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Entre 2007 e 2017, o Brasil registrou 40 mil casos de intoxicação aguda por agrotóxicos, conforme revelam dados do Ministério da Saúde. Mas devido à alta produção de grãos no país, o número de casos não deve diminuir na próxima década.

Somente em 2017, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Brasil produziu aproximadamente 228 milhões de toneladas de grãos e consumiu quase 500 mil toneladas de agrotóxicos, o que explica o fato de o país ser considerado um dos maiores consumidores desses produtos no mundo.

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O engenheiro agrônomo Akihiko Manabe, professor da Unisuam, afirma que esse título é dado ao país devido à força do agronegócio, que traz consequências negativas. “No Brasil, o agronegócio cria áreas de monocultivo que destroem toda a biodiversidade, tornando o ambiente propício para elevadas populações de insetos e doenças, sendo essencial o uso dos defensivos agrícolas”, explica.

Manabe acrescenta, no entanto, que apesar de o país ser acusado de usar quantidades exageradas de produtos químicos em seus processos produtivos agrícolas, deve ser levada em consideração a quantidade usada em cada área agrícola. “O grande problema são os tipos de agrotóxicos utilizados, que são proibidos em diversos países do mundo, e o uso em culturas que não estão registradas”, avalia.

Segundo o engenheiro agrônomo, os mais atingidos pelos agrotóxicos não são apenas os trabalhadores rurais que manipulam os produtos químicos, mas também a população das regiões em que os venenos são usados em grande escala.

“Dependendo do tipo de aplicação, como por meio de aviões, por exemplo, pessoas que não têm contato direto com os produtos também são contaminadas. Além disso, a contaminação também pode ocorrer por meio de produtos que são usados de forma inadequada. Portanto, podemos notar que hoje todos são atingidos, até mesmo um produto orgânico pode estar contaminado por agrotóxicos devido à deriva”, fala.

Para que haja redução no número de contaminações, Manabe acredita que o governo deve intervir de forma mais ativa.

“É necessário aplicar de forma eficaz o que dizem as leis e cobrar ações mais duras de órgãos governamentais. Melhorar os processos de fiscalização, monitoramento e retirada de agrotóxicos altamente poluentes e danosos do mercado. Além disso, incentivar e adotar práticas agroecológicas, principalmente na agricultura familiar”, aponta.

Durante o ano de 2018 houve um aumento de 3,7% no número de ocorrências envolvendo casos de intoxicação e acidentes com animais peçonhentos. De acordo com o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox), localizado na Boa Vista, área Central do Recife, no ano passado 4.707 ocorrências foram atendidas; enquanto em 2017 houve 4.537 casos.

De acordo com o levantamento da entidade, 43% das ocorrências de 2018 estavam atreladas à acidentes com animais peçonhentos e venenosos. A maioria dos 2.028 chamados foi por ataques de escorpiões e serpentes, 1.349 e 493 respectivamente. “Orientamos o que fazer em caso de picadas ou acidentes com serpentes peçonhentas e qual unidade de saúde procurar para que seja aplicado o soro antiofídico. Quanto mais rápida a assistência for dada, menor o risco de sequelas e óbitos”, afirmou a coordenadora Lucineide Porto.

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“Existem muitos mitos do que fazer em caso de acidente com animais peçonhentos. Mas o indicado é lavar a área com água e sabão e procurar uma unidade de saúde. A central telefônica do Ceatox também está à disposição para tirar as dúvidas e dar o suporte necessário”, frisou a coordenadora.

Além de acidentes envolvendo animais, em 2018 foram registradas 1.292 ocorrências relacionadas à intoxicação por medicamentos. A representante fez um alerta sobre a dosagem errada e o uso de remédios sem orientação médica, entretanto, a maior preocupação recai sobre os casos que envolveram crianças. “Os responsáveis precisam ficar atentos ao armazenamento dos fármacos, que muitas vezes são coloridos e podem ser confundidos por alguma guloseima. É importante que os medicamentos de uso contínuo sejam guardados em armários altos e com chave. Também é preciso sempre averiguar a data de validade, para fazer o descarte correto sempre que necessário", reforçou Lucineide.

Ainda no ano passado, o Ceatox atendeu 313 ocorrências relacionadas à intoxicação por “chumbinho”. Comercializado de forma errada como raticida, não se sabe ao certo a composição do agrotóxico agrícola, o que dificulta a prestação da assistência. Um simples contato com a pele, ou até mesmo através da respiração, leva a intoxicação que pode se agravar com a ingestão. “O chumbinho pode causar problemas no sistema nervoso, respiratório, cardiovascular, digestivo, matando em poucas horas. Orientamos que ninguém compre o produto, além de denunciar aos órgãos competentes a venda”, alertou a representante.

