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A Ford e a General Motors afastaram temporariamente cerca de mais 500 trabalhadores de suas funções em consequência da greve em curso nos três maiores fabricantes de automóveis do país, informaram as duas empresas.

As duas companhias enviaram para casa empregados que ficaram sem ter como trabalhar em virtude da paralisação decidida pelo sindicato United Auto Workers (UAW) há mais de 15 dias em várias fábricas de montagem por demandas salariais, informaram Ford e GM na segunda à noite.

O UAW iniciou uma greve em 15 de setembro em fábricas da GM, Ford e Stellantis, os "três grandes" de Detroit, com algumas fábricas paralisadas, embora a maioria dos membros sindicalizados da organização continue suas atividades.

Na sexta-feira, a UAW estendeu o movimento pela segunda vez, ordenando paralisações adicionais de trabalho em fábricas da GM e Ford, mas deixando de lado a Stellantis devido a avanços nas negociações.

A GM afirmou que a greve do UAW em Wentzville, Missouri e Lansing, no Michigan, "continua tendo efeitos dominó negativos".

A montadora está enviando para casa 130 trabalhadores em Parma, Ohio, e 34 em Marion, Indiana, que "não têm trabalho para fazer", disse um porta-voz da companhia em um e-mail.

A Ford, por sua vez, pediu a 330 empregados em Chicago, Illinois e Lima, em Ohio, que não fossem trabalhar.

"Nosso sistema de produção está altamente interconectado" e isso explica que algumas fábricas se vejam indiretamente afetadas pela greve, explicou a Ford em uma declaração na segunda-feira.

As três empresas já haviam enviado para casa cerca de 3.000 trabalhadores que não conseguem realizar suas funções por causa da greve. Agora, o número total vai a 3.500 pessoas.

O movimento de greve supera os 25.000 trabalhadores convocados pelo UAW.

A Tesla dará aos veículos da Ford acesso à sua rede de supercarregadores nos Estados Unidos e no Canadá a partir de 2024, o que dobra, também, o número de estações acessíveis aos clientes da Ford, anunciaram as duas empresas nesta quinta-feira.

“No começo de 2024, todos os clientes da Ford terão acesso a 12.000 supercarregadores da Tesla e a carregadores de alta velocidade", informou Jim Farley, CEO da Ford, em conversa no Twitter com seu colega da Tesla, Elon Musk.

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Farley não deu detalhes sobre os preços, mas afirmou que o grupo buscará que eles sejam "tão acessíveis e competitivos quanto possível". Já Musk indicou que o adaptador custará "algumas centenas de dólares".

A Ford dispõe atualmente de uma rede de cerca de 10 mil estações de recarga rápida para seus veículos elétricos. A partir de 2025, as novas gerações de elétricos da Ford serão fabricadas com um conector que dispensa o uso de um adaptador específico para as estações da Tesla.

A Ford anuncia a abertura de inscrições para seu Programa de Estágio 2023 com mais de 80 vagas destinadas a jovens universitários negros para atuação em diversas áreas da empresa. As incrições podem ser realizadas até o dia 14 de maio, no site da empresa.

Além da bolsa-auxílio compatível com o mercado, a empresa oferece ainda benefícios como alimentação, mobilidade e conectividade, seguro de vida, gympass/totalpass, recesso remunerado, folga de aniversário, curso de inglês, desconto na compra de veículos Ford 0 km, campanhas de vacinação, parceria SESC, Programa de Orientação Pessoal (incluindo psicológica, financeira, jurídica e social) e Dr. AON (telemedicina em saúde).

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As oportunidades estão abertas nas cidades de Salvador (BA), Camaçari (BA), Tatuí (SP) e São Paulo (SP). Para concorrer a uma das vagas, é requisito que os candidatos estejam cursando o penúltimo ou último ano da graduação, nas áreas de Humanas ou Exatas. É desejável ainda, que tenham conhecimentos de inglês de nível intermediário.

O estágio será feito em formato híbrido, com comparecimento de uma a três vezes por semana no escritório de cada localidade.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), confirmou a negociação do governo Lula com a montadora chinesa BYD para a retomada da antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA).

"Vem aí a retomada do desenvolvimento industrial do nosso Nordeste! O governo Lula negocia a instalação da montadora chinesa BYD, onde funcionava a antiga fábrica da Ford, em Camaçari. Lula vai visitar a China e dialogar sobre a instalação. Estamos na torcida!", escreveu Rodrigues em publicação na sua conta oficial do Twitter.

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A planta de Camaçari foi desativada pela Ford no início de 2021, em meio ao encerramento das suas atividades produtivas no País.

Desde o ano passado, rumores apontavam que a montadora chinesa BYD, uma das líderes mundiais na fabricação de carros elétricos, estava interessada na unidade baiana.

No sábado, 25, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, também informou na rede oficial que o governo afirmou que o governo está negociando a reabertura da planta.

A montadora Ford está de volta aos palcos da Fórmula 1, depois de 20 anos longe da categoria. A confirmação do retorno da empresa foi feita em Nova York nesta sexta-feira (3) durante o lançamento do RB19, o carro da Red Bull Racing para a temporada de 2023, que passará a se chamar RB-Ford Powertrains.

