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A Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP) irá avaliar as próximas medidas a serem tomadas nas manifestações contra o aumento das passagens na Região Metropolitana do Recife. O grupo havia entrado com uma ação na justiça na última segunda-feira (18), mas uma semana depois, o Estado contestou o pedido. 

Na tarde desta segunda-feira (25), o grupo recebeu a informação de que o Estado de Pernambuco contestou na justiça a ação que solicitava a suspensão da decisão do Conselho Superior de Transporte Metropolitano pelo aumento das passagens na RMR. O grupo alega a negativa do pedido de vistas das planilhas de gastos fornecidas pelo Governo e a Urbana-PE.

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Nesta tarde, os representantes da Frente estão reunidos com advogados e aguardando o posicionamento do juiz responsável pelo caso, que pode declarar a sua decisão ainda hoje ou na terça-feira (26). De acordo com um dos integrantes do movimento, na contestação o Estado considera o pedido de vistas como um “pedido oportunista”, pois, de acordo com o governo, esses dados estão disponíveis para a população de forma aberta e, por isso, o grupo poderia ter tido acesso a elas anteriormente à reunião do Conselho. 

A Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP) irá realizar uma plenária nesta segunda-feira (25), na Praça do Derby, às 19h, para avaliar os atos anteriores e planejar os próximos que podem acontecer nos próximos dias desta semana. 

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A divulgação da conclusão do inquérito que indiciou, por homicídio culposo, o motorista João Martins de Oliveira, de 30 anos, em relação à morte da estudante Camila Mirele Pires da Silva, 18, foi reivindicada nesta segunda-feira (24), pela Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco (FLTP). Em nota, a organização defendeu o condutor do ônibus e cobrou responsabilidade da Empresa Metropolitana, da Urbana-PE e do Governo de Pernambuco por intermédio do Consórcio Grande Recife.

Segundo o posicionamento da FLTP, no inquérito ficou constatado que o mecanismo conhecido como “Anjo da Guarda”, responsável por travar as portas quando o veículo está em movimento, não estava funcionando. “Se estivesse, certamente teria impedido a morte de Camila. Pesa, ainda, o fato de o ônibus estar superlotado, como acontece usualmente, muito em razão das empresas não colocarem toda a frota nas ruas. Ademais, a vistoria feita pelo Consórcio Grande Recife já havia identificado, em 2014, que o referido mecanismo não funcionava em vários ônibus, mesmo os mais novos”, alegou o texto. 

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De acordo com a Frente de Luta pelo Transporte Público o motorista é a parte mais frágil da relação. “Por muitas vezes (o motorista) é obrigado a conduzir os veículos nas ruas com falhas e problemas, como o presente caso. No entanto, existe responsabilidade objetiva da empresa de ônibus e do Estado”, cobra o nota, estendendo a culpa do acidente a órgãos públicos. “Nós da Frente de Luta pelo Transporte Público acreditamos que a Empresa Metropolitana, por colocar ônibus em circulação sem os mecanismos de segurança adequados, e o governo do Estado, por conta da omissão do Consórcio Grande Recife são os reais responsáveis por mais uma morte no Transporte Metropolitano. (...) Infelizmente, quem sofre com a dor da perda são os familiares e amigos de Camila”, lamentou. 

Ainda na nota, a FLTP prometeu representar junto ao Ministério Público de Pernambuco, para que, com base nas informações verificadas no Inquérito Policial, sejam apuradas “as responsabilidades criminal e civil da Empresa Metropolitana, da Urbana-PE e do Governo do Estado”, informou a organização. No laudo apresentado nesta segunda pela polícia o Consórcio Grande Recife e a empresa de ônibus têm culpa pela morte da estudante.

MorteA estudante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Camila Mirelle morreu após cair de ônibus que fazia a linha Barro/Macaxeira na BR 101, no último dia 8 de maio. 

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