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Os atores americanos George Clooney e Sandra Bullock, que protagonizam o filme 'Gravity', do mexicano Alfonso Cuarón, como dois astronautas perdidos no espaço, revelaram em Veneza que rodar o longa foi um 'desafio emocional e físico'.

"Rodamos em condições extremas, entre cabos e quase sempre sozinha. Tinha que suportar porque valia a pena contar a história do filme. Na verdade, foi uma experiência física e emocional incrível", afirmou Bullock.

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"Gravity", que abre oficialmente a 70ª edição do Festival de Veneza, representa o retorno de Cuarón ao cinema de ficção científica, depois de "Filhos da Esperança" (2005). O filme, apresentado fora da disputa, custou 80 milhões de dólares e foi produzido pelo americano David Heyman, o mesmo da série "Harry Potter".

Críticos e jornalistas em Veneza receberam muito bem o filme estrelado por Clooney e Bullock e aplaudiram após sua projeção em Lido, ilha da célebre laguna onde o festival é realizado a casa ano.

Apresentado fora de competição, "Gravity" conta a história de um astronauta em fim de carreira (George Clooney) e de uma especialista em engenharia médica (Sandra Bullock), largados no espaço, sem esperanças de serem resgatados após a destruição de sua nave espacial.

Fazendo com que o espectador passe simultaneamente do interior do capacete de cada astronauta ao exterior, no espaço sideral, o diretor consegue criar as sensações de asfixia e ansiedade sentidas pelos protagonistas, o que é reforçado pelo 3D.

Para interpretar a brilhante doutora Ryan Stone em sua primeira missão no espaço, Bullock teve que abrir mão de seu corpo, utilizá-lo sempre lentamente - "como uma máquina", disse -, enquanto sentimentos, desafios, dores e adversidades se acumulavam. "O que me agrada nestas situações adversas é que nos recordam como a vida é valiosa", disse a atriz, de 49 anos. "Meu irmão é amigo de um astronauta e pediu que ele me ligasse do espaço para perguntá-lo sobre como o corpo reage sem gravidade. Conversamos por celular, isto foi incrível".

Para Clooney, trabalhar em uma espécie de caixa de luz em meio à vastidão do espaço representou, sobretudo, um desafio técnico. "Tinha que evitar reagir de maneira instintiva à queda de objetos a alta velocidade, falar velozmente e ao mesmo tempo movimentar lentamente. Foi um trabalho extraordinário", contou o ator, que chegou a Veneza com a própria embarcação.

As duas estrelas de Hollywood, premiadas com o Oscar, demonstraram segurança e fizeram várias piadas. Clooney, sempre questionado sobre temas políticos, foi perguntado sobre uma possível intervenção dos Estados Unidos na Síria, mas evitou falar sobre o tema. Mas o ator confirmou a aquisição de um satélite. "Adquiri um satélite que está situado entre o Sudão e o Sudão do Sul para vigiar as atrocidades que são cometidas na região e tentar por todos os meios controlá-las", declarou o ator, com seriedade, ao falar sobre seu compromisso com as iniciativas de paz na África.

"Gravity", filme de ficção científica dirigido pelo mexicano Alfonso Cuaron e estrelado por George Clooney e Sandra Bullock, abrirá nesta quarta-feira à noite o 70º Festival de Veneza, o mais antigo festival de cinema do mundo.

Críticos e jornalistas receberam muito bem este filme de ação cheio de suspense, que foi aplaudido após sua projeção no Lido, ilha da célebre laguna onde o festival é realizado a casa ano.

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Após uma violenta tempestade durante a noite, Lido onde Luchino Visconti filmou "Morte em Veneza", acordou sob o sol e à espera das primeiras estrelas, incluindo George Clooney e Sandra Bullock que vão cruzar o tapete vermelho para a abertura oficial do festival esta noite.

Fora de competição, "Gravity" apresenta um astronauta em fim de carreira (George Clooney) e uma especialista em engenharia médica (Sandra Bullock), largados no espaço, sem esperanças de serem resgatados após a destruição de sua nave espacial.

