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Ataques aéreos de Israel atingiram, na madrugada de sábado, a sede do gabinete de governo do Hamas em Gaza após militantes dispararem foguetes contra as cidades israelenses de Tel Aviv e Jerusalém. Israel convocou milhares de reservistas a ficarem de prontidão para uma possível guerra terrestre.

O exército de Israel informou ter isolado todas as estradas principais em torno da fronteira de Gaza, declarando a área como zona militar fechada, no mais recente sinal de que o país está prestes a lançar sua primeira ofensiva terrestre no território desde 2008/09.

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O governo do Hamas disse que a sede do gabinete foi alvejada em quatro ataques. Testemunhas relataram danos ao edifício.

"O IDF (exército) tinha como alvo a sede de Ismail Haniya (primeiro-ministro do Hamas) em Gaza", destacou um porta-voz do Exército israelense à agência AFP. "Nas últimas seis horas, o IDF mirou 85 pontos de terrorismo", informou a conta de Twitter oficial do porta-voz militar.

"A sede foi completamente destruída e casas vizinhas foram danificadas como resultado do bombardeio 'bárbaro' de Israel", afirmou um oficial do Hamas.

Israel intensificou as ações militares em Gaza, bombardeando o quartel-general da polícia do Hamas, no oeste da Cidade de Gaza, e a sede de segurança interna do governo, no norte da cidade.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou o apoio do país ao direito de Israel se defender durante um telefonema ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, sobre o conflito em Gaza.

Ataques aéreos israelenses em Gaza na noite de sexta-feira mataram seis palestinos, elevando o número de mortes em dois dias de violência para 30, disse um porta-voz do ministério da saúde do governo do Hamas.

Ministros israelenses aprovaram a convocação de até 75 mil reservistas enquanto o primeiro-ministro Netanyahu promovia reuniões tarde da noite no Ministério da Defesa, em Tel Aviv, com seu círculo de autoridades mais próximo, relatou o canal de televisão Channel Two.

Depois do ataque a Tel-Aviv, a ala militar do Hamas disse ter disparado um foguete contra Jerusalém. Segundo a polícia local, nenhum foguete causou vítimas ou danos na sexta-feira, mas eles causaram pânico nos dois principais centros populacionais de Israel, desencadeando sirenes de aviso e levando moradores a correr para abrigos. As informações são da Dow Jones.

O exército de Israel iniciou nesta quarta-feira uma operação militar contra milicianos palestinos radicados na Faixa de Gaza. Pelo menos nove pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas nos ataques israelenses de hoje. Entre os mortos encontra-se Ahmed Jabari, comandante do braço militar do grupo palestino Hamas. Duas crianças também perderam a vida no início da maior operação de Israel contra Gaza desde o fim de 2008.

Nos últimos dias, autoridades israelenses discutiram a retomada da política de "assassinatos seletivos" de líderes do Hamas, que consiste uma contestada onda de execuções extrajudiciais, em meio aos persistentes disparos de foguetes de militantes palestinos contra o sul de Israel.

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No Cairo, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Mohammed Kamel Amr, criticou os ataques aéreos israelenses e exigiu o "fim imediato" dos bombardeios a Gaza. Por meio de nota, Amr advertiu contra "qualquer tipo escalada e seus potenciais efeitos negativos para a estabilidade regional".

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estava reunido com seu gabinete de segurança no fim da tarde de hoje, pelo horário local. Ao mesmo tempo, o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, decretou estado de emergência, esvaziou os principais edifícios governamentais e posicionou duas forças de segurança longe desses locais.

Jabari, que ocupava o topo de lista de "mais procurados" de Israel desde a invasão de Gaza em 2008, morreu em um ataque aéreo israelense na Cidade de Gaza. Pouco depois, o exército de Israel anunciou que o assassinato de Jabari marcava o início de uma operação militar contra milicianos radicados na sitiada Faixa de Gaza.

De acordo com testemunhas, Jabari dirigia seu carro pela Cidade de Gaza quando o automóvel explodiu. Dirigentes do Hamas confirmaram a seguir que Jabari foi morto em um bombardeio israelense.

Ao longo da quarta-feira, Israel promoveu dezenas de ataques aéreos. Além de Jabari, dois milicianos, duas crianças e quatro pessoas ainda não identificadas morreram nas ações israelenses de hoje, disse Ashraf al-Kidra, funcionário dos serviços de saúde de Gaza.

