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O Exército israelense confirmou, nesta sexta-feira (3), que bombardeou uma ambulância perto do maior hospital de Gaza e assegurou que o veículo era usado por combatentes do Hamas, apesar de funcionários de saúde do território palestino terem assegurado que transportava feridos.

"A aviação disparou contra uma ambulância usada por uma célula terrorista do Hamas, próximo de suas posições na zona de combate", indicou o Exército de Israel em um comunicado militar.

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Por sua vez, o movimento islamista palestino assegurou que o ataque deixou "dezenas de mortos e feridos".

Um repórter da AFP viu diversos corpos e várias pessoas feridas ao lado de uma ambulância, que foi atingida por esse bombardeio nas imediações do hospital Al Shifa.

Imagens de AFPTV mostram civis carregando feridos ensanguentados. Outras pessoas estão estiradas no chão, e tudo indica que foram lançadas contra os carros estacionados de um lado da estrada devido à onda de choque provocada pelo bombardeio.

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, escreveu na rede social X que estava "totalmente comovido com os relatos de ataques a ambulâncias que evacuavam pacientes perto do hospital Al Shifa de Gaza".

"Insistimos: os pacientes, o pessoal de saúde, as instalações e as ambulâncias devem ser protegidas a todo momento. Sempre", acrescentou.

A coordenadora de Assuntos Humanitários da ONU, Lynn Hastings, declarou-se "alarmada" por uma operação dirigida contra "pacientes que estavam sendo evacuados" para lugares seguros.

A guerra entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro, quando células islamistas mataram mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, no sul do território israelense, e levaram mais 240 como reféns para Gaza, segundo os informes israelenses.

Os bombardeios de represália lançados desde então por Israel, reforçados com operações terrestres que começaram há uma semana, mataram mais de 9.200 pessoas em Gaza, entre elas mais de 3.800 crianças, segundo o Hamas, que governa o território palestino de 362 km² e 2,4 milhões de habitantes desde 2007.

O drama dos brasileiros retidos na Faixa de Gaza continua. Pelo terceiro dia, eles ficaram fora da lista de estrangeiros autorizados a deixar o enclave nesta sexta-feira (3), pela passagem de Rafah, que leva ao Egito. O grupo é formado por 34 pessoas, entre brasileiros e familiares próximos que esperam pelo resgate.

Assim como aconteceu no dia anterior, os americanos são maioria na lista, com 367 pessoas liberadas para passar. Há também cidadãos do México, Reino Unido, Alemanha, Itália e Indonésia, além de outra lista separada com os franceses. Ao todo, mais de 600 estrangeiros receberam o sinal verde para a travessia e foram convocados a comparecer ao posto da fronteira com o passaporte em mãos.

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Na quarta-feira (1º), a passagem de Rafah foi aberta pela primeira vez desde o início da guerra. O Egito promete que todos os 7 mil cidadãos de outros países que pediram para sair de Gaza serão liberados, mas de forma controlada, um grupo por dia. Nesse ritmo, pode levar mais uma semana até que todos atravessem a fronteira.

O Itamaraty tem dito que negocia com as autoridades locais até que todos os brasileiros sejam repatriados e que mantém um avião no Cairo a postos para fazer o resgate, assim que tiver o sinal verde. Nesta quinta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou por telefone com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, que prometeu dar prioridade ao grupo do Brasil. Apesar do esforço diplomático, no entanto, a autorização ainda não saiu.

Os brasileiros estão abrigados no sul da Faixa de Gaza, perto da fronteira. Hasan Rabee está entre eles e relatou nas redes sociais nesta sexta-feira que comida e água ficam cada dia mais escassos na Faixa de Gaza. Na publicação, ele diz ainda que não sabe quando poderá deixar o enclave.

A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou mais de 1.400 pessoas na invasão sem precedentes ao território israelense. Do lado palestino, a ofensiva israelense na Faixa de Gaza já deixou mais de 9 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas. O número não pode ser verificado de maneira independente.

Israel afirma ter cercado a cidade de Gaza, a principal do enclave, enquanto o primeiro ministro Binyamin Netanyahu afirma que sua campanha militar "está no auge". Diante da escalada do conflito, os Estados Unidos, um dos principais aliados de Tel-Aviv, pressionam por pausas humanitárias para minimizar o impacto da guerra sobre os civis palestinos.

O Exército israelense bombardeou, nessa terça-feira (31), o campo de refugiados de Jabalia, o maior da Faixa de Gaza. Segundo Israel, o ataque era parte de uma operação contra o Hamas e teria matado Ibrahim Biari, um dos responsáveis pelos atentados do dia 7 de outubro.

O Hamas disse que não havia nenhum líder do grupo em Jabalia e afirmou que a ação de Israel matou mais de 50 palestinos, deixando 150 feridos. De acordo com o grupo, a alegação de que Biari teria sido morto era uma justificativa para o "massacre".

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Militares israelenses disseram que soldados, tanques e um avião de combate foram usados na ofensiva, que teria destruído túneis, depósitos de armas e equipamento militar. "Ele (Biari) foi eliminado como parte de um ataque em larga escala contra os terroristas e a infraestrutura terrorista do Batalhão de Jabalia", escreveu o porta-voz do Exército, Daniel Hagari, no X (antigo Twitter), ao anunciar a morte do comandante do Hamas.

Em entrevista à CNN, o porta-voz do Exército de Israel, o coronel Richard Hecht, confirmou o bombardeio e afirmou que Biari estava "escondido entre os civis". O âncora Wolf Blitzer questionou o ataque. "Israel lançou uma bomba para matar este comandante do Hamas sabendo que muitos civis inocentes seriam mortos. É isso?", questionou. "Essa é a tragédia da guerra", respondeu Hecht.

Civis

O Exército israelense reiterou ontem o alerta para que os moradores de Gaza fujam para o sul do território. Mais de metade da população de 2 milhões foram deslocados desde que Israel começou a atacar o enclave. A investida sobre Jabalia, porém, pode ter tido um impacto mais amplo. De acordo com imagens da emissora Al-Jazira, dezenas de pessoas tentavam retirar sobreviventes dos escombros. Imagens do local mostravam uma imensa cratera no meio do campo de refugiados.

A ONG Médicos Sem Fronteiras se disse "horrorizada" com o bombardeio. "Crianças pequenas chegaram ao hospital com ferimentos profundos e queimaduras graves. Chegaram sem as famílias. Muitas gritavam e perguntavam pelos pais", disse o médico Mohamed Hawajreh.

Autoridades humanitárias alertaram ontem que os civis palestinos enfrentam uma catástrofe crescente. "A escala do horror que as pessoas estão vivendo em Gaza é realmente difícil de descrever", disse Martin Griffiths, principal responsável da ONU para assuntos humanitários. "As pessoas estão cada vez mais desesperadas à procura de comida, água e abrigo."