Serviço

O atendimento do Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox) é realizado através do telefone 0800.722.6001

Os centros de referência para tratamento de acidentes com animais peçonhentos são:

Hospital da Restauração – Recife (cobra e escorpião)

Hospital Jaboatão Prazeres - Jaboatão dos Guararapes (escorpião)

Hospital João Murilo - Vitória de Santo Antão (escorpião)

Hospital Belarmino Correia - Goiana (escorpião)

Hospital Mestre Vitalino – Caruaru (cobra e escorpião)

Hospital Regional Ruy de Barros Correia – Arcoverde (cobra e escorpião)

Hospital Professor Agamenon Magalhães - Serra Talhada (cobra e escorpião)

Hospital Regional Inácio de Sá – Salgueiro (cobra e escorpião)

Hospital Regional Fernando Bezerra – Ouricuri (cobra e escorpião)

Hospital Universitário – Petrolina (cobra e escorpião)

Como evitar acidentes com animais peçonhentos

§  No amanhecer e no entardecer, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que serpentes estão em maior atividade;

§  Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para a remoção;

§  Inspecionar calçados, roupas, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, panos de chão e tapetes antes de usá-los;

§  Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários;

§  Não depositar ou acumular lixo, entulho e materiais de construção junto às habitações;

§  Evitar que plantas trepadeiras se encostem às casas e que folhagens entrem pelo telhado ou pelo forro;

§  Não montar acampamento próximo a áreas onde normalmente há roedores (plantações, pastos ou matos) e, por conseguinte, maior número de serpentes;

§  Evitar piquenique às margens de rios, lagos ou lagoas, e não encostar-se a barrancos durante pescarias ou outras atividades;

§  Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede e terrenos baldios (sempre com uso de EPI);

§  Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés;

§  Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;

§  Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros;

§  Controlar roedores existentes na área e combater insetos, principalmente baratas (são alimentos para escorpiões e aranhas);

§  Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto, e procure a autoridade de saúde local para orientações.

 

O que fazer em caso de acidente

§  Procure atendimento médico imediatamente;

§  Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras;

§  Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro;

§  Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados;

§  Não amarre (torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada;

§  Especificamente em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, use compressas geladas de água do mar. A remoção dos tentáculos aderidos à pele deve ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou lâmina. Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e, se necessário, realização de tratamento complementar;

§  Não tente “chupar o veneno”, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local.

Homem morre após intoxicação por cloro em academia Um homem de 38 anos morreu na noite da sexta-feira (30) após uma intoxicação aguda por inalação de cloro. Samuel Rodrigues Squarisi estava internado na UTI do Hospital de Clínicas da Unicamp desde a quinta (29).

Ele e mais dois alunos de uma academia de natação em Campinas, em São Paulo, foram intoxicados após um funcionário misturar, de forma involuntária, dois tipos de cloro, usados tradicionalmente para tratamento de piscinas de maneira individual.

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"Essas substâncias têm de ser usadas separadamente. A junção delas, mais a água, fez uma reação química que liberou uma quantidade muito grande de cloro, livre, que é um gás, o cloro livre é uma das substâncias mais tóxicas para o pulmão", explicou o médico Eduardo de Capitani, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) da Unicamp, em entrevista ao portal G1.

Por meio de nota, a academia HydroCenter lamentou o ocorrido. "É com profundo pesar e intenso sofrimento que anunciamos o falecimento do aluno Samuel Rodrigues Squarizi. A academia, seus familiares, professores, demais familiares e parceiros expressam sincera solidariedade á família e seus amigos neste momento de tanta dor", diz o texto.

Seis crianças e um adulto foram intoxicados após comerem um bolo contendo maconha. O alimento teria sido comprado na cidade de Capiatá, no sudoeste do Paraguai, para uma festa de aniversário, informou à Agência Efe o Hospital Trauma de Assunção nesta segunda-feira (3).

Segundo o diretor do hospital, Agustin Saldivar, as crianças tinham entre 4 e 12 anos e o adulto 29. Eles chegaram em "estado de euforia" na unidade de saúde, passaram por exames e a situação foi normalizada.

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Ainda de acordo com Saldivar, o grupo não sabia de que o doce era feito e decidiu procurar o Hospital Trauma de Assunção para entender o que sentia. Os médicos realizaram exames de urina e confirmaram a ingestão de cannabis. O Paraguai é o maior produtor de maconha na América do Sul e o principal destino dessa droga é o Brasil.

Nove pessoas morreram e cerca de 33 foram intoxicadas após ingerirem ponche - uma bebida feita com milho, gergelim e baunilha - durante um velório na região de Ayacucho, no sul do Peru. Informações dão conta de que dois dos mortos eram filhos da pessoa que estava sendo velada. 

O chefe do Instituto de Defesa Civil (Indeci) Jorge Chávez, declarou que quatro pessoas atingidas pela toxina estão em estado grave e serão transferidas em um avião militar para Lima. Ainda não há identificação do item que causou a reação.

