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A Amazon apresentou nesta terça-feira (28) um robô equipado com microfones e câmeras que os usuários podem utilizar para monitorar a segurança de suas casas, um dispositivo que transforma "ficção científica em realidade", nas palavras de um dos responsáveis pelo projeto.

A empresa tecnológica saudou o robô batizado de "Astro" como uma grande inovação para a segurança e conveniência de seus usuários, mas especialistas em tecnologia alertam que ele pode oferecer riscos para a privacidade.

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Astro é um dispositivo de aproximadamente 60 centímetros de altura e nove quilos de peso. Ele pode mapear a planta de uma casa e obedecer a comandos específicos, como "olhar" mais de perto para um determinado lugar com auxílio de uma câmera telescópica.

"Agora, quando você não estiver em casa, você pode usá-lo para patrulhar de forma proativa a sua residência e averiguar atividades", afirmou o executivo da Amazon, Dave Limp, em um vídeo sobre o lançamento do produto.

Além disso, o dispositivo, que também funciona integrado à assistente virtual Alexa, pode ser ensinado a reconhecer rostos e a aprender os hábitos dos moradores da casa.

- Um dilema de privacidade digital? -

A Amazon afirma que Astro também pode ser útil para ajudar a verificar remotamente familiares mais idosos, como uma espécie de babá eletrônica, e lembrar os usuários de realizar certas atividades de rotina.

"Ele está transformando a ficção científica em realidade", afirmou Suri Maddhula, que participou do desenvolvimento do robô, no vídeo de apresentação.

Por outro lado, Matthew Guariglia, analista de políticas de grupo Electronic Frontier Foundation, uma organização sem fins lucrativos de defesa dos direitos de liberdade de expressão e privacidade no contexto da era digital, manifestou preocupação com o risco potencial que o dispositivo representa.

Segundo Guariglia, o dispositivo pode permitir que hackers vejam o interior da casa de um usuário se for invadido. Além disso, a própria polícia pode requerer acesso ao mesmo através de um mandado de busca.

"Existem alguns cenários em que [Astro] pode ser útil, assim como existem cenários em que uma câmera de vigilância em sua casa também pode ser útil", disse o analista à AFP.

"Contudo, o problema é que você precisa saber que [o dispositivo] traz consigo um problema de vulnerabilidade", acrescentou.

Para evitar esse problema, Limp, que é vice-presidente sênior para dispositivos e serviços da Amazon, afirmou em uma conferência de imprensa que Astro possui recursos integrados para proteção contra abusos.

Segundo o executivo, os usuários podem desligar as câmeras e microfones de Astro, e o dispositivo também emite um alerta sonoro e visual em seu display quando alguém tenta acessar as câmeras de maneira remota.

"Se alguém 'hackear' sua conta ou algo do tipo, e esse alguém pode ser um criminoso obviamente, queremos que qualquer pessoa que estiver em casa saiba o que está acontecendo", afirmou.

Limp também destacou que a Amazon não tem acesso remoto às câmeras de seus dispositivos e, portanto, "jamais permitiria que um departamento de polícia tivesse acesso ao dispositivo".

Nesta semana, a Disney anunciou que já está trabalhando em uma nova série em live-action, baseada no livro escrito pelo francês Júlio Verne (1828 – 1905), “Vinte Mil Léguas Submarinas” (1870), que será lançado diretamente na plataforma do Disney+.

A produção vai se chamar “Nautilus” e vai narrar os eventos que antecederam os acontecimentos do livro. Assim, a trama vai acompanhar Nemo, um Príncipe Indiano que embarca em um submarino e descobre um mundo subaquático mágico.

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De acordo com o vice-presidente de produções originais da Disney, Liam Keelan, esta será uma série inovadora e em grande escala, já que o roteiro tem a estrutura semelhante ao de um longa-metragem. Inicialmente, serão feitos 10 episódios, que começarão a ser filmados em 2022.

Vale lembrar que o Disney+ já possui uma produção semelhante em seu catálogo, com “As 20.000 Léguas Submarinas” (1954), filme dirigido por Richard Fleischer (1916 – 2006), que apresenta a adaptação do livro, com Kirk Douglas (1916 – 2020) como protagonista.

Jules Gabriel Verne foi um dos grandes escritores da literatura e também é considerado o criador do gênero de ficção científica. Aos 11 anos, o escritor fugiu de casa, e ao retornar prometeu ao seu pai que fugiria apenas para sua imaginação, passando a se dedicar à escrita.

 

 

O Fantaspoa, Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre, anunciou na tarde dessa quarta-feira (3), 25 dos 50 longas que serão exibidos no evento. Será a sua 17º edição, que neste ano será realizado de forma online e gratuita, entre os dias 9 e 18 de abril.

Os filmes vão de fantasia e ficção-científica, até horror e thriller. Nesta 17º edição serão apresentadas 150 produções, 100 curtas e 50 longa-metragens, e todos poderão ser vistos gratuitamente pela plataforma de streaming Darkflix.

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Estreia mundial

Entre os filmes anunciados, três terão sua primeira exibição mundial no festival. São eles: Este Jogo Se Chama Assassinato, de Adam Sherman, Mister Limbro, de Robert G. Putka e O Grande Salto, de Karim Lakzdeh. Os dois primeiros são produções norte americanas, enquanto o terceiro é iraniano.

