O cineasta Kleber Mendonça Filho repercutiu as informações que circularam na internet afirmando que seu o Ministério da Educação (MEC) não sabia o que fazer com seu cargo público de coordenador do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Em entrevista à Carta Capital, Kleber afirmou que se o ministro da educação, Mendonça Filho, discordasse da importância e do bom trabalho feito pelo cineasta na Fundaj, ele colocaria seu cargo à disposição.
Sobre seu cargo na Fundaj, Kleber contou que está à frente do cinema desde 1998 e inicialmente sua política inicial era de formação de público. “A ideia é exibir filmes do mundo inteiro que defendemos como importantes para a cultura dentro de uma ideia fora do mercado”, explicou.
##RECOMENDA##Kleber Mendonça disse que educação, cultura e saúde são as três áreas essenciais que o Estado deve bancar. “A saúde é a saúde; a educação traz uma compreensão da sociedade, traz dignidade, da mesma maneira que a cultura também traz dignidade”, comentou o cineasta.
Sobre o ato realizado no Festival de Cannes, em que o diretor e o elenco do filme Aquarius se manifestaram contra o atual governo e indicaram como um “golpe”, Kleber explicou que a ação foi despretensiosa. “O pequeno gesto às vezes toca no nervo que incomoda e aí ele se torna muito grande, mas foi um pequeno gesto. E, inclusive, despretensioso. Não tinha megafone, não tinha microfone, ninguém tirou a roupa, só papel A4. É a força dos fatos, na verdade”, disse Kleber.
Confira a entrevista de Kleber Mendonça Filho:
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