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Um novo passo na tentativa de por fim ao confronto entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deve ser dado neste sábado. Isso porque, após as negociações em Havana, deve ser anunciado ainda hoje um novo acordo de paz.

O anúncio de uma nova reunião hoje entre o presidente, Juan Manuel Santos, e ex-presidente Alvaro Uribe trouxe grande expectativa sobre a possibilidade de ter sido selada em Havana um novo acordo. A assessoria de imprensa da Presidência, entretanto, não revelou o motivo da reunião.

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No dia 2 de outubro, os colombianos rejeitaram o primeiro acordo e os opositores apresentaram uma série de mudanças ao governo de Juan Manuel Santos. Um novo trato é visto pelo governo e por seus adversários políticos como o único meio de substituir o acordo original, que foi assinado por Santos e pelas Farc em setembro depois de quatro anos de negociações.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou neste sábado (5) que os negociadores de seu governo e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estão concentrados em Havana, em Cuba, para revisar as 57 sugestões de ajuste do novo acordo de paz. Os temas foram sugeridos pelos que votaram contra o acordo no plebiscito realizado no dia 2 de outubro.

"Muitos assuntos são menos complexos de serem resolvido. Outros, mais difíceis", afirmou Santos, fazendo alusão a assuntos como a justiça pós-conflito, que foi um dos pontos mais polêmicos nas reuniões entre o governo e os críticos do acordo. "Todos serão objeto de discussão detalhada com as Farc", garantiu o presidente.

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Santos destacou ainda que a equipe de negociação do governo manterá uma linha de comunicação permanente com os diversos setores que participaram das reuniões para assim escolher as propostas e alternativas para um novo acordo de paz.

"É preciso agora concentrar todos os esforços nos pontos mais complexos para elaborar um novo acordo com as Farc no menor tempo possível", enfatizou.

No acordo firmado no dia 26 de setembro após uma negociação de quase quatro anos, os rebeldes que entregassem suas armas e confessassem seus crimes estariam livres de cumprir pena na prisão. Além disso, as Farc obteriam 10 cadeiras no Congresso até 2026 para facilitar a sua conversão para um movimento político.

Porém, os opositores ao acordo contestam a possibilidade dos chefes guerrilheiros envolvidos em crimes contra a humanidade terem liberdade para ingressar na vida política. Eles propõem que, em alguns casos, eles vão recuperando seus direitos de forma gradual após pagar pelos seus crimes.

O governo, que foi pego de surpresa quando o acordo foi rejeito no plebiscito, quer chegar a uma nova proposta antes do fim de novembro para enviá-la ao Congresso e convocar uma nova consulta popular.

"Estou convencido de que chegaremos a um acordo que atenda aos desejos da imensa maioria dos cidadãos", disse Santos.

O presidente receberá o prêmio Nobel da Paz no dia 10 de dezembro e espera já ter conseguido o reconhecimento do acordo de paz até lá. Fonte: Associated Press.

O governo colombiano e a guerrilha das Farc começaram a negociar neste sábado (22), em Havana, propostas de ajuste ao acordo que foi rejeitado em um plebiscito em 2 de outubro passado. O objetivo é tentar salvar o processo de paz na Colômbia.

"Encontro de delegados e de assessores do governo e das Farc em Havana. Começando diálogo construtivo. Vamos pela paz", anunciou em sua página no Twitter a delegação do governo, que também publicou uma foto da reunião em "El Laguito" - um complexo residencial no oeste da capital cubana. "O ambiente é de otimismo. Vamos pela paz", tuitou o chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Timoleón Jiménez (Timochenko), destacando que as partes estão "buscando pontos de confluência".

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Na mesma rede, o principal negociador da guerrilha, Iván Márquez, destacou que, no encontro, "analisam-se pontos de vista de diversos setores da sociedade sobre acordo de paz". Antes de viajar para Havana na sexta-feira (21), o chefe da delegação oficial, Humberto de la Calle, explicou que o objetivo é debater "ajustes e detalhes com o propósito de conseguir um novo acordo que permita abrir a etapa de consolidação da paz".

Em pronunciamento da Casa de Nariño, o Palácio presidencial, De la Calle admitiu que o processo de paz na Colômbia está "frágil", após o "não" do plebiscito, mas destacou o "ânimo patriótico" que encontrou nas "dezenas" de propostas dos diversos setores políticos e sociais contrários ao acordo final.