Projetos de outros 17 países estarão presentes no evento, dentre eles Argentina, Austrália, Holanda, Hungria, Japão, Rússia e Taiwan.

Formação em cinema

Além da exibição cinematográfica, a edição deste ano do Fantaspoa também irá realizar 14 atividades de formação para pessoas com interesse na área de cinema. Semanalmente de forma online, até o dia 8 de abril, atividades serão ministradas por grandes nomes como Lourenço Mutarelli, ator, professor e escritor; Luciana Paes, atriz premiada por seus filmes e novelas globais; e Silvero Pereira, ator que atuou recentemente em Bacurau interpretando Lunga.

Os primeiros 25 filmes divulgados são:

- Bloodshot Heart, de Parish Malfitano (Austrália)

- A Cabelereira, de Jill Gevargizian (EUA)

- Carroña, de Eric Fleitas e Luciana Garraza (Argentina)

- O Cemitério das Almas Perdidas, de Rodrigo Aragão (Brasil)

- Cisto, de Tyler Russell (EUA)

- Dancing Mary, de SABU (Japão)

- Danger! Danger!, de Lexie Findarle Trivundza e Nick Trivundza (EUA)

- A Dark, Dark Man, de Adilkhan Yerzhanov (Cazaquistão/França)

- Este Jogo Se Chama Assassinato, de Adam Sherman (EUA)

- Frank e Zed, de Jesse Blanchard (EUA)

- O Grande Salto, de Karim Lakzadeh (Irã)

- Get the Hell Out, de I-Fang Wang (Taiwan)

- Hawk e Rev: Matadores de Vampiros, de Ryan Barton-Grimley (EUA)

- História do Oculto, de Cristian Ponce (Argentina)

- Kontora, de Ansul Chauhan (Japão)

- Marionete, de Elbert van Strien (Holanda/Luxemburgo/Reino Unido)

- Mate Enterre Ganhe, de Michael Lovan (EUA)

- Mister Limbo, de Robert G. Putka (EUA)

- Moscou Não Acontece, de Dmitry Fedorov (Rússia)

- Noturna, de Gonzalo Calzada (Argentina)

- Playdurizm, de Gem Deger (República Tcheca)

- Post Mortem, de Péter Bergendy (Hungria)

- Querida, Você Não Vai Acreditar, de Yernar Nurgaliyev (Cazaquistão)

- Sangue Vurdalak, de Santiago Fernandéz Calvete (Cingapura);

- O Som da Violência, de Alex Noyer (Finlândia)

Os contágios do novo coronavírus aumentam em ritmo vertiginoso na Índia e o segundo país mais populoso do mundo superou nesta quarta-feira (16) a marca de cinco milhões de casos, no momento em que a OMS traça uma panorama pouco optimista sobre a evolução da pandemia e alerta para a situação difícil na Europa.

"Isto é pior que qualquer ficção científica sobre pandemias", afirmou na terça-feira no Parlamento britânico o doutor David Nabarro, um dos seis enviados especiais da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Covid-19.

"É realmente sério, não estamos nem na metade do caminho, estamos no início", completou, de acordo com agência britânica Press Association.

Na Índia, o avanço dos contágios é vertiginoso: um milhão de novos casos em apenas 11 dias, mas os números reais podem ser muito maiores. O país, com população de 1,3 bilhão de pessoas, é o segundo do mundo com o maior número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram mais de 6,5 milhões de contágios.

O número total de mortes por coronavírus no país asiático superou nesta quarta-feira 82.000, menos da metade dos 195.000 óbitos registrados nos Estados Unidos, mas há vítimas fatais da covid-19 que nunca serão incluídas nas estatísticas indianas, alertam os analistas.

O novo coronavírus já matou quase 930.000 pessoas no planeta, de acordo com um balanço da AFP com base em números oficiais dos países. América Latina e Caribe, a região mais afetada, registram 312.071 mortes e mais de 8,3 milhões de contágios.

A pandemia provoca cenas inéditas, como o atípico e solitário grito de independência do México protagonizado na terça-feira pelo presidente Andrés Manuel López Obrador. O ato central da festa pátria, que normalmente concentra milhares de pessoas na praça pública mais importante do país, Zócalo da Cidade do México, aconteceu sem a presença da população e com um minuto de silêncio em memória das vítimas do coronavírus.

- Europa deve tomar decisões -

Na Europa, a situação piora: na sexta-feira passada, a OMS registrou no continente 53.873 novos casos em um dia, um recorde.

O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, disse que é hora de tomar decisões difíceis para proteger os mais vulneráveis e manter as aulas dos mais jovens.

"A Europa vive aquele momento em que começa uma estação em que as pessoas voltarão a estar em locais fechados (...) Como podemos manter esses dois princípios: proteger os vulneráveis da morte e levar nossos filhos de volta à escola?" questionou.

"O que é mais importante: que os nossos filhos voltem às aulas ou que os bares e discotecas estejam abertos?", questionou Ryan.

A França fechou mais de 80 escolas desde o retorno do ano letivo há 15 dias pela detecção de casos de coronavírus, anunciou o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fez um apelo nesta quarta-feira aos países do bloco pela construção de uma "União Europeia (UE) da saúde" ante a pandemia de covid-19, que evidenciou a necessidade de uma cooperação mais estreita e de uma harmonização da maneira de administrar emergências.

