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O Ministério da Saúde divulgou alerta com recomendações e cuidados para evitar acidentes que possam causar queimaduras durante as tradicionais festas juninas, muito populares em todo o país. A atenção deve ser especial em ambientes em que podem ser frequentes as queimaduras por líquidos quentes, chamas de fogueira e fogos de artifício.

Entre janeiro e abril deste ano, já foram registrados 3.540 procedimentos hospitalares e 32.631 atendimentos ambulatoriais por causa de queimaduras no Brasil.

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Segundo o ministério, em junho, é comum aumentarem os casos, e a prevalência é de queimaduras de segundo grau, com destaque para as lesões dos membros superiores (mãos e braços), tronco e cabeça.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 180 mil pessoas morrem por ano em consequência de queimaduras, que são a quinta causa mais comum de lesões não fatais na infância. As queimaduras não fatais podem causar hospitalização prolongada, desfiguração e incapacidade, muitas vezes resultando em cicatrizes e rejeição.

Ao todo, 48 estabelecimentos são habilitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como centros de referência na assistência a queimados, além da oferta de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses, materiais especiais e exames necessários para atender às vítimas.

Primeiros socorros

De acordo com o Ministério da Saúde, em casos de queimadura, o paciente deve colocar, de imediato, a parte queimada debaixo da água corrente fria, com jato suave, por aproximadamente dez minutos. Compressas úmidas e frias também são indicadas.

Se houver poeira ou insetos no local, mantenha a queimadura coberta com pano limpo e úmido. No caso de queimaduras em grandes extensões do corpo por substâncias químicas ou eletricidade, a pessoa necessita de cuidados médicos imediatos.

É importante nunca tocar a queimadura com as mãos; nem furar bolhas; tentar descolar tecidos grudados na pele queimada, ou retirar corpos estranhos ou graxa do local queimado. Não se pode colocar manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância sobre a queimadura. O Ministério da Saúde lembra que somente o profissional de saúde sabe o que deve ser aplicado sobre o local afetado.

Prevenção

Nas festas, é preciso também ter atenção ao manipular bebidas e alimentos com altas temperaturas e evitar brincadeiras perto de fogueiras para prevenir queimaduras por chamas e problemas nas vias aéreas, pela inalação de fumaça.

É importante ainda ter cuidado ao usar produtos inflamáveis, como o álcool 70% (na forma líquida ou em gel), e não manipular o produto perto do fogo, mantendo-o longe do alcance das crianças.

Outras recomendações são evitar fumar dentro de casa, principalmente se estiver deitado, ao acender fósforos, manter o palito longe do rosto, para não atingir cabelo ou sobrancelha, e, ao acender velas, observar se estão longe de produtos inflamáveis, botijões de gás, solventes ou tecidos.

No caso de queimaduras elétricas, é preciso retirar o fio da tomada ou desligar a energia geral. Recomenda-se ainda o uso de protetor nas tomadas elétricas da casa. Possíveis vazamentos de gás devem ser investigados com frequência, e as crianças precisam ficar longe da cozinha durante o preparo dos alimentos. O cabo e as alças das panelas, que devem estar em bom estado, têm de ficar sempre virados para a área do fogão.

Na hora do banho, é bom testar a temperatura da água com o dorso da mão antes de molhar a criança, que deve ficar sempre longe de produtos de limpeza. Recomenda-se ainda o uso de protetor nas tomadas elétricas da casa.

Diante da pandemia, a Prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, proibiu fogueiras e fogos de artifício, seguindo a manutenção do Decreto Municipal nº 103/2020, assinado pelo prefeito Lupércio.

As medidas já passam a valer a partir desta sexta-feira (11). O poder Executivo assevera que a proibição é para espaços públicos e privados, incluindo interior de condomínios. A medida vale enquanto durar o Estado de Calamidade Pública em Pernambuco por conta da Covid-19.

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"Tendo como prioridade maior resguardar a saúde da população olindense, o decreto municipal segue no sentido de entender que, neste momento de pandemia, o acendimento de fogueiras e a queima de fogos causam riscos pelas queimaduras e pelo coronavírus ser uma doença respiratória-pulmonar", esclarece a prefeitura.  

O decreto também impõe que as secretarias responsáveis ficam autorizadas a suspender a concessão e a não expedir renovação ou novas licenças autorizadoras da venda de fogos de artifício.