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Conforme levantamento feito pelo Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE), crianças de 1 a 4 anos são as que mais sofreram intoxicações por conta do uso de remédios em 2018. Na primeira metade do ano foram atendidas 608 pessoas, sendo 156 delas crianças dessas idades. No mesmo período de 2017 foram atendidas 145 pessoas na mesma faixa etária; uma crescente de 11 casos.

“Os fármacos muitas vezes são coloridos e podem ser confundidos por alguma guloseima" diz a coordenadora do Ceatox, Lucineide Porto. É importante atenção dos pais para que os medicamentos fiquem guardados em locais altos ou em recipientes trancados. 

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Esses menores também são os mais atacados por escorpiões. De janeiro até junho de 2018, 674 casos de picadas pelo animal foram registrados. Sendo observado que os mais atingidos foram as crianças de 1 a 4 anos; 145 no total até o momento. No primeiro semestre deste ano, o Ceatox registrou 1.775 atendimentos de auxílio à profissionais de saúde que trataram pacientes que sofreram algum ataque de animais peçonhentos ou foram intoxicados por chumbinho ou medicamentos. Segundo o órgão, esse número representa um aumento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 1.631 atendimentos.

Outra demanda do centro envolve picadas por serpentes. O primeiro semestre representou um total de 322 atendimentos no Estado e, diferentemente dos casos envolvendo os escorpiões, os que aconteceram com serpentes foram contra os adultos jovens (20 a 39 anos). O Ceatox alerta que em caso de picadas de cobra, o indicado é que se lave o local atingido apenas com água e sabão; seguindo até uma unidade que tenha o soro contra o veneno.

Redução de casos com chumbinho

No primeiro semestre de 2018, 171 casos tiveram relação com o agrotóxico agrícola popularmente conhecido como chumbinho, que é utilizado ilegalmente como raticida. O número representa uma redução de 15% em relação a 2017 (203 casos). Contudo, os óbitos do período permaneceram inalterados: 21 em cada ano. O produto é vendido criminosamente e clandestinamente como eficiente para matar ratos, o que não é verdade. “O chumbinho não é eficaz contra as colônias de rato. Esse produto ainda é perigoso para os seres humanos, pois sua ingestão pode causar o óbito em poucas horas”, avisa Lucineide Porto.

O chumbinho causa problemas no sistema nervoso, respiratório, cardiovascular, digestivo. Depois da ingestão, a pessoa, pode apresentar diminuição dos batimentos cardíacos, dor abdominal, distúrbios neurológicos, e dificuldade de respirar. O produto ainda pode contaminar uma pessoa no simples contato com a pele ou respiração. Em caso de ingestão, dependendo da quantidade, pode levar à morte.

O que fazer após picada de escorpião?

A indicação é lavar o local atingido apenas com água e sabão. Se a vítima for uma criança de até 12 anos, que tem risco de morte, pode haver indicação do uso do soro contra o veneno na unidade de saúde. Vale ressaltar que menores picados por escorpiões obrigatoriamente não necessitam tomar o soro específico, o que será decidido pela equipe médica do caso. No Estado, o soro antiescorpiônico está disponível no Hospital da Restauração (Recife), Hospital Jaboatão-Prazeres (Jaboatão dos Guararapes) e Hospital João Murilo (Vitória de Santo Antão). No interior, nos hospitais regionais de Limoeiro, Palmares, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Salgueiro, Ouricuri e Petrolina, além do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru.

Para evitar as ocorrências, a população precisa estar atenta com a concentração de entulhos e lixo próximo a residência, tapar buracos e frestas existentes, limpar constantemente ralos de banheiros, além de evitar a presença de baratas e outros insetos, principais presas do escorpião. Se a população observar presença do animal nas residências, é necessário entrar com contato com a vigilância ambiental municipal e solicitar uma visita ao imóvel.

Com informações da assessoria

Uma infecção gastrointestinal afetou vários competidores participantes no Mundial de Atletismo, incluindo Isaac Makwala, de Botswana, considerado candidato a medalha, que abandonou na última segunda-feira as eliminatórias dos 200 metros e alegou que havia ficado doente em razão do consumo de alimentos contaminados.

"Houve alguns casos de gastroenterite, relatados por membros das delegações que se hospedam em um dos hotéis oficiais", reconheceu o comitê organizador do Mundial em um comunicado. "Os afetados receberam o apoio tanto da sua delegação como da equipe médica do comitê organizador. Também trabalhamos com a Agência de Saúde Pública da Inglaterra para assegurar que a situação será resolvida e controlada", disse o comitê.