Nos Estados Unidos, a pandemia ganha um tom cada vez mais político. No país com o maior número de mortes do mundo, cientistas denunciam uma pressão "sem precedentes" sobre as instituições de saúde pública por parte do presidente Donald Trump, envolvido na campanha para tentar a reeleição em novembro.

"Interferir assim no funcionamento científico das agências não tem precedentes", declarou à AFP William Schaffner, membro do conselho editorial do boletim dos Centros para a Prevenção e Controle de Doenças (CDC), uma publicação fundamental para as autoridades da saúde pública.

A comunidade científica e a oposição democrata criticam o esforço de Trump para obter o anúncio precipitado de uma vacina antes das eleições de novembro.

Na terça-feira à noite, o presidente afirmou que a vacina poderia estar pronta em "três semanas, quatro semanas", uma previsão extremamente otimista.

- Mais pobres, mais desnutridos -

As consequências econômicas da pandemia não param, uma sucessão permanente de notícias ruins.

"É uma situação terrível, um problema de saúde que está fora de controle e que afunda o mundo não apenas na recessão, mas em uma contração econômica gigantesca que vai dobrar o número de pobres, de desnutridos, levar milhões de pequenas empresas à falência", disse Nabarro, da OMS.

De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), uma agência da ONU, o setor perdeu 460 bilhões de dólares de faturamento no primeiro semestre devido à pandemia.

Nesta quarta-feira, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) afirmou que a recessão mundial será de 4,5% este ano, menos severa que o previsto, graças à reação rápida e consequente dos Estados, mas que a recuperação em 2021 será menos intensa que mostravam as previsões anteriores e ficará por volta de 5%.

A pandemia também provoca diferenças entre classes sociais e raças. Um estudo publicado esta semana nos Estados Unidos pelos CDC mostra que as crianças, adolescentes e adultos jovens de minorias hispânicas, negras e indígenas são proporcionalmente muito mais vulneráveis à covid-19 que as pessoas brancas.

Dos 121 mortos pelo coronavírus menores de 21 anos nos Estados Unidos entre fevereiro e julho, 45% eram hispânicos, 29% negros e 4% indígenas ou nativos do Alasca.

Robôs e nave espacial: Ridley Scott, diretor de "Alien" e "Blade Runner" retoma seus temas favoritos para o retorno às televisões com a série distópica "Raised by Wolves", transmitida pela plataforma HBO Max.

A tão esperada série de ficção científica, que estreia em 3 de setembro, fala sobre dois andróides ("Pai" e "Mãe") encarregados de criar filhos humanos em um novo planeta após a destruição da Terra.

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A distopia futurística com abordagem bíblica é a primeira produção de Ridley Scott na televisão como diretor desde sua estreia na BBC na década de 1960.

"Li o material, o material era inspirador", explicou Scott. "Pensei comigo mesmo: não posso deixar isso escapar, preciso fazer. Foi muito simples".

No centro da trama, escrita por Aaron Guzikowski ("Prisioners" , "Papillon"), se desenvolve uma guerra religiosa entre ateus e discípulos do culto de Mitra, que provocou a aniquilação da humanidade e ameaçou a paz do refúgio dos robôs e sua sobrevivência.

Acostumado com as histórias galácticas, Scott, que dirigiu e produziu os primeiros dois episódios de "Raised by Wolves", disse à imprensa que seu maior desafio era não se repetir e "fazer diferente".

HBO, o canal à cabo americano pertencente ao grupo WarnerMedia assim como o HBO Max, já produziu em 2016 uma outra série de grande sucesso que explora as questões da inteligência artificial e o fim da humanidade: "Westworld".

A primeira superprodução espacial da China está próxima de se tornar a maior bilheteria da história do país e prova que as produções nacionais de grande orçamento podem competir com Hollywood.

"The Wandering Earth" havia arrecadado mais de 3,9 bilhões de yuanes (576 milhões de dólares) até terça-feira, o que deixa o filme no caminho para superar os 5,7 bilhões de yuanes registrados em 2017 por "Wolf Warrior 2", o filme de maior bilheteria da história da China.

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Baseada em um livro do escritor chinês de ficção científica Liu Cixin, o filme conta a história, através dos olhos de astronautas chineses, de um projeto para afastar a Terra de um sol moribundo utilizando motores gigantes de fusão.

Com um orçamento de 50 milhões de dólares, o filme despertou o orgulho pelo programa espacial chinês e conta com efeitos especiais de última geração.

O diretor Guo Fan explicou que 75% das mais de 2.000 tomadas de efeitos especiais foram criadas por equipes chinesas.

O crítico de cinema Wang Hailin afirmou que "The Wandering Earth" prova que "chegou o momento histórico de rivalizar com Hollywood".

"The Wandering Earth" também faturou 3,8 milhões de dólares na América do Norte em 11 dias de exibição, o maior valor para um filme chinês em quase cinco anos, de acordo com a conta do filme nas redes sociais.

Com o presidente chinês Xi Jinping reafirmando seu rígido controle sobre as artes e o entretenimento, com a promoção de temas patrióticos, qualquer filme chinês com uma representação do futuro estava destinado a atrair o escrutínio político.

