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A assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da República informou na tarde desta sexta-feira (21) que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apesar de discordar, respeita a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que não acatou seu pedido de prisão imediata dos condenados no processo do mensalão. Por meio da assessoria, Roberto Gurgel disse que não vai recorrer da decisão.

Na decisão de três páginas tomada no início da tarde, Joaquim Barbosa seguiu o entendimento da Corte adotado em 2009. Na ocasião, o Supremo negou no julgamento de um habeas corpus a prisão de um agricultor condenado por homicídio em segunda instância antes da conclusão de todos os recursos cabíveis. Ele foi voto vencido três anos atrás. "Por conseguinte, segundo a atual orientação do plenário do Supremo Tribunal Federal, até o trânsito em julgado da condenação, só há espaço para a prisão de natureza cautelar", afirmou.

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O presidente do STF ponderou no despacho que os eventuais recursos podem levar, em tese, a mudanças na decisão dada nesta sexta. Barbosa disse não ser possível presumir, de antemão, que os condenados usarão os recursos apenas de maneira protelatória. Ele ressaltou que os passaportes dos condenados já foram apreendidos e foi determinado que eles tenham de pedir autorização ao Supremo para deixar o País.

Dos 25 condenados no processo, 11 foram condenados à prisão em regime inicialmente fechado, outros 11, em regime semiaberto, dois cumprirão penas alternativas e um em regime aberto.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou na manhã desta quarta-feira (19) que "nada deixará de ser apurado" em relação ao depoimento prestado em setembro pelo empresário Marcos Valério e revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo na semana passada. Valério disse ao Ministério Público Federal que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve despesas pessoais pagas com recursos do esquema do mensalão. Ele afirmou ainda que Lula deu aval para os empréstimos simulados tomados pelos bancos BMG e Rural que abasteceram a compra de apoio político no Congresso.

Roberto Gurgel disse que, com o fim do julgamento do mensalão, vai analisar "em profundidade" o depoimento de Valério. Segundo ele, "com muita frequência" o empresário "faz referência a declarações que ele considera bombástica". Contudo, destacou, quando são examinadas as falas, "não é bem isso". "Mas vamos ver o que existe no depoimento que possa motivar futuras investigações. Como sempre, nada deixará de ser investigado", afirmou Gurgel, na chegada à última sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) no ano.

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O chefe do Ministério Público Federal disse que uma eventual investigação contra Lula não ficaria a cargo nas mãos dele, uma vez que o ex-presidente não detém foro privilegiado. Gurgel disse que o que estiver relacionado ao ex-presidente será encaminhado à Procuradoria da República de primeiro grau, podendo ficar em Brasília ou São Paulo, dependendo do conteúdo. Ele negou que tenha havido um segundo depoimento prestado recentemente.

O procurador-geral afirmou que Valério entregou "alguns documentos, muito poucos". Esse material, de acordo com ele, será analisado para verificar sua autenticidade e quais providências podem ser tomadas para uma eventual apuração. Gurgel exemplificou que o empresário entregou dois comprovantes de depósitos, o que levará a uma verificação sobre os beneficiários dos repasses e em que contexto a transação ocorreu. "Tudo isso, enfim, tem que ser aprofundado para que a atuação do Ministério Público seja responsável e com objetivo de tudo apurar", observou.

Roberto Gurgel disse ter ficado "extremamente satisfeito" com o fim do julgamento do mensalão, ocorrido na segunda-feira. "Foi um esforço imenso de todos do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal e, felizmente, com um resultado excelente", destacou. Dos 37 réus na ação, a Corte condenou 25, dentre os quais o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.

O fim do julgamento do mensalão põe na pauta do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o depoimento prestado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza no dia 24 de setembro. Já condenado pelo Supremo Tribunal Federal, Valério procurou espontaneamente o Ministério Público a fim de fazer novas acusações a respeito do esquema que funcionou entre os anos de 2003 e 2005.

