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Desde que o Facebook anunciou a criação da Meta como sua grande holding e popularizou o conceito do metaverso (que não foi criado por Mark Zuckerberg, é bom lembrar), muito se tem falado sobre essa realidade digital interativa. Para além dos recursos de entretenimento, com jogos em 3D que prometem ganhar o público mais jovem, a tecnologia se mostra promissora para negócios, marcas e profissionais. Mas será que essa moda pega?

O metaverso é, na verdade, um conceito, que compreende uma realidade “paralela” e virtual, em que cada pessoa pode ter um avatar e interagir com outras pessoas. Não é um único universo, mas cada marca/empresa pode ter o seu espaço limitado, desde que ele seja acessível e permita interações. Com isso, têm surgido os metaversos de diversas empresas, bem como marcar vêm investindo em ações de branding por lá. Shows, apresentações, seminários, congressos, reuniões de negócios e mesmo audiências judiciais já estão sendo realizadas no metaverso, prova de que há um movimento de desbravar essa nova tendência.

Particularmente, inovações são sempre bem-vindas, quando melhoram a vida das pessoas ou oferecem novas possibilidades. Por enquanto, é isso que o metaverso tem feito, criando um novo conceito de interação a distância. Estudos apontam que, num futuro não tão distante, o metaverso já fará parte da nossa vida como algo comum, em que todos poderemos acessar e realizar diversas atividades. Preocupa-me, apenas, o nível de “absorção” que esse universo pode exercer sobre as pessoas. Há diversos filmes e séries que abordam a questão de como a realidade virtual pode ser viciante, como um escapismo do mundo real. Parece algo distante, mas não é impossível de acontecer.

Já pensando sob a ótica dos negócios, as marcas precisarão saber como aproveitar ao máximo o metaverso de forma a impulsionar seus lucros, fortalecer sua presença digital e cativar o público. Do contrário, será um investimento jogado no lixo, pois não surtirá os efeitos pretendidos. Os investimentos em desenvolvimento de tecnologias e em marketing deverão ser olhados com mais cuidado, para que, direcionados corretamente, resultem em soluções criativas e de impacto.

Vivemos a era da tecnologia, que está em plena expansão e transformação. O metaverso é um desses “eventos” que mudam de certa forma a maneira como nos relacionamos, mas ainda parece ter um longo caminho de sedimentação à frente. A conferir como irá se desenrolar. Por enquanto, vale pesquisar, investir e buscar soluções que incluam essa realidade virtual tão falada e almejada.

 

Diz-se popularmente que “ninguém é uma ilha”. A frase, embora soe batida, exaustiva, encerra em si uma ideia muito importante e que deve levar à reflexão no âmbito pessoal e no profissional. De fato, não fomos feitos para viver isolados, mas em sociedade, coletividade. Saber se relacionar é uma habilidade essencial para quem quer se desenvolver na vida, pois é com as conexões certas que se consegue alcançar novos patamares. Essa é a arte do networking.

Networking, na verdade, está relacionado ao ato de criar e manter contatos ativos e dinâmicos, formando um grupo de pessoas que se apoiam entre si na busca de seus objetivos. Entenda-se: não é apenas “se aproveitar” do que os outros podem oferecer, mas também estar disponível para ajudar, conectar pessoas, ofertar seus conhecimentos e habilidades, ou mesmo companhia quando necessário. Em suma, é ter relações saudáveis, produtivas e duradouras, em que todos se beneficiem. Dessa forma, fica claro que networking não é um termo que abrange apenas o âmbito profissional, mas todos os relacionamentos da vida.

O poder do networking na construção do sucesso é inquestionável. Com ele, é possível conquistar um círculo de apoio poderoso e confiável nos eventos importantes da vida pessoal e profissional. Mas o networking precisa ser construído com transparência, honestidade, sinceridade e ética para funcionar, uma vez que ele é, como se costuma dizer a arte de ser interessante sem ser interesseiro. Isso exige autenticidade nas relações. E isso não é algo fácil de disfarçar: pessoas que se aproximam de outras só por interesse próprio podem ser logo identificadas. Atitude nada ética, que deixa qualquer um mal visto, principalmente um profissional. Portanto, a ordem é firmar conexões que sejam vias de mão dupla – ou múltipla.

Todo mundo precisa se relacionar para viver, trabalhar, até casar. Por mais óbvia que essa afirmação possa parecer, muitas pessoas não atentam para a importância de criar boas relações. O networking é, então, uma das bases da vida como um todo: é impossível seguir sem se relacionar bem. Em todos os aspectos, mas principalmente no profissional, faz-se necessário que os relacionamentos sejam honestos, frutuosos e tragam vantagens para todos os envolvidos. Assim, todos ganham e crescem juntos.