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As infecções provocaram críticas aos organizadores do evento. Em seu perfil no Facebook, Makwala escreveu que outros atletas haviam sido afetados pelo problema. "De acordo com os médicos da IAAF (a Associação Internacional das Federações de Atletismo), sofro aparentemente de intoxicação alimentar, algo que também afetou outros atletas", escreveu Makwala no seu perfil no Facebook.

O porto-riquenho Javier Culson também relatou no Facebook que sofreu de um problema estomacal antes de competir na primeira fase dos 400 metros com barreiras. "É frustrante que nos aconteçam coisas inesperadas para nós", disse Culson, vice-campeão nos Mundiais de 2009 e 2011 e bronze olímpico em 2012. "Na noite anterior, me desceu mal a comida, acordei com sintomas fortes, mas ainda assim fui correr com vontade de vencer, mas não consegui", acrescentou.

O funcionário de uma creche municipal está sendo investigado após intoxicar cinco crianças em Piancó, no Sertão da Paraíba. O suspeito teria dado para as crianças algum medicamento que ainda não foi identificado. As crianças foram hospitalizadas e apresentaram sinais de intoxicação exógena.

A denúncia foi registrada no dia 26 de julho, porém, o Conselho Tutelar da cidade só anunciou no fim de semana. Em relato à Polícia Civil, as crianças, que têm entre 4 e 5 anos, disseram que eram submetidas a ingerir o medicamento após o almoço e o remédio teria provocado a intoxicação. Nenhuma das crianças, no entanto, soube especificar que tipo de remédio tinham ingerido.

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As cinco crianças foram encaminhadas ao hospital sem que os pais soubessem, apresentando sintomas como tontura, fraqueza e sangramentos pelo nariz. As vítimas foram atendidas no Hospital Regional de Piancó e tiveram alta na sexta-feira (28).

O suspeito, de 24 anos, em depoimento ao delegado e aos conselheiros tutelares, alegou que as crianças pegaram o remédio escondido e teriam ingerido sem que ele notasse.

Em nota, a Prefeitura Municipal de Piancó comunicou que a Secretaria de Educação instituiu um procedimento administrativo para investigar o caso e que já estabeleceu que o funcionário fosse exonerado do cargo. O órgão declarou também que concedeu toda a assistência necessária às famílias e está colaborando com as autoridades para que o caso seja esclarecido.

Lichias podem ter ocasionado a morte de várias crianças indianas. Essa descoberta inusitada foi registrada no jornal médico The Lancet. As mortes vieram em sequência de surtos de convulsões, perda de consciência das vítimas e a causa pode ter sido por conta da ingestão da fruta com o estômago vazio, segundo o periódico. 

As mortes aconteceram em crianças saudáveis de Bihar, mas que repentinamente começaram a apresentar os sintomas. Os estudos apontam para envenenamento pela fruta que contém toxinas cujos elementos inibem a produção de glicose pelo organismo, afetando ainda mais as crianças que, naturalmente, já possuíam nível baixo da substância por não se alimentarem bem. As vítimas apresentaram perda de consciência, convulsões e inchaço no cérebro. 

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O fato que levou a essa conclusão foi a existência de outros pacientes com o mesmo problema, causado por ingestão do fruto ackee, no Caribe, também possuidor da enzima que inibe a produção de glicose. As autoridades dos dois locais já alertaram para a limitação do consumo das lichias e quem já possui os sintomas, deve iniciar rapidamente o tratamento. 

 

Estudo feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta laranja e abacaxi como alimentos com maior risco de provocar intoxicação aguda em razão da presença de agrotóxicos. De 744 amostras analisadas da laranja, 12,1% apresentaram uma concentração de resíduos de agrotóxicos acima dos limites considerados seguros.

No caso do abacaxi, das 240 amostras, 5% foram classificadas como de risco agudo para intoxicação - problemas de saúde causados até 24 horas depois da ingestão. O trabalho foi feito com 25 classes de alimentos mais consumidos no País, como arroz, milho, trigo, abobrinha e beterraba. Ao todo, foram avaliadas 12.051 amostras coletadas entre 2013 e 2015 em 27 Estados e no Distrito Federal.

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Os resultados integram o Programa de Análises de Agrotóxicos em Alimentos (Para), criado há 15 anos para avaliar os níveis de resíduos agrotóxicos nos alimentos de origem vegetal no País. Este ano, no entanto, a metodologia foi alterada.

A classificação dos resultados passou a separar as irregularidades identificadas nas análises em duas classes. Uma delas analisa o risco de intoxicação aguda, a partir de critérios usados por organismos internacionais. Esta é a primeira vez que a metodologia é usada. Outro critério avalia o uso de agrotóxicos não autorizados para uma determinada cultura. "Isso não implica automaticamente um risco de intoxicação aguda", afirmou o presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

Até a edição passada do Para, eram considerados de forma conjunta o uso de resíduos acima do limite permitido ou não autorizados para uma determinada cultura.