Segundo o empresário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu "ok", numa reunião dentro do Palácio do Planalto, para que ele fizesse os empréstimos bancários que viriam a irrigar os repasses de dinheiro a parlamentares da base aliada. Valério afirmou ainda ter pago, via verbas do esquema, despesas pessoais do ex-presidente por meio de uma empresa do ex-assessor de Lula Freud Godoy.

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O conteúdo do depoimento de Valério foi revelado com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo na terça-feira da semana passada (11).

A decisão de Gurgel sobre uma eventual abertura de investigação criminal contra Lula tem ainda um ingrediente no horizonte: o fim do seu segundo mandato, em julho de 2013. A sucessão ao comando do Ministério Público pode permear a discussão sobre qual caminho seguir.

O depoimento do empresário não faz parte de nenhum processo em curso no Supremo e Gurgel terá de decidir se vai apurar a acusação, enviá-la a instâncias inferiores ou arquivá-la por falta de provas. Como ex-presidente, Lula não goza mais de foro privilegiado, o que pode levar o caso a ser remetido para análise da primeira instância.

Se adotar este caminho, Gurgel ficaria somente com a acusação contra o senador Humberto Costa (PT-PE), que teria sido um dos beneficiários do valerioduto, conforme o depoimento do empresário mineiro. A citação do senador petista abre uma porta para que o procurador-geral fique com toda a investigação. Assim, a cúpula do Ministério Público teria o controle da apuração e poderia atuar de forma a evitar eventuais constrangimentos aos investigados.

Gurgel pode ainda enviar informações para processos que são desmembramentos da ação principal do mensalão. Ele pode também gastar mais tempo até tomar uma decisão ou entender que simplesmente não há novos elementos e pedir o arquivamento do depoimento de Valério. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Em retaliação à oposição que quer ouvir o empresário Marcos Valério sobre as denúncias de que o ex-presidente Lula teria se beneficiado com o esquema do mensalão, aliados do governo aprovaram nesta quarta-feira (12) na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso requerimentos para que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, compareçam ao Congresso.

O requerimento de convite ao ex-presidente Fernando Henrique é do líder do PT, Jilmar Tatto, com base na "Lista de Furnas", com supostas doações a políticos da base do então presidente FHC, nas eleições de 2002. A "lista" surgiu durante a CPI dos Correios, em 2005, como tentativa de ofuscar as investigações sobre o mensalão e depois foi considerada falsa pela Polícia Federal.

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O convite a Roberto Gurgel foi feito pelo senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Ele quer que o procurador explique como se dá a integração dos órgãos de inteligência nas investigações, como as que ocorreram nas operações Vegas e Monte Carlo, que levaram o empresário Carlinhos Cachoeira para a cadeia.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, avisou por meio de sua assessoria de imprensa que não fará nenhum comentário sobre a revelação de depoimento de Marcos Valério à Procuradoria-Geral de República e que só falará sobre o assunto depois da conclusão do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal.

Reportagem desta terça-feira do jornal O Estado de S.Paulo afirma que, em depoimento feito em 24 de setembro, Valério informou que o esquema do mensalão ajudou a bancar despesas pessoais do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. A reportagem afirma também que Valério admitiu que Lula teria autorizado o empréstimo com os bancos BMG e Rural para pagar os deputados da base aliada. Informou também, no depoimento, que Lula e o ex-ministro Antonio Palocci teriam negociado com a Portugal Telecom o repasse de recursos para o PT.

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Gurgel participa nesta manhã de reunião do Conselho Nacional do Ministério Público, em Brasília.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidirá nos próximos dias se vai pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar suspeitas de envolvimento de autoridades com irregularidades investigadas na Operação Porto Seguro. Na semana passada, o STF encaminhou a Gurgel para avaliação um documento relacionado ao caso.

"Sem dúvida, vamos examinar e adotar as providências que sejam necessárias", afirmou nesta segunda-feira (3) o procurador. Para ele, o fato de a operação ter investigado o ex-advogado-geral adjunto da União José Weber Holanda Alves e a ex-assessora de Presidência Rosemary Noronha mostra que "ninguém, em nenhum lugar, está a salvo do sistema de Justiça".