A nova edição do Programa Vem Ser SA já está disponível ao público no Facebook e Youtube. Nesta edição, o Controlador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Janguiê Diniz, recebe o fundador do aplicativo Easy Táxi, Tallis Gomes. O empreendedor mineiro conta como criou uma das plataformas digitais mais disruptivas e relevantes da atualidade.

No programa, Tallis atribui o sucesso do Easy Táxi à escolha do time certo, inicialmente formado por um grupo de quatro sócios, e à velocidade na execução das ações. Presente em 30 países, a empresa ganhou prêmios o Startup Weekend RIO de 2011, a IBM SmartCamp Brazil de 2011, o Startup Farm RIO 2011 e o TNW Brazil Awards.

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O universo do empreendedorismo e estratégias de negócios ganham destaque em mais um episódio da segunda temporada do Vem Ser S/A. Nesta quarta-feira (7), Janguiê Diniz recebe Antonio Camarotti, o CEO e publisher das revistas Forbes e Billboard no Brasil.

Durante o encontro, o empresário detalhou dificuldades e as características necessárias a quem quer empreender no país. A sua tranjetória de sucesso para se tornar o head de uma das mais importantes publicações do mundo da música e negócios no país também foi detalhada na conversa. Assista:

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Nos episódios anteriores, empresários de outras áreas destacaram como construir um negócio de sucesso e se tornar referência em empreendedorismo no Brasil e no mundo. Os episódios podem ser conferidos no canal do YouTube do Vem Ser S/A.

Na noite desta segunda-feira (26), o mestre e doutor em Direito, Reitor da UNINASSAU, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, José Janguiê Bezerra Diniz lançou o livro “O Brasil da Política e da Politicagem: Perspectivas e Desafios”. A obra, com publicação da editora Novo Século, é uma junção de 250 artigos já publicados pelo empreendedor em mais de dez jornais brasileiros. A solenidade foi realizada na sede da UNINASSAU de Boa Viagem. 

Durante o evento, José Janguiê ressaltou os temas abordados na sua 16ª obra. “O livro traz temas que eu acho de extrema importância como empreendedorismo, educação, meio ambiente, esportes, mas especialmente sobre a política. Visto que o título da publicação diz respeito a um artigo que escrevi, em 2014, sobre a situação política do nosso país. De lá para cá essa situação só tem se deteriorado, em virtude das diversas crises que estamos passando como a moral, a ética e a econômica”, detalha. 

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Segundo o autor, o pensamento da população brasileira tem que seguir a linha da mudança com uma boa política e não com politicagem, como a que a sociedade tem presenciado. “Um dia desses estava conversando com um empresário de sucesso e ele disse: - Janguiê, estou trabalhando muito. A minha empresa está crescendo e eu vou me mudar do Brasil. Prontamente o respondi: - Pois eu estou trabalhando muito e a minha empresa está crescendo porque eu quero mudar o Brasil”, lembrou. 

O lançamento contou com a presença do ministro da Defesa, Raul Jungmann, que assinou o prefácio do livro. “Nós vivemos um momento em que não devemos nos voltar contra a política, mas sim buscar a boa política. Aquela contra roubalheira e os escândalos. Essa obra do Janguiê procura indicar o caminho da boa e decente política. O Brasil precisa ser passado a limpo, precisa da Lava Jato, precisa que tudo seja feito dentro e de acordo com a lei. E que uma nova geração de políticos venha com princípios e com valores representar o povo brasileiro e dar a confiança que ele precisa ter na política e nos políticos”, ressaltou. 

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Mudança. Essa é a palavra de ordem aclamada por milhões de brasileiros nos últimos anos. Essa é, também, a postura que se espera da atuação do novo presidente Michel Temer que, a partir de hoje, assumirá o Brasil para um mandato curto. Mudanças em todos os sentidos, em todos os setores. Mudanças que proporcionem à sociedade brasileira acreditar que o Brasil irá superar a crise econômica e voltará a se desenvolver em todas as áreas.

Otimismo. Esse é um substantivo característico dos brasileiros e tão presente nessa nova etapa que se inicia em nosso país. Somos otimistas em acreditar que um futuro melhor está por vir, com mais oportunidades e que este futuro irá beneficiar a todos.