Demissão

Craig Mokhiber, diretor do escritório de Nova York do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, pediu demissão ontem em protesto contra o bombardeio de Gaza.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Exército israelita informou na manhã desta terça-feira (31) que, nas últimas horas, as suas tropas atacaram cerca de 300 alvos na Faixa de Gaza, incluindo complexos militares subterrâneos do grupo terrorista Hamas, que controla o enclave.

"No último dia, as forças de combate combinadas das Forças de Defesa de Israel atacaram aproximadamente 300 alvos, incluindo mísseis antitanque ocultos e posições de disparo de foguetes, bem como complexos militares dentro de túneis subterrâneos pertencentes à organização terrorista Hamas", disseram os militares em um comunicado.

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O texto também especificava que "durante as operações terrestres das forças, os soldados tiveram vários confrontos com células terroristas que dispararam contra eles mísseis antitanque e metralhadoras". Diante disso, as tropas "mataram os terroristas e ordenaram que a Força Aérea atacasse alvos e infraestruturas terroristas em tempo real".

Pouco depois, o Exército anunciou que os seus caças bombardearam o centro de comando do Batalhão Beit Lahia, no norte de Gaza, e mataram Nasim Abu Ajina, um dos comandantes do ataque do Hamas contra o território israelita no passado dia 7 de setembro.

Abu Ajina, acrescentou um comunicado militar, também comandou o aparelho aéreo do grupo islâmico, incluindo a fabricação de drones.

Desde a expansão das suas operações terrestres na Faixa, o Exército israelita avançou em direção à Cidade de Gaza, chegando nesta segunda-feira (30) à periferia da cidade.

Condições catastróficas em Gaza

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, de Israel, rejeitou categoricamente qualquer possibilidade de cessar-fogo em Gaza numa conferência de imprensa na noite de segunda-feira, 30, enquanto as tropas israelitas avançavam mais profundamente no território e pareciam avançar sobre a densamente povoada Cidade de Gaza a partir de três direções.

Com Israel continuando a atacar o enclave com ataques aéreos, dois altos funcionários das Nações Unidas para assuntos humanitários falaram com urgência perante o Conselho de Segurança, apelando à suspensão dos combates e descrevendo uma situação catastrófica para os dois milhões de civis de Gaza.

"A escala do horror que as pessoas estão vivenciando em Gaza é realmente difícil de transmitir", disse Martin Griffiths, o principal funcionário da ONU para assuntos humanitários e de ajuda humanitária, em um comunicado lido em seu nome na segunda-feira. "As pessoas estão cada vez mais desesperadas, à medida que procuram comida, água e abrigo no meio da implacável campanha de bombardeamentos que está a destruir famílias inteiras e bairros inteiros."

Apesar das crescentes críticas internacionais aos ataques aéreos de Israel, Netanyahu disse que os apelos a um cessar-fogo equivaliam a "pedidos a que Israel se renda ao Hamas, que se renda ao terrorismo".

Israel já identificou 240 reféns que estão sendo mantidos em Gaza, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, em uma coletiva nesta terça-feira. O número aumentou "porque a identificação de pessoas que não são cidadãos israelenses é complicada", acrescentou.

No início da terça-feira, o porta-voz da IDF, Jonathan Conricus, disse que o resgate do soldado Ori Megidish forneceu informações que a IDF poderá usar em operações futuras.

Em resposta às críticas à sua liderança e à sua posição em relação aos reféns israelenses tomados pelos militantes nos ataques de 7 de outubro, Netanyahu disse que lutar contra o Hamas em Gaza é a melhor maneira de libertar os reféns.

Os militares de Israel ainda fornecem poucas informações sobre a invasão terrestre, que começou na noite de sexta-feira, 27, sob um manto de sigilo. Fotos, imagens de satélite e vídeos verificados pelo The New York Times mostraram formações de tropas e veículos blindados aproximando-se da Cidade de Gaza e de centros populacionais próximos, vindos do norte, leste e sul.

Israel renovou os avisos para que os civis se deslocassem para a parte sul de Gaza. Ao mesmo tempo, as suas forças pareciam ter alcançado a estrada Salah Al-Din, uma das principais artérias norte-sul do território. Um vídeo amplamente divulgado mostrou um veículo blindado atirando contra um carro, o que, segundo os palestinos, poderia desencorajar as pessoas de tentarem a viagem. (Com agências internacionais).

O maior comboio de ajuda desde o início da guerra entre Israel e o Hamas chegou à Gaza neste domingo (29) no total de 33 caminhões de ajuda que entraram pela única passagem de fronteira do Egito, segundo um porta-voz na passagem de Rafah, Wael Abo Omar. No entanto, os trabalhadores humanitários afirmaram que a assistência ainda está desesperadamente aquém das necessidades, após milhares de pessoas invadirem armazéns para pegar farinha e produtos básicos de higiene.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que o número de mortos entre os palestinos ultrapassou 8 mil, sendo a maioria mulheres e crianças, à medida que tanques e infantaria israelenses perseguem o que o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu chamou de "segunda fase" na guerra desencadeada pela brutal incursão do Hamas em 7 de outubro. O número de vítimas é sem precedentes em décadas de violência israelense-palestina. Mais de 1.400 pessoas morreram no lado israelense, principalmente civis mortos durante o ataque inicial.

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A comunicação foi restaurada para a maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza no domingo, depois que um bombardeio israelense descrito pelos moradores como o mais intenso da guerra derrubou os serviços de telefone e internet na sexta-feira à noite. Israel permitiu apenas uma pequena quantidade de ajuda entrar.

Após visitar a passagem de Rafah, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional descreveu o sofrimento dos civis como "profundo" e disse que não conseguiu entrar em Gaza. "Estes são os dias mais trágicos", disse Karim Khan, cujo tribunal investiga as ações das autoridades israelenses e palestinas desde 2014. Khan pediu a Israel que respeite o direito internacional, mas não foi tão longe a ponto de acusá-lo de crimes de guerra. Ele classificou o ataque do Hamas em 7 de outubro como uma séria violação do direito humanitário internacional. "O ônus recai sobre aqueles que apontam a arma, míssil ou foguete em questão", afirmou ele.

As Forças Armadas de Israel disseram no domingo que atingiram mais de 450 alvos nas últimas 24 horas, incluindo centros de comando do Hamas e posições de lançamento de mísseis antitanque. Enormes colunas de fumaça subiram sobre a Cidade de Gaza. O porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari, disse que dezenas de terroristas foram mortos.

Hagari também culpou o líder do Hamas em Gaza, Yehiya Sinwar, por trazer destruição ao seu povo com o ataque de 7 de outubro. "Vamos persegui-lo até pegá-lo", disse ele. O braço militar do Hamas disse que entrou em confronto com tropas israelenses que entraram no noroeste da Faixa de Gaza com armas leves e mísseis antitanque. Os terroristas continuaram disparando foguetes contra Israel.