Fazendo com que o espectador passe simultaneamente do interior do capacete de cada astronauta ao exterior, no espaço sideral, o diretor consegue criar as sensações de asfixia e ansiedade sentidas pelos protagonistas, o que é reforçado pelo 3D.

Várias vezes indicado ao Oscar e premiado duas vezes em Veneza, Alfonso Cuaron, de 51 anos, ganhou reputação internacional e é considerado um dos mais talentosos diretores mexicanos de sua geração junto a Guillermo del Toro e Alejandro González Iñárritu. Seu mais recente filme "O Filho do Homem", foi em 2006.

No total, cinquenta filmes realizados por diretores consagrados do cinema mundial, bem como por jovens talentos, serão apresentados nos 10 dias de festival.

Vinte filmes, aos quais será somado um filme "surpresa", vão competir pelo Leão de Ouro, que será concedido em 7 de setembro por um júri presidido por Bernardo Bertolucci, de 73 anos, e composto, especialmente, pelas atrizes francesa, alemã e americana Virginie Ledoyen, Martina Gedeck e Carrie Fisher (Star Wars).

Questionado pela AFP sobre a seleção oficial, à margem do festival, Bernardo Bertolucci considerou que a Mostra "tira sua força dos riscos que assume", garantindo estar "ansioso para ver todos os filmes programados".

Se o glamour estará presente no tapete vermelho este ano com uma forte presença de cineastas e estrelas de peso (Sarlett Johansson, Nicolas Cage, Matt Damon...), o Festival se anuncia sombrio do ponto de vista dos temas abordados, reflexo de crises "econômicas, sociais e familiares" no mundo, alerta o diretor do festival, Alberto Barbera.

Disputam o Leão de Ouro o diretor britânico Stephen Frears ("Filomena") e Terry Gilliam ("The zero theorem"), o israelense Amos Gitai ("Ana Arabia") e o japonês Hayao Miyazaki ("Kaze Tachinu"), único asiático em competição com o cineastra de Taipei Tsai Ming-Liang ("Jiaoyou").

O diretor Philippe Garrel representará a França em competição com "La jalousie", uma história de amor e casal, com dois de seus filhos Esther e Louis Garrel, e a atriz Anna Mouglalis.

Thierry Ragobert, ex-colaborador de Cousteau, fechará o festival, também fora de competição, com "Amazônia", uma ficção animal em 3D.

É a Itália que terá a honra de abrir a competição quinta-feira com a grande diretora de teatro Emma Dante, que irá apresentar o seu primeiro filme, "Via Castellana Bandiera", que trará 24 horas da vida de duas mulheres que se recusam a ceder passagem ao volante de seus carros.

Também competindo quinta-feira: "Tracks", co-produção australiano-britânica do diretor americano John Curran, adaptado de um romance de Robyn Davidson, estrelado por Mia Wasikowska ("Stoker") e Adam Motorista ("Lincoln", "Frances Ha"): a travessia do deserto australiano, no final dos anos 70, de uma jovem mulher acompanhada por quatro camelos.

"Gravity", filme do mexicano Alfonso Cuarón com George Clooney e Sandra Bullock, abrirá o 70º Festival de Veneza, que acontecerá de 28 de agosto a 7 de setembro, anunciou a organização da mostra.

O filme de Cuarón, apresentado como "um dos diretores mais apreciados de sua geração", será exibido em 3D no dia 28 de agosto na grande sala do palácio de cinema no Lido de Veneza.

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"Gravity", que será apresentado fora de competição, é um 'thriller' no qual Bullock e Clooney interpretam astronautas em uma missão de rotina que de repente se encontram desconectados do mundo, após um acidente com a nave espacial.

Cuarón recebeu dois prêmios em 2001 em Veneza por "Y tu mamá también": melhor roteiro e prêmio de jovem esperança masculina para os atores Gael García Bernal e Diego Luna.

O diretor italiano Bernardo Bertolucci presidirá o júri da mostra.

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