Desafios. Durante duas décadas, o Brasil viveu um crescente desenvolvimento sócio econômico, que trouxe ganhos para todos os setores. Inicialmente, através da Lei de Responsabilidade Fiscal, privatizações e implantação do Plano Real. Posteriormente, com o investimento em políticas sociais, voltadas a garantir o desenvolvimento socioeconômico do País. Em todos esses aspectos, inúmeros desafios foram sendo ultrapassados e geraram resultados que nos tornaram, por um tempo, a 6º economia mundial.

A economia foi fortalecida através da expansão do crédito, o acesso à educação superior foi garantido através dos programas sociais imprescindíveis de financiamento (Fies) e bolsas estudantis (Prouni), a habitação registrou crescimento graças ao crédito das instituições financeiras para financiamento da casa própria e as fronteiras foram abertas para investimentos estrangeiros.

Hoje, o Brasil está estagnado. Os níveis de desemprego e inflação não atingiam números tão altos há muitos anos, provocando o esvaziamento do comércio e fazendo a população paralisar qualquer projeto de investimento pessoal. Pelo país, as epidemias de dengue, Zika e agora a gripe do H1N1, se alastram, sem que o Sistema de Saúde consiga impedir, ou minimizar. Estamos, há muito, vendo que o Estado Brasileiro é totalmente inoperante. Nós, cidadãos, nos sentimos abandonados, seja na área da política, da segurança, da saúde, da educação e da infraestrutura.

A partir de hoje (12/05), uma nova era, um novo momento histórico se inicia no Brasil. Devemos passar uma borracha nos acontecimentos pretéritos, que devem ficar em nossa memória apenas como aprendizado. Temos que olhar para o futuro que, tenho certeza, será transformador.

O Brasil precisa de reformas. Inicialmente a reforma administrativa. Para que tantos ministérios, tantos cargos de confiança e tantas empresas estatais? O Estado está inchado, gigante. As receitas provenientes dos tributos não são suficientes para custear as próprias despesas estatais, quanto mais para custear as atividades essenciais como a educação, saúde, segurança, infraestrutura, saneamento, etc. Temos que ter um estado mínimo, regulador e fiscalizador.

Precisamos de uma reforma política que acabe, ou pelo menos minimize, a corrupção institucionalizada. Mister se faz uma reforma tributária com o objetivo de descomplicar e desonerar a atividade produtiva para que a mesma gere mais emprego, riqueza e renda, e por via de consequência, pague faça crescer a arrecadação. Necessário se faz uma reforma previdenciária para evitar a bancarrota do Estado. Uma reforma trabalhista que possa flexibilizar as relações entre capital e trabalho, cujo fim primacial consiste em aumentar os números de empregos. E até uma reforma educacional cujo desiderato seja acabar com a gratuidade do ensino público para os ricos, mantendo, e até ampliando, para os pobres. Apenas lembramos, ilustrativamente, que cerca de 80% dos estudantes das universidades públicas federais são ricos e estudam sem pagar nada, enquanto os alunos pobres, que precisam trabalhar para sobreviver, vão estudar nas boas faculdades privadas através de bolsas de estudo (ProUni), via financiamentos públicos (Fies) ou financiamentos privados, o que é paradoxal e inconcebível em um país de tantas desigualdades sociais.

O Brasil precisa mudar completamente a sua relação com a sociedade e com o mundo. São necessárias atuações que permitam mais parcerias público-privada, promovendo mais eficiência nas ações. Precisamos ser mais abertos, competitivos e menos burocráticos. Nós, brasileiros, queremos confiar na nossa classe dirigente, para que ela nos mostre uma sociedade madura e apta a crescer juntamente com parceiros comerciais do mundo afora.

A nação que queremos não admite mais corrupção, burocracia, desigualdade educacional para os iguais, bem como incompetência, arrogância e falta de humildade de seus governantes. O país que sonhamos tem que ser transparente, oferecer justiça social, saúde e educação de qualidade - gratuita para os pobres, onerosa para os ricos -, segurança pública, saneamento básico, infraestrutura e moradias dignas para todos, taxas de juros acessíveis ao setor produtivo, políticas de aposentadoria dignas, mas que permitam sustentabilidade ao Estado, além de incentivar a criação de um setor produtivo forte, que gere empregos, riqueza e renda para todos.

Queremos um país de produção e consumo, de trabalho e renda, de hospitais e escolas públicas para os pobres e particulares ou pagas para os ricos. Uma nação de seriedade, integridade e responsabilidade em todos os níveis. Um estado democrático, independente, soberano, respeitado internacionalmente e que use o dinheiro público no objetivo destinado. Um país que pensa em seu povo e que quer o melhor para ele.