Os disparos de foguetes de Gaza e a operação israelense ocorrem em um momento no qual a Autoridade Nacional Palestina (ANP) busca seu reconhecimento perante a Organização das Nações Unidas (ONU).

Também nesta quarta-feira, veio à tona um documento do Ministério das Relações Exteriores de Israel no qual os diplomatas do país são orientados a alertarem outros governos que os acordos de paz alcançados em Oslo em 1993 podem ser anulados se os palestinos buscarem reconhecimento internacional na ONU.

O documento da chancelaria israelense, ao qual a agência de notícias AFP teve acesso, também propõe "derrubar" o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, se os palestinos pedirem no dia 29 adesão formal na Assembleia Geral da ONU. A ANP, nesse contexto, seria "desmantelada" nos territórios ocupados. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que seu país está pronto para atacar com mais força os militantes da Faixa de Gaza se eles não pararem de atacar o país. As hostilidades na fronteira aumentaram rapidamente durante o fim de semana, com tiros de alerta disparados por Gaza e ataques israelenses matando seis palestinos.

"O mundo precisa entender que Israel não ficará sentado enquanto são feitas tentativas de nos atacar", disse Netanyahu. "Nós estamos preparados para ampliar nossa resposta", acrescentou. A troca de ataques envolveu um sobre o exército israelense, uma explosão em um túnel na fronteira e um disparo de míssil. As informações são da Associated Press.

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A força aérea de Israel lançou um ataque neste sábado contra três áreas na Faixa de Gaza, horas após um foguete lançado por militantes da região explodir perto de uma casa no sul do território israelense. Em comunicado, as forças armadas afirmaram que "os ataques aéreos tinham como alvo uma área de atividade terrorista no norte da Faixa de Gaza, além de outras duas áreas na região central do território".

Na noite de sexta-feira, militantes da Faixa de Gaza dispararam um foguete Grad que explodiu no quintal de um prédio residencial na cidade israelense de Netivot. Uma pessoa foi levada para o hospital em estado de choque e o prédio foi danificado.

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Na quinta-feira, aviões de Israel atacaram um campo de treinamento do grupo Brigadas Ezzedine al Qassam, O braço armado do Hamas, que governa a Faixa de Gaza. O ataque mais uma vez foi uma resposta ao disparo de foguetes contra o sul do território israelense.

Segundo o exército de Israel, mais de 480 projéteis foram lançados contra o país, vindos da Faixa de Gaza, somente este ano. As informações são da Dow Jones.

Um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) projeta um cenário crítico para a Faixa de Gaza no fim da década. De acordo com a entidade, se continuar isolado e sem receber mais investimentos em educação e infraestrutura, o sitiado enclave litorâneo palestino "praticamente não terá acesso confiável" a fontes de água potável, sofrerá uma deterioração ainda maior dos sistemas de educação e ensino e não disporá de recursos suficientes de energia.

Atualmente, o desemprego em Gaza situa-se na casa de dois dígitos. A pobreza é generalizada no território, que sofre ainda com frequentes blecautes, rápido crescimento populacional e deterioração da infraestrutura. Nos últimos anos, a situação agravou-se com o acirramento do bloqueio israelense por terra, ar e mar e ao isolamento internacional do governo chefiado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas. As informações são da Associated Press.

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O Egito está permitindo, temporariamente, a entrada livre de palestinos no país, medida sem precedentes que alivia as antigas restrições de viagem, particularmente aos habitantes da Faixa de Gaza, informaram funcionários egípcios e palestinos nesta segunda-feira.

A decisão causou confusão nas agências de segurança egípcias, que demonstraram certa resistência. Alguns funcionários do aeroporto se recusaram a implementar as medidas, informou um funcionário do aeroporto, um sinal de como as forças de segurança consideram os palestinos uma ameaça.

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Apesar da resistência, funcionários do aeroporto disseram que sete habitantes de Gaza entraram no Egito na manhã desta segunda-feira sem as usuais restrições.

As medidas parecem ser o resultado de reuniões separadas realizadas na semana passada entre o novo presidente do Egito, Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e o líder do Hamas, Khaled Mashaal, cujo grupo controla Gaza.

A novas medidas facilitam a situação dos que vivem em Gaza, território que há cinco anos está sob bloqueio de Israel. A única saída do território que não passa por Israel é pelo Egito, mas durante anos o governo egípcio apoiou o bloqueio. Mesmo após a abertura das fronteiras pelo Egito, os palestinos sofriam fortes restrições.