Nos esforços para conter a proliferação da Covid-19, a fiscalização da Prefeitura de Olinda percorreu bairros e chegou a apreender fogueiras e fogos de artifício no Dia de São Pedro, comemorado nessa segunda-feira (29). Os fiscais também passaram por praias para orientar banhistas.

As fogueiras foram desmontadas nos bairros de Casa Caiada, Cidade Tabajara, Peixinhos, Caixa D'Água, Passarinho. Já os fogos foram encontrados em Águas Compridas. A apreensão segue a recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que impediu tanto a comercialização, quanto acender fogueiras e fogos de artifício no município.

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PraiasNa mesma ação, fiscais foram à praia do Zé Pequeno e orientaram surfistas a deixar o local. Outros banhistas que estavam na praia de Bairro Novo também foram retirados, nessa segunda (29)

Para denunciar práticas que ferem as recomendações sanitárias, entre em contato através do telefone 153, da Guarda Municipal 3429-2947 ou da Polícia Militar no 190.

A Prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), realizou uma operação, nesta terça-feira (23), para fazer cumprir o decreto municipal que proíbe a queima de fogueiras durante os festejos juninos. Na ação, foram recolhidos três caminhões de madeira que seria utilizada para a montagem de fogueiras nesta terça, véspera de São João.

De acordo com a gestão, uma equipe formada pelas secretarias de Segurança Urbana; Transportes e Trânsito, pelo Controle Urbano e a Polícia Militar, esteve na comunidade V-8 e nos bairros de Jardim Fragoso, Jardim Atlântico, Rio Doce e Jardim Brasil.

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O decreto suspende o uso de fogueiras e fogos de artifício no período junino deste ano devido à pandemia da Covid-19. O objetivo é resguardar a saúde da população, pois a grande quantidade de fumaça desse período tende a agravar a situação de quem sofre problemas respiratórios. 

A recomendação para a determinação partiu do Ministério Público de Pernambuco e as pessoas podem ajudar denunciando as irregularidades pelos telefones 153 e (81) 3429-2947 (Guarda Municipal) e 190 (Polícia Militar).

Diante do quadro de pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, a Prefeitura de Olinda informa novas regras que serão seguidas neste ano durante os festejos juninos. As medidas, publicadas nesta sexta-feira (12), no Decreto Municipal nº 103/2020, assinado pelo prefeito, professor Lupércio, tem o objetivo de resguardar a saúde e a vida da população.

Por isso, ficam proibidas, em todo território municipal, a partir desta sexta-feira, acender fogueiras em espaços públicos ou privados, inclusive no interior de condomínios. Também está proibida a comercialização de fogos de artifício, independentemente de sua potencialidade e alcance, em espaços públicos ou privados, incluindo interior de condomínios. A medida vale enquanto perdurar o Estado de Calamidade Pública. 

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Tendo como prioridade maior resguardar a saúde da população olindense, o decreto municipal segue no sentido de entender que, neste momento de pandemia, o acendimento de fogueiras e a queima de fogos causam riscos pelas queimaduras e pelo coronavírus ser uma doença respiratória-pulmonar.  A fumaça lançada no meio ambiente agrava a situação dos que possuem problemas respiratórios. 

O decreto também impõe que as secretarias responsáveis ficam autorizadas a suspender a concessão e a não expedir renovação ou novas licenças autorizadoras da venda de fogos de artifício. 

*Da assessoria 

Por conta da pandemia de Covid-19 que estamos enfrentando, a venda de fogos de artifício e de fogueiras não serão permitidas no Recife. A determinação é da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife (Semoc), que fiscalizará a determinação juntamente com a Secretaria de Controle Urbano.

Anualmente, a Prefeitura da Cidade do Recife publicava autorização para colocação das barracas de fogos, apenas no mês de junho, em Casa Forte (Rua Afonso de Albuquerque e Estrada das Ubaias), Ponto de Parada (Rua Prof. José dos Anjos), na Torre (Av. Beira Rio e Rua José de Holanda), na Iputinga (Rua Manoel Estevão da Costa, Rua São Mateus e Av. Maurício de Nassau), na Caxangá (Av. Joaquim Ribeiro), no Cordeiro (Av. Caxangá, na altura do Parque de Exposições de animais), no Zumbi (Rua Gomes Taborda), no Prado (Rua Carlos Gomes) e na Várzea (Rua Amaro Gomes Pororoca) e em Boa Viagem, na Av. Visconde de Jequitinhonha.