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Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), confirmou que recebeu documentos da Justiça Federal em São Paulo sobre a operação policial e disse que há informações sobre o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), já condenado no julgamento do processo do mensalão.

"Fiz uma leitura rápida, por cima, não fiz uma leitura aprofundada dos documentos. Mas o que aparece nos documentos são aquelas conversas que vocês já sabem, envolvendo o deputado", disse na ocasião Maia a jornalistas. Deputados somente podem ser investigados perante o STF. Isso ocorre porque no Brasil as autoridades têm direito ao chamado foro privilegiado.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, aproveitou a solenidade de posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) para criticar a aprovação na quarta-feira (21) de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), numa comissão especial da Câmara dos Deputados, que restringe o poder de investigação do Ministério Público. Gurgel classificou a decisão dos deputados, que ainda precisa ir à votação no plenário da Câmara e apreciação dos senadores, "é um dos maiores atentados ao Estado Democrático de Direito".

O chefe do Ministério Público Federal destacou que apenas três países no mundo vedam à instituição de promover investigações criminais. Ele disse que o MP não quer e jamais quis substituir o trabalho da polícia. "A quem interessa retirar o poder do Ministério Público? Seria mais uma retaliação ao cumprimento da sua função constitucional?", questionou.

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Gurgel disse confiar que o novo presidente do STF vá desempenhar o comando do Poder Judiciário com "integridade e firmeza" e clamou por uma união entre as duas instituições: a magistratura e o Ministério Público. Para ele, é preciso que os dois órgãos trabalhem juntos na defesa das suas prerrogativas.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse no início da tarde desta quinta-feira (22) que considera "retaliação" o pedido de indiciamento de seu nome no relatório final da CPI do Cachoeira. Ele avalia que essa solicitação é uma resposta de petistas à sua atuação frente às denúncias do mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal. "Caso se concretize (o indiciamento), eu considero, sim, isso uma retaliação", afirmou Gurgel.

O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), pressionado pela cúpula do PT, propõe em seu parecer que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Cunha traz o relatório final com a proposta de indiciamento de 46 pessoas envolvidas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

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No relatório, Odair Cunha alega que Gurgel suspendeu "sem justificativa" as investigações da Operação Vegas, ação da Polícia Federal iniciada em 2009, que apontou os primeiros indícios de ligação do contraventor com parlamentares, entre eles o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO).

Durante os trabalhos da comissão, Gurgel informou à CPI que decidiu parar as investigações da Vegas para encontrar elementos mais fortes da atuação de Cachoeira. Segundo o procurador-geral, isso só ocorreu quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira em 29 de fevereiro. A leitura do parecer de Cunha estava prevista para esta quinta, mas foi adiada para a próxima semana, e deve ocorrer na quarta-feira (28).

No mesmo dia em que a Justiça determinou a libertação do contraventor Carlos Augusto Ramos, o relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), pressionado pela cúpula do PT, cedeu e propôs no texto que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o indiciamento do jornalista Policarpo Junior, redator-chefe da Revista VEJA. Cunha apresentou o relatório final com a proposta de indiciamento de 46 pessoas envolvidas com o bicheiro, entre elas o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, e o prefeito de Palmas, o petista Raul Filho.

No relatório, Odair Cunha alega que Gurgel suspendeu "sem justificativa" as investigações da Operação Vegas, ação da Polícia Federal iniciada em 2009 que apontou os primeiros indícios de ligação do contraventor com parlamentares, entre eles o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO). Durante os trabalhos da comissão, o procurador-geral da República informou à CPI que decidiu parar as investigações da Vegas para encontrar elementos mais fortes da atuação de Cachoeira. Segundo Gurgel, isso só ocorreu quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira em 29 de fevereiro.

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Entretanto, o relator da CPI sustenta que as duas operações têm origens distintas, não havendo motivo para a paralisação da Vegas. "Não estou afirmando nada, estou colocando essa questão do PGR na pauta. Ele precisa se explicar", afirmou Odair Cunha ao Estado. Ele vai apresentar hoje seu parecer, que só irá à votação na semana que vem.