Até agora, qualquer palestino abaixo dos 40 anos era escoltado por agentes de segurança de ou para a fronteira com Gaza, para assegurar que a pessoa não passaria um tempo no território egípcio. Os palestinos viam a prática como uma humilhação, principalmente porque geralmente isso significava a detenção na fronteira ou no aeroporto por até três dias, no interior de uma pequena sala, juntamente com criminosos, enquanto esperavam pela escolta. As informações são da Associated Press.

Um militante palestino entrou em território israelense na manhã desta sexta-feira e abriu fogo contra soldados de Israel, matando um deles. As tropas responderam aos tiros e mataram o invasor na fronteira com a Faixa de Gaza, local que estava relativamente calmo desde março.

Os disparos tiveram início depois que o militante ultrapassou a cerca que separa Gaza do sul de Israel. O militante começou a disparar e os soldados revidaram, disse o coronel Tal Hermoni. "As forças agiram rapidamente e evitaram um ataque maior contra civis da região", disse Hermoni à rádio o Exército.

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Posteriormente, o Exército israelense informou que dois foguetes caíram no sul de Israel, sem causar danos ou ferimentos. A autoridade de saúde de Gaza, Adham Abu Salmia, disse que três pessoas ficaram seriamente feridas após um ataque aéreo contra o veículo onde estavam.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela ação do militante, mas numa mensagem de texto enviada aos jornalistas, um grupo de Gaza, a Jihad Islâmica, saudou o ataque. O grupo identificou o militante como Ahmad Nassar e disse que ele foi "um mártir que realizou um ataque heroico".

Em comunicado, o Exército disse que considera o Hamas "solenemente responsável" pela ação. Os militares identificaram o soldado morto como o sargento Nitnel Moshiashvili, de 21 anos.

O último episódio de violência na fronteira havia ocorrido em março, quando Israel matou um líder militante, dando início a quadro dias de disparos de foguetes palestinos e ataques aéreos israelenses. Vinte e quatro palestinos morreram. As informações são da Associated Press.

Um ataque de uma aeronave de Israel atingiu duas instalações militantes em Gaza antes do amanhecer desta quinta-feira em resposta a foguetes lançados contra o país um dia antes. Ninguém ficou ferido. Em meio ao conflito, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, culpou o Irã pela violência a partir do território palestino.

Netanyahu, dando um passo adiante em seus avisos ao Irã, deu a entender que Israel não precisa da bênção de Washington para atacar o programa nuclear suspeito de Teerã. Em um discurso no Parlamento na quarta-feira, o premiê acusou o Irã de armar, financiar e treinar militantes. "Gaza é Irã", disse ele. As informações são da Associated Press.

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Três palestinos, entre eles um garoto de 12 anos e um homem de 60, foram mortos hoje em ataques da Força Aérea de Israel contra o território palestino ocupado de Gaza. Isso elevou para 18 o número de palestinos mortos em ataques aéreos israelenses contra Gaza em apenas 48 horas. Pelo menos 30 pessoas foram feridas, das quais seis estavam em estado grave.

A nova onda de violência começou na sexta-feira, quando tropas israelenses mataram Zuheir Al-Queisi, secretário-geral dos Comitês Populares de Resistência (CPR), e Mahmoud Hanani, descrito em um comunicado das Forças de Defesa de Israel como um "colaborador" de Al-Queisi.

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Israel iniciou uma ofensiva contra os CPR em agosto do ano passado, depois de acusar o grupo de responsabilidade por um ataque terrorista em Eilat. Embora mais tarde tenha sido determinado que os autores do ataque em Eilat se infiltraram em Israel a partir da península do Sinai, no Egito, e não de Gaza, pelo menos seis integrantes do CPR foram mortos nos meses seguintes por tropas israelenses.

Desde a sexta-feira, pelo menos 20 ataques aéreos foram lançados contra Gaza. Hoje, um porta-voz do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que os aviões israelenses atacaram um local usado pelos radicais palestinos para disparar "mísseis de longo alcance Fajr-5, de fabricação iraniana".

Ontem, o Movimento Islâmico de Resistência (Hamas), que governa Gaza, disse ter pedido a mediação do Egito para negociar o fim dos ataques, mas ressalvou que poucos progressos haviam sido feitos. O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, disse esperar que a violência prosseguisse "por mais um dia ou dois". As informações são da Dow Jones.