Barbosa afirma que os resultados encontrados na edição lançada nesta sexta indicam que, de forma geral, o risco de intoxicação aguda pelo uso de agrotóxico é baixo no Brasil. "O que vimos é que apenas em 1% das amostras havia o risco de intoxicação aguda, provocada pelo consumo do produto nas primeiras 24 horas", disse. A maior parcela de problemas, completou, foi causada pelo uso de agrotóxicos sem registro para determinada cultura. O equivalente a 16,7% das amostras.

O presidente da Anvisa afirma que, para determinadas culturas, produtores sentem-se desestimulados a solicitar o registro de determinados agrotóxicos. Isso ocorre principalmente em culturas de baixo retorno econômico. "Esse é um problema enfrentado em todo o mundo. Mecanismos para solucionar esse impasse estão em estudo", disse. Para driblar essa falta de registro, produtores acabam usando agrotóxicos aprovados para outras culturas. "Isso não significa, por si só, que haja um risco para saúde", disse.

Barbosa argumentou que todos os agrotóxicos em uso no País já passaram por análises prévias para comprovar que estão livres de riscos de provocar problemas congênitos ou doenças para o consumidor. "Mesmo os produtos já aprovados passam por reavaliações."

O presidente da Anvisa afirmou ainda que os resultados encontrados com laranja e abacaxi devem ser interpretados com cuidado.

Isso porque as amostras, avaliadas em quatro laboratórios, são feitas a partir da análise da polpa e casca triturada dessas frutas. "Boa parte dos agrotóxicos permanece nas cascas. E tanto da laranja quando do abacaxi, não são comestíveis", completou.

A Anvisa pretende analisar os riscos também do risco cumulativo do uso do produto. "Mas, por enquanto, essa metodologia está em desenvolvimento. A expectativa é de que os primeiros resultados desse tipo de análise, em outros países, sejam concluídos em 2017."

O Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré, em Barueri, na Grande São Paulo, suspendeu as aulas por dois dias por causa de um surto de problemas gastrointestinais identificado em alunos da unidade.

Segundo a escola, 20 estudantes, a maioria de turmas do ensino fundamental, apresentaram sintomas como diarreia e vômito na quarta-feira (28). A vigilância sanitária, no entanto, registrou 55 casos. Outros moradores da região de Alphaville também teriam sido afetados. Diante da situação, as aulas serão retomadas na segunda-feira para que as causas do surto sejam identificadas e solucionadas.

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A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que fez vistoria no colégio, coletando amostras do cavalete e das instalações internas do prédio, inclusive das caixas d’água, sem encontrar nenhuma anormalidade. "Análise dessas amostras apontou total conformidade do produto com as exigências da Portaria 2.914, de 2011, do Ministério da Saúde. Foram feitas análises em outros colégios da região e todas as amostras estavam regulares", disse o órgão.

Ainda de acordo com a Sabesp, o trabalho de controle sanitário da água é diário, com mais de 60 mil análises mensais em laboratórios mantidos pela empresa e atestados nos padrões ISO. Segundo a companhia, são avaliados parâmetros como turbidez, cor, cloro e presença de bactérias. "Todos os resultados são encaminhados para as vigilâncias sanitárias das cidades atendidas, conforme prevê a lei", diz a Sabesp.

A reportagem não conseguiu contato com a prefeitura de Barueri. O colégio informou que a administração municipal deverá continuar nos próximos dias a investigação das possíveis causas do surto. Segundo o Mackenzie, os pais dos estudantes foram notificados e "não haverá prejuízo acadêmico para os alunos, aos quais a segurança é imprescindível". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Doze alunos ficaram intoxicados depois que grande quantidade de fumaça de uma queimada invadiu o prédio de uma escola pública na quarta-feira, 10, em Campo Limpo Paulista, no interior do Estado de São Paulo. Os estudantes e também uma professora que passaram mal receberam atendimento no Hospital das Clínicas da cidade e foram liberados.

As aulas foram suspensas nesta quinta-feira, 11, na Escola Municipal Vereador Joaquim Viscaino Filho para a limpeza e aeração do prédio.

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De acordo com a Defesa Civil municipal, as chamas começaram num terreno ao lado da escola onde, além de muito mato seco, havia restos de lixo e entulho. A fumaça densa atingiu primeiro o andar superior do prédio e depois se espalhou por toda a escola. O prédio foi evacuado, mas a falta de visibilidade levou parte dos alunos a não encontrar a saída.

Com sintomas de intoxicação, eles precisaram ser levados ao hospital, onde receberam soro e oxigênio. A prefeitura vai apurar as causas do fogo, já que uma lei municipal impede a queimada para limpar terrenos.

Quarenta alunos da Escola Municipal Professora Leila Barcellos, na Cidade de Deus, comunidade da zona oeste do Rio, passaram mal após almoço na unidade.