Repercussão internacional

As invasões aos armazéns de ajuda humanitária foram "um sinal preocupante de que a ordem civil está começando a se desintegrar depois de três semanas de guerra e um cerco apertado em Gaza", disse Thomas White, diretor de Gaza da agência da ONU para refugiados palestinos, conhecida como UNRWA. "As pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas."

A porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, disse que a multidão invadiu quatro instalações no sábado. Ela disse que os armazéns não continham nenhum combustível, que tem sido criticamente escasso desde que Israel cortou todos os embarques. Israel diz que o Hamas o usaria para fins militares. Um armazém continha 80 toneladas de alimentos, disse o Programa Mundial de Alimentos da ONU. Ela enfatizou que pelo menos 40 de seus caminhões precisam atravessar Gaza diariamente apenas para atender às crescentes necessidades de alimentos.

O presidente Joe Biden, em uma ligação com Netanyahu no domingo, "ressaltou a necessidade de aumentar imediatamente e significativamente o fluxo de assistência humanitária para atender às necessidades dos civis em Gaza". As autoridades israelenses disseram que em breve permitiriam a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, mas o chefe dos assuntos civis do COGAT, o órgão de defesa israelense responsável pelos assuntos civis palestinos, não forneceu detalhes sobre quanta ajuda estaria disponível.

Ataques próximos a hospitais

Elad Goren também disse que Israel abriu duas linhas de água no sul de Gaza na semana passada. A AP não pôde verificar de forma independente se alguma das linhas estava funcionando. Entretanto, os hospitais lotados em Gaza ficaram sob ameaça crescente. Moradores que vivem perto do Hospital Shifa, o maior do território, disseram que os ataques aéreos israelenses durante a noite atingiram perto do complexo onde dezenas de milhares de civis estão abrigados. Israel acusa o Hamas de ter um posto de comando secreto sob o hospital, mas não forneceu muitas provas. O Hamas nega as acusações. "Chegar ao hospital tornou-se cada vez mais difícil", disse Mahmoud al-Sawah, que está abrigado no hospital, por telefone. "Parece que eles querem isolar a área."

O serviço de resgate do Crescente Vermelho Palestino disse que ataques aéreos israelenses nas proximidades danificaram partes de outro hospital da Cidade de Gaza depois de receber duas ligações de autoridades israelenses no domingo ordenando que fosse esvaziado. Algumas janelas foram quebradas e os quartos ficaram cobertos de escombros. O serviço de resgate disse que os ataques aéreos atingiram cerca de 50 metros do Hospital Al-Quds, onde 14 mil pessoas estão abrigadas. Israel ordenou que o hospital fosse esvaziado há mais de uma semana, mas esse recusou, dizendo que isso significaria a morte de pacientes em ventiladores.

"Sob nenhuma circunstância, hospitais devem ser bombardeados", disse o diretor-geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Robert Mardini, ao programa "Face the Nation" da CBS.

Israel afirma que a maioria dos residentes de Gaza obedeceu às ordens de fugir para a parte sul do território sitiado, mas centenas de milhares permanecem no norte, em parte porque Israel também bombardeou alvos em zonas consideradas seguras. Um ataque aéreo israelense atingiu uma casa de dois andares em Khan Younis no domingo, matando pelo menos 13 pessoas, incluindo 10 de uma mesma família. Os corpos foram levados para o Hospital Nasser, segundo um jornalista da AP no local.

Libertação de reféns

A escalada militar aumentou a pressão doméstica sobre o governo de Israel para garantir a libertação de cerca de 230 reféns feitos por combatentes do Hamas durante o ataque de 7 de outubro. O Hamas diz estar pronto para libertar todos os reféns se Israel libertar todos os milhares de palestinos detidos em suas prisões.

Familiares desesperados se reuniram com Netanyahu no sábado e manifestaram apoio a uma troca. Israel rejeitou a oferta do Hamas. "Se o Hamas não sentir pressão militar, nada avançará", disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, às famílias dos reféns no domingo.

Operações terrestres

As Forças Armadas israelenses pararam antes de chamar suas operações terrestres gradualmente em expansão dentro de Gaza de uma invasão em toda a linha. É esperado um aumento acentuado nas baixas de ambos os lados à medida que as forças israelenses e os terroristas combatem em áreas residenciais densamente povoadas.

Israel afirma visar combatentes e infraestrutura do Hamas e que os terroristas operam entre civis, colocando-os em perigo. Mais de 1,4 milhão de pessoas em toda Gaza fugiram de suas casas. A única usina de energia do território fechou pouco depois do início da guerra. Hospitais estão lutando para manter geradores de emergência em funcionamento para operar incubadoras e outros equipamentos que salvam vidas, e a UNRWA está tentando manter bombas de água e padarias em funcionamento. Com a escassez de água, alguns gazenses tomaram banho no mar.

Cerca de 20 mil pessoas estavam se abrigando no Hospital Nasser, disse o diretor de emergência Dr. Mohammed Qandeel. "Eu trouxe meus filhos para dormir aqui", disse um residente deslocado que deu apenas o nome de Umm Ahmad. "Eu costumava ter medo de meus filhos brincando na areia. Agora suas mãos estão sujas de sangue no chão."

Envolvimento do Hezbollah

O conflito aumentou as preocupações de que a violência possa se espalhar pela região. Israel e o grupo libanês Hezbollah têm se envolvido em combates diários ao longo da fronteira norte de Israel. Hagari disse que Israel atingiu três células militantes que dispararam do Líbano para Israel e matou militantes que estavam tentando entrar. O Hamas disse que suas forças no Líbano dispararam 16 mísseis contra a cidade israelense de Nahariya. O Hezbollah, aliado do Hamas, disse que também disparou mísseis em vários locais. (Com AP)

O exército israelense disse que está planejando aumentar a assistência humanitária a Gaza nesta semana e preparando uma zona, na região sul de Khan Younis, que poderia acomodar centenas de milhares de palestinos deslocados por semanas de bombardeios e operações terrestres recentes.

"Coordenamos essa zona com a comunidade internacional, especialmente com as Nações Unidas, e dissemos que evitaremos agir nessa zona humanitária enquanto os residentes de Gaza forem para essa zona", disse o coronel Elad Goren, chefe do Cogat, o órgão militar israelense responsável pela ligação com os palestinos e pela passagem da fronteira para a faixa.

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Desde que o primeiro comboio de ajuda internacional foi autorizado a entrar em Gaza, há mais de uma semana, pouco mais de 80 caminhões entraram - uma pequena fração do que os grupos humanitários dizem ser necessário para uma população de mais de 2 milhões de pessoas.

Muitos residentes não confiam nas promessas do exército israelense de uma chamada zona segura, após o órgão militar ter dito às pessoas para se mudarem do norte de Gaza para o sul para sua segurança e, posteriormente, ter bombardeado as áreas do sul diariamente.

A ONU se opõe ao movimento forçado de populações civis, e grupos de ajuda humanitária levantaram preocupações sobre o fato de a ajuda humanitária ser usada para incentivar o deslocamento em massa.