Mas o filme ignora em grande medida a política e não menciona o Partido Comunista da China.

Os heróis chineses ocupam um lugar de destaque na ação, mas a mensagem geral do filme é a necessidade de estimular a colaboração internacional.

Em uma cena fundamental, um astronauta chinês interpretado por Wu Jing, o astro da franquia "Wolf Warrior", trabalha com um colega russo para salvar o mundo.

"Wandering Earth" também exibe cenas raras em um filme chinês, como imagens de uma Pequim destruída e edifícios emblemáticos de Xangai desabando.

Liu, o autor do livro, vencedor de um Prêmio Hugo - que reconhece obras de ficção científica e fantasia -, afirmou em uma entrevista que a China carece de boa ficção científica original, mas que o forte "senso de futuro" de um país em rápida modernização é um bom presságio para o gênero.

O diretor Guo admitiu que os filmes de ficção científica da China ainda têm um longo caminho a percorrer antes de alcançar os padrão de Hollywood, mas está esperançoso.

"A ficção científica é o termômetro de uma nação. Se esta nação quer abraçar o mundo e sonhar com o futuro, então a viagem da ficção científica chinesa será um oceano de estrelas e terá um grande futuro", disse.

A editora JBC anunciou o lançamento, entre maio e junho, da segunda parte de "Akira". Anúncio foi feito pela página oficial da editora no Facebook.

A obra deve chegar ao país em seis volumes, mas sem periodicidade definida. Segundo representantes da editora a velocidade de lançamento depende dos acordos feitos com os criadores japoneses.

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O primeiro volume foi lançado em junho do ano passado.

"Akira" é um filme de animação japonesa lançado em 1988, do gênero ficção científica. É uma obra considerada grande influenciadora do gênero.

Na história o líder de uma gangue de motoqueiros chamado Kaneda é sequestrado pelo governo e passa por experiências para obter poderes sobrenaturais.

A trama se passa no ano de 2019, em Tóquio.

 

O terceiro filme da franquia “Cloverfield” tem sua data de estreia adiada. O longa produzido por J.J. Abrams, que estava prometido para estrear nos Estados Unidos em outubro de 2017, agora será lançado no dia 2 de fevereiro de 2018.

Inicialmente apelidado de “Cloverfield: God Particle”, o terceiro capítulo dessa franquia de ficção cientifica gira em torno de uma estação espacial americana que, após um acidente com um acelerador de partículas, descobre que a terra desapareceu por completo.

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O elenco conta com Elizabeth Debicki (O Agente da U.N.C.L.E.), Daniel Brühl (Bastardos Inglórios), Gugu Mbatha-Raw (Um Homem entre Gigantes), John Krasinski (13 Horas), Zhang Ziyi (Memórias de Uma Gueixa), Chris O’Dowd (O Lar das Crianças Peculiares) e David Oyelowow (Selma: Uma Luta pela Igualdade). Com Doug Jung (Star Trek: Sem Fronteiras) no roteiro e o estreante Julius Onah na direção, “Cloverfield 3” ainda não tem data de estreia no Brasil. 

“Cloverfield: O Mostro” foi o primeiro filme da franquia, lançado em 2008. A sequência veio apenas em 2016 com “Rua Cloverfield, 10” que conta com John Goodman no papel principal.

Um dos maiores eventos de cultura pop da América Latina iniciou a venda dos ingressos. A primeira edição da Comic Con Experience (CCXP Tour Nordeste) será realizada de 13 a 16 de abril no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. O evento reunirá fãs, artistas, profissionais e empresas de quadrinhos, cinema, TV, games, anime, RPG, memorabilia, ficção científica e colecionáveis para conhecerem as últimas novidades dessas áreas em uma grande celebração do universo geek e da cultura pop. De acordo com informações da assessoria de imprensa do evento, recebeu 196 mil pessoas em sua 3ª edição em São Paulo. O evento é organizado pelo Omelete Group, Chiaroscuro Studios e Piziitoys. A compra dos ingressos estão disponíveis no site da CCXP. 

Quem possui carteira de estudante, idosos, professores e portadores de necessidades especiais contam com o benefício da meia-entrada garantida por lei. Os demais fãs têm a oportunidade de adquirir o ingresso social mediante a doação de um livro entregue em bom estado de conservação na entrada do evento.

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A novidade para a edição no Nordeste é o ingresso Epic VIP, que traz benefícios como na Entrada VIP - 1 hora antes da abertura dos portões-,  acesso à sala VIP com comida e bebida, pôster exclusivo do evento, e camiseta oficial CCXP Tour NE 2017 em Recife. O ingresso custa R$ 999,99 ou em até seis vezes de R$ 166,50.