A empresa, porém, não terá um retorno imediato por questões contratuais. O retorno só acontece em 2026, que será o período em que os motores da Fórmula 1 terão mais energia e menos combustíveis se tornando assim mais “verde”, o que seria um fator determinante para a Ford. A parceria com a RBR e com a Alpha Tauri terá contrato até 2030.

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“Olhamos muitas opções com boas pessoas no mundo do negócios e decidimos por uma parceria técnica com a RBR em 2026. Queremos ajudar Christian, esses pilotos fantásticos e toda a equipe de corrida a entregar o melhor na pista. É um grande momento para toda a família, um grande negócio. Estamos ansiosos pela direção que o esporte está tomando em termos de sustentabilidade e mal podemos esperar para correr com vocês”, disse Jim Farley, CEO da Ford.

A Ford é uma empresa com história na Fórmula 1 e tem no seu currículo 11 títulos da categoria. A última aparição foi em 2004 junto com a Jaguar que já não está mais no grid.

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Na última semana, se completaram 95 anos desde que o Ford Model T, o primeiro carro popular da história, deixou de ser fabricado. O veículo revolucionou a indústria automotiva de uma vez por todas. Dessa forma, o LeiaJá preparou um conteúdo especial sobre este veículo:

Preço

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O Modelo T foi lançado em 1908, vendido a 850 dólares. Era muito barato, até mesmo para a época, embora até o para-brisa fosse um opcional. Porém, o valor ainda não agradava a Henry Ford, que gostaria de vender um carro acessível para todos. Ao longo de 19 anos de mercado, o valor do carro caiu para menos de 300 dólares, em 1922 - o equivalente a cerca de 5.000 dólares hoje.

Mudanças e Confiabilidade

A popularização do veículo impulsionou a indústria de autopeças e incentivou o governo americano a pavimentar ruas e avenidas. Além de fazer com que os trabalhadores procurassem os grandes centros na busca de empregos na indústria.

A importância do veículo e sua confiabilidade era tanta, que foi apelidado de "Tin Lizzie" (empregado de lata).

Sua resistência era mérito de sua engenharia e o material usado, o aço vanádio, liga mais leve desenvolvida pela própria Ford. O Modelo T também ajudou a certificar o volante do lado esquerdo nos carros padrões americanos (e de quase todo o mundo).

Pedais

O Ford Model T ficou conhecido por ser muito difícil de se conduzir, principalmente com os padrões de carros que foram chegando depois. O carro possuía três pedais, porém, não era como hoje em dia (o da esquerda para embreagem, meio para o freio e o da direita para acelerar). O pedal da esquerda acionava as duas marchas, o central o acionamento da ré e o da direita o freio.

No Brasil, o carro ficou conhecido como "Ford Bigode" pois existiam duas alavancas atrás do volante, uma controlava o acelerador e a outra o avanço da ignição.

Brasil

Em 1919, o veículo começou a ser montado em São Paulo, tornando-se o primeiro carro feito no Brasil. A fábrica se tornou atração turística na época. A montadora chegou ao Brasil após uma das principais revoluções no Modelo T: a carroceria do veículo começou a ser de metal e não de madeira.

Evolução

O Modelo T foi recebendo diversas tecnologias da época, como a partida elétrica. Porém, em 1927 a concorrência já era grande e o Model T não era mais exclusividade ou a primeira opção do público. Com isso, o filho de Henry Ford, Edsel, convenceu o pai a investir em um carro mais moderno, o Modelo A. O Modelo T vendeu mais de 15 milhões de unidades, recorde que o Fusca só superaria em 1972.

Ficha Técnica:

- Motor: 4 cilindros em linha, 2,9 litros;

- Potência: 22 cv;

- Câmbio: semiautomático de 2 velocidades;

- Dimensões: comprimento, 340 cm; largura, 168 cm; altura, n/d; entre-eixos, 255 cm;

- Carrocerias: touring, roadster, runabout, tudor, entre outras, variando de acordo com o ano;

- Desempenho: 72,4 km/h de velocidade máxima;

A Ford anunciou nesta quarta-feira, 18, que fechou acordo de venda da fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, para a construtora São José Desenvolvimento Imobiliário, a mesma que comprou dois anos atrás as instalações de São Bernardo do Campo, onde a montadora produzia caminhões. A partir de agora, informa a Ford, começa o processo de diligência para a conclusão do negócio, que também depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A expectativa é que todo o processo seja concluído no prazo de 60 a 90 dias.

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Após anos de perdas significativas no Brasil, a Ford anunciou em janeiro de 2021 que não produziria mais no País. Hoje, os veículos da marca vendidos no mercado brasileiro são importados, principalmente, de fábricas da Argentina e do México, além do Uruguai, onde uma linha terceirizada monta a van Transit.