Fonte: Dow Jones

Os serviços de internet e celular começaram a retornar em Gaza neste domingo (29) após uma grande interrupção, segundo moradores, uma operadora de telefonia móvel e um observador externo dos fluxos globais de dados. Gaza perdeu quase toda a conectividade na sexta-feira (27) e os civis ficaram isolados do mundo exterior. O apagão quase total dificultou os serviços de emergência, incluindo ambulâncias tentando alcançar os feridos, disseram grupos humanitários.

Quando o acesso à internet retornou, alguns residentes em Gaza postaram mensagens nas mídias sociais dizendo que estavam vivos. Outros compartilharam fotos e vídeos do que disseram ser vítimas do pesado bombardeio de Israel na sexta-feira.

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Alguns moradores relataram, no entanto, que a conectividade permaneceu irregular. Jawwal, uma operadora de rede em Gaza, disse hoje que o acesso fixo, móvel e à internet está sendo gradualmente restaurado no território. Alp Toker, diretor da Netblocks, uma organização independente que rastreia os fluxos de internet, reforçou que o serviço estava retornando aos níveis vistos antes das greves de sexta-feira, embora permanecesse abaixo dos níveis vistos antes de 7 de outubro, quando o conflito eclodiu.

Fonte: WSJ

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou por videoconferência nessa quinta-feira (26) com uma família brasileira que permanece na Faixa de Gaza enquanto aguarda para ser repatriada.

"Coloco-me no lugar de vocês. Contem com o governo brasileiro, a gente vai continuar nossa luta, conversar com os presidentes que for possível para que a gente consiga libertar os reféns e criar corredores humanitários para as vítimas da insanidade", disse o mandatário.

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Lula lembrou que falou sobre os brasileiros em Gaza com autoridades de Egito, Israel, Catar, Irã, Turquia e União Europeia.

"Ontem, hoje e amanhã estaremos solidários com as vítimas do sequestro, dessa guerra, porque queremos a paz", ressaltou o presidente, que no mesmo dia já tinha conversado com parentes de judeus sequestrados pelo Hamas.

Uma aeronave da Presidência da República se encontra a postos no Cairo, capital do Egito, aguardando para repatriar os cerca de 30 brasileiros e seus familiares que estão na Faixa de Gaza.

O grupo permanece no sul do enclave palestino, em casas próprias ou alugadas pelas autoridades brasileiras.

*Da Ansa

Os 32 brasileiros que estão presos na Faixa de Gaza esperando autorização para deixar a região do conflito receberam recursos financeiros na quarta (25) e na quinta-feira (26) para comprar alimentos, água e materiais de primeira necessidade. O dinheiro foi transferido pelo governo brasileiro por meio do Escritório da Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia.  

Enquanto fazia compras na manhã desta quinta-feira, o brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, presenciou uma bomba caindo próxima ao mercado da cidade Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza.  

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“Não dá para sair de casa. Tem que parar isso, pelo amor de Deus. É arriscado pra caramba sair. Estou aqui na feira comprando coisas e a bomba cai do lado da feira. Absurdo”, lamentou.

Hasan vive em São Paulo e foi a Gaza com as duas filhas e a esposa para visitar a família, a poucos dias antes do início do conflito.  

O palestino naturalizado brasileiro contou à Agência Brasil que não encontra água mineral ou gás de cozinha.  

“Água mineral comprada a a gente não tem, porque você não acha. Antigamente, 500 litros (de água potável) eram 10 shekels, hoje 500 litros são 100 shekels, mas você não acha nunca. Não tem energia para filtrar essa água. Fruta é muito difícil achar na feira. A única coisa que a gente acha bastante é o pepino, o resto você não acha fácil não”, relatou.  

A família de Hasan Rabee também está há três dias sem gás de cozinha. “Esses recursos não valem nada se você não está achando para comprar. Comida, estamos fazendo enlatados e conservados, lata de atum, de carne e mortadela enlatada. Mesmo assim, farinha de trigo e pão a gente não encontra”, disse.  

Hasan disse que estão bebendo água encanada, que só chega no térreo do prédio, sendo que a família fica no terceiro andar. “Você tem que descer com galão de 20 litros, enche e sobe depois e descarrega. É sofrimento pra caramba”, lamentou.  

Brasileiros em Rafah

A brasileira Shahed al-Banna, de 18 anos, que está com outro grupo de 16 brasileiros na cidade de Rafah, informou que fizeram compras nessa quinta-feira. “Compramos farinha, óleo, azeite, tem verduras, queijos e shampoo”, afirmou a brasileira-palestina, em vídeo encaminhado nesta manhã.  

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Segundo informou à Agência Brasil o embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, “todas as famílias receberam recursos e estão comprando nos mercados locais. Como não há energia para a geladeira, produtos perecíveis não podem ser estocados”.  

Entidades de ajuda humanitária que trabalham na Faixa de Gaza têm alertado que a quantidade de mantimentos que entram no enclave palestino não é suficiente para atender a população.  

Segundo o Escritório para Assuntos Humanitários da ONU (Ocha), os cerca de 20 caminhões com ajuda humanitária que estão entrando em Gaza diariamente representam “cerca de 4% do volume médio diários de mercadorias que entravam em Gaza antes das hostilidades”.  

Os militares israelenses disseram que suas tropas e tanques entraram brevemente no norte de Gaza, atingindo vários alvos militantes enquanto uma incursão terrestre mais ampla se aproximava após mais de duas semanas de guerra.

Os ataques aéreos israelenses devastaram partes da Faixa de Gaza, deixando bairros em escombros e hospitais com dificuldades para tratar feridos, à medida que os recursos estão cada vez menores.

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O ataque ocorreu depois que a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que está à beira de ficar sem combustível, a forçando a reduzir drasticamente os esforços de socorro no território bloqueado. E o Conselho de Segurança da ONU falhou novamente na abordagem da guerra entre Israel e o Hamas, rejeitando resoluções rivais dos Estados Unidos e da Rússia.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse na quinta-feira (25) que mais de 7 mil palestinos foram mortos até agora - mais de três vezes o número de palestinos mortos na guerra de seis semanas em Gaza em 2014. Na Cisjordânia ocupada, mais de 100 Palestinos foram mortos na violência e em ataques israelenses após o ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel. A Associated Press não conseguiu verificar de forma independente o número de mortos citado pelo Hamas, que afirma contabilizar números dos diretores de hospitais.

Os combates mataram mais de 1.400 pessoas em Israel, segundo autoridades israelenses, a maioria civis que morreram no ataque inicial do Hamas. Fonte: Associated Press.

O Exército de Israel lançou nesta terça-feira, 24, panfletos sobre a Faixa de Gaza em que oferece recompensa e proteção para quem der informações sobre o paradeiro de reféns do Hamas. Conforme o governo de Israel, pelo menos 220 pessoas, de várias nacionalidades, estão com o grupo terrorista desde 7 de outubro.