Também estão disponíveis os ingressos do Full Experience, que garantem acesso aos quatro dias de evento com direto a benefícios como ticket de foto e autógrafo do ator Alexander Ludwig, além de produtos exclusivos da CCXP como a camiseta, boné e chaveiro. Confira os preços dos ingressos do primeiro lote:

13/04 (quinta-feira) – R$ 69,99 (meia-entrada), R$ 74,99 (ingresso social), R$ 139,98 (inteira)

14/04 (sexta-feira) – R$ 69,99 (meia-entrada), R$ 74,99 (ingresso social), R$ 139,98 (inteira)

15/04 (sábado) – R$ 89,99 (meia-entrada), R$ 94,99 (ingresso social), R$ 179,98 (inteira)

16/04 (domingo) – R$ 89,99 (meia-entrada), R$ 94,99 (ingresso social), R$ 179,98 (inteira)

Pacote para os 4 dias de evento – R$ 269,99 (meia-entrada), R$ 274,99 (ingresso social), R$ 539,98 (inteira)

Na próxima semana, a Livraria Cultura irá promover um debate sobre ficção científica. Intitulado de Encontro Intergaláctico, o evento organizado pela editora Aleph irá reunir autores e amantes do gênero numa conversa descontraídas, que irá versar sobre o tema Por que ler ficção científica? História, importância e tendências

O encontro será comandado pelo diretor editorial e pelo publish da Aleph, Adriano Fromer e Daniel Lameira, respectivamente, que se encarregarão de responder aos questionamentos do público e apresentar os principais lançamentos do gênero para o segundo semestre. 

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O evento é gratuito e será realizado na Livraria Cultura do Shopping Rio Mar no dia 13 de agosto. O debate sobre ficção científica está previsto para começar às 19h. 

Serviço

Por que ler ficção científica? História, importância e tendências

Quinta (13)l 19h

Livraria Cultura do Shopping Rio Mar (Avenida República do Líbano, 251 - Pina)

Gratuito

Leonard Nimoy, que morreu nesta sexta-feira aos 83 anos, será lembrado principalmente por sua interpretação como sr. Spock na série e filmes de cinema "Star Trek" (Jornada nas Estrelas).

Mas seu talento como ator e diretor o envolveram em diversas produções nas pequenas e grandes telas, em uma carreira que começou no início de da década de 1950.

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Em suas duas primeiras décadas como ator profissional, ele interpretou papéis em uma série de programas de TV clássicos incluindo "Dragnet", "Perry Mason" e "O agente da U.N.C.L.E.".

Entre 1969 e 1971, ele apareceu em 49 episódios do drama de espionagem "Missão: Impossível", interpretando um mágico chamado Paris.

Muitos dos papéis de Nimoy em programas de TV eram em westerns como "O Homem de Virgínia" e "Caravana" - mas aparições em séries de ficção científica como "Além da Imaginação" e "A Quinta Dimensão" garantiram seu lugar e o sucesso na nave estelar Enterprise.

Como Spock, Nimoy apareceu nos 79 episódios da série original, que durou de 1966 a 1969.

Ele então retomou o papel nos seis longa-metragens para cinema e na nova versão da franquia dirigida por JJ Abrams.

Nos anos 1970, emprestou sua voz à série animada inspirada em "Star Trek". Em 1991, Spock também participou em dois episódios da série derivada da original, "Jornada nas Estrelas A Nova Geração".

Recentemente, de 2009 a 2012, Nimoy, participou de 11 episódios da série de ficção científica "Fringe", também produzida por J.J.Abrams.

Na cadeira de diretor, Nimoy dirigiu "Jornada nas Estrelas II: À procura de Spock" (1984) e "Jornada nas Estrelas IV: A volta para casa" (1986).

Em 1987, dirigiu Tom Selleck no remake de Hollywood da comédia francesa "Três solteirões e um bebê", um grande sucesso do cinema.

Nimoy dirigiu ainda "Coisas engraçadas do amor", com Gene Wilder, e depois fazendo cócegas novamente como diretor em "Funny About Love" estrelado por Gene Wider, e "Santo matrimônio", com Patricia Arquette.

Nimoy também levou sua inequívoca voz para diversos documentários, como a série de ficção científica "Invasion America" e vários episódios de "Os Simpsons".

Além de atuar e dirigir, escreveu livros sobre sua personagem Spock, poesia e se dedicou nos últimos anos de sua vida à fotografia.

A 'Sony Pictures' divulgou o segundo trailer do filme Chappie, nova ficção científica da produtora. Longa estreia nos cinemas nacionais em 16 de abril de 2015.

O elenco é composto por Hugh Jackman, Sigourney Weaver, Dev Patel e Sharlto Copley ainda Brandon Auret, Dan Hirst, Janus Prinsloo, Jose Pablo Cantillo, Kevin Otto, Miranda Frigon, Ninja, Paul Hampshire, Robert Hobbs.

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Sinopse: 'Toda criança chega ao mundo cercada de esperanças, e com Chappie não é diferente: ele é talentoso, especial e um prodígio. E como qualquer outra criança, Chappie sofrerá a influência daqueles que o cercam - algumas boas, outras ruins - e ele terá que confiar em seu coração e alma para encontrar o seu caminho no mundo e moldar sua própria personalidade. Mas há uma coisa que faz Chappie ser diferente de todos: ele é um robô. O primeiro robô com a capacidade de pensar e sentir por si mesmo. Essa é uma ideia perigosa e desafiadora, que vai fazer com que Chappie enfrente forças poderosas e destrutivas que querem garantir que ele seja o último de sua espécie.'

Falta um ano para a data em que Marty McFly chega no futuro no filme De Volta Para o Futuro II. Na história, o personagem encontra a tecnologia de pranchas capaz de levitar, os chamados "hoverboards" no ano de 2015, e agora uma empresa americana quer usar o Kickstarter para transformar isso em realidade. O projeto Hendo Hoverboard iniciou sua campanha no site de financiamento coletivo e em menos de 24 horas já arrecadou mais de US$ 100 mil.