A ex-refém Ingrid Betancourt afirmou nesta sexta-feira que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) também deveriam ter sido agraciadas com o Nobel da Paz, concedido neste ano ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

Durante entrevista à agência Associated Press em Paris, Betancourt disse que "é difícil para mim dizer isso, mas eu tenho que ser justa, mesmo que eles tenham sido meus sequestradores". Segundo ela, "eu acho que é verdade que eles se transformaram".

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Ingrid Betancourt tem cidadania francesa e colombiana. Ela fazia campanha para a presidência da Colômbia quando foi sequestrada pelo grupo, em 2002, tendo sido libertada apenas em 2008.

Santos levou o Nobel por seus esforços para acabar com a guerra civil no país, mesmo após os eleitores colombianos terem rejeitado em referendo o acordo de paz fechado com as Farc. Nesta sexta-feira, o governo de Bogotá e o grupo fecharam um acordo sobre um protocolo de trégua com a intenção de garantir a segurança dos rebeldes durante o processo de paz. Fonte: Associated Press.

Os colombianos decidem neste domingo, 2, se ratificam ou não o acordo de paz assinado entre o governo de Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). As urnas foram abertas as 8h e os eleitores podem votar até 16h.

Durante todo o dia estão proibidas todas as maneiras de propaganda e campanha pelo 'sim' ou pelo 'não' no plebiscito. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, também não será permitido realizar trabalhos de pedagogia ou divulgação dos pontos do acordo de paz.

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As pessoas não poderão usar camisetas ou botons de campanha. Além disso, está proibida a concentração pública de partidários dos dois lados. As campanhas no rádio, na televisão ou qualquer outro canal de informação de massa estão encerradas.

Cerca de 200 observadores de 25 países supervisionarão a votação deste domingo. Os convidados internacionais também terão a responsabilidade de informar qualquer irregularidade.

Para o plebiscito ser aprovado, pelo menos 13% do colégio eleitoral precisa votar pelo 'sim', ou seja, 4,5 milhões de pessoas. O percentual havia sido proposto pelo governo, sob a justificativa de que a participação eleitoral no país costuma ser muito baixa já que o voto não é obrigatório, e foi ratificado pelo Congresso.

Se esse número não for alcançado ou o 'não' vencer, o presidente Santos já afirmou que os acordos fechados ao longo dos seis anos de negociação - sendo dois em segrego - estarão cancelados e o país volta a viver em conflito com as Farc.

No dia da assinatura do acordo de paz em Cartagena de Índias, o alto comissário da paz do governo Santos, Sergio Jaramillo, afirmou ao Estado que o governo realizou uma maratona pedagógica em diversas cidades para mostrar os pontos acertados com as Farc. "Tem sido muito emocionante. Estive na semana passada com 7 mil indígenas, 500 conselheiros, 300 empresários, em eventos separados. Não se pode acreditar que o 'não' vença", disse, confiante na aprovação do acordo.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder da guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como "Timochenko", assinaram nesta segunda-feira o documento de 297 páginas que oficializa o acordo de paz no país.

Após 52 anos de conflito, a solenidade coloca a Colômbia mais perto do esperado tratado, que irá a plebiscito no dia 2. Na cerimônia desta tarde, após a execução do hino da Colômbia, foi prestado um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do conflito armado.

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Antes dos discursos, um grupo de mulheres cantou a música "Santa Maria, nos dê a paz". A canção se inicia se referindo à dificuldade de se viver com a violência das Farc, ressalta a iniciativa do presidente para realizar as negociações e termina pedindo paz entre todos os colombianos. No trecho em que dizia "Obrigada presidente Santos por sua valentia", os colombianos aplaudiram em pé.

Em seguida, Timochenko foi chamado ao palco e foi o primeiro a assinar o acordo de paz. Juntou as mãos e foi aplaudido. Depois dele, foi a vez de Santos assinar o documento. (Fernanda Simas, enviada especial)

Líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deram apoio unânime a um acordo de paz firmado no último mês com o governo do país. O anúncio concluiu uma semana de deliberações em que a guerrilha tentou se apresentar sob uma nova luz a colombianos céticos que os culpam por décadas de violência.

Com shows de artistas de rap, conferências sobre o papel das Farc no cuidado ao meio ambiente e entrevistas com a imprensa internacional, líderes evitaram a retórica de antagonismo que os colombianos costumam esperar deles.