Desde o início da CPI, o chefe do Ministério Público Federal tornou-se alvo dos petistas e do ex-presidente e atual senador Fernando Collor (PTB-AL). Gurgel foi o responsável por defender a condenação das principais personalidades do PT envolvidos no escândalo do mensalão, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do partido José Genoino. Incentivado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a comissão de inquérito foi idealizada para tentar neutralizar o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. O relator nega ter sido pressionado a incluir Gurgel no seu texto final.

Odair Cunha pediu o indiciamento do jornalista Policarpo Junior por formação de quadrilha, sob a alegação das relações "constantes e permanentes" com o chefe do esquema. As conversas entre o jornalista e o contraventor levaram a várias reportagens publicadas na revista semanal. "Todas as pessoas que, de alguma forma, contribuíram em favor dos interesses da quadrilha tiveram o pedido de indiciamento. E ele (Policarpo Junior) sabia dos interesses da quadrilha", afirmou.

No texto, o relator da CPI sugere que o indiciamento de Marconi Perillo por seis crimes, entre eles corrupção passiva e formação de quadrilha. Para Cunha, o esquema criminoso comandado por Cachoeira estava incrustado no governo do tucano. Oito pessoas ligadas a Perillo, entre secretários, ex-secretários e assessores, tiveram o seu indiciamento pedido. É o caso do ex-presidente do Departamento de Trânsito de Goiás Edivaldo Cardoso.

O relatório, que tem cinco mil páginas, livrou o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz. Havia a suspeita de que o governo de Brasília havia favorecido a empreiteira Delta, ligada a Cachoeira, em um milionário contrato para a coleta de lixo na capital do país. Contudo, Odair Cunha não encontrou elementos para implicar Agnelo com o esquema. Outro governador que não figurou no texto final é o do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).

Odair Cunha destacou no relatório que Cachoeira mantinha empresas-fantasmas que receberam R$ 98 milhões da Delta. A comissão, contudo, não conseguiu rastrear o destino da maior parte desse dinheiro - uma das suspeitas era para pagar propina a políticos. "A Delta serviu a interesses da organização criminosa", afirmou. Ele pediu o indiciamento por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha de Fernando Cavendish, dono da empreiteira, e a investigação de todos os diretores da construtora.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não quis comentar nesta quarta-feira (31) o novo depoimento prestado pelo empresário Marcos Valério, condenado no julgamento do mensalão como o operador do esquema.

À noite, no município de Ipojuca (PE), antes de participar da abertura do 29.º Encontro Nacional de Procuradores da República, Gurgel voltou a afirmar que não considera haver nenhuma possibilidade de Valério se beneficiar da delação premiada - revelar fatos em troca de redução ou extinção de pena - na fase em que se encontra o julgamento do mensalão.

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"Se a pretensão dele fosse auxiliar esta investigação, ele deveria ter se manifestado há mais de um ano, quando a instrução criminal ainda estava em aberto."

O entendimento do procurador-geral, porém, é controverso. A maioria dos juízes que cuidam de causas que envolvem lavagem de dinheiro, por exemplo, afirma que novas revelações podem, sim, ajudar o delator a reduzir sua pena ou até mesmo tirá-lo da cadeia para o cumprimento de regime semiaberto, por exemplo.

No dia 22 de setembro, pouco depois de ter prestado o novo depoimento ao Ministério Público, um fax subscrito por Marcelo Leonardo, advogado de Valério, foi enviado ao Supremo com pedido para que o empresário pudesse dar detalhes sobre o que havia dito em troca de ser incluído no programa de proteção à testemunha. O fax de Valério também fazia referência à possibilidade da delação premiada.

"No devido tempo isso poderá ser examinado e levado em consideração", disse Gurgel. "Não na ação penal 470", insistiu. "Enquanto este julgamento não se concluir, não examino nada."