A empresa Arx Pax está usando uma tecnologia baseada no princípio científico conhecido como a Lei de Lenz. Ele diz que o sentido da corrente é o oposto da variação do campo magnético que lhe deu origem. Para fazer o objeto levitar, os desenvolvedores criaram o que chamam de "arquitetura de campo magnético". Isto permite que eles usem imãs manipulem o campo magnético para uma direção específica, e o resultado é algo que antes só era possível num filme de ficção científica.

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Para convencer os céticos, a empresa está oferencendo, pelo Kickstarter, um kit de desenvolvimento com o que chamam de "caixa branca." Um aparelho com a tecnologia para que desenvolvedores e curiosos possam testar a ideia e por na prática através de outros conceitos. Greg Henderson e sua esposa Jill, fundadores da Arx Pax dizem que a tecnologia pode ser reproduzida em qualquer tamanho, seja ele pequeno ou grande. A ambição é grande, e eles dizem que é possível usar para proteger prédios de terremotos e inundações, além de criar novos meios de transporte.

Considerada uma das mulheres mais sensuais do planeta, Scarlett Johansson irá aparecer nua em algumas cenas do filme de ficção científica Sob a Pele, com estreia no Brasil marcada para 15 de maio. No início da tarde desta terça-feira (22), uma foto de uma cena em que a atriz aparece desnuda na película foi divulgada na internet.

Scarlett afirmou em entrevistas que ficou um pouco assustada com a parte em que aparece totalmente despida, porque não tinha certeza de como seria usada. Mas garante que não é uma nudez gratuita e tem todo um contexto com o filme. Ela também disse que não pretende mais fazer cenas nuas em sua carreira.

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O longa é sobre uma alienígena (Scarlett) que seduz homens para usá-los como comida em seu planeta. Durante a trama, ela começa a questionar seus atos e a descobrir humanidade em si.

O ano é 2028, mas na realidade está mais próxima do que se imagina. Utilizar robôs para garantir mais segurança e combater o crime já é algo encontrado nos dias de hoje, como os Drones, por exemplo, equipamento aéreo criado pelos Estados Unidos, que pode servir como uma arma militar. No reboot de RoboCop percebe-se um contexto semelhante, no qual a máquina está à serviço da segurança. Resta saber para quem é seguro.

Considerado um super-herói, RoboCop ganhou sua primeira versão para os cinemas em 1987, em filme bastante elogiado, sendo quase impossível surgir um reboot que superasse o longa original. Até que aparece o diretor brasileiro José Padilha (Tropa de Elite; Tropa de Elite 2) e consegue trazer um novo RoboCop, com uma história repaginada, política e com mais ação do que nunca.

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Tudo começa com um atentado à vida de Alex Murphy (Joel Kinnaman), um policial de bom caráter que pode ser uma pedra no sapato de muita gente. O acidente o deixa entre a vida e a morte. A situação aparenta ser bem favorável para os donos da empresa OmniCorp, que deseja criar robôs para combater o crime nas grandes cidades. Com o estado crítico de Alex, Raymond Sellars (Michael Keaton) aproveita para desenvolver sua ideia de criar um robô que tenha consciência humana, a fim de conquistar o povo americano, garantindo seus objetivos políticos.

A transformação de Alex num robô é bastante perturbadora. Padilha faz questão de mostrar, de maneira crua, as únicas partes do corpo humano que restaram no em Alex: a cabeça com o cérebro à mostra, os pulmões e uma mão. Por mais que seja chocante, a reconstrução de forma cibernética agrada a quem assiste. É um verdadeiro show de efeitos especiais e também de interpretação, tanto de Kinnaman quanto do ator Gary Oldman, que vive o Dr. Dennett Norton, médico ambicioso e responsável pela nova vida de Alex.

No entanto, a busca pelo desempenho perfeito da máquina acaba abrindo mão das emoções de Alex. Com o desligamento da parte humana pelo Dr. Dennett, Alex passa a enfrentar seu maior inimigo: ele mesmo. O amor dele pela família será sua maior arma contra a máquina e contra aqueles que se sentem ameaçados pelo incorruptível RoboCop. É nesse momento que surge uma das melhores cenas do filme, com uma boa sequência de ação e direção característica de Padilha.

Os roteiristas Josh Zetumer, Edward Neumeier e Michael Miner- estes dois últimos também participaram do roteiro do filme original - abordam um ponto crucial da sociedade norte-americana: o patriotismo. A OmniCorp cria um slogan de proteção e segurança a fim de garantir o apoio da população. A mídia americana, através de Pat Novak (Samuel L. Jackson), representa bem o patriotismo norte-americano, com discursos nacionalistas sobre protecionismo. O personagem de Jackson representa bem o poder da opinião pública, que muda de lado de acordo com seus interesses. Novak possui uma lábia que convence qualquer espectador.

No mais, RoboCop é um filme com uma ação característica do diretor de Tropa de Elite. Como diria RoboCop: “Thank you for you cooperation”, José Padilha.

