja concluída.

"Muitos do 'não' se somarão ao novo acordo", e apenas "uma minoria radical" se pronunciará contra, por considerar que vários dos aspectos-chave do acordo se mantêm, vaticinou Restrepo.

Uma das principais críticas sofridas pelo pacto original foi dar às lideranças do grupo armado a possibilidade de participar da política. Esse ponto permanece na nova versão.

Santos pediu aos colombianos que entendam que o objetivo dos processos de paz "é, justamente, que os guerrilheiros baixem as armas e que possam fazer política dentro da legalidade".

Embora a mesa de diálogo tenha tratado da limitação de sua participação política, Santos admitiu que "não se conseguiu avançar" nesse tema.

Segundo o presidente, as Farc "terão de participar das eleições" com as mesmas condições que os demais movimentos políticos.

Apoio e esperança

Ao mesmo tempo em que os defensores do "não" colocaram suas dúvidas e pediram tempo para estudar o acordo, a notícia da nova versão foi muito bem recebida por outros setores.

Por intermédio de seu secretário de Estado, John Kerry, o governo dos Estados Unidos felicitou os negociadores, os partidários do "não" e outros setores da sociedade por ter apoiado "um diálogo nacional respeitoso e de grande alcance após o referendo".

A alta representante da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, indicou que o acordo "constitui uma boa notícia". Ela disse esperar se reunir com Santos em 12 de dezembro para a assinatura do Fundo Europeu para a Paz na Colômbia, que apoiará projetos durante o pós-conflito.

Hoje, dezenas de colombianos saíram às ruas da histórica praça de Bolívar, em Bogotá, para comemorar a notícia aos gritos de "Sim, nós conseguimos!".

O governo do presidente colombiano Juan Manuel Santos anunciou um novo acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) neste sábado, encerrando um período turbulento de seis semanas de negociações depois que eleitores do país rejeitaram o acordo anterior.

O novo acordo com as Farc inclui a maior parte do que constava no pacto anterior. Governo e comandantes rebeldes, porém, fizeram mudanças em diversos pontos do acordo original, incluindo a exigência de que os rebeldes entreguem dinheiro e pertences advindos de sua atividade criminal até a garantia de proteção para donos de terra como parte de uma modernização do campo.

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"Esse acordo é melhor", disse Humberto de la Calle, negociador-chefe do governo. Da capital cubana Havana, onde ocorreram as conversas, ele afirmou que os dois lados tiveram que agir rapidamente, negociando em quanto milhares de guerrilheiros estavam no limbo, esperando uma palavra sobre quando eles poderiam abandonar as armas.

"Estamos convencidos de que esse documento permite caminhos possíveis e viáveis para encerrar tantas décadas de conflito", disse o representante do governo.

Num plebiscito promovido no dia 2 de outubro, eleitores rejeitaram o acordo original assinado entre os negociadores e as Farc depois de quatro anos de conversas em Cuba. Em resposta, o governo de Juan Manuel Santos teve que tentar ressuscitar as conversas para um novo acordo que encerrasse o conflito de 52 anos e que ao mesmo tempo incorporasse preocupações do bloco liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, defensor do "não".

"As partes entenderam a mensagem de que era preciso voltar à mesa", disse Alejandro Eder, um ex-negociador do governo. "Empurrar o acordo não era uma opção", concluiu.

O novo acordo vai ser apresentado ao Congresso para votação e depois será implementado. O processo poderá levar ao desarmamento de cerca de 6 mil combatentes das Farc. O acordo também demanda desenvolvimento de infraestrutura no campo, dá às Farc até dez assentos no Congresso e conclama os rebeldes a trabalharem com o governo no combate ao tráfico de drogas.

Pelo novo texto, juízes estrangeiros são impedidos de participar no novo sistema judicial para aqueles acusados de crimes de guerra e há uma linguagem especial sobre como os chefes das Farc seriam confinados como punição por crimes. Na política, rebeldes fizeram concessões, incluindo o recebimento de menos dinheiro estatal para o partido político que o acordo permite que eles formem.

Chefes rebeldes responsáveis por atrocidades, porém, ainda poderiam estar aptos a concorrerem para cargos públicos. "Tenho que ser franco", disse o presidente colombiano, "não conseguiríamos avançar nesse ponto".

Muitos oponentes do pacto original disseram que a abertura de portas para que as Farc atuassem na política foi o que os levou a votar "não". Para o governo de Santos, porém, nenhum grupo rebelde que firmou acordos de paz pelo mundo o fez sem receber segurança de que poderia atuar politicamente. Fonte: Dow Jones Newswires.

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