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Foi garantido pela PCR que os comerciantes que já estavam cadastrados receberão apoio e cestas básicas. “A decisão baseia-se na premissa de que estamos enfrentando uma pandemia de uma doença que afeta justamente o sistema respiratório-pulmonar, não fazendo sentido permitir qualquer atividade que possa produzir fumaça”, comenta João Braga, secretário da Semoc.

A prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, anunciou a proibição de fogos de artifício e a queima de fogueiras durante as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro - celebrados tradicionalmente em junho no Nordeste do Brasil. A gestão municipal também suspendeu os eventos juninos na cidade como forma de evitar a proliferação do novo coronavírus. 

De acordo com o comunicado feito na noite dessa quarta-feira (3), a decisão foi tomada devido “à ocorrência da fumaça e o cheiro da combustão, que podem ser nocivos ao sistema respiratório”. 

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Além disso, segundo a gestão municipal, existe o risco de acidentes com queimaduras, podendo necessitar de internação, o que poderia levar a uma possível lotação nos hospitais e unidades de saúde. 

Petrolina já registrou 298 casos do novo coronavírus e dez óbitos. Pernambuco tem um total de 36.463 infectados e já registrou 3.012 mortes, segundo dados do boletim dessa quarta.

*Com informações da assessoria de imprensa

Elemento tradicional das festas juninas, as fogueiras são também comércio típico para alguns comerciantes que aproveitam a data para ganhar dinheiro extra. Apesar disso, a baixa procura pelo artigo tem apresentado baixa intensidade, no entanto, os vendedores esperam que a busca cresça com a aproximação do São João. 

“A procura não está grande. Não está tendo tanta venda acho que por conta da crise, mas também o brasileiro só gosta de deixar tudo pra última hora, então pode ser que até mais próximo ao São João melhore”, explicou o iniciante, Alexandre Bione, que está vendendo as madeiras pela primeira vez. 

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Já entre os veteranos o discurso é o mesmo. “A procura existe, é baixa, mas tende a melhorar. As pessoas continuam comprando fogueiras todos os anos, mas os preços baixaram. Ano passado eu cobrava R$ 50, mas neste ano a mais cara sai por R$ 30”, explica Edson de Oliveira que aponta a grande concorrência para a queda dos preços. 

Com média de preços em torno de R$ 40 reais, o senhor José Carlos contou que o que importa é deixar o cliente satisfeito, por isso, vale negociar o valor. “Com a baixa procura, a gente negocia, mas a expectativa é de que com a chegada do São João a procura aumente porque todo ano é assim”, aponta o comerciante de fogueiras que atende há oito anos no mesmo local da Zona Oeste do Recife. José Carlos enumerou dez vendas desde que começou a vender o produto neste ano, há pouco mais de uma semana. 

E a esperança de que todas as fogueiras colocadas à venda sejam vendidas continua. Os vendedores Ricardo José e Gilson das Chagas comercializam as madeiras há dez anos explicaram que em uma semana venderam apenas quatro unidades. Eles apontam a quinta e sexta-feira como os melhores dias para a venda, apesar disso, nenhum comprador informou que deixará de ter fogueira este ano. 

Fiscalização

Como todos os anos, a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) realiza fiscalização das madeiras comercializadas para o período junino. De acordo com nota, o órgão “informa que vem mantendo ações de fiscalizações regulares em todo o ano, que sofrem um aumento natural no período junino”.

O balanço informado pela Agência consta que nos últimos 12 meses, 87 pessoas foram autuadas pelo comércio de madeira ilegal em Pernambuco, em todas as operações de fiscalização. “O material apreendido daria para formar uma fila em linha reta de 150 quilômetros de estacas”.

Além disso, a CPRH esclarece que “tem monitorado de perto os tradicionais pontos de vendas de fogueiras no Grande Recife e em polos no interior e não tem encontrado irregularidades: as madeiras, em sua grande maioria, não são de árvores nativas e provenientes de podas realizadas pelas prefeituras e pela Celpe, ou resíduos de construção civil, doados aos comerciantes”.

Crime

O documento enviado ao Portal LeiaJá pela CPRH ainda aponta que é crime comercializar - vender ou comprar - madeiras sem a certificação que comprove a origem legal. Nesses casos, a multa é de R$ 300 por metro-cúbico comercializado e o infrator corre o risco de pegar até um ano de reclusão. 

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No Recife, o comércio de fogueiras nesta véspera de São João (23) está acelerada. Foi o que a equipe de reportagem do Portal LeiaJá constatou numa visita aos principais pontos de venda da cidade. Os troncos de árvores, que vem sendo recolhidos durante todo o ano, fazem pilhas enfileiradas em vários locais, sempre acompanhadas de compradores.