Os pais suspeitam de quadro de intoxicação alimentar. Os alunos, entre 5 e 10 anos, começaram a apresentar quadro de enjoos, náuseas e diarreia e foram encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus. Com quadro estável, as crianças foram encaminhadas para diferentes unidades de saúde.

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De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os responsáveis foram acionados e levados com os estudantes para a UPA da região. A direção da escola se colocou à disposição para esclarecimentos aos pais dos alunos nesta quarta-feira, 15.

A secretaria também entrou em contato com o Instituto de Nutrição Annes Dias, responsável pelo preparo do cardápio e acompanhamento nutricional da escola, e com a Vigilância Sanitária do município.

Nesta quarta, agentes analisam amostras de água e alimentos da escola.

Donos de bichos de estimação devem ficar atentos no período de páscoa. Oferecer chocolate aos pets pode provocar desde um mal-estar estar leve, com náuseas, vômito e diarreia, até quadros mais graves, como arritmia cardíaca, hipertermia e hemorragia intestinal, que podem inclusive levar o animal à morte.

Segundo o grupo Pet Care de Hospitais Veterinários, é comum haver um aumento de registro de 30% nos casos de intoxicação alimentar em pets provocados pela ingestão da guloseima no período de proximidade da data.

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A Dr.ª Carla Alicie Berl, diretora do Pet Care, explica que as substâncias teobromina e a cafeína, presentes no chocolate, são as grandes vilãs para os bichinhos. Isso porque eles metabolizam as substâncias de uma forma particular. “Como são componentes altamente lipossolúveis, atravessam facilmente as barreiras placentárias e hematoencefálica, sendo absorvidos em boa parte pelo estômago e intestino. Uma vez absorvida e distribuída no organismo, a teobromina vai causar excitação, hipertensão moderada, bradicardia ou taquicardia, arritmias, tremores, ofegância e incontinência urinária. A cafeína, por sua vez, estimula e potencializa a excitação causada pela teobromina”, explica a doutora. 

Ela esclarece ainda que a quantidade de teobromina varia de acordo com o tipo de chocolate. “Quanto mais escuro, puro e concentrado for o chocolate, mais teobromina possui e, consequentemente, maior o risco de intoxicação”, alerta a médica veterinária. “Assim sendo, o chocolate amargo é o que oferece maior risco de intoxicação, pois possui em torno de 1,35% de teobromina a cada 30 gramas”.

Mas isso não quer dizer que o chocolate branco está liberado para os pets, pois a guloseima é rica em gorduras que também podem fazer mal. “Neste caso pode ocorrer um quadro gastroentérico (vômito e diarreia) devido à presença de lipídios. Os sintomas serão mais discretos, com uma rápida recuperação do animal depois do tratamento sintomático”, completa.

A alerta aos donos fica também para não se descuidar e deixar que o animal coma escondido, pois muitas vezes, só um pequeno pedaço pode ser prejudicial. A dose necessária para levar a um quadro de intoxicação varia de acordo com o porte do pet e o tipo de chocolate.

Confira a tabela divulgada pela Pet Care:

Como tratar

Caso ingira chocolate e seja intoxicado, o pet deve ter um acompanhamento médico veterinário e a internação é recomendada. “Infelizmente não existe antídoto para a intoxicação com teobromina e, então, o tratamento deve ser de suporte para os sintomas apresentados”, comenta Carla. “Trata-se de uma emergência médica. Se a ingestão for recente, de até três horas, a indução ao vômito deve ser instituída”, completa. Outras medidas adotadas são a lavagem gástrica, soro para reidratação e correção de eletrólitos.

Com informações de assessoria

 

Onze pessoas, entre elas quatro crianças de 3, 4 e 5 anos, sofreram intoxicação após comer peixe da espécie baiacu durante o almoço de ontem, em casa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Todas estão internadas. Uma criança de quatro anos e um homem de 41 anos estão em estado grave. Segundo a Secretaria de Saúde de Duque de Caxias, familiares das vítimas contaram que a família ganhou da vizinha peixes que haviam sido pescados durante o fim de semana.

Os peixes foram preparados e servidos ontem. Entre eles havia um baiacu, peixe venenoso que não deve ser consumido por inteiro - apenas determinadas partes não oferecem risco de intoxicação pela tetrodotoxina, substância que ataca o sistema nervoso humano e pode matar. As vítimas estão internadas em três hospitais de Caxias. Segundo a Secretaria de Saúde, não há previsão de alta de nenhum dos pacientes.

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Trinta e seis voluntários da Copa do Mundo passaram mal após comer refeição no sábado (14) servida no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, por uma empresa terceirizada contratada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). O caso aconteceu um dia antes do jogo entre Equador e Suíça, no Estádio do Mané Garrincha.

