O Governo de Pernambuco voltou a apertar as medidas restritivas nessa segunda-feira (8) e reduziu o limite de público em eventos abertos para 500 pessoas e para 300 em locais fechados. O ponto facultativo do feriado de Carnaval também foi cancelado para estabilizar o aumento exponencial de casos da Covid-19.
A lotação do sistema de saúde já registra os mesmos números de julho de ano passado e preocupa pela demanda de pedidos de leitos de UTI. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que 919 pacientes estão internados com quadro respiratório grave.
##RECOMENDA##Atualmente, a ocupação na UTI pública atinge 88% dos 1.045 leitos disponíveis para pacientes com Covid-19, segundo dados da Central Estadual de Regulação.
A média móvel de óbitos aumentou para 13,2 nessa segunda (7), uma alta de 128% em relação a 14 dias atrás.
Festas privadas
As críticas pela realização de festas privadas no último fim de semana também pressionaram o Governo do estado. Apesar dos números alarmantes, milhares de pessoas se aglomeraram e facilitaram a transmissão da variante Ômicron.
A redução da capacidade dos eventos começa a valer nesta quarta (9) e vai até o dia 1º de março. Conforme o governador Paulo Câmara (PSB), caso os níveis de transmissão não desacelerem, o número de participantes pode diminuir ainda mais.
“Sabemos de todas as repercussões econômicas, sociais e culturais em torno dessa decisão, mas não há condições sanitárias para que seja realizada qualquer tipo de festividade no período de carnaval em Pernambuco. Além disso, reduzimos a capacidade dos eventos de 3 mil para 500 pessoas e não descartamos tomar outras medidas restritivas se o número de casos continuar em crescimento acelerado”, afirmou o governador.
A nova regra autoriza que eventos corporativos sejam realizados com até 1.500 participantes e que os festivos com mais de 300 pessoas exijam a apresentação do teste negativo e do passaporte vacinal.
Antes, os eventos abertos eram promovidos com três mil pessoas e mil em espaços fechados.
“Só os esforços do Governo do Estado não serão suficientes para diminuir a circulação viral e superar o vírus. Precisamos, então, do engajamento da sociedade, com o respeito aos protocolos, o reforço nos cuidados e, principalmente, com a vacinação”, destacou o secretário estadual de Saúde, André Longo.