Esperança. Essa é a palavra que norteia nossas expectativas em relação ao governo de Michel Temer. Esperança de que ele e seus colaboradores sejam capazes de unificar o Brasil numa grande aliança e recolocá-lo nos trilhos do progresso e do desenvolvimento econômico e social, possibilitando a superação dos desafios e das adversidades, fazendo com que seja recriada uma nova sociedade, mais igualitária e com mais oportunidades para todos. Enfim, uma nova era surgirá a partir de hoje no Brasil.

O empresário José Janguiê Bezerra Diniz assume o cargo de novo presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), a mais importante associação representativa do Ensino Superior Particular do Brasil. A posse acontece no próximo dia 03 de maio, em Brasília, sede da Instituição e contará com a presença de mantenedores de instituições de ensino superior particular de todo o país, além de personalidades da educação, política e economia nacional.

Mestre e Doutor em Direito, Janguiê fundou o Grupo Ser Educacional em 2003, junto com a Faculdade Maurício de Nassau, hoje UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau. No currículo, ele carrega, entre outros cargos, o de professor de Direito da UFPE, Juiz Federal do Trabalho e Procurador do Ministério Público da União por quase 20 anos. Nos últimos 12 anos, Janguiê fez parte da diretoria da ABMES:  primeiro como conselheiro fiscal e depois como o terceiro vice-presidente por três mandatos.

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A chapa que assume o triênio da ABMES é composta também pelos vice-presidentes Daniel Faccini, da Anima Educação; Celso Niskier, do Centro Universitário UniCarioca; e Débora Brettas, do Instituto Faceb Educação; além de mais 27 representantes de mantenedoras. O grupo conta com o apoio de Gabriel Mário Rodrigues, presidente da Instituição por 12 anos e um dos nomes mais influentes no setor de educação superior particular do Brasil. “Durante todos esses anos, trabalhamos para construir uma ABMES forte e que representasse o setor da educação superior particular. Deixo a presidência da ABMES com a certeza de que o novo presidente irá trabalhar para crescermos ainda mais”, comenta Rodrigues.

A ABMES, que representa todas as instituições de ensino superior particular do Brasil, tem, atualmente, como associadas, cerca de 500 mantenedoras. Entre as propostas da nova diretoria está a defesa firme e combativa dos direitos e interesses de todas as mantenedoras do Brasil, e a de superar este número até o final do mandato. “Queremos expandir a ABMES e fazê-la ser ainda mais forte. Iremos buscar mais associados e ser ainda mais presentes e firmes nas discussões com o poder público, e em especial com o Ministério da Educação, para beneficiar o setor particular e por via de consequência o ensino particular de qualidade.  Tudo de importante que a ABMES conquistou ao longo de sua história será mantido além de lutarmos para ampliarmos as conquistas. É extremamente gratificante representar a maior associação de ensino superior particular do país”, assevera Janguiê.

Durante o período de campanha, Janguiê apresentou aos associados 15 propostas de trabalho para a ABMES, entre elas a de descentralizar a Associação através da criação da ABMES regional sul, sudeste, norte, nordeste e centro-oeste, em parceria com entidades associativas ou sindicais locais. “Todas as propostas foram pensadas e avaliadas de acordo com a necessidade de cada um de nós, mantenedores e associados da ABMES, sempre com intuito de corroborar com o objetivo principal da associação de defender e lutar pelos direitos e interesses legítimos das instituições particulares de ensino superior do país”, completa.

Entre os desafios do novo cargo, Janguiê ressalta que é preciso promover a união do setor. “O ensino superior particular representa mais de 75% das matrículas do ensino superior no Brasil e a maior parte das instituições existentes tem até 3 mil alunos. Elas são essenciais e imprescindíveis para o desenvolvimento do Brasil, pois um País para sair de um estágio de subdesenvolvimento para desenvolvimento, só através da educação, desde a básica à superior. As IES particulares estão fazendo a sua parte.  Entretanto, as IES pequenas sofrem, principalmente, com regras que as igualam às maiores instituições do país. Uma das nossas propostas é trabalhar exatamente nesse contexto, de lutar para que as elas sejam tratadas e avaliadas levando em consideração a regionalidade e especificidade”, finaliza.