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Na maioria dos locais o preço é compatível – R$ 40 uma fogueira grande, podendo variar de acordo com o tamanho ou capacidade de pechincha do comprador. Paulo Roberto conseguiu levar uma de tamanho médio por R$ 20 no Arruda. “Achei o preço bem em conta”, comenta. O lenhador e dono do negócio, conhecido como Claudemir, também saiu satisfeito com a compra, e afirma que este ano a venda está bem melhor do que o ano anterior. 

E ele não é o único. No mesmo bairro, desta vez no Canal do Arruda, o vendedor conhecido por Eduardo concorda que em relação à 2014, a procura está maior. “Esse ano está mil vezes melhor do que o ano passado”, afirma. 

Na Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, um dos pontos de venda de fogueira mais procurados é o de dona Maria dos Prazeres, ou ‘tia Zezé’, cujo negócio já vem dando certo há mais de 40 anos. “Os clientes daqui são sempre os mesmos, que são acostumados a comprar aqui. O meu preço é R$ 40, mas chego a fazer por R$ 35 ou até R$ 30”, revela. Este ano está tão movimentado, que tia Zezé estima que nem sobre para o dia de São Pedro. 

É bastante comum encontrar fogueiras e fogos de artifícios em festas no período junino. Devido a isso, o número de atendimentos nas emergências aumenta significativamente. As queimaduras oculares, por exemplo, chegam a aumentar 10%, variando desde queimaduras e traumatismos oculares até danos permanentes à visão. A córnea e a pálpebra são os locais mais acometidos. 

Um dos fatores que mais causam acidentes é porque as pessoas tendem a se aproximar e tocar nos fogos que não explodiram. Esses estilhaços podem perfurar o globo ocular causando destruição de tecidos e comprometendo seriamente a visão. Até o aparentemente inofensivo traque de massa é capaz de causar lesão à córnea. Para estes casos, a dica é jamais de aproximar dos explosivos, mesmo que aparentemente tenham falhado. 

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O oftalmologista Lúcio Maranhão, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), explica que a melhor forma de evitar tais danos é a prevenção, a começar pela escolha dos fogos que devem ter sua procedência verificada “É importante observar a data de validade e o certificado de garantia dos explosivos, seguir atentamente as instruções do fabricante, não permitir que crianças façam uso dos fogos sem a supervisão de um responsável, nunca segurar os fogos com as mãos e jamais associar bebida alcoólica ao uso de fogos de artifícios”, alerta. 

O especialista alerta ainda que em caso de queimadura, o procedimento correto a se fazer é lavar imediatamente os olhos com água limpa e corrente.  De acordo com ele, após o cuidado inicial, faz-se necessário uma avaliação de emergência com o oftalmologista para averiguar a extensão do dano e iniciar o tratamento específico, clínico ou cirúrgico. “Vale atentar que a rapidez do socorro é de extrema importância, pois às vezes a demora para socorrer a vítima é fator determinante para que ocorra a perda da visão”, aconselha. 

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Nesta quarta-feira (12), além de ser Dia dos Namorados, é comemorada a véspera do dia de Santo Antônio e, em Caruaru, Agreste de Pernambuco, muitas famílias cultivam a tradição de acender a fogueira e se reunir em volta dela para comemorar a data, além de aproveitar o calor gostoso no clima frio da cidade na época de festa junina.

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É o caso da família Santos, no bairro do Inoccop, que cultiva a prática se encontrando ao redor da fogueira, com muitas comidas típicas, forró e fogos para as crianças brincarem. “Eu tenho 17 anos de casada e durante todos esses anos nos reunimos nessa data para comemorar e confraternizar”, afirma Samaritana Tiné Santos.

Já o grupo de moradores da Rua Paris, no bairro do Salgado, fecham a rua, enfeitam e se reúnem  ao redor da fogueira para confraternizar a data. São casais, vizinhos e familiares dos vizinhos que a mais de 15 anos fazem essa prática. “Eu estou aqui com meus amigos, vizinhos e esposa, e todos os anos essa desse jeito, muito milho, forró e fogueira”, destaca animado Manuel Pereira.

A festa de Santo Antônio é a primeira do calendário junino por ser conhecido como santo casamenteiro, santo que protege e preserva o amor é também um santo que encontra coisas. Geralmente, na véspera da festa desse Santo, as pessoas interessadas em casar, arrumar um amor ou preservar o seu, costumam fazer simpatias para o santo.