Em árabe, os folhetos diziam, de acordo com tradução da BBC: "Se a sua vontade é viver em paz e ter um futuro melhor para os seus filhos, faça uma ação humanitária imediatamente e compartilhe informações verificadas e valiosas sobre os reféns detidos na sua área". "Os militares israelenses garantem que investirão o máximo esforço para fornecer segurança para você e sua casa, e você receberá uma recompensa financeira. Garantimos total confidencialidade", acrescenta o panfleto, que tem um número de telefone e um celular que pode ser contatado pelos aplicativos de mensagens WhatsApp, Telegram ou Signal.

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De acordo com analistas, o movimento do governo de Israel tenta conciliar o objetivo declarado dos israelenses de "aniquilar o Hamas" e salvar a vida dos reféns. De acordo com o jornal britânico The Guardian, o ambiente urbano arruinado por bombardeios, a presença de um grande número de civis, a falta de informações claras e o uso de uma vasta rede de túneis tornam as operações para retomada dos reféns muito difíceis.

Inteligência

Além de contar com informantes, os militares de Israel vão ainda tentar obter informações com membros do Hamas que foram capturados nas incursões na Faixa de Gaza.

Autoridades de Israel afirmaram que os ataques, as restrições ao fornecimento de combustível, alimentos e outros bens de primeira necessidade também fazem parte da estratégia para pressionar o Hamas a libertar os reféns. Nas ONU, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, apelou ao Hamas "para libertar os reféns imediata e incondicionalmente".

O Hamas já disse que os reféns poderiam ser trocados por alguns ou mesmo por todos os milhares de palestinos nas prisões em Israel. Já Khaled Meshaal, proeminente líder do Hamas, disse à Sky News que os reféns seriam libertados se Israel parasse de bombardear Gaza. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao menos 140 pessoas morreram na Faixa de Gaza em uma nova noite de bombardeios israelenses, informou nesta terça-feira (24) o movimento palestino Hamas, que libertou na segunda-feira duas mulheres sequestradas em seu ataque contra Israel de 7 de outubro.

Desde a ofensiva violenta do movimento islamista de 7 de outubro, o Exército israelense bombardeia sem trégua a Faixa de Gaza para preparar uma eventual operação terrestre contra o estreito e denso enclave palestino.

"Mais de 140 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em massacres cometidos por ataques da ocupação", afirmou o governo do Hamas no território.

O movimento islamista anunciou que mais de 5.000 pessoas morreram nos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, incluindo mais de 2.000 crianças.

As autoridades de Israel afirmam que mais de 1.400 pessoas morreram em seu território no ataque do Hamas, a maioria civis, que foram baleados, mutilados ou queimados no primeiro dia do ataque. Entre os mortos estão mais de 300 militares.

Durante a incursão,os combatentes islamistas também tomaram quase 220 reféns. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu na segunda-feira a libertação de todas as pessoas para uma possível discussão de trégua na guerra.

"Os reféns devem ser libertados, depois poderemos conversar", disse Biden.

Na sexta-feira, o Hamas libertou duas americanas e na segunda-feira fez o mesmo com duas idosas israelenses, que foram internadas na madrugada de terça-feira em um hospital de Tel Aviv, onde eram aguardadas por parentes.

O movimento palestino anunciou que tomou a decisão por "por razões humanitárias urgentes", após a mediação do Catar e do Egito.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, identificou as libertadas como Yocheved Lifschitz, de 85 anos, e Nourit Kuper, de 79, ambas de nacionalidade israelense e originárias do kibutz Nir Oz, onde foram sequestradas juntamente com os maridos, que ainda são mantidos reféns.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) anunciou que seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) morreram nas últimas 24 horas em Gaza.

Trinta e cinco funcionários da UNRWA morreram desde o início da guerra entre Israel e Hamas.

"Nos faltam palavras", afirmou a agência em sua conta na rede social X.

Um bebê prematuro se contorce em uma incubadora de vidro na enfermaria neonatal do Hospital al-Aqsa, no centro da Faixa de Gaza. Ele chora quando linhas intravenosas são conectadas ao seu minúsculo corpo. Um ventilador o ajuda a respirar enquanto um cateter administra medicamentos e monitores mostram seus frágeis sinais vitais.

A sua vida depende do fluxo constante de eletricidade, que corre o risco de acabar iminentemente, a menos que o hospital consiga obter mais combustível para os seus geradores. Uma vez que os geradores param, o diretor do hospital, Iyad Abu Zahar, teme que os bebês da enfermaria, incapazes de respirar por conta própria, morram. "A responsabilidade sob nós é enorme", disse.

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Médicos que tratam bebês prematuros em Gaza sofrem com medos parecidos. Pelo menos 130 prematuros estão sob "risco grave" nas seis unidades neonatal, disseram trabalhadores humanitários. A perigosa escassez de combustível é causada pelo bloqueio de Israel a Gaza, que começou - juntamente com ataques aéreos - depois de os terroristas do Hamas atacarem cidades israelitas no dia 7 de outubro.

Pelo menos 50 mil mulheres grávidas em Gaza estão sem acesso a serviços de saúde essenciais, e cerca 5,5 mil devem dar à luz no próximo mês, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Sete dos quase 30 hospitais foram forçados a parar devido a danos causados pelos ataques israelenses e à falta de energia, água e outros suprimentos. Os médicos dos demais hospitais disseram que estão no limite. A agência da ONU para refugiados palestinos disse no domingo (22) que tem combustível suficiente para três dias para atender às necessidades críticas.

"O mundo não pode simplesmente olhar enquanto esses bebês são mortos pelo cerco a Gaza... A omissão de ação equivale a condenar estes bebês à morte", disse Melanie Ward, diretora-executiva do grupo de ajuda Assistência Médica aos Palestinos.

Nenhum dos 20 caminhões que entraram em Gaza no sábado, 21, o primeiro desde o cerco imposto por Israel, continha combustível, em meio aos temores israelenses de que o caminhão acabe nas mãos do Hamas. Fornecimentos limitados de combustível dentro de Gaza estavam sendo enviados para geradores hospitalares. Mas eventualmente o combustível acabará se não for permitida a entrada de mais pessoas.

Tarik Jašarevic, um porta-voz da OMS, disse que 40 mil galões de gasolina são necessários para oferecer serviços básicos nos cinco principais hospitais de Gaza.

Abu Zahar se preocupa com quanto tempo suas instalações poderão resistir. "Se o gerador parar, o que esperamos que ocorra nas próximas horas devido às fortes demandas dos diversos departamentos do hospital, as incubadoras da unidade de terapia intensiva ficarão em situação muito crítica", disse.

Guillemette Thomas, coordenadora médica dos Médicos Sem Fronteiras nos territórios palestinos, disse que alguns dos bebês podem morrer dentro de horas, e outros em alguns dias, se não receberem os cuidados especiais e os medicamentos de que necessitam urgentemente.