Um ataque aéreo israelense, no leste da Cidade de Gaza, matou um homem e deixou pelo menos outro ferido, informaram autoridades médicas palestinas. O Exército de Israel disse que o alvo era um grupo de homens que preparava o lançamento de um foguete contra território israelense.

"O avião tinha como alvo um esquadrão terrorista que foi identificado momentos antes de disparar foguetes contra Israel do norte da Faixa de Gaza. Um homem foi abatido, frustrando a tentativa de lançamento de foguetes ", diz um comunicado militar.

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"O esquadrão mencionado foi responsável pelo disparo de foguetes contra Israel nos últimos dias", afirma o documento.

Os palestinos identificaram o morto como Moamen abu-Daff, de 21 anos, que ele era conhecido por ser um militante fundamentalista salafista. Em um fórum salafista na internet, dois pequenos grupos inspirados pelo movimento ultraconservador afirmaram que Abu-Daff era afiliado a eles, mas a família do militante informou que ele pertencia às Brigadas de Mártires de Al-Aqsa, afiliada ao partido Fatah, ao qual pertence o presidente palestino Mahmoud Abbas.

O corpo de Abu-Daf foi exibido numa mesquita da Cidade de Gaza, durante as orações de sexta-feira, enrolado numa bandeira amarela do Fatah.

Militantes palestinos dispararam dois foguetes contra o sul de Israel na quinta-feira, depois de aviões israelenses terem atacado "locais terroristas" na Faixa de Gaza, afirmou o Exército. Os dois caíram em campo aberto e não causaram danos nem ferimentos. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Dezenas de milhares de moradores de Gaza saíram às ruas nesta quarta-feira para celebrar o aniversário do Hamas, grupo islâmico que governa o território palestino. A comemoração é também uma demonstração de força do movimento, antes das eleições gerais palestinas, marcadas provisoriamente para maio.

A comemoração anual vem se tornando um exercício cada vez mais elaborado de encenação, desde que o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza em 2007 após confrontos internos com forças leais ao presidente palestino Mahmoud Abbas, que conta com o apoio do Ocidente.

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A multidão foi recebida por um enorme palco no formato de um navio, para simbolizar a jornada palestina a todo território entre o rio Jordão e o Mediterrâneo, o que inclui o que atualmente é o Estado de Israel.

Uma grande réplica da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, construída sobre as ruínas de templos judaicos bíblicos, foi o pano de fundo. "Oh Jerusalém, estamos chegando", podia-se ler em uma das faixas.

O legislador do Hamas Mushir al-Masri disse aos participantes da festa que o Hamas "está mais perto de libertar a terra santa e os templos sagrados e mais perto de outra grande vitória nas próximas eleições".

Como parte de seu comunicado de aniversário, o Hamas disse que seus militantes dispararam mais de 11 mil foguetes e morteiros na direção de Israel desde 2000 e que o grupo matou mais de 1.300 israelenses em vários ataques desde sua fundação.

Em seu comunicado, o Hamas disse que vai manter "todas as formas de resistência contra a ocupação até a libertação, independência e o retorno dos refugiados palestinos".

Segundo o grupo, 350 mil pessoas participaram das celebrações desta quarta-feira. A estimativa não pôde ser confirmada de forma independente, mas o local da comemoração, uma grande área aberta, estava lotado e uma multidão se espalhava pelas ruas próximas.

A manifestação aconteceu uma semana antes de mais uma rodada de negociações de reconciliação entre Abbas e o principal líder do Hamas no exílio, Khaled Mashaal. As informações são da Associated Press.

A aviação israelense promoveu hoje dois ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, disseram testemunhas e agentes dos serviços palestinos de segurança. Não há informações sobre vítimas. O comando militar israelense não se pronunciou sobre o assunto. Os dois bombardeios ocorreram em Khan Yunis, no sul do sitiado território palestino controlado pelo grupo islâmico Hamas.

Anteontem, dois palestinos foram mortos em um bombardeio israelense no norte da Faixa de Gaza. Israel alega ter atacado um "esquadrão terrorista" que abriu fogo contra soldados na fronteira. Os novos bombardeios ocorrem depois de vários dias de calma em Gaza e seus arredores depois de um fim de semana no qual 12 supostos militantes palestinos e um civil israelense morreram em episódios de violência na região.

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Os grupos militantes palestinos que atuam em Gaza asseguram estar cumprido uma trégua mediada pelo Egito, mas reservam-se o direito de responder a ataques israelenses. Israel, por sua vez, afirma que vai continuar agindo contra qualquer ação suspeita para evitar disparos de foguetes contra o sul de seu território. As informações são da Dow Jones.