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"A guerra não acabou", disse o líder conhecido pelo pseudônimo de Ivan Marquez no final de uma coletiva de imprensa. "Diga a Mauricio Babilônia que ele pode soltar as borboletas amarelas", declarou em referência ao personagem do livro "Cem Dias de Solidão", de Gabriel Garcia Marquez.

Ivan Marquez disse que as Farc formarão um partido político até maio de 2017. Muitos colombianos aguardam por detalhes sobre uma transição das Farc para um movimento político uma vez que o grupo entregue suas armas a observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) nos próximos seis meses.

O presidente colombiano Juan Manuel Santos e o líder das Farc conhecido como Timochenko devem assinar o acordo na segunda-feira na cidade caribenha de Cartagena em um evento que deve ter a participação de mais de uma dezena de chefes de Estado, do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon e do secretário de Estado norte-americano John Kerry.

Timochenko fez um apelo especial pelos milhões de vítimas do conflito de meio século, dizendo que, além do fim das hostilidades, as famílias se beneficiariam ao saber a verdade sobre o que ocorreu com seus parentes. "Finalmente teremos uma segunda oportunidade", declarou. Fonte: Associated Press.

O presidente Michel Temer desistiu de participar da cerimônia de assinatura do acordo de paz entre o governo colombiano e o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), previsto para a próxima segunda-feira (26), em Cartagena das Índias. As informações são da Agência Ansa.

Temer tinha prometido ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que assistiria ao ato histórico durante um encontro que tiveram em Nova York no início da semana, mas preferiu ficar no Brasil para tratar de assuntos internos. O Brasil será representado no evento pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra.

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O acordo de paz entre as Farc e a Colômbia coloca fim a um conflito de 52 anos, que é considerado um dos mais antigos e sangrentos da América do Sul. Além da solenidade da assinatura do acordo, Temer desistiu de participar da 25ª Cúpula Ibero-Americana, que ocorrerá na mesma cidade, nos dias 28 e 29 deste mês.

Conferência das Farc

Os líderes e membros das Farc encerram hoje sua 10ª conferência nacional, na qual devem aprovar o texto do acordo de paz, negociado desde 2012 em Cuba.

O anúncio da ratificação deve ser feito hoje (23), em mais um dia histórico para a Colômbia. O grupo está reunido há uma semana em uma região ao sul da Colômbia.

Além disso, as Farc elaboram as diretrizes para fazer com que o grupo se torne um partido político, com objetivos, estratégias e estrutura física. Cogita-se a possibilidade de que as Farc passem a se chamar Movimento Bolivariano por uma Nova Colômbia.

Da Agência Ansa

Centenas de guerrilheiros comunistas armados marcharam através de pântanos e pela selva colombiana para uma reunião onde eles baixaram suas armas, vestiram camisas brancas a apresentaram uma nova face de paz aos seus compatriotas.

A conferência de uma semana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nas planícies ao sul do país tem sido em parte um seminário pedagógico, parte Woodstock e parte um esforço de marketing para melhorar a imagem pública de um grupo bastante criticado por sua campanha de anos de assassinatos, sequestros e atentados.

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A reunião deve se encerrar nesta sexta-feira, com uma nota histórica: o maior líder dos rebeldes deve ratificar uma acordo de paz com o governo da Colômbia que tenta encerrar um uma insurgência de 52 anos e permitir que o grupo procure um movimento político.

O real significado da conferência é que as guerrilhas notoriamente sigilosas abriram as portas para convidar centenas de jornalistas e convidados especiais. O propósito é mostrar um grupo mais gentil, que agora busca o poder apenas por meios políticos pacíficos.

Ao serem questionados por jornalistas sobre o que fariam em paz, muitos rebeldes simplesmente disseram que fariam o que a liderança das Farc pedisse, com a maioria vendo um papel como ativistas políticos pressionando por um Estado marxista-leninista.

Em seu discurso aos rebeldes no meio da floresta, o supremo comandante das Farc, Rodrigo Londoño - que é mais conhecido como Timochenko - disse que a Colômbia abriria agora um novo e pacífico capitulo. "Nessa guerra não há vencedores ou perdedores. O que as Farc ganharam foram garantias de que pode continuar sua luta através das eleições", completou. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo da Colômbia e a guerrilha das Farc firmarão em 26 de setembro, em Cartagena, o histórico acordo que porá fim a mais de meio século de conflito armado - informou o presidente Juan Manuel Santos, nesta sexta-feira (2).