O procurador-geral garantiu que se Valério estiver mesmo correndo risco de morte "todas as providências necessárias serão adotadas" para garantir a sua segurança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vai insistir no pedido de prisão imediata dos condenados no julgamento do mensalão. Mas o decano da Corte, ministro Celso de Mello, adiantou nesta quinta que prender os réus antes do trânsito em julgado da ação é inconstitucional.

Gurgel argumentou que os recursos possíveis nesse caso não teriam o poder de inverter o resultado do julgamento. Por isso, não seria necessário aguardar o julgamento de todos os recursos antes de executar as penas. "O que a sociedade espera é a eficácia da decisão do Supremo", disse.

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O Supremo já firmou o entendimento em diversos casos que a pena só começa a ser cumprida depois do trânsito em julgado dos processos. Portanto, depois que todos os recursos possíveis fossem julgados.

Por isso, Celso de Mello afirmou não ser possível prender os réus antes que os recursos possíveis sejam julgados. Esse entendimento jogará para o ano que vem a execução da decisão do Supremo.

"É inconstitucional a execução provisória de quaisquer sanções penais, mesmo uma simples pena restritiva de direitos", afirmou. "A constituição é clara: a presunção de não culpabilidade deixa de subsistir somente quando vier sentença condenatória transitada em julgado."

Terminado o julgamento da ação penal do mensalão, o tribunal precisa providenciar a publicação do acórdão com todos os votos proferidos pelos ministros. Isso pode demorar meses. Somente depois disso é aberto o prazo para que os advogados recorram. E o julgamento desses recursos deve ocorrer somente em 2013.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, negou nesta terça-feira (16) que o Ministério Público tenha errado na formulação da acusação contra o publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes. Os dois foram absolvidos na segunda-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dos crimes de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas.

Durante o julgamento, o Ministério Público foi criticado pelos próprios ministros do STF, inclusive pelo relator, ministro Joaquim Barbosa, que chegou a responsabilizar o Ministério Público pela absolvição dos dois réus por causa de falhas na elaboração da denúncia.

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Em resposta às críticas, Gurgel disse nesta terça-feira à Agência Estado que não houve erro por parte da acusação e que o STF optou por absolver Duda Mendonça e Zilmar Fernandes. Segundo Gurgel, o "Ministério Público não se considera absolutamente responsável pela absolvição."

Nem quando é comparado ao apresentador e humorista Jô Soares, com quem guarda semelhança física, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, desamarra a fisionomia quase sempre séria. Apesar de não ter sido o autor da denúncia que acusou 40 pessoas de envolvimento com o mensalão, Gurgel ficará para história como o algoz dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal, em especial o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

E ele quer mais. Após a condenação, pedirá que o STF mande os condenados para a cadeia imediatamente. Se isso for aceito, a Corte mudará a jurisprudência segundo a qual um condenado só deve começar a cumprir a pena depois de esgotadas todas as chances de recurso.

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A denúncia contra as 40 pessoas suspeitas de participar do mensalão foi apresentada em 2006 ao Supremo pelo então procurador-geral Antonio Fernando de Souza. Mas coube a Gurgel o trabalho de convencer o plenário da Corte de que Dirceu participou do esquema, mesmo não tendo sido descoberto durante a investigação nenhum documento comprovando que ele comandou, nas palavras do procurador, "o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Escaldado com a viagem ao exterior durante o julgamento do mensalão do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e do precedente do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em sintonia com ministros do Supremo Tribunal Federal, busca meios de neutralizar eventuais tentativas de fuga.

A estratégia principal desenhada por Gurgel e assessores é pedir, ao fim do julgamento do mensalão, que o STF determine medidas de cautela para evitar que os réus condenados escapem do cumprimento da pena de prisão. "A minha preocupação é com a efetividade da decisão. A efetividade passa por estarem os réus em território brasileiro. Estou examinando o assunto", afirmou Gurgel, na sexta-feira (5).