Segundo o gerente de Alimentos da Vigilância Sanitária do Distrito Federal, André Godoy, foram servidas 300 refeições compostas de arroz, feijão, carne, frango e macarrão com molho branco. Os voluntários relataram que na madrugada de domingo (15) começaram a apresentar diarreia, vômito e dores abdominais. “Não foi infecção porque não tiveram febre. Os sintomas são de intoxicação”.

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O alimento congelado servido aos voluntários vem de São Paulo. Para Godoy, a falha pode ter ocorrido na etapa da produção ou na distribuição da comida no ginásio. “Os maiores suspeitos são a carne e o molho branco. Mas foi um problema pontual, já que não voltou a ocorrer no domingo e na segunda-feira (16)”, disse. As amostras de alimentos foram enviadas para um laboratório e o resultado deve estar pronto amanhã (18).

Em nota, a Fifa informou que o Comitê Organizador Local (COL) está prestando todo o apoio necessário para que a Vigilância Sanitária do Distrito Federal (DF) possa apurar o que causou o mal-estar. “Assim que o resultado da análise sair, acompanharemos de perto as medidas a serem tomadas pela empresa terceirizada contratada para impedir que a situação se repita. É importante ressaltar que os serviços de alimentação providos para voluntários e staff do COL, em todas as sedes, são integralmente acompanhados por nutricionistas e que o projeto cumpre todas as normas da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Todos os voluntários se recuperaram e passam bem".

Pelo menos 60 banhistas que frequentaram a Praia da Tartaruga, em Búzios, na Região dos Lagos fluminense, foram atendidos no Hospital Municipal Dr. Rodolpho Perissé com sintomas de intoxicação. Na manhã desta sexta-feira (21), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente interditou a praia para uso e visitação desde o acesso na Avenida José Bento Ribeiro Dantas, a 1 km de distância.

"Orientamos as pessoas a não frequentarem a praia porque a substância se decompõe muito rápido. De ontem (quinta) para hoje (sexta), a mancha já sumiu da água, mas ainda é possível sentir o produto químico no ar", afirmou o secretário de Meio Ambiente e vice-prefeito de Búzios, Carlos Alberto Muniz. Lançada longe da costa, a substância ainda não identificada chegou à orla pelas correntes marinhas.

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Por volta das 19h de quinta-feira (20), a Secretaria de Saúde constatou que dezenas de banhistas, entre crianças, idosos e estrangeiros, chegavam ao hospital com náuseas, irritação nos olhos e problemas nas vias respiratórias que variaram de dor de garganta a quadro de bronquite. Por causa da pequena estrutura do hospital, alguns pacientes tiveram que ser levados para hospitais de cidades vizinhas.

A principal hipótese para a intoxicação é que um navio que ficou atracado na orla de Búzios até quinta, tenha despejado no mar um produto usado na caixa coletora de banheiros químicos para evitar mau cheiro. O navio seguia em direção ao Rio. Na Praia da Tartaruga não há banheiros químicos.

Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) encontraram manchas nas pedras perto da praia com tonalidade alaranjada e aspecto oleoso, o que reforça a hipótese de produtos químicos. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente descartou a possibilidade de que o produto seja esgoto porque a água não tinha mau cheiro e permanecia com a aparência normal.

Duas amostras da água foram recolhidas, uma no fim da noite de quinta e outra na manhã de sexta, e serão analisadas em caráter de urgência. O laudo ficará pronto na próxima quarta-feira (26).

Guardas municipais e ambientais orientam e informam frequentadores sobre a interdição. Donos e funcionários de quiosques e os poucos moradores da Praia da Tartaruga também foram orientados a deixar o local e não atender turistas.

O secretário Muniz esteve no hospital e conversou com os banhistas. Eles contaram que a mancha era contínua e tinha 150 metros de comprimento e 40 metros de largura. Pela manhã ele esteve na Praia da Tartaruga e apresentou os mesmos sintomas dos banhistas.

"Os banhistas disseram que a mancha tinha uma substância pegajosa, que flutuava e exalava um cheiro forte. Eles reclamaram de gosto metálico e contaram que sentiam ardência nos olhos e desconforto nas vias respiratórias quando mergulhavam".

Segundo o secretário, no verão de 2013 uma mancha semelhante apareceu na Praia de Manguinhos, mas por causa da rápida decomposição, na época os técnicos não conseguiram identificar a substância. Nos dois casos só havia um navio atracado em Búzios, mas a quantidade de pessoas afetadas na Praia da Tartaruga foi maior.

"Ninguém vai para uma praia paradisíaca para ser atingido por produtos químicos. Esse episódio desgastou a imagem do município e pode ter impactos na quantidade de turistas que visitam a cidade. Vamos apurar as causas e processar os responsáveis", afirmou Muniz. Ele afirmou que "o causador do desequilíbrio" pode receber multa (entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão) e o comandante do navio poderia ser preso pela poluição.