Por Camila Almeida

O programa dessa semana aborda os cuidados necessários com a utilização do fogo durante as festas juninas. Seja em fogos de artifício, seja nas fogueiras, esse tipo de diversão requer muito cuidado. Para falar sobre o assunto o jornalista Alvaro Duarte recebe o cirurgião plástico e chefe de tratamento de queimados do Hospital da Restauração, Marcos Barretto, e o Capitão Wagner Pereira, comandante da Primeira Seção de Atendimento Pré-Hospitalar do Corpo de Bombeiros.

Segundo o médico, as pessoas não fazem o mínimo necessário para se proteger nesse período do ano, e terminam piorando a situação quando fazem a mistura explosiva com o álcool. "As pessoas têm uma educação muito restrita em relação aos riscos", afirma.

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Apesar do trabalho de divulgação feito ao longo do ano pelo Corpo de Bombeiros, muita gente ainda se arrisca no mês de junho. "Do mês de junho você sai de aproximadamente 6 a 7 atendimentos com fogos (…) e parte para 70, 80 (…) pessoas acidentadas em quatro dias", alerta.

O trabalho do Corpo de Bombeiros é intensificado nesse período. "A divulgação é no sentido de prevenir, (…) e com fiscalização às barracas que vendem (fogos de artifício)", alerta Wagner Perreira. Entretanto, ele fala que ajudaria muito se as pessoas denunciassem os locais de venda que não obedeçam às regras de segurança.

O Opinião Brasil é apresentado por Alvaro Duarte e exibido toda segunda-feira aqui, no Portal LeiaJa.com.

Os festejos juninos são marcados por muitos fogos de artifícios e fogueiras espalhadas por todo o Estado de Pernambuco. Entretanto, esses dois símbolos tradicionais do São João têm causado queimaduras graves em dezenas de pessoas. Para orientar e alertar a população sobre os cuidados neste período, o chefe da Unidade de Queimados do Hospital da Restauração (HR), Marcos Barreto, realizou uma coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (13), na unidade de saúde.

De acordo com o médico, cerca de cinco a seis casos de queimaduras são registradas por mês no HR. Quando começa o São João, o número salta para 50 a 70 pessoas queimadas. Segundo Barreto, o índice é registrado num prazo muito curto e geralmente se concentra nos dias e vésperas de São João e São Pedro. “Temos metade dos casos de queimadura distribuídos por 11 meses do ano e a outra metade somente em junho”, afirmou.

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Por ano, três mil pessoas queimadas dão entrada no HR. As vítimas geralmente são crianças – aproximadamente 55% dos casos – e moradoras do Interior do Estado – 60%. Os vilões são sempre os fogos explodidos pelos pequenos e as fogueiras altas e mal estruturadas. Os acidentes provocam queimaduras leves a gravíssimas, podendo levar a amputação de dedos e membros completos.

Desde o dia 1° deste mês quatro pessoas deram entrada na Unidade de Queimados do HR. Duas receberam atendimento e foram liberadas e outras duas permanecem internadas. “São dois meninos, de 12 e 9 anos, que tiveram queimaduras de 2ª grau profundo”, informou Barreto.

A costureira Josefa Tenório, 39, mãe de um dos garotos, conta como tudo aconteceu. “Meu filho estava pulando a fogueira com um amigo. Os dois acabaram se chocando e caindo no fogo. Ele entrou desesperado, pedindo ajuda e eu cheguei a achar que era brincadeira”, descreveu. Inicialmente o menino foi socorrido para o Hospital de Santa Cruz do Capibaribe e em seguida transferido para o Hospital da Restauração.

Moradora de São Domingo, distrito do Brejo da Madre de Deus, região do Agreste pernambucano, Josefa teve que deixar outro filho, o marido e o emprego para vir ao Recife. “Não imaginava que isso pudesse acontecer na minha família. Minha orientação é que as mães tenham mais cuidado, pois o que eu estou passando não desejo a ninguém”, finalizou.

Cuidados – O doutor Marcos Barreto orienta que em caso de queimaduras nada deve ser aplicado sobre a pele. Qualquer procedimento tem que ser feito por um profissional, por isso a vítima precisa procurar a unidade de saúde mais próxima. O uso de fogos de artifícios deve ser evitado, principalmente pelas crianças. Já as fogueiras devem ter no máximo 1 metro de altura e não serem acesas tão de perto.  “O ideal é utilizar uma estopa molhada no querosene e coloca-la no centro da fogueira. Isso funciona como um candeeiro e evita acidentes”, encerrou.

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