Além de Taubaté, onde produzia motores, a Ford fechou a fábricas que fabricavam os modelos EcoSport e Ka, em Camaçari (BA), e os jipes da marca Troller, em Horizonte (CE). Para essas unidades, contudo, a multinacional americana ainda busca um comprador.

Por Elysa de Assis

A Ford, fabricante de automóveis, abriu 50 oportunidades no programa de estágio. Com duração de 2 anos, o programa acontecerá nos estados de Bahia e São Paulo. Os estudantes interessados podem realizar a inscrição até o dia 29 de abril, através do Linkedln.

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A maior parte dos estagiários vão atuar diretamente no Centro de Desenvolvimento de Produto e Tecnologia da Ford. É necessário que os participantes do processo seletivo, tenham previsão de formatura a partir de dezembro de 2022 nos cursos de economia, ciências contábeis, administração, ciência da computação, design, direito, engenharias, marketing, psicologia, publicidade e propaganda e sistema da informação.

Segundo a empresa, a seleção irá acontecer valorizando a diversidade dos candidatos, inclusive, há um incentivo para a participação feminina, público LGBTI+, pessoas negras e acima de 36 anos.

A Ford, em parceria com o Centro Universitário Senai Cimatec, oferecerá 100 vagas no programa de formação em tecnologia da informação (TI). O anúncio foi feito pela empresa na última quarta-feira (8). Do total de oportunidades, o projeto piloto disponibilizará 80 bolsas integrais para candidatos de baixa renda. Para participar, é necessário ser brasileiro e ter entre 18 e 60 anos, além de possuir o ensino médio completo. As inscrições começam na próxima segunda-feira (13) e seguem até o dia 9 de janeiro, por meio da página oficial

Pessoas aposentadas e profissionais em processo de transição de carreira também estão aptos a concorrer às vagas. Vale lembrar que quem desejar concorrer a uma das bolsas deverá apresentar um comprovante da situação socioeconômica. 

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A princípio, a formação será destinada a residentes do estado da Bahia, com aulas on-line ou nas dependências do Senai Cimatec, em horários flexíveis. 

O curso disponibilizará duas frentes, sendo elas: “Trilha do front-end”, voltada àqueles que não possuem conhecimento prévio do segmento de tecnologia; e “Trilha Fullstack”, direcionada às pessoas que possuem inglês técnico, lógica de programação e conhecimento HTML e CSS. 

O engenheiro-chefe de software e eletrônica veicular da Ford América do Sul, Gustavo Schiavotelo, explica, segundo a revista Exame, que “o objetivo é formar e aprimorar talentos para trabalhar com desenvolvimento de software, área que oferece grande perspectiva de crescimento, dando oportunidade para pessoas de baixa renda ingressarem nesse campo de atuação promissor”. 

LeiaJá também: Santander e MIT promovem cursos na área de tecnologia 

 

A montadora norte-americana Ford revelou nesta segunda-feira (27) que planeja investir US$ 11,4 bilhões na produção de veículos elétricos, construindo quatro novas fábricas que criarão 11.000 novos empregos até 2025.

Junto com a parceira sul-coreana SK Innovation, a Ford construirá as fábricas em Kentucky e Tennessee, revelou a montadora em um comunicado.

A Ford acrescentou que vai construir "o maior, mais avançado e mais eficiente complexo de produção de automóveis em seus 118 anos de história" e que isso a colocaria na vanguarda da transição de seu país para veículos elétricos.

O grupo norte-americano investirá 7 bilhões de dólares, parte de um pacote de 30 bilhões já anunciado este ano. A SK Innovation aportará o restante do valor.

A Ford também enfatizou que este investimento apoia "a meta de longo prazo da empresa de criar um ecossistema de manufatura americano durável e acelerar seus projetos em direção à neutralidade de carbono em conformidade com o Acordo Climático de Paris".

A montadora aproveitou a oportunidade para aumentar suas metas para a frota elétrica, já que espera que 40 a 50% de seu volume global de veículos sejam totalmente elétricos até 2030, contra 40% na primavera.

"É um momento de transformação em que a Ford liderará a transição dos Estados Unidos para veículos elétricos e dará início a uma nova era de produção limpa e neutra em carbono", declarou o presidente da empresa, Bill Ford, no comunicado.

"Com este investimento e espírito de inovação, podemos alcançar objetivos antes considerados incompatíveis - proteger nosso planeta, construir grandes carros elétricos que os americanos amem e contribuir para a prosperidade de nosso país."

A notícia chega em um contexto de forte demanda pela nova pick-up F-150 Lightning e outros modelos elétricos, como o E Transit e o Mustang Mach-E.

"Estamos agora nos empenhando para fornecer veículos elétricos revolucionários para a maioria, e não para poucos", garantiu Jim Farley, executivo da Ford.

Voltando a um tema defendido por Joe Biden, ele também destacou que visa criar “bons empregos que sustentem as famílias americanas”.

A Ford Motor anunciou nesta quinta-feira (9) que vai parar de fabricar veículos na Índia e eliminar cerca de 4 mil empregos, como parte de uma reestruturação de suas operações locais, que vêm dando prejuízo.