"É certo que estes bebês estão em perigo", disse. "É uma verdadeira emergência cuidar deles, assim como é uma emergência cuidar da população de Gaza que sofre com estes bombardeios nas últimas duas semanas."

Nesma al-Haj trouxe a sua filha recém-nascida de Nuseirat para um dos hospitais. A menina nasceu há três dias, mas logo desenvolveu complicações. "O hospital carece de suprimentos", disse ela, falando de al-Aqsa. "Temos medo de que, se a situação piorar, não sobrará nenhum medicamento para tratar os nossos filhos."

Os problemas são agravados pela água contaminada que muitos foram forçados a usar desde que Israel cortou o abastecimento de água. Abu Zahar diz que as mães estão misturando fórmulas infantis com água contaminada para alimentar seus bebês, o que contribui para o aumento de casos críticos na enfermaria.

No Hospital Al-Awda, uma instalação privada no norte de Jabalia, nascem quase 50 bebês quase todos os dias, disse o diretor do hospital, Ahmed Muhanna. O hospital recebeu ordem de esvaziamento dos militares israelenses, mas continuou funcionando.

"A situação é trágica em todos os sentidos da palavra", disse ele. "Registramos um grande déficit em medicamentos de emergência e anestésicos", bem como em outros suprimentos médicos.

Para racionar os suprimentos cada vez mais escassos, Muhanna disse que todas as operações programadas foram interrompidas e que o hospital dedicou todos os seus recursos a emergências e partos. Casos neonatais complexos são enviados para Al-Aqsa.

Al-Awda tem combustível suficiente para durar no máximo quatro dias, disse Muhanna. "Apelamos a muitas instituições internacionais, à Organização Mundial de Saúde, para que abasteçam os hospitais com combustível, mas sem sucesso até agora", disse ele.

Guillemette Thomas disse que as mulheres já deram à luz em escolas geridas pela ONU, onde dezenas de milhares de pessoas deslocadas procuraram abrigo. "Essas mulheres estão em perigo e os bebês estão em perigo neste momento", disse ela. "Essa é uma situação realmente crítica." Fonte: Associated Press.

As vidas de 120 bebês em incubadoras estão em risco à medida que se esgota o combustível para os geradores de energia elétrica eletricidade na Faixa de Gaza, alertou neste domingo (22) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Mais de 1.750 crianças morreram nos bombardeios israelenses contra este enclave em represália ao ataque do movimento islamita Hamas em 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde deste grupo palestino.

Os hospitais de Gaza enfrentam a grave falta de medicamentos, combustível e água para os milhares de feridos na guerra e pacientes de rotina.

"Há atualmente 120 recém-nascidos em incubadoras, 70 deles em ventilação mecânica e, claro, estamos muito preocupados", disse o porta-voz da Unicef, Jonathan Crickx.

A eletricidade é uma grande preocupação nas sete unidades especializadas do enclave que tratam bebês prematuros, ajudando-os a respirar e fornecendo apoio crítico, por exemplo quando seus órgãos ainda não estão suficientemente desenvolvidos.

Israel impôs um "cerco total" ao território após a ofensiva do Hamas, que deixou cerca de 1.400 mortos, a maioria civis, de acordo com autoridades israelenses.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na quinta-feira (19) que os hospitais não possuem combustível para os geradores, e que cerca de 1.000 pessoas que necessitam realizar diálises também estarão em risco.

Neste fim de semana, caminhões com ajuda humanitária começaram a entrar em Gaza, procedentes do Egito. Neste domingo, seis tanques com combustíveis chegaram ao enclave.

Embora Israel tema que o combustível ajude o Hamas, o pouco que resta no território palestino está sendo utilizado em geradores para permitir que os equipamentos médicos continuem funcionando.

O Ministério da Saúde palestino anunciou no sábado que 130 bebês prematuros corriam o risco de morrer devido à falta de combustível.

Na média, quase 160 mulheres dão à luz todos os dias em Gaza, segundo o Fundo de População da ONU, que calcula que há 50 mil mulheres grávidas no território de 2,4 milhões de habitantes.

Ainda que Israel afirme que direciona os ataques contra alvos do Hamas, as crianças representam uma enorme proporção dos mais de 4.600 mortos registrados pelo Ministério da Saúde do grupo islamita.

Famílias inteiras, incluindo mulheres grávidas, morreram nos bombardeios, e todos os dias os pais são vistos carregando os corpos dos seus filhos em envoltórios brancos pela rua.

Os médicos do Hospital Najjar, em Rafah, contaram na quinta-feira que não conseguiram salvar o feto de uma mulher que morreu em um ataque aéreo que atingiu sua casa.

Horas antes, oito crianças faleceram enquanto dormiam em uma casa em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

A situação humanitária na Faixa de Gaza é "catastrófica", alertaram neste sábado (21) cinco agências da ONU, onde os hospitais estão lotados e as crianças morrem "a um ritmo alarmante".

A Organização Mundial da Saúde, o Programa Alimentar Mundial, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Fundo das Nações Unidas para a População recordaram em um comunicado que a situação humanitária em Gaza já era "desesperadora" antes do conflito desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestino Hamas em Israel, em 7 de outubro.

"Agora é catastrófica", disseram as agências, pedindo à comunidade internacional que "faça mais" para ajudar os moradores de Gaza.

"O tempo está se esgotando antes que as taxas de mortalidade disparem devido ao surgimento de doenças e à falta de capacidade de cuidados médicos", alertam.

A Faixa de Gaza, um território estreito com 362 km², está sob um "cerco total" imposto por Israel desde 9 de outubro, que cortou o fornecimento de água, eletricidade e alimentos.

De acordo com estas agências da ONU, "as crianças estão morrendo a um ritmo alarmante, privadas de seus direitos à proteção, à alimentação, à água e aos cuidados médicos".

"Os hospitais estão lotados de feridos. Os civis têm cada vez mais dificuldade em ter acesso a alimentos essenciais", acrescentam.

Neste sábado, um primeiro comboio de ajuda humanitária de 20 caminhões, segundo a ONU, procedente do Egito, entrou pela passagem de Rafah, em Gaza, a única porta de entrada que não é controlada por Israel.

No entanto, para a ONU, esta quantidade é insuficiente e a organização pede pelo menos 100 caminhões por dia para os 2,4 milhões de habitantes de Gaza privados de tudo.

Segundo autoridades de Israel, mais de 1.400 pessoas morreram em território israelense desde que o Hamas lançou sua ofensiva, a maioria eram civis que foram mortos no primeiro dia do ataque. Cerca de 1.500 combatentes do grupo islamita foram mortos na contraofensiva lançada pelo Exército de Israel, informou esta força de segurança.

O movimento palestino mantém mais de 200 pessoas em cativeiro.

Já em Gaza, mais de 4.300 palestino, majoritariamente civis, morreram nos constantes bombardeios de represália israelenses, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

Quase 100.000 pessoas participaram em uma manifestação neste sábado (21) em Londres para pedir o "fim da guerra em Gaza" e expressar apoio aos palestinos, duas semanas após o início da guerra entre Israel e o grupo islamista Hamas.