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O procurador quer que ao fim do julgamento o Supremo determine a prisão dos condenados, mas, se isso não ocorrer, ele deve requerer que o tribunal tome medidas como a proibição de viagens para o exterior, a necessidade de pedir autorização do juiz para sair da cidade e a apreensão de passaportes. "Estou analisando as cautelas que devem ser adotadas de um modo geral para assegurar o cumprimento da decisão. Ainda não defini quais seriam as cautelas", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse na manhã desta segunda-feira que seria "a pior das frustrações" e "o pior dos absurdos" se a fuga de um réu impedisse a execução das penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão. O procurador afirmou, no entanto, que por enquanto não há restrição à viagem de qualquer réu. Gurgel comentou a saída do País do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, que está na Europa desde agosto.

Segundo reportagem da revista Veja, a Justiça não consegue encontrar Pizzolato para citá-lo em outro processo, de crime contra o sistema financeiro. "É estranho, não há dúvida", comentou Gurgel. "Em princípio, que eu tenha conhecimento, não há nenhuma restrição para viajar. É uma questão que tem que ser acompanhada. É preciso que, concluído o julgamento, se dê toda efetividade à decisão do STF e inclui evidentemente que os réus estejam em território brasileiro. Assunto deve ser visto com cautela porque seria a pior das frustrações a condenação pela mais alta corte do País e não ter a eficácia devida em razão de uma fuga", afirmou o procurador-geral, que participou no Rio da posse do novo chefe da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2), Níveo de Freitas Filho.

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Gurgel lembrou que, embora ainda não esteja concluído o julgamento, a decisão do Supremo pela condenações de vários réus "não é suscetível de modificação" e "é perfeitamente possível a execução dessa decisão, que pressupõe que estejam todos em território brasileiro".

Na véspera do início do julgamento dos acusados de corrupção ativa, o procurador reiterou a convicção de que "José Dirceu era o grande mentor, o grande líder daquela organização criminosa". Gurgel disse que a condenação dos réus, ao final do julgamento, será "um marco" para a mudança das práticas políticas no País. "Esse comportamento na política dá cadeia, sim. Acredito firmemente que vai ter cadeia, em número bem significativo", afirmou o procurador.

Parecer enviado na última sexta-feira pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ao Supremo Tribunal Federal recomenda o arquivamento de inquérito contra o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ). O parlamentar recebeu, em 2011, R$ 175 mil do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal, no dia 29 de fevereiro.

Dizendo ser amigo há mais de 20 anos do bicheiro, Nercessian explicou que R$ 160 mil se referiam a um empréstimo, já saldado, para a compra de um apartamento. O restante do dinheiro ele teria usado para a compra de ingressos para o desfile de escolas de samba do Rio. "A sensação de Justiça é uma das melhores alegrias que um homem pode ter", comemorou o deputado, ao saber da decisão do procurador Gurgel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou na segunda-feira (17) que o empresário e réu do processo do mensalão Marcos Valério Fernandes de Souza é um "jogador" e que as declarações dele devem ser analisadas com cuidado e cautela. Reportagem publicada pela revista Veja sustenta que Marcos Valério teria dito a pessoas próximas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria "fiador" do mensalão.

Lula não foi denunciado pelo Ministério Público Federal e, portanto, não é réu no processo em julgamento no STF. Segundo Gurgel, se houver indícios para um processo contra Lula, ele seria instaurado em primeira instância, já que o ex-presidente não tem foro privilegiado. Gurgel voltou a afirmar que no fim do julgamento vai insistir na prisão imediata dos condenados. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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O procurador geral da República Roberto Gurgel declarou nesta terça que a prova contra o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) no esquema do mensalão "é mais que robusta, ela é contundente".

Nos autos da ação penal 470, Gurgel pede a condenação do ex-ministro por crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. No último memorial que entregou aos onze ministros do STF, Gurgel elencou 11 depoimentos de testemunhas que indicam o envolvimento de Dirceu no mensalão. Mas não apontou documentos.

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"Eu já havia destacado, em alegações finais e na minha sustentação oral, que em relação a José Dirceu e outros integrantes do núcleo político a prova é essencialmente testemunhal, como sempre ocorre nesse tipo de crime", assinalou Gurgel.