"A paz vai ser assinada em 26 de setembro próximo, aqui em Cartagena", disse Santos, na assembleia da Confederação Colombiana das Câmaras de Comércio, que acontece nessa cidade caribenha colombiana.

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A Corte Constitucional da Colômbia endossou por maioria uma lei que fará os cidadãos se manifestarem por meio de plebiscito sobre os acordos de paz entre o governo e o grupo guerrilheiro Farc. A notícia foi dada pela presidente do alto tribunal, María Victoria Calle.

Em seguida, o presidente Juan Manuel Santos fez um pronunciamento na televisão e lembrou que a pesquisa popular sobre os acordos foi uma promessa desde o início do processo. "Foi um compromisso solene com meus compatriotas", afirmou Santos.

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O presidente também ressaltou que o voto dos colombianos neste plebiscito será, provavelmente, o mais importante de suas vidas, mas reconheceu que a abstenção é um direito. Ainda não ficou claro quão determinante o resultado do plebiscito será para o processo de paz. Fonte: Associated Press.

Comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo de Juan Manuel Santos anunciaram na noite de quarta-feira um acordo sobre um cessar-fogo definitivo que encerraria as hostilidades em um dos conflitos mais antigos do planeta.

Ambas as partes, que vinham negociando desde novembro de 2012 em Cuba, disseram em comunicado que também entraram em um acordo sobre o desarmamento de 7 mil guerrilheiros e em um plano de segurança para proteger rebeldes desmobilizados.

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Fontes ligadas às negociações dizem que o acordo, que ainda não é um tratado final de paz, significa que as partes concordaram em encerrar um conflito iniciado em 1964 quando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram fundadas como um movimento camponês da Província de Tolima.

"Guerras tem custos, e elas custam muito", disse Santos em um evento na terça-feira, referindo-se ao fim do conflito. "Guerras são sempre mais dispendiosas que a paz".

Um alto negociador rebelde, Luis Antonio Losada, disse que o "último dia de guerra significa o fim de uma noite terrível de violência com a qual convivemos por muitas décadas".

Os detalhes do acordo devem ser anunciados na quinta-feira, em um evento em Havana, com a presença do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e líderes de vários países latino-americanos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Milhares de manifestantes na Colômbia atenderam ao chamado do ex-presidente Álvaro Uribe para protestar contra o governo do presidente Juan Manuel Santos e a forma como tem conduzido as negociações de paz com as Farc. Com palavras de ordem como "Renuncia, Santos, as pessoas não te querem", os protestos ocorreram em mais de 20 cidades da Colômbia, onde homens e mulheres vestindo camisas amarelas e vermelhas carregavam cartazes que expressam rejeição às políticas governistas para segurança, emprego, saúde e educação.

O ex-presidente Uribe, agora líder da oposição, conduziu a manifestação em Medellín, a segunda maior cidade do país. Em Bogotá, o ex-ministro Rudolf Hommes guiou milhares de manifestantes ao longo de 20 quadras para preencher, apesar da chuva, a Praça de Bolívar, no centro da capital. "Um presidente tem de ouvir os cidadãos. Estamos dizendo a Santos que o mal-estar é gigantesco e que ele precisa corrigir o rumo do país", afirmou.

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Os atos coincidem com a popularidade em queda do presidente Santos, a mais baixa desde que ele assumiu seu primeiro mandato em 2010. A última medição da empresa Ipsos-Napoleón Franco apontou que 25% dos entrevistados tinham imagem positiva do presidente, enquanto a proporção dos entrevistados com imagem negativa foi de 75%. A administração de Santos tem sido criticada pela gestão econômica e pelas políticas para combater o desemprego. Além disso, pelo menos 66% dos colombianos consultados estão pessimistas frente a uma possível assinatura de um acordo de paz entre o governo e as Farc. A decepção com o processo de paz, que começou em novembro de 2012, cresceu após o prazo de 23 de março planejado por Santos ter passado sem nenhum acordo final.

As horas que precederam as marchas foram marcadas por tensão. Algumas áreas, como o departamento de Córdoba, amanheceram com militares nas ruas depois da onda de violência desencadeada nos últimos dias pelo grupo narco-paramilitar Clan Úsuga, que exige reconhecimento político. Fonte: Associated Press.

O governo da Colômbia e o maior grupo rebelde do país, a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), anunciaram nesta terça-feira um pacto inédito a favor das vítimas do conflito armado, ponto fundamental para alcançar o processo de paz conduzido em Cuba há três anos.

