Tópicos | fim do voto secreto

O Congresso Nacional analisa, nesta terça-feira (10), os vetos da presidenta Dilma Rousseff (PT) em votação aberta, a primeira após a promulgação da emenda constitucional que determinou o fim do voto secreto nas análises de vetos presidenciais e em processos de cassação de parlamentares. A partir de agora, deputados e senadores não votarão por meio de cédulas de papel, mas diretamente no painel eletrônico do plenário da Câmara e o resultado será divulgado na hora.

Na primeira sessão, serão examinados três vetos da presidenta Dilma Rousseff. Cada item será votado separadamente. Entre eles, está o veto a um trecho do Programa Mais Médicos, referente ao parágrafo que proibia os profissionais estrangeiros do programa de exercerem a profissão fora do projeto.

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O projeto que permitiu à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) usar o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) para a construção de silos e armazéns públicos para a safra 2013/2014 também teve itens vetados. O terceiro veto trata do projeto que inclui a eficiência e o consumo energéticos entre os dados que devem constar na oferta e na apresentação de produtos ou serviços. 


O veto presidencial só pode ser rejeitado pela maioria absoluta dos parlamentares de ambas as Casas (Câmara e Senado), este é o único caso em que a Constituição exige quórum para rejeição de matéria. A análise dos vetos irá destrancar a pauta do Congresso Nacional, o que libera os parlamentares para votar outros projetos. Dessa forma, 16 projetos de lei que autorizam créditos suplementares no orçamento de ministérios, secretarias e estatais já poderão ser votados a partir desta terça-feira.

O senador Humberto Costa (PT) comemorou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Aberto no Senado Federal. O texto, que foi aprovado na noite desta quarta-feira (13), dá fim a todas as hipóteses de deliberações secretas no âmbito do Poder Legislativo. A matéria teve 54 votos favoráveis, 10 contra e uma abstenção.

“Acho que há uma demanda da sociedade e que deve ser um compromisso de todos nós a preocupação com a transparência. Essa também foi uma posição do Partido dos Trabalhadores, que eu segui", afirmou o senador.

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Pelo texto, os votos passam a ser abertos nas eleições da Mesa Diretora, na escolha de nomes de autoridades indicados para cargos pela Presidência da República, na análise de vetos presidenciais e nos processos de cassação de mandatos. O segundo turno da votação ficou para a próxima terça-feira (19).

 

O fim do voto secreto em votações no Congresso Nacional ainda vai ser tema de muitas discussões no Senado. A matéria, aprovada na útima terça-feira (3) na Câmara dos Deputados, já está na pauta da reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) desta quarta-feira (11).

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 43/2013, apesar de aprovada por unanimidade pelos deputados, no Senado ainda divide opiniões. O relator da matéria na comissão, senador Sérgio Souza (PMDB-PR), reconhece a dificuldade de consenso, já que uma parte dos senadores rejeita a ideia de votação aberta para apreciação de vetos presidenciais e para a indicação de autoridades - principalmente do Poder Judiciário.

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Sérgio Souza prometeu, ao apresentar seu relatório na comissão, na quarta-feira, defender o voto aberto em todas as situações, mas admite a possibilidade de a CCJ aprovar apenas parte da proposta: a que torna o voto aberto somente nas votações para cassação de mandato de parlamentar.

 

Com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 349, na Câmara Federal, o legislativo pode deixar de votar secretamente no Brasil. A unanimidade pelo voto aberto foi visto pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), como uma "vitória da democracia". 

"O fim do voto secreto no Parlamento brasileiro é uma vitória da democracia. No momento em que precisamos recuperar o diálogo e enfrentar uma grave crise de expectativa sobre nosso futuro, a transparência deve ser compreendida como um valor inegociável. Não há outro caminho para corrigir distorções promovidas pelo anonimato. Esperamos que isso chegue definitivamente ao fim com a aprovação no Senado", comemorou Campos.

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Desde a última quarta-feira (28), quando o mandato do deputado federal Natan Donadon (RO) foi mandito pelos parlamentares, o governador tem declarado seu apoio ao fim da votação secreta através das redes sociais. Declarando que "a manutenção do mandato do deputado Natan Donadon envergonha a classe política brasileira" e afirmando, como presidente nacional do PSB, que a bancada socialista iria "obstruir todas as votações na Câmara até o fim do voto secreto" . 

 

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