1) Sua vida profissional teve início muito cedo e seu empreendedorismo resultou no maior grupo educacional do nordeste: a Ser Educacional, que tem crescido de maneira expressiva, inclusive expandindo sua atuação para o norte e para o sudeste do país. Pode falar um pouco sobre a sua trajetória e onde pretende chegar?

Nasci em uma família pobre que optou por deixar o sertão da Paraíba na tentativa de uma vida melhor. Sou o mais velho de sete irmãos. Desde muito novo tive que trabalhar, mas nunca deixei de estudar. Acreditava na educação como a única forma concreta de mudar o meu status quo e foi por isso que aos 14 anos saí, sozinho, de Pimenta Bueno, em Rondônia, para o Recife. Foi na capital pernambucana que pude concluir o ensino médio, cursar Direito na UFPE e Letras na Universidade Católica. A ideia de investir em educação veio porque, ao estudar para o concurso da Magistratura, percebi que não haviam cursos preparatórios para o concurso no Recife e coloquei como meta que, após a minha aprovação, abriria um. Fui aprovado no concurso, também me tornei professor da Faculdade de Direito do Recife e fundei o Bureau Jurídico, curso preparatório para concursos, em 1994. O BJ, como era conhecido, se tornou um sucesso, com altos níveis de aprovação e atendendo alunos de todo o Brasil. Na época, haviam apenas 4 faculdades de Direito em Pernambuco e uma enorme demanda de alunos, então, comecei a pensar em abrir uma instituição de ensino superior. A Faculdade Maurício de Nassau foi fundada no Recife, junto com o Grupo Ser Educacional, em 2003 e desde então, cresce gradativamente. Meu objetivo é poder oferecer, cada vez mais, acesso ao ensino superior para os estudantes. Acredito que a educação é a única forma concreta de mobilidade social e a única forma de um país se desenvolver sócio e economicamente. 

2) O professor Gabriel Mario Rodrigues esteve à frente da ABMES por 12 anos. Como é receber o bastão de um dos maiores empreendedores do segmento educacional do país?

Gabriel é um exemplo para todos nós. Seus ensinamentos são muito preciosos e levarei sempre comigo suas ideias. Tenho certeza que ele ainda irá contribuir muito com a ABMES e com o setor de educação do Brasil.

3) O que os associados à ABMES poderão esperar da sua gestão?

Quero expandir a ABMES e fazê-la ser ainda mais forte. Iremos buscar mais associados e ser ainda mais presentes nas discussões com o poder público, e em especial o MEC para beneficiar o setor. Manteremos tudo de positivo que a ABMES tem e teremos ainda mais personalidade para representar a maior associação de ensino superior particular do país.

4) A gestão do professor Gabriel tratou com muita atenção a questão das pequenas e médias instituições de ensino superior associadas à ABMES. E agora, nesta nova gestão, certamente, a sua trajetória profissional servirá de inspiração para muitos mantenedores. Como pretende atuar/articular de modo a subsidiar a permanência dessas instituições no cenário educacional?

O ensino superior particular representa mais de 75% das matrículas do setor no Brasil e a maior parte das instituições existentes tem até 3 mil alunos. Elas são essenciais para o setor. Entretanto, sofrem, principalmente, com regras que as igualam as maiores instituições do país. Uma das nossas propostas é trabalhar exatamente nesse contexto, de lutar para que as IES sejam tratadas e avaliadas levando em consideração a regionalidade e especificidade.

5) O que o senhor  vê como tendência para o país nos próximos anos no âmbito educacional?

Acredito que o ensino a distância irá ganhar bastante espaço, pela facilidade para os estudantes poderem estudar em qualquer lugar e a qualquer tempo. Porém, enxergo também a volta do desenvolvimento do setor pós crise econômica que é vivida pelo Brasil. Para isso, as instituições estarão, cada vez mais, em busca de professores qualificados e de tecnologia para aliar prática e teoria nas salas de aula.

6) A desaceleração da economia tem preocupado muitos mantenedores. Com a sua visão empreendedora, o senhor concorda com a máxima “na crise, uma oportunidade”?

Em qualquer setor, é na crise que criam oportunidades. O momento econômico brasileiro tem feito com que as instituições elaborarem mais estratégias de mercado, de captação, de retenção de alunos e até de redução de custos.

7) Hoje, na sua opinião, quais são os principais problemas da educação brasileira e o que o senhor apontaria como solução?  