Em comunicado, a montadora americana disse que vai interromper a produção de veículos para venda no mercado indiano imediatamente.

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Já a produção de veículos para exportação será descontinuada gradualmente, até meados de 2022.

A Ford disse esperar que as mudanças gerem encargos antes de impostos de cerca de US$ 2 bilhões, incluindo US$ 600 milhões este ano e mais US$ 1,2 bilhão no próximo.

Por volta das 8h25 (de Brasília), a ação da Ford operava em baixa de 0,8% nos negócios do pré-mercado em Nova York.

O governo da Bahia informou que recebeu da Ford nesta sexta-feira, 18, R$ 2,15 bilhões como indenização pelo fechamento, em janeiro, da sua fábrica em Camaçari, onde produzia os modelos Ka e EcoSport.

A nota explica que, em 2014, foi feito um termo aditivo a contrato firmado entre as partes em que a empresa se comprometia a realizar investimentos no complexo industrial Ford Nordeste, em contrapartida a ações de fomento e financiamento de capital de giro criadas pelo Estado.

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"Com a decisão da Ford por fechar o complexo em definitivo, estes benefícios foram o parâmetro das negociações para se chegar ao valor da indenização devida pela empresa, acrescido de correção monetária", diz nota enviada pelo governo baiano. Não há dados sobre como o dinheiro será utilizado.

Ao Estadão, a Ford afirmou apenas que "confirma que celebrou acordo com o governo da Bahia no montante de R$ 2,15 bilhões e que o pagamento foi feito integralmente na data de hoje (dia 18)". Na quarta-feira, o Estadão havia informado que o acordo seria divulgado em breve e que a indenização seria de cerca de R$ 2,5 bilhões, mas houve ajustes no valor.

A Ford anunciou o fechamento das fábricas de carros da Bahia e de motores em Taubaté (SP) em janeiro. Em 2019 o grupo já havia fechado a unidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

A planta industrial da Troller em Horizonte (CE), onde são produzidos jipes T4, vai funcionar até o fim do ano e também está à venda. Com isso, a empresa passou a ser apenas importadora de modelos da marca, mas decidiu manter seu centro de desenvolvimento em Camaçari.

Funcionários e lojistas

Quando decidiu deixar de produzir veículos no Brasil, onde por muitos anos foi a quarta maior em vendas, o grupo disse que havia reservado US$ 4,1 bilhões para indenizações de governos, trabalhadores, distribuidores e fornecedores. Fontes do mercado, contudo, afirmam que esse valor já teria sido ultrapassado.

A montadora já fechou acordos de indenização com os cerca de 5 mil trabalhadores de Camaçari e Taubaté, após várias reuniões com os sindicatos de metalúrgicos locais. Cada um deles recebeu no mínimo R$ 130 mil, além dos direitos normais de rescisão de contratos.

Não há informações de como estão as indenizações de fabricantes de autopeças. Já com os concessionários, que ameaçaram ir à Justiça, a empresa preferiu negociações individuais. A Ford informou que "continua com um excelente progresso nesta questão, mas ainda temos algumas negociações pela frente".

Venda de fábricas

A Ford disse que tem recebido vários contatos de interessados em adquirir o complexo de Camaçari, onde além da fábrica de carros da marca atuavam vários fornecedores de autopeças, mas não há nada conclusivo ainda.

O governo do Ceará acompanha negociações com dois interessados na Troller, e tenta convencer o comprador a manter a produção do jipe, que foi desenvolvido por empresários locais. A intenção é manter a marca na região, assim como os 450 empregados da fábrica.

A fábrica de Taubaté passa por processos de desligamento e desmontagem de equipamentos, com menos de 60 funcionários nessas funções. Não há informações de interessados em adquirir as instalações.

A rede de revendas da Ford tinha 283 pontos de venda, mas a marca deve ficar com apenas 120 para comercializar os modelos importados, entre os quais os utilitários-esportivos Territory, que vem da China, e o Bronco, produzido no México. As demais buscam novas bandeiras para atuar e algumas devem fechar as portas.

A Ford vai pagar cerca de R$ 2,5 bilhões como indenização ao governo do Estado da Bahia por fechar a fábrica de Camaçari, após ter recebido incentivos fiscais desde o início de suas operações no Estado, em 2001. O acerto deve ser anunciado nos próximos dias, segundo fontes dos setores automotivo e jurídico.

O governador Rui Costa (PT) ainda teria tentado convencer a Ford a manter a operação da fábrica, onde eram produzidos os modelos Ka e EcoSport, mas, como a decisão veio da matriz americana, não teve jeito.

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É possível, contudo, que a própria Ford, ou um de seus fornecedores, mantenha uma ala da fábrica baiana para produzir peças para o mercado de reposição, projeto a ser confirmado.

Procurado nesta quarta-feira (16), o governo da Bahia não deu retorno sobre o assunto. A Ford disse que "não vai se manifestar sobre o tema". A empresa informou ainda que tem recebido vários contatos de interessados em adquirir as instalações da fábrica, mas nada conclusivo.