Israel transferiu 477 presos palestinos dos centros de detenção e os levou à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, onde foram libertados nesta terça-feira. Eles foram saudados por dezenas de milhares de habitantes dos dois territórios, que levavam as bandeiras verdes do movimento Hamas. A libertação também foi comemorara com passeatas pacíficas nos campos de refugiados palestinos de Sabra, Chatila, Bourj al-Barajneh e Ein el-Hilweh, no Líbano. O vice-líder do Hamas em Damasco, Mussa Abu Marzuk, afirmou que Israel irá suavizar o bloqueio à Faixa de Gaza como parte do acordo. Marzuk pediu que Israel liberte mais prisioneiros além dos 1.027 do acordo. Foi a captura do soldado israelense Gilad Schalit, em 2006, um dos motivos determinantes para Israel montar o sítio à Faixa de Gaza, que se intensificou após o Hamas tomar o controle do território do movimento Fatah em 2007.

Na cidade de Gaza, um palanque foi montado em uma área central, onde dezenas de milhares de pessoas lembraram o ataque que capturou Schalit em 2006. A multidão pediu aos militantes que capturem mais soldados israelenses para futuras trocas. Os restantes 550 prisioneiros palestinos serão libertados em dois meses.

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Para aplacar temores de Israel com a segurança, o Hamas concordou que 200 prisioneiros que seriam soltos na Cisjordânia fossem libertados na Faixa de Gaza. Outros 40 serão deportados para a Jordânia, Catar, Síria e Turquia. O governo turco concordou em receber 10 militantes libertados e reivindicou um papel de destaque tanto na preservação da vida de Schalit quanto no acordo firmado entre Israel e o Hamas. O Hamas, que negociou a troca dos 1.027 palestinos por Schalit, governa a Faixa de Gaza desde 2007. A Cisjordânia é governada pelo presidente palestino Mahmoud Abbas, da Autoridade Nacional Palestina (ANP), rival do Hamas. O Hamas tornou a libertação uma demonstração de força do movimento islâmico na Faixa de Gaza.

Milhares de partidários foram às ruas com as bandeiras verdes do Hamas, embora um número menor de simpatizantes do Fatah, que forma a base da ANP, também tenham exibido bandeiras nas ruas de Gaza. Os prisioneiros fizeram o caminho a partir da fronteira do Egito para o centro de Gaza. Foram aplaudidos por milhares de moradores enquanto caminhavam na estrada para o centro da cidade.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O gabinete de segurança israelense se reúne hoje pelo segundo dia para discutir como impedir que uma flotilha internacional rompa o bloqueio do país e chegue à Faixa de Gaza, informou a mídia local. Ontem, ministros ouviram sobre a preparação militar para barrar o comboio de 10 navios que deve sair da Grécia ainda esta semana.

"Ontem, os ministros decidiram permitir que as embarcações ancorem na Faixa de Gaza, ainda que elas tenham a permissão para descarregar suas cargas no (porto israelense) de Ashdod ou no porto egípcio de El-Arish", disse ele à rádio do Exército israelense. "Se nenhuma arma ou munição for encontrada, a carga será transferida totalmente para Gaza".

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A rádio pública afirmou que o Egito já concordou em permitir que as embarcações atraquem em El-Arish, um porto no Mediterrâneo que fica 50 quilômetros a oeste da fronteira egípcia com Gaza. Até agora, não houve declaração oficial israelense sobre o encontro ministerial.

O jornal israelense gratuito Israel Hayom, considerado próximo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, citou o chefe da Marinha, Eliezer Marom, dizendo aos ministros que seus homens estavam mais bem preparados que em maio do ano passado, quando forças israelenses mataram nove ativistas turcos, um deles também cidadão norte-americano.

Agora, cerca de 350 ativistas pelos palestinos de 22 países devem se unir à "Flotilha da Liberdade II". O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e vários outros líderes internacionais pediram para que os ativistas não zarpem. Washington advertiu seus cidadãos para que não participem da iniciativa para romper o embargo.

Israel impôs o bloqueio contra Gaza em 2006, após militantes sequestrarem o soldado israelense Gilad Shalit, que segue sequestrado. A proibição foi relaxada no ano passado, porém muitas restrições seguem vigorando. As informações são da Dow Jones.

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