Milhares de manifestantes, com cartazes e bandeiras palestinas, caminharam pelo bairro de Marble Arch, no centro da capital britânica, aos gritos de "Palestina Livre". O protesto interrompeu o trânsito na região.

O conflito começou depois do brutal ataque do grupo islamista palestino no território israelense, que matou mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, segundo as autoridades de Israel.

O Exército de Israel respondeu com bombardeios incessantes contra a Faixa de Gaza, onde mais de 4.300 pessoas morreram, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, un território palestino governado pelo Hamas.

A polícia de Londres informou que 100.000 manifestantes estavam reunidos em Marble Arch às 14H00 (11H00 de Brasília).

Quase mil agentes das forças de segurança foram mobilizados.

"Viemos dar nosso apoio, não podemos ficar calados, acompanhar as notícias e não fazer nada", declarou à AFP Mariam Abdul-Ghani, estudante de 18 anos cuja família é natural dos Territórios Palestinos.

O grupo islamita palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, afirmou, nesta sexta-feira (20), que seu braço armado libertou duas reféns dos Estados Unidos, das quase 200 pessoas que foram sequestradas na ofensiva sem precedentes ao território israelense, lançada pelos milicianos em 7 de outubro.

Um porta-voz do braço militar do Hamas indicou, em comunicado publicado no Telegram, que uma mulher americana e a sua filha foram libertadas "por motivos humanitários, após mediação do Catar".

O movimento, que controla este território palestino desde 2007, não deu detalhes sobre como ou quando as reféns foram libertadas.

O Exército de Israel afirmou, nesta sexta-feira, que a maioria dos sequestrados levados à Faixa de Gaza está viva, e indicou que também há corpos que foram levados ao mesmo local.

Os militares israelenses afirmaram que mais de 20 dos reféns são menores e que entre 10 e 20 têm mais de 60 anos.

Desde o ataque lançado há quase duas semanas pelos milicianos do Hamas contra o território israelense - o pior sofrido por Israel desde sua criação, em 1948 - entre 100 e 200 pessoas, aproximadamente, foram reportadas como desaparecidas, segundo o Exército.

Mais de 1.400 pessoas morreram na ofensiva dos combatentes do Hamas, a maioria civis que foram baleados, queimados vivos ou mutilados no primeiro dia do ataque, segundo as autoridades israelenses.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu "aniquilar" o Hamas após o ataque.

Ao menos 4.137 pessoas morreram em Gaza nos bombardeios incessantes lançados desde então por Israel, incluindo mais de 1.500 crianças, segundo o ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

Fadwa al Najjar caminhou 30 quilômetros com sua família após a ordem do Exército israelense de retirada do norte da Faixa de Gaza, antes de chegar às barracas de campanha instaladas pela ONU para acolher os deslocados no sul do território sitiado por Israel no âmbito de sua guerra com o Hamas.

As barracas foram montadas pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) no oeste de Khan Yunis, uma cidade no sul do enclave.

Najjar, de 38 anos, conta que andou 30 quilômetros com sua família depois de Israel ter ordenado a evacuação da parte norte da Faixa, há uma semana.

"Deixamos nossa casa às dez da manhã e chegamos às oito da noite", relata essa mãe de sete filhos. "Tentamos descansar no caminho, mas os bombardeios eram intensos, então começamos a correr".

O território, onde vivem 2,4 milhões de palestinos, foi intensamente bombardeado por Israel em resposta à ofensiva do Hamas em solo israelense em 7 de outubro.

Os habitantes de Gaza aguardam a chegada da ajuda humanitária pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, o que não acontecerá antes de sábado, segundo a ONU. Ao mesmo tempo, continuam a temer uma invasão terrestre por parte do exército israelense.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou, na quinta-feira (19), que o número total de pessoas deslocadas dentro da Faixa "poderia ter alcançado um milhão". A agência das Nações Unidas teme, seriamente, a escassez de alimentos e de água potável.

- Bombardeios -

Fadwa al Najjar diz que deixou sua casa, junto com cerca de 90 familiares que vivem em um edifício residencial. Como não tinham dinheiro para pagar os cerca de US$ 250 (R$ 1.265 na cotação do dia) exigidos por um motorista de ônibus, resignaram-se a caminhar.

"Israel bombardeou carros à nossa frente, nos quais havia deslocados. Vimos cadáveres", e "rezamos, achando que a gente ia morrer", desabafa Fadwa al Najjar.

Israel nega ter atacado civis que fugiam para o sul e acusa o Hamas de usar a população como "escudos humanos", o que o movimento islâmico palestino nega.

"Houve bombardeios sobre nossas cabeças durante todo o caminho. Teria preferido não ir embora e ficar em casa e morrer lá", diz a filha de Fadwa al Najjar, Malak. Sua mãe diz que não consegue tomar banho "desde o primeiro dia da guerra".

Mais de 4.137 palestinos, a maioria civis, morreram em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, segundo autoridades locais desse território governado pelo Hamas.

Desde essa data, mais de 1.400 pessoas morreram em Israel, a maioria civis baleados, queimados vivos, ou mutilados, no primeiro dia do ataque do movimento islâmico, segundo as autoridades israelenses. O Hamas também sequestrou cerca de 200 pessoas.

- "Nem cobertores nem colchões" -

Sentada em sua barraca, Um Bahaa Abu Jarad, de 37 anos, morava em Beit Lahia, no norte da Faixa, em um prédio com "cerca de 150 pessoas que agora estão dispersas entre Rafah [na fronteira com o Egito] e Khan Yunis", afirmou.

"Pegamos uma carroça puxada por burros para chegar à cidade de Gaza [no norte da Faixa, abaixo de Beit Lahia] por 30 shekels", o equivalente a US$ 8 (R$ 40,70 na cotação do dia), "e depois pagamos 400 shekels [US$ 100, ou R$ 509, na cotação do dia] por um carro que nos levaria a Khan Yunis", explica.

"É uma quantia significativa e tem gente que aproveita", reclama.

Antes de conseguir uma barraca, Um Bahaa Abu Jarad e outras 27 pessoas passaram cinco dias dormindo na rua, no pátio de um edifício de escritórios da UNRWA.

"Estava muito quente durante o dia e muito frio à noite", acrescentou.

A mulher mostra um xarope que comprou para a tosse do filho, que pegou um resfriado.

"Não há cobertores, nem colchões", diz, mostrando erupções cutâneas causadas por falta de higiene.

"Temos que esperar na fila em frente aos banheiros junto com dezenas de outras pessoas, e pode levar uma hora até chegar a nossa vez", desabafa.

- Fuga em um caminhão de gado -

Uma de suas primas, Faten Abu Jarad, mãe de sete filhos, diz que caminhava por uma estrada na Cidade de Gaza quando ocorreram os bombardeios israelenses.