A Ford anunciou o fechamento das fábricas da Bahia e de Taubaté (SP) em janeiro, alegando que operavam com prejuízo havia vários anos. Em 2019 o grupo já havia fechado a unidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que produzia caminhões e o modelo Fiesta.

A planta da Troller em Horizonte (CE), onde é feito o jipe T4, vai funcionar até o fim do ano e também está à venda.

Construída por empresários brasileiros, a Troller foi adquirida em 2007 para que a fábrica da Bahia - que já tinha recebido incentivos por ter sido palco de uma guerra fiscal nos anos 2000 - pudesse desfrutar do regime especial de tributação para montadoras do Nordeste.

O governo do Ceará acompanha as negociações com dois interessados na Troller, e torce para que o eventual comprador mantenha a produção do jipe, assim como os 500 empregos.

Reservas

Após mais de 100 anos como fabricante no Brasil, a Ford agora apenas importa modelos da marca. Ainda assim, o grupo disse que vai manter seu centro de desenvolvimento de produtos em Camaçari.

Quando decidiu deixar de produzir automóveis no País, onde foi a quarta maior montadora no ranking de vendas, a Ford disse que havia reservado US$ 4,1 bilhões para pagar despesas com baixa de créditos fiscais, depreciação, rescisões e indenizações de governos, trabalhadores, fornecedores e concessionários. Fontes ouvidas pelo Estadão acreditam que o valor já foi ultrapassado.

Trabalhadores

A Ford já fechou acordos de indenização com os cerca de 5 mil trabalhadores de Camaçari e Taubaté, após entendimento os sindicatos de metalúrgicos locais. Cada um deles recebeu no mínimo R$ 130 mil, além de direitos normais de rescisão de contratos.

A fábrica de Taubaté atualmente passa por processos de desligamento e desmontagem de equipamentos, com menos de 60 funcionários. Não há informações de interessados em adquirir as instalações.

Após quase um ano de negociações lideradas pelo governador de São Paulo, João Doria, que queria outra montadora para o lugar da Ford, a fábrica do ABC foi adquirida por um grupo da área imobiliária que está transformando o local em um grande centro logístico.

Não há informações de como está o acerto de contas com os fornecedores de peças. Já com os concessionários, que ameaçaram ir à Justiça, a empresa preferiu fazer acertos individuais. A Ford informou que "continua com excelente progresso nesta questão, mas ainda tem negociações à frente".

Do total de 283 lojas, a Ford vai ficar com 120 para vender os modelos importados, entre eles os utilitários-esportivos Territory, da China, e o Bronco, do México. As demais buscam novas bandeiras para representar e algumas fecharão as portas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um jovem de 20 anos pegou um Ford Mustang, avaliado em R$ 430 mil, escondido de seu pai e acabou se envolvendo em um acidente colidindo violentamente contra um poste, destruindo a parte da frente do veículo de luxo. O caso aconteceu na Austrália.

Segundo reportagem do 7 News, o pai do jovem havia comprado o Mustang na semana anterior ao acidente e planejava usá-lo no casamento da filha. O jornal também aponta que o jovem perdeu o controle do veículo após passar por uma curva escorregadia.

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O rapaz tinha tirado a sua habilitação há pouco tempo e precisava ficar um período sob observação, sem poder guiar carros de alta performance como o do seu pai. Por não ter respeitado essa regra, o seguro não irá cobrir o estrago causado por ele.

Na tarde da última segunda-feira (1º), a Sony Brasil emitiu um comunicado pelas redes sociais informando que até o final de março encerrará as atividades comerciais no país. A medida fará com que TVs, câmeras fotográficas, fones de ouvido, caixas de som e home theaters da marca deixem de ser comercializados.

Com as vendas suspensas, os serviços de assistência técnica e suporte continuarão sob responsabilidade da empresa até onde o regulamento esteja de acordo. Os videogames PlayStation não serão afetados, por serem importados, e as produtoras Sony Pictures e Sony Music também continuam em atividade.

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O comunicado da Sony também agradece o apoio e confiança dos consumidores, que foram fiéis aos produtos da marca. "Juntos, tivemos vários momentos conectados através da arte, do entretenimento e do amor pela tecnologia". Nos comentários do post nas redes sociais, muitos lamentaram a saída da empresa do país e pediram para que haja um possível retorno no futuro.

A Sony não é a única a deixar o território nacional. Em dezembro de 2020, a montadora de veículos Mercedes anunciou o encerramento de suas atividades no Brasil. Assim como a Ford, em janeiro deste ano, que divulgou o fechamento de suas fábricas, após quase 102 anos de atuação.

A decisão da Ford de deixar de produzir carros no Brasil e passar a ser apenas importadora de modelos premium, anunciada em janeiro, vai despejar no mercado ao menos 160 concessionárias que fecharão as portas ou vão tentar migrar para outras marcas.

A rede Ford tem 283 pontos de venda nas mãos de 138 empresários. A empresa quer manter cerca de 120 delas, consideradas viáveis para o novo negócio. Esse mesmo grupo, porém, é alvo de outras montadoras que veem oportunidade de ampliar sua representação no País ou abrir unidades aonde não atuam.