Os negociadores de ambos os lados dizem que as negociações foram feitas com sucesso sobre como atender às necessidades de 6 milhões de vítimas do conflito de meio século. Entre as medidas do acordo, que levou um ano e meio de negociações, estão reparações e reconstrução da infraestrutura em comunidades mais danificadas pelo conflito.

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O acordo define também o tratamento que receberão os responsáveis por delitos contra humanidade sob um sistema jurídico especial, que será criado como parte do processo de paz e que inclui penas alternativas de reclusão. O pacto concede também anistia aos guerrilheiros que não estejam envolvidos em delitos atrozes, como sequestro, violência sexual, execuções foram de combate, e apenas estejam acusados de levantar-se em armas contra o Estado.

No entanto, ainda existe uma questão instável: como os membros das Farc vão desmobilizar a fim de que ambos os lados cheguem a um acordo final. O governo do presidente Juan Manuel Santos e as Farc chegaram a um acordo em quatro dos seis pontos negociados: o programa agrário, as drogas ilegais, a participação política dos guerrilheiros e agora o da justiça e vítimas.

Ainda precisam ser definidas duas questões importantes relacionadas ao desarmamento da guerrilha e ao mecanismo para a sanção dos acordos. A guerrilha esquerdista e o governo se comprometeram a firmar a paz antes de 23 de março de 2016.

Fonte: Associated Press

O governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) disseram que vão trabalhar em conjunto para localizar milhares de pessoas que desapareceram durante mais de 50 anos de conflito. Cerca de 25 mil pessoas estão registradas como desaparecidas desde 1985. Estima-se que 220 mil morreram e 5 milhões foram deslocadas de suas casas durante o conflito como um todo.

Eles fizeram o anúncio no sábado, em Cuba, onde representantes do governo e dos insurgentes estão tentando alcançar um tratado de paz. As duas partes vão tentar encontrar, localizar e identificar os desaparecidos, assim como devolver os restos mortais para as famílias. Eles vão usar as informações dos rebeldes e forças de segurança, além de dados de organizações sociais.

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Os dois lados disseram que planejam chegar a um acordo final de paz até março. Fonte: Associated Press.

A guerrilha das Farc solicitou aos bispos da Colômbia que consigam que o Papa Francisco se reúna com os negociadores de paz colombianos durante sua visita a Cuba em setembro.

O pedido foi feito pela delegação das Farc ao presidente da Conferência Episcopal colombiana, Luis Augusto Castro, durante um encontro em Havana.

O papa visitará Cuba de 19 a 22 de setembro como parte de uma viagem que o levará aos Estados Unidos.

O governo colombiano e as Farc negociam desde 2012 um acordo de paz para acabar com um conflito armado de meio século, que deixou 220.000 mortos e seis milhões de deslocados, segundo números oficiais.

O governo colombiano vai suspender os ataques aéreos contra posições das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em uma tentativa de dar novo fôlego para as negociações de paz. O presidente do país, Juan Manuel Santos, fez o anúncio na noite deste sábado, durante uma cerimônia militar em Cartagena. Segundo ele, a medida é uma resposta à decisão das Farc de declarar um cessar-fogo unilateral.

Em 20 de julho os líderes da guerrilha disseram que iriam retomar o cessar-fogo, que havia sido interrompido dois meses antes após o Exército bombardear um acampamento do grupo e matar 26 pessoas. A operação do governo era uma resposta a ataques promovidos pelas Farc, inclusive contra um pelotão do Exército que matou dez soldados enquanto eles estavam dormindo.

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Refletindo as desconfianças que ainda persistem dos dois lados, Santos disse que os ataques aéreos podem ser retomados se os campos das Farc gerarem riscos para civis ou para alvos de infraestrutura. "Nós concordamos com uma desescalada do conflito. Isso significa menos mortes, menos sofrimento e menos vítimas", comentou o presidente.

O governo colombiano e as Farc já chegaram a acordos sobre reforma agrária, participação do grupo na política e uma estratégia conjunta para combater o tráfico de drogas. Eles também anunciaram um esforço combinado para remover minas terrestres. Mesmo assim, ainda existem alguns impasses, sendo o principal deles a exigência dos rebeldes de anistia total. Fonte: Associated Press.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 24, a Operação Mosaico, com o objetivo de desmantelar organização criminosa que 'importava' cocaína e maconha de países produtores e as revendia em São Paulo, para posterior remessa à África e Europa. A PF cumpre 19 mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

O líder da organização criminosa, segundo a PF, é o brasileiro I. C. M. M., que, a partir do Paraguai, entre os anos de 2000 e 2004, foi responsável pela remessa de cocaína para o Brasil, utilizando-se principalmente de um esquema envolvendo pequenas aeronaves. Ele foi condenado no Brasil a 25 anos de prisão e após cumprimento de um sexto da pena, passou para o regime semi-aberto.