No período dos recessos escolares, pais e mães não devem descansar um só minuto. O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox) chama a atenção de quem cuida de crianças. O número de intoxicações no primeiro mês do ano tende a aumentar com a presença mais constante dos pequenos em casa. Medidas rápidas e acertadas podem evitar consequências mais graves. 

Materiais de limpeza, medicações e agrotóxicos podem se tornar vilões se não armazenados com responsabilidade. O uso dos famosos “chumbinhos”, irregularmente utilizado como veneno para ratos, é um dos principais causadores das intoxicações. “É um problema de saúde pública, ninguém deve adquirir produtos clandestinos, como o chumbinho. Precisa-se de cuidado com as crianças que, curiosas, sempre exploram o ambiente”, orienta a coordenadora do Ceatox, Lucineide Porto. 

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Prática comum para algumas pessoas é depositar produtos de limpeza em garrafas pet. Lucineide critica a prática e diz que todos devem “seguir as instruções do rótulo, pois há normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso mais seguro destes produtos”. 

Animais - Mesmo com a variedade de substância que podem causar intoxicações nas crianças, os maiores perigos na Região Metropolitana do Recife ainda são os animais peçonhentos, principalmente os escorpiões. “Com as chuvas, os escorpiões são desalojados de seus habitat naturais. Nas crianças (abaixo de 12 anos), a picada pode matar em poucos minutos”, explica a gestora do Ceatox. 

 Com urgência, os pais devem levar as crianças para o Hospital da Restauração. Após a picada, as crianças não devem tomar medicações sem o  atendimento preliminar. No caso dos adultos, as vítimas de picadas podem ser atendidas em postos de saúde ou nas Unidades de Pronto Atendimento  (UPAs). 

 Uma central de atendimento da Anvisa atende durante 24 horas por dia a pessoas vítimas de animais peçonhentos e outras intoxicações. “Só ligar,  gratuitamente, para 0800 722 6001, que você é orientado para qual hospital ir, de acordo com a ocorrência”, conta Lucineide Porto. 

A polícia de Barreiras, no extremo oeste da Bahia, investiga se foi um creme para alisar cabelos que causou a morte da dona de casa Maria Cleide Lopes da Silva, de 36 anos. De acordo com familiares, ela começou a se sentir mal no dia 25, quando aplicou o produto, e teve piora no dia 30, depois de fazer uma escova.

Levada a um posto de saúde no dia 31, com inchaços no rosto e no tórax, ela ficou em observação e foi liberada. Sem melhora na condição clínica, ela foi internada no Hospital Eurico Dutra, na manhã desta quinta-feira (2). Morreu na madrugada desta sexta-feira (3), na unidade. O atestado de óbito, assinado pelo médico Carlos José de Souza, informa que a causa da morte foi intoxicação seguida de choque anafilático.

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Em depoimento, o marido da vítima, o cabeleireiro Matire Lima de Oliveira, de 46 anos, contou que Maria Cleide usava o mesmo produto havia muitos anos e gostava de fazer o procedimento por conta própria. A vigilância sanitária do município está recolhendo cremes da mesma marca nos salões de beleza da cidade para análise.

Segundo o delegado Francisco Carlos de Sá, a perícia técnica deve identificar a substância que causou a intoxicação da dona de casa. De acordo com ele, representantes da empresa que fabrica o produto, da marca Salon Line, serão chamados para depor. A empresa, com sede em São Paulo, ainda não se pronunciou sobre o caso.

Mais de 120 pessoas foram internadas em Alpinópolis, no sul de Minas Gerais, com sintomas de intoxicação alimentar depois de comerem sanduíches com maionese caseira em uma tradicional lanchonete da cidade.

A procura por atendimento foi tanta que equipes do o Hospital Cônego Ubirajara Cabral tiveram que atender os pacientes em macas colocadas no necrotério. A lanchonete foi interditada pela Vigilância Sanitária municipal, que recolheu várias amostras de alimentos no local para análise.

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As vítimas começaram a procurar a unidade de saúde na segunda-feira, 23, com quadros de febre, vômitos, diarreia e fortes dores abdominais. Os pacientes foram submetidos a exames de sangue e tomaram soro. Parte das vítimas permanecia internada em observação no início da tarde desta terça-feira, 24. A Polícia Militar (PM) não conseguiu localizar o dono da lanchonete.

No sábado, 21, 14 crianças com idades entre 1 e 3 anos foram internadas em Monte Carmelo, no Triângulo Mineiro, suspeitas de terem sofrido intoxicação com a alimentação servida na creche onde estavam em Iraí de Minas, na mesma região. As crianças também receberam soro para evitar desidratação. A prefeitura, responsável pela creche, informou que os alimentos foram recolhidos.

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