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Ao mesmo tempo em que descarta grande número de revendas que considera "sem condições adequadas de continuidade" - como disse em carta aos distribuidores -, a Ford hoje disputa com concorrentes suas melhores lojas. "Vencerá quem fizer a melhor oferta", diz um executivo envolvido na discussão.

"Várias marcas estão em conversações intensas para atrair as melhores revendas Ford", confirma um empresário, que pede anonimato. "Tem muita gente convidando concessionárias a mudar de bandeira, oferecendo pacotes atraentes como linhas de crédito, carência e carros de segmentos que a Ford não terá mais." A disputa está sob responsabilidade de diretores das áreas de gestão de rede e comercial e consultorias que avaliam localização das lojas, saúde financeira, histórico de vendas, carteira de clientes e estrutura.

A Lei Renato Ferrari, que dita regras do setor, prevê delimitação de área para vendas de veículos de uma marca. "Isso será respeitado", diz o empresário. Vários revendedores foram procurados e não quiseram falar abertamente sobre o tema. Segundo eles, há cláusula de confidencialidade sobre as negociações.

A Ford já fechou alguns contratos de manutenção de revendas. "Poucos", diz a Associação Brasileira dos Distribuidores Ford (Abradif), que é contra a estratégia de conversas individuais com concessionários e defende negociações em bloco.

A montadora se vale do fato de os contratos de representação serem individuais. Como importadora, ela precisa de menos da metade da rede atual para vender carrões com preços a partir de R$ 160 mil que trará da Argentina (Ranger), China (Territory), Uruguai (Transit), EUA (Mustang) e Bronco (México).

Na lista que quer manter com o slogan oval provavelmente estão grupos que em 2020 fizeram altos investimentos na inauguração (ou reinauguração) de lojas com o novo padrão global de arquitetura da Ford.

Entre eles estão os grupos Amazonas (São Paulo), Econorte (interior de São Paulo), Roma (Rio), GranVia (Pernambuco) e Forlan (Minas Gerais), que construíram instalações modernas, com paredes envidraçadas e oficinas com alta tecnologia.

Fontes do setor calculam em cerca de R$ 2 milhões o investimento em lojas com esse padrão. "Investi uma fortuna", diz Paulo Magalhães Noronha, da Econorte, que inaugurou em agosto uma revenda com padrão global em Taubaté (SP).

O grupo tem mais duas lojas no interior de São Paulo, e 150 funcionários. Noronha diz que, se depender dele, as três lojas vão manter a bandeira Ford. Os outros grupos foram procurados, mas não comentaram.

Quem sobrar na rede Ford também terá de prestar serviços aos carros em circulação. Segundo a Abradif, há cerca de 500 mil veículos rodando pelo País que ainda estão no prazo de três anos de garantia dado pela fabricante na compra.

Marcas que disputam revendas Ford também estão de olho na fatia de 7,5% do mercado que ela tinha antes de parar a produção. Carteira de contatos e fidelidade de clientes interessam às fabricantes, ainda que o mercado não esteja tão aquecido e as lojas operem com ociosidade.

Há uma janela de oportunidades no segmento de distribuição e marcas com bom desempenho em vendas querem aproveitar. Registraram queda inferior ao mercado em 2020 e ganharam participação Fiat, Jeep, Hyundai e Caoa/Chery (que tem dez revendas Ford). Mas há outras fora dessa lista na briga.

Associação de revendas avalia ir à Justiça

A disputa por suas revendas mais rentáveis travadas por concorrentes ocorre paralelamente às difíceis negociações da Ford com a Associação Brasileira de Distribuidores Ford (Abradif) sobre a indenização a ser paga aos revendedores, alguns deles grupos familiares com 60 anos de representação da marca.

A entidade avalia entrar com ação na Justiça, o que pode prolongar uma solução entre as partes, mas afirma acreditar em consenso sem a judicialização.

Uma das desavenças é que a Ford propôs indenização de acordo com o faturamento da loja nos últimos dois anos, mas exclui da conta as vendas diretas (para frotistas e locadoras) e para pessoas com deficiência. Ambas são feitas pelas montadoras, mas passam pelas revendas para entrega e serviços de revisão. Nos últimos dois anos esse tipo de venda representou mais de 40% dos negócios de veículos novos no País.

A Abradif quer que a empresa desconsidere o ano de 2020 que, em razão da pandemia, registrou as piores vendas dos últimos anos. Em 2019 foram vendidos 218,5 mil carros Ford, número que caiu para 139,2 mil no ano passado, uma redução de 36,3%.

Conta da entidade indica que o investimento médio realizado pelas concessionárias somam R$ 1,5 bilhão, indicando que seria esse o total da indenização a ser paga. Outra reivindicação é que a montadora arque com custos da demissão de funcionários - a rede emprega 11 mil pessoas.

Notificação

A Abradif notificou extrajudicialmente a Ford sobre seu descontentamento com a proposta e critica as negociações individuais com revendedores, o que caracteriza como "assédio moral negocial".