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Em novembro de 2004, ele foi preso no Paraguai e, devido a trocas de armas por cocaína que realizava com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - FARC -, foi extraditado para os Estados Unidos, onde a Justiça o condenou a uma pena de 66 meses de prisão por tráfico de drogas, em 2009.

Em 2010, enquanto estava na prisão nos Estados Unidos, sua pena foi reduzida, após acordo com as autoridades judiciárias americanas, quando assumiu o compromisso de retornar ao Brasil e contribuir com a Polícia no combate ao comércio de drogas, por seu conhecimento que detinha sobre rotas do narcotráfico, quadrilhas e atuação de outras organizações criminosas.

Inquérito da PF aponta que, sem se apresentar a nenhuma autoridade brasileira, I. C. M. M. Retornou ao crime, estabelecendo novas conexões e rotas do tráfico, agora com cidadãos nigerianos radicados em São Paulo, que aqui se responsabilizariam pelo recebimento da droga e por sua consequente remessa para a Europa e África.

Desde o início da investigação, em janeiro, foram presas em flagrante 11 pessoas e apreendidos mais de 176 quilos de cocaína e 521 quilos de maconha. As ações policiais ocorreram nas cidades de Campo Grande (MS), Dourados (MS), Limeira (SP) e na capital paulista.

Os investigados serão indiciados, de acordo com seus atos, pelos crimes de tráfico internacional de droga e a associação para o tráfico, com penas que podem chegar a 25 anos de prisão.

Antes de ser preso em Brejetuba, o piloto Alexandre José de Oliveira Junior passou a ser achacado por policiais civis de São Paulo. Identificados como Helber e Aroldo, eles trabalhavam no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Oliveira Junior que, segundo a Polícia Federal, havia transportado 650 quilos de cocaína para São Paulo e Rio em 18 de janeiro de 2013, entrou em contato com o chefe em 19 de março de 2013 e indagou sobre os policiais. Os agentes do Deic sabiam do voo, mas em vez de prender o acusado decidiram achacá-lo. De acordo com a PF, o acusado "acabou pagando grande quantia em dinheiro, para não ser molestado".

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Em junho, o piloto voltou a tratar do episódio com o chefe Ronald Roland, por meio de mensagem. Disse que havia descoberto a identidade do informante que o havia entregue ao Deic. "Preciso zerar (matar) ele." A PF não conseguiu descobrir se o informante foi assassinado.

O piloto teria sido aliciado por um organização criminosa formada por empresários brasileiros para transportar cocaína das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) da Venezuela para Honduras, e que passou a operar em 2013 no tráfico também para o Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmaram nesta quinta-feira que formarão no futuro uma Comissão da Verdade, para investigar e estabelecer a responsabilidade pelas atrocidades que ocorreram em meio século de conflito. A notícia sinaliza que as negociações de paz, embora lentamente, estão avançando.

"A construção da verdade é essencial para construir a paz", afirmaram o governo e as Farc, em comunicado conjunto de Havana, Cuba, onde as negociações de paz começaram em novembro de 2012 para acabar com o conflito que já custou mais de 200 mil vidas.

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A comissão será formada por 11 membros, que recolherão relatos de vítimas e outras testemunhas, uma vez que um acordo final seja fechado. Em sua conta no Twitter, Santos disse que a criação da comissão é "um passo importante".

A informação coletada pela comissão não poderá ser usada para formular casos na Justiça contra os guerrilheiros, as tropas do governo ou os combatentes paramilitares de direita que cometeram abusos.

As negociações de paz, porém, têm problemas sérios para avançar. Os líderes recusam qualquer acordo que inclua algum tempo de prisão para eles, mesmo que a maioria dos colombianos acredite, segundo pesquisas, que as Farc devem pagar pela violência causada. Nas últimas semanas, a Colômbia viveu momentos de tensão, após as Farc acabarem com um cessar-fogo unilateral decretado em abril, matando 11 soldados enquanto eles dormiam em um acampamento. O Exército respondeu com ataques aéreos e matou um ex-negociador da guerrilha. Fonte: Dow Jones Newswires.

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