Acredito que para o ensino superior particular, o principal problema está na baixa qualidade dos alunos que são provenientes do ensino básico público. Para as particulares, que trabalham com a preparação direta de profissionais para o mercado de trabalho, por vezes é preciso oferecer cursos de nivelamento para alunos ingressantes e ainda são muitos estudantes que são reprovados porque não conseguem acompanhar o conteúdo apresentado nas IES. Infelizmente, essa realidade só irá mudar através de uma reforma na educação, com escolas públicas de nível básico com qualidade de formar os estudantes para o nível superior. Essa mudança depende, basicamente, de investimento e fiscalização. Apesar de termos um alto investimento destinado para a Educação, comparado a outros países, a falta de fiscalização faz com que boa parte desses recursos não cheguem ao seu destino, se perdendo nos desvios de verbas. Outro grande problemal é a escasses de financiamento – FIES. É que temos apenas cerca de 17% da população como idade universitária (de 18 a 24) anos no ensino superior. 83% ainda está fora. A maioria dos que estão fora depende de financiamento para estudar. Na medida em que o governo reduziu a verba do FIES e tornou mais rígidas as regras, como por exemplo, 450 pontos no ENEM,  frustou os sonhos de muitos jovens, principalmente os provenientes de escola pública.

8) Um grave problema que o ensino superior enfrenta é a baixa qualidade da educação básica:  a maioria dos ingressantes são oriundos de escolas públicas, que chegam à faculdade tendo que aprender matérias elementares. Como o senhor analisa esse cenário? O senhor tem algum projeto de articular as IES para o nivelamento desses alunos? O que poderia ser feito junto ao Governo Federal para que as IES particulares possam contribuir com uma educação de qualidade em todos os níveis?

Nas instituições do grupo Ser Educação, são ofertados cursos de nivelamento para os alunos de diversas áreas: Engenharias, Comunicação e até do Direito. Ainda no primeiro período, os estudantes têm acesso a aulas de matemática, português e outras, para garantir o bom andamento das disciplinas dos cursos. O grande mal do Brasil hoje é a corrupção e esse é o motivo de termos um ensino básico público precário em sua maioria. Verbas destinadas para a modernização das escolas e capacitação de professores não chegam ao destino, impedindo o investimento e desenvolvimento da educação no Brasil.

9) Na última década, a ABMES intensificou o relacionamento com os órgãos do Governo Federal, sobretudo com o Ministério da Educação, resultando em ganhos significativos para o setor particular de ensino. Como o senhor avalia essa articulação?  

Essa é uma articulação necessária para o setor. É através de um bom relacionamento com o MEC que podemos conquistar mais espaço e garantir direitos para as IES particulares. É com esse foco que a nova gestão da ABMES irá trabalhar, intensificando ainda mais esse trabalho na busca por melhores condições.

10) Hoje, a ABMES promove anualmente a Campanha da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular. Já são 11 edições da Campanha e mais de um milhão de pessoas são beneficiadas por ano com as ações voluntárias promovidas pelas IES. Quais serão os seus projetos para a próxima gestão na ABMES no âmbito da responsabilidade social?

Acredito nas ações de responsabilidade social como uma forma de ajudar aos menos favorecidos e também de contribuir na construção de uma sociedade melhor. Já são 11 edições de sucesso de uma ação que só engrandece o papel da ABMES para a educação e para a sociedade. Nesta nova fase da ABMES, os projetos de responsabilidade social existentes e promovidos pela Associação serão mantidos e outras ações serão elaboradas, sempre ouvindo os nossos associados, que poderão trazer ideias e sugestões para as Campanhas.

11) O senhor tem construído uma sólida história durante todos esses anos de atuação no setor. Qual o legado que o senhor pretende deixar para ABMES e para a educação brasileira?

Acredito na educação como forma de mudar o Brasil. Enxergo a ABMES como uma instituição que está ativa na defesa do setor e que tem um papel determinante para o ensino superior particular. Como legado, quero deixar a assertiva de que podemos sonhar e  realizar nossos sonhos com muito trabalho, dedicação e coragem. Quero fazer da ABMES uma instituição ainda  mais forte na defesa dos direitos e interesses dos mantenedores  e fazer com que a educação particular seja valorizada por todos: alunos, mercado, governo e toda a  sociedade.

12) O que o motiva diariamente?

Saber que estou trabalhando incansavelmente para construir um país melhor, através da educação. Cada um dos estudantes que passa por nossas instituições tem uma história. Eles levam um pouco de nós e deixam um pouco de si. São histórias surpreendentes, de superação, de dedicação, de desafios e de vitórias. É isso que me motiva. Saber que estou, através das nossas instituições de ensino, mudando para melhor a vida de milhares de estudantes. 

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