Em tempo

RoboCop estreia nesta sexta (21) nos cinemas do Brasil. Embora esteja arracando elogios entre os brasileiros, parece que o longa não despertou tanto interesse dos norte-americanos. Na semana de estreia nos Estados Unidos, RoboCop ficou em terceiro lugar no ranking das bilheterias, perdendo para o romance About Last Night e a animação Uma aventura Lego, que conquistou a primeira posição.

O escritor Ray Bradbury é famoso pela temática da ficção científica em seus livros. A editora Biblioteca Azul lança uma nova edição de dois clássicos do autor: As crônicas marcianas e A cidade inteira dorme e outros contos.

A narrativa de Bradbury é composta por viagens espaciais, habitantes de outros planetas e as revoluções tecnológicas. O autor de Fahrenheit 451 mistura humor e imaginação, além de utilizar o recurso da ironia, abordando através do gênero fantástico, ações que pertencem à realidade.

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A Cidade inteira dorme e outros contos custa R$ 34,90 e narra a história de uma sociedade aflita pelo genocídio e pelo controle da vida privada. Já As crônicas marcianas custa R$ 39,90 e aborda a colonização em Marte para que a humanidade continue existindo.

Há filmes excelentes, e outros que são péssimos. Há também aqueles que estão em um meio termo, e costumam nos deixar indiferentes. Numa quarta categoria, consegui encaixar Ender’s Game – O Jogo do Exterminador, aquela de obras que nos dividem, deixando-nos pensativos acerca de sua qualidade e conteúdo por um longo tempo, e tudo isso graças a algumas escolhas de roteiro, vindas do livro do qual foi adaptado, ou não, que diminuem o poder e a força da narrativa, mais especificamente seu final após o encerramento da trama principal, que surge a fim de romantizar os fatos, mas acaba por minimizar o impacto da reviravolta em uma película que discute questões éticas, história da humanidade, Freud, guerras e religião.

Com tamanho arcabouço, é no mínimo decepcionante que tal final realmente venha na contramão de tudo o que o filme  apresentara até então, e que este seja um daqueles exemplares em que podemos claramente afirmar que mais tempo de projeção o faria bem. Seus 105 minutos parecem pouco, e acabam acelerando determinados processos, discussões ou desenvolvimento de personagens, que, se parecem precoces, são compensados pela densidade visual da película, com inspirações que remontam 2001 – Uma Odisseia no Espaço (alguns corredrres circulares) e Tron (com suas luzes e arquiteturas impossíveis) , e vão além, criando um espaço sombrio, onde a iluminação são apenas feixes de esperança salpicados aqui e ali. Os locais das batalhas entre equipes são particularmente fascinantes e representam o apuro do design de produção, que cria salões suspensos em naves espaciais, com paredes transparentes que dão a sensação de infinitude em gravidade zero.

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Excetuando os problemas já citados, e uma completa falta de justificativas para os desígnios quase místicos atribuídos pelo script, que fazem de Ender Wiggin o escolhido e estabelecem uma ligação especial com sua irmã, Valentine, sem que jamais saibamos como aquilo se deu, Gavin Hood é eficiente ao traduzir características da psiquê em seus personagem, como no trio formado por Harrison Ford, Viola Davis e Asa Butterfield. Enquanto o primeiro  representa o Superego, sempre preferindo se calar em vez de falar absurdos ou deixar-se levar pela raiva, e escolhendo cada palavra antes de dizê-la, Davis é o Ego, prezando pelo emocional e sempre preocupada em como a guerra afetará aquelas crianças. Já Butterfield encarna o Id a ser lapidado, em busca de contrabalancear os aspectos de seus tutores, que inclusive se refletem também em seus irmãos.

Mais interessante ainda é a abordagem de se colocar crianças em uma guerra capaz de definir o destino da humanidade, tudo isso por conta da sua capacidade reconhecida de absorver mais rapidamente aprendizados, além de serem, tanto hoje quanto no futuro apresentado, da geração dos videogames, que apresentam elevado potencial para lidar com as simulações que fazem parte de seu treinamento. Gavin Hood, o também diretor, não suaviza a mão e coloca no centro de discussões éticas aqueles garotos, que para se provarem, precisam demonstrar frieza e exibir raciocínio acima da média em disputas que podem lhes custar suas vidas. Além disso, o tempo como cadetes em nada se afasta do rigor e crueza visto em outras produções, como Nascido para Matar e seus filhotes, talvez mais leves a fim apenas de se adaptarem à classificação indicativa.

E se Ford exprime uma presença absurda em tela, da qual já sentíamos falta, e Davis acaba por ser desperdiçada e ignorada em boa parte da projeção como mera coadjuvante, é em Asa Butterfield que Ender’s Game – O Jogo do Exterminador, ganha carisma, sagacidade e força, já que o jovem ator consegue compor uma figura dualística que se divide entre as emoções, retratadas através de olhos marejados, e da lógica, vista em suas estratégias ou na não interrupção de uma luta, apenas para enfraquecer seu inimigo, ao passo que se atenta a detalhes como a respiração arrítmica, que é ouvida e sentida no primeiro momento em que Ender entra em uma câmara de combate.

Talvez pelos custos da produção, os efeitos visuais, em sua maioria, deixem a desejar, mas mesmo isso é absorvido diegeticamente pela narrativa, já que os duelos espaciais são, em certa medida, nada menos que representações gráficas da realidade, e o próprio jogo jogado por Ender não passa de uma plataforma virtual.