"Começamos a correr", até alcançar um caminhão de gado. "Imploramos ao motorista que nos levasse para o sul e tivemos que pagar 400 shekels", conta.

"Estávamos todos amontoados, jovens e velhos, com esterco de vaca, e chegamos aqui num estado lamentável", completou.

Hanaa Abu Sharj lava sua roupa e a de sua família em um balde, depois de conseguir alguns litros de água.

"Não temos roupa limpa, e uso a água com muito cuidado para não desperdiçá-la", finaliza.

Os pequenos corpos estão alinhados no chão do necrotério de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, todos pertencentes à mesma família, que perdeu dez membros, oito deles crianças, em um bombardeio israelense no enclave palestino.

Todos fazem parte da família Al-Bakri, de acordo com socorristas e testemunhas. No hospital europeu, os corpos das crianças foram envoltos em panos brancos, que cobrem seus rostos ensanguentados, constatou um fotógrafo da AFP.

A população está pagando um preço alto na guerra desencadeada em 7 de outubro após o ataque sem precedentes do movimento islamista palestino Hamas em solo israelense.

Mais de 1.400 pessoas morreram em Israel, a maioria civis, executados por comandos do Hamas. Na Faixa de Gaza, pelo menos 3.785 pessoas, incluindo mais de 1.500 crianças, morreram nos bombardeios israelenses.

O Exército israelense disse nesta quinta-feira (19) que realizou centenas de ataques a estruturas do Hamas nas últimas 24 horas.

No sul do enclave, Diyala, Ayman, Hamada, Zaher, Uday, Jamal, Nabil e Acil, com idades entre dois e cinco anos, todos de uma mesma família, "dormiam quando (os israelenses) destruíram sua casa e ela desabou sobre eles", explicou o patriarca da família Bakri, Abu Mohammad Wafi al-Bakri, de 67 anos.

Segundo testemunhas, eles estavam no térreo de uma casa de três andares, entre Khan Yunis e Rafah, no sul do enclave, e seus corpos foram encontrados uma hora após o bombardeio.

"Nenhum dos meus filhos tem ligação com organizações palestinas. Não havia homens na casa no momento do bombardeio", acrescentou.

Em Rafah, outro bombardeio tirou a vida de uma mãe, Arij Marwan al-Banna, e de suas duas filhas, Sarah e Samya, com menos de 10 anos, segundo fontes médicas palestinas. A mulher havia fugido de sua casa na cidade de Gaza, após um aviso de evacuação do Exército israelense, para se refugiar na casa de seus pais, em Rafah.

Ela estava grávida de sete meses. Os médicos do hospital induziram um parto pós-morte, mas o bebê já nasceu sem vida, de acordo com uma fonte médica.

- Sem remédios, água ou eletricidade -

O pessoal médico de Gaza afirma que não pode mais tratar os feridos devido à falta de remédios, água e combustível para os geradores.

O Ministério da Saúde do Hamas, grupo que governa Gaza, afirmou nesta quinta-feira que o hospital de Deir-al-Balah, no centro do enclave palestino onde vivem mais de dois milhões de pessoas, estava ficando sem material médico.

Uma parte da Faixa de Gaza está sob cerco total de Israel, que cortou o fornecimento de eletricidade, água e combustíveis.

Na cidade de Gaza, Ahmad al-Mulla carrega duas garrafas de plástico. Ele explica que sua mãe o enviou para um ponto de distribuição de água: "Às vezes, esperamos por duas horas para finalmente descobrir que não há mais água".

"Água é vida, nenhum ser humano pode sobreviver sem ela", conta o adolescente.

Israel autorizou nesta quarta-feira (17) a entrada de ajuda humanitária em Gaza a partir do Egito, após pressão de aliados internacionais, principalmente do presidente dos EUA, Joe Biden, que esteve ontem em Tel-Aviv reunido com o premiê, Binyamin Netanyahu. A decisão acaba com dez dias de cerco total ao enclave em um conflito que já matou 4,6 mil pessoas - 1,4 mil israelenses e 3,2 mil palestinos.

O governo de Israel, porém, impôs uma condição: carregamentos limitados que não devem chegar às mãos do Hamas - embora não se saiba como os militares israelenses fariam esse controle. O acordo foi anunciado por Biden. Antes de embarcar de volta para os EUA, ele falou por telefone como presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, que deu sinal verde para a operação.

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Segundo Biden, o Egito permitiria a entrada de 20 caminhões de ajuda humanitária como um teste, mas sem dizer quando. "Se os militantes do Hamas interceptarem a ajuda, ela será encerrada. Mas, se não o fizerem, o Egito deixará entrar mais suprimentos", disse o presidente americano.

Apoio

O Egito é o único país - além de Israel - que faz fronteira com Gaza, por isso qualquer decisão deve passar necessariamente pelo aval do Cairo. O governo egípcio, por enquanto, se mantém irredutível quanto a abrir a passagem para refugiados. Sissi teme que os palestinos sejam impedidos de voltar futuramente ao enclave.

Ontem, Sissi afirmou que a presença de palestinos no Sinai, do lado egípcio da fronteira, criaria um outro problema: caso eles disparassem foguetes contra Israel, o Egito estaria sujeito a eventuais bombardeios israelenses. O presidente do Egito, no entanto, sugeriu que não se oporia à criação de campos de refugiados de Gaza no Deserto de Negev, dentro de Israel, para esvaziar o enclave e facilitar uma invasão por terra.

A decisão de permitir a entrada de ajuda humanitária foi tomada horas depois de um foguete destruir o hospital Al-Ahli, em Gaza, matando cerca de 500 palestinos. Israel diz ter provas de que a explosão foi causada por um artefato defeituoso lançado pela Jihad Islâmica, que atua muitas vezes em coordenação com o Hamas.

Ontem, Biden endossou a versão israelense. "Fiquei profundamente indignado com a explosão do hospital em Gaza", disse o presidente americano, ao lado de Netanyahu. "Mas, com base no que vi, parece que ela foi causada pelo outro time, não por você."

Os palestinos responsabilizam um ataque aéreo de Israel pela destruição do hospital. A Jihad Islâmica diz que não fez lançamentos no momento da explosão.

No passado, foguetes palestinos já falharam e atingiram civis em Gaza. Israel afirma que, desde que a guerra começou, mais de 400 caíram dentro do enclave. Ao mesmo tempo, funcionários da ONU e médicos afirmaram que o hospital Al-Ahli já havia sido atacado antes por Israel. Nenhuma das versões pode ser verificada de maneira independente.

Despedida

Antes de deixar Israel, Biden fez um discurso emocionado sobre o conflito e a alertou para o risco de deixar a indignação coletiva influenciar as decisões dos israelenses. "Vocês sentem raiva, mas não se deixem consumir por ela. Depois do 11 de Setembro, nós ficamos com raiva nos EUA. Enquanto buscávamos justiça, também cometemos erros." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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