Em resposta, a Ford diz que "seguirá com contatos individuais para entendimentos justos e equilibrados". Acrescenta que as negociações "dão o tom de seu comprometimento quanto à velocidade para conclusão dos acordos e subsequentes pagamentos, minimizando eventuais impactos do período de transição para toda a rede".

A Abradif alerta para o fato de o negócio de cada concessionária ter perdido valor de mercado com o fim da produção. Os modelos Ka e EcoSport, fabricados em Camaçari (BA), respondiam por 85% das vendas dos lojistas. Em carta à entidade, a Ford diz que oferece aos revendedores selecionados condições robustas para participar de sua nova fase como importadora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde que a Ford anunciou em janeiro que deixaria o País, os trabalhadores da montadora enfrentam um período de indefinições de como será feita a dispensa dos funcionários, qual será a indenização e quantos devem retornar ao trabalho para produção de autopeças de reposição dos veículos em circulação.

Segundo Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari (BA), onde fica uma das unidades da Ford, a montadora está convocando todos os trabalhadores da fábrica para retornarem à atividade e produzirem peças de reposição. Na última mediação que houve no Tribunal, a previsão da companhia, no entanto, era de que necessitaria de apenas 400 trabalhadores para produção de autopeças.

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"A empresa está convocando todos os trabalhadores, aqueles que estão lesionados e afastados e até que já foram demitidos", diz o presidente do sindicato. Na sua avaliação, o telegrama enviado ao trabalhador informa que se ele não retornar à atividade serão tomadas medidas. "O sindicato sempre cumpre as ordens judiciais: se é para retornar, vamos retornar. Mas não aceitamos que a empresa imponha assédio moral."

Procurada, a Ford informa, por meio de nota, que negocia com os sindicatos de Camaçari (BA) e Taubaté (SP). Desde o anúncio da saída da empresa do País em 11 de janeiro todos os empregados estão com seus contratos ativos, sem alteração em salários e benefícios, diz a companhia.

Assembleia

Na manhã desta terça-feira, 16, o sindicato reuniu 3 mil trabalhadores do polo de Camaçari (BA) na porta da Ford para esclarecer o que ocorre em relação a essa convocação. Ficou decidido que na próxima quinta-feira, em audiência marcada no Tribunal da Justiça do Trabalho da 5ª Região, será encaminhada a demanda para sejam fixados critérios de quantos trabalhadores terão de retornar à atividade e de uma forma mais organizada "Queremos que haja controle desses trabalhadores, até para que eles não fiquem sem fazer nada."

Segundo Bonfim, o critério de retorno ao trabalho é uma das prerrogativas para que as negociações com a montadora, em andamento, continuem. Hoje sindicato e montadora negociam como será a indenização e a reparação dos demitidos. "Enquanto tiver negociação não pode ter demissão nem assédio moral", diz o sindicalista.

O Brasil tem hoje quatro fábricas de veículos à venda, cujos fechamentos foram anunciados em dezembro e janeiro. Uma é da Mercedes-Benz, que produzia carros de luxo em Iracemápolis (SP), e três da Ford na Bahia, Ceará e São Paulo.

A planta da Mercedes é a mais nova delas. Inaugurada em 2016, é compacta e bem equipada e, ao lado, tem uma moderna pista de testes. O grupo informa que segue em busca de alternativas e que é primordial garantir um futuro para a fábrica. A venda é uma alternativa.

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O complexo da Ford em Camaçari abriga, junto à fábrica de carros, vários fornecedores de peças que eram conectados à linha de montagem. A intenção do grupo é vender as instalações para uma empresa que mantenha a produção de veículos. Esse também era objetivo para a planta do ABC paulista, fechada em 2019. Mas, sem conseguir um comprador do setor automotivo, a área foi vendida para uma construtora e um grupo de investidores. Está sendo preparada para ser um dos maiores centros logísticos do País.

O governo da Bahia já falou com embaixadores da Coreia do Sul, da Índia e do Japão para pedir ajuda na busca de interessados nesses países.

Para a área da filial de motores, em Taubaté, o desejo também é que fique com empresa automobilística, mas as chances são ainda menores do que na Bahia. A prefeitura local informa que, com o governo federal, mantém conversas com um interessado. O governo do Estado estaria falando com dois grupos, mas nomes e setores de atuação não foram revelados.

Orgulho

O prefeito de Horizonte (CE), Manoel Gomes de Farias Neto, conhecido como Nezinho, também torce por um comprador que dê continuidade à produção da Troller que, segundo ele, "é um orgulho para a cidade, gera bons empregos, renda e arrecadação". A fábrica responde por 4% da arrecadação do município de 72 mil habitantes.

Nesse caso, a Ford pretende vender todo o negócio, ou seja, o comprador terá direito a produzir o jipe T4. Nezinho está em seu quarto mandato e conta que, em sua primeira gestão, doou um pequeno terreno para início da operação da Troller. Horizonte tem 28 indústrias, a maior delas a Vulcabrás, que gera cerca de 10 mil empregos, diz. "Trabalhamos para que a Troller permaneça ativa pois é uma marca cearense, horizontina, é um pedacinho do nosso terrão", diz Nezinho, de 61 anos.