O procurador afirmou não ter dúvidas que o ex-ministro da Casa Civil era um homem muito influente. Ele fez o comentário ao ser indagado sobre reportagem publicada no final de semana pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre as ligações do ex-ministro com o PT e assuntos do partido no período em que ele esteve na Casa Civil. "Sem dúvida nenhuma ele era uma pessoa de grande influência", afirmou.

Ele não admite que a prova baseada em testemunhos torna-se frágil. "De forma alguma, a prova testemunhal tem rigorosamente o mesmo valor das demais provas que o nosso Direito admite. E a prova, como eu tenho dito, ela é mais que robusta, ela é contundente."

Sobre o voto do relator, ministro Joaquim Barbosa, que condenou o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, por desvios de R$ 73 milhões, o procurador-geral foi enfático. "Temos que analisar cada aspecto e ali o que estava em jogo era esse desvio de recursos públicos via Banco do Brasil a partir dos contratos firmados com as empresas de Marcos Valério. Naquele momento era o que estava em jogo. O restante depende da análise de todo o conjunto do esquema criminoso."

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira (21) que seria melhor que o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), votasse "em alguma coisa do que em nada" no processo do mensalão. Ao elogiar a forma de votação fatiada do processo, que segue o modelo adotado na denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, Gurgel disse que Peluso "estudou os autos, conhece bem os autos e fará falta, seja em que sentido será o voto".

"Eu acho que o ideal seria que o ministro Peluso pudesse votar em tudo. Mas se isso for impossível, é melhor que ele vote em alguma coisa do que não vote em nada, porque nós estaríamos desperdiçando o conhecimento que ele tem dos autos", afirmou o procurador-geral, antes da abertura de sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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Peluso aposenta-se compulsoriamente do STF no dia 3 de setembro, quando completará 70 anos. Com a forma fatiada, o ministro não poderia votar em todos os itens da denúncia. Ministros já dão como certo que Peluso não se manifestará sobre o tópico que acusa o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de ser o chefe da quadrilha do suposto esquema de compra de apoio político no governo Lula.

Há também dúvidas jurídicas sobre se Peluso poderia, mesmo com o fatiamento do julgamento, apresentar todo o seu voto antes do relator, ministro Joaquim Barbosa, e do revisor, ministro Ricardo Lewandowski.

Gurgel elogiou o voto manifestado por Barbosa, que, nos casos envolvendo o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) e o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, acompanhou por completo a posição do MP. O chefe do MP disse que a escolha do relator de apreciar por partes o processo facilita a compreensão do caso. Segundo ele, não há nada "confuso" na fórmula adotada pelo relator.

Depois de ter a sua principal prova contra José Dirceu questionada pelos advogados, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, entregou, na última quinta-feira, um novo memorial aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo a validade de depoimentos como prova do suposto envolvimento do ex-ministro com o esquema do mensalão e reafirmando as acusações.

A iniciativa de Gurgel de apresentar um novo documento após a acusação e as sustentações orais das defesas provocou reações entre os advogados. Eles argumentam que, conforme as regras dos processos penais, as defesas têm o direito de falar por último antes dos votos dos ministros.

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Mas integrantes do STF consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo disseram que a prática é comum e que os próprios advogados dos réus também podem apresentar memoriais a qualquer momento. Esses documentos não podem trazer fatos novos, mas apenas reafirmar o que já foi sustentado ao longo do processo.

Gurgel fez a sua acusação no início do mês, logo após a leitura do relatório do ministro Joaquim Barbosa. Depois dele, os advogados dos 38 réus da ação do mensalão tiveram a oportunidade de falar por até uma hora para defender seus clientes. Após as sustentações orais, Joaquim Barbosa iniciou a leitura de seu voto na última quinta-feira.

A falta de um ato de ofício provando que Dirceu participou do esquema do mensalão é a principal arma da defesa do ex-ministro. Não existe nenhuma assinatura ou gravação comprovando que ele participou das negociações com parlamentares para aprovação de projetos de interesse do governo.

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