As inspirações históricas também estão lá, como visto no excelente diálogo em que se pede do protagonista que este seja um Júlio César ou um Napoleão Bonaparte, ao passo que este rebate informando do trágico destino dos dois, e é cobrado não por seus finais, mas por seus feitos. Mas acima de tudo, impressiona o debate gerado pelo uso dos infantes nas guerras que os adultos não são capazes de duelar, e no engodo criado para fazê-los participar do jogo que dá título ao filme.

Graças a Steve Jablonsky, compositor habitual dos filmes de Michael Bay, a película ganha corpo com uma trilha sonora eficaz na ação e no suspense crescente, que se não traz enormes inspirações, ao menos é ideal para que vibremos com os embates apresentados por Hood e seu elenco.

Ainda com tantos problemas e um roteiro inextricável, nos é possível admitir que Ender’s Game – O Jogo do Exterminador é um exemplar intrigante e surpreendente da ficção científica em um ano tão prolífico para o gênero.

Mais de 30 anos depois de Star Wars, Harrison Ford retorna em Ender's Game - O Jogo do Exterminador, uma reflexão sobre a guerra e a relação entre jovens e adultos que seduziu o ator, ainda ativo aos 71 anos. Ender's Game - O Jogo do Exterminador, que estreia sexta-feira nas telas americanas (13 de dezembro no Brasil), é adaptado de um romance do popular escritor americano Orson Scott Card e dirigido pelo cineasta sul-africano Gavin Hood (TsotsiX-Men Origens: Wolverine).

Harrison Ford interpreta o coronel Graff, um instrutor encarregado de preparar um grupo de crianças e adolescentes, escolhidas a dedo, e que terá a difícil tarefa de liderar as forças armadas para proteger a Terra de uma iminente invasão alienígena. Neste mundo futurista, onde a humanidade confia seu destino à juventude, o mais talentoso é o tímido Ender (Asa Butterfield, o jovem herói de Hugo Cabret), um estrategista militar brilhante, destinado a assumir o comando do exército.

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Entre naves espaciais e cenas sem gravidade em uma bolha transparente, onde os jovens recrutas simulam suas batalhas intergalácticas, Harrison Ford reencontra o gênero da ficção científica, que havia abandonado desde Star Wars, com exceção do estranho Caubóis & Aliens (2011).

E a ficção científica mudou muito desde a saga de George Lucas, como recordou o ator durante uma coletiva de imprensa em Beverly Hills.

"Quando fizemos Star Wars, fabricávamos as naves com pedaços de carros, trens e barcos de plástico que colávamos, e fazíamos passar em frente às câmeras com uma vara. E funcionava. Era muito bom. Com um pouco de música você realmente acreditava que uma grande nave espacial passava por cima de nossas cabeças", comentou.

"Não sou um ícone"

Os efeitos especiais criados em computador mudaram a relação do ator com o filme. "Muitas vezes eu sinto perder o contato com o lado humano do personagem, quando isso é o mais importante", adverte. Aos 71 anos de idade, o ator está mais ativo do que nunca, com três outros filmes estreando este ano: 42, Paranoia e Lendas Vivas. "Eu adoro dar vida a algo escrito em um pedaço de papel", afirmou.

"Eu amo o processo colaborativo na produção de um filme, o que quer dizer que eu amo meu trabalho e vou sempre procurar papeis potencialmente atraentes e populares", acrescenta o inesquecível Indiana Jones, enquanto refuta seu status de "ícone". "Um ícone, para mim, não significa nada. Acho que tem a ver com o enorme sucesso de alguns dos meus filmes, mas não tenho nenhum interesse em ser um ícone. Eu não sei o que significa ser um ícone, além de ser pendurado em um canto e atrair a atenção de todos", brinca.

O tema da violência, intrínseca ao livro, não foi evitado pelo diretor. "Eu queria que a violência tivesse ar de real, sem ser complacente", explicou Gavin Hood à AFP. "Espero ter encontrado o equilíbrio. Eu deveria mostrar Ender indo mais (...) porque a história é justamente sobre seu combate interno contra seus instintos violentos", ressaltou.

Ao treinar os jovens recrutas para o combate por meio de jogos de videogame ultrassofisticadas, o livro, publicado em 1985, é visionário, lembra o cineasta. "Ele antecipou o modo como os jogos se parecem com a guerra, e a guerra parece com os jogos, o que chega a ser assustador", diz.

A jovem Hailee Steinfeld, indicada em 2011 ao Oscar de Melhor Atriz por True Grit dos irmãos Coen, interpreta Petra, a melhor amiga de Ender, rejeita por sua vez o termo violência. "Penso sobretudo que o nível de intensidade é muito elevado", declarou à AFP. "Esses meninos treinaram para lutar contra uma invasão. Mas não acredito que a intenção de Gavin era de tornar as coisas violentas".

Marcando a estreia de Gravidade, de Alfonso Cuarón, no último final de semana, abordamos a ficção científica e discutimos o que é de fato obra do gênero e o que não é. Quais filmes podem ser considerados sci fi? Quais elementos compõem esta linha que tem, no ano de 2013, vários expoentes no cinema? Que filmes e livros pouco conhecidos resolvemos indicar para vocês?

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