Analistas do setor veem poucas chances de as fábricas serem adquiridas por grupos automotivos em razão da alta ociosidade em que a indústria automotiva no Brasil e no mundo. O País tem capacidade para produzir de 4,5 milhões a 4,7 milhões de veículos, já descontados números da Ford. O maior volume registrado até agora foi de 3,7 milhões em 2013; neste ano, a projeção é de 2,5 milhões. A indústria mundial produziu 91 milhões de veículos em 2019 e, no ano passado, 76 milhões. 

A Ford está impedida, por liminares expedidas pela Justiça do Trabalho, de demitir os funcionários da fábrica de Camaçari (BA) e Taubaté (SP) antes de terminar de negociar as indenizações trabalhistas.

Da mesma forma, a montadora não poderá suspender durante essas negociações, e enquanto vigorem os contratos de trabalho, o pagamento dos salários de seus funcionários, assim como as licenças remuneradas dos trabalhadores.

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A liminar foi emitida na noite de sexta-feira, 5, pelo juiz substituto Leonardo de Moura Landulfo Jorge, do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, que levou em conta o risco de dispensa coletiva antes da conclusão da negociação com o sindicato. Na decisão, o juiz também aponta supostos entraves colocados pela montadora na negociação coletiva, como não fornecer informações relevantes ou manter canal de diálogo de forma individual com os trabalhadores.

A multa, em caso de descumprimento de cada item da liminar, é de R$ 1 milhão de reais, acrescida de R$ 50 mil por trabalhador.

A Ford produzia os modelos Ka e EcoSport na fábrica de Camaçari, fechada com a decisão da montadora de encerrar a produção no Brasil após sucessivos anos de prejuízo no País. Questionada pela reportagem, a montadora, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que "não foi intimada até o momento."

Entenda o caso

 

No dia 11 de janeiro deste ano, a Ford anunciou que encerraria a produção no Brasil, após um século de história no País. A montadora já havia encerrado, em 2019, a produção de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. As fábricas fechadas em 2021 foram: Camaçari (BA), onde produzia os modelos EcoSport e Ka; Taubaté (SP), que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller.

A ideia da empresa é manter no Brasil a sede administrativa da montadora na América do Sul, em São Paulo, o centro de desenvolvimento de produto, na Bahia, e o campo de provas de Tatuí (SP). Questionada sobre o total de demissões, a companhia afirmou que 5 mil funcionários serão impactados no Brasil e na Argentina - no país vizinho, no entanto, as unidades de produção serão mantidas.

Além disso, a produção seria encerrada imediatamente em Camaçari e Taubaté, mantendo-se apenas a fabricação de peças por alguns meses para garantir disponibilidade dos estoques de pós-venda. A fábrica da Troller em Horizonte continuará operando até o quarto trimestre de 2021.

Em assembleia realizada ontem, funcionários da fábrica de motores da Ford em Taubaté (SP) rejeitaram proposta de indenização pelo fechamento da unidade. A empresa propôs o pagamento de 1,1 salário por ano trabalhado ao pessoal da produção e 0,7 para os administrativos. Para os trabalhadores da unidade de Camaçari (BA) não foi feita proposta até agora.

O dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Sinvaldo Cruz, afirmou que a entidade continuará tentando reverter a decisão da Ford de deixar de produzir carros no País.

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Segundo ele, pela média salarial dos empregados, o valor oferecido seria quase o mesmo que receberiam se continuassem trabalhando até dezembro, período em que venceria o acordo de manutenção de empregos feito antes do anúncio de fechamento.

"Essa proposta é um desrespeito, é dizer que está pouco se lixando para a dor dos trabalhadores", disse Cruz. A unidade emprega 830 pessoas. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Julio Bonfim, disse que os encontros com diretores da montadora não estão evoluindo. "As negociações estão muito complicadas."

A Ford afirmou que está "em processo de negociação com o sindicato e não temos nada a anunciar neste momento". O grupo anunciou em janeiro o fechamento de suas três fábricas - a Troller, de Horizonte (CE) permanece aberta até o fim do ano. Ao todo serão 5 mil demissões.

Toyota

O presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, disse que o grupo finaliza este ano o ciclo de investimentos de R$ 1 bilhão na fábrica de Sorocaba (SP) para a chegada de um veículo desenvolvido para consumidores brasileiros e latino-americanos. Afirmou, contudo, que "uma agenda de competitividade se faz mais do que necessária neste momento, pois, em curto e médio prazos, possibilitará atrair novos investimentos, gerar mais empregos e renda".

Destacou ainda que recentemente viu empresas do setor deixarem de produzir no País, e reafirmou o compromisso da marca, mas disse ser necessário ter condições, inclusive tributárias, mais equilibradas e justas. "Ainda enfrentamos incertezas quanto ao futuro e a lucratividade, o que dificulta a capacidade de investir. Estamos abertos ao diálogo, prontos para compartilhar valor e soluções em conjunto em todas as esferas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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