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Em contraste com o discurso que fez na manhã desta quinta-feira, 25, na Favela da Varginha, no qual abordou questões terrenas e brasileiras como os protestos nas ruas, as injustiças sociais e a pacificação das favelas, o papa Francisco fez aos milhares de jovens que foram vê-lo nesta noite na Festa de Acolhida da Jornada Mundial da Juventude, na praia de Copacabana, um apelo para que se voltem para a espiritualidade.

No pronunciamento marcado por citações da Bíblia e linguagem coloquial, o pontífice recorreu a uma gíria bem carioca - "bote fé"- para conclamar o público a se engajar no cristianismo, deixar as obsessões materiais - "o ter, o dinheiro, o poder"- e trocar a si mesmos por Deus como centro da vida. Francisco chamou esse processo de "revolução copernicana", em alusão a Nicolau Copérnico (1473-1543), o cientista que formulou o heliocentrismo, teoria segundo a qual o centro do universo seria o sol, não a Terra.

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"Mas o que podemos fazer? 'Bote fé'", pediu o Santo Padre, no discurso, no qual recorreu a uma imagem familiar - a preparação de comida - para expor seu pensamento. "A cruz da Jornada Mundial da Juventude peregrinou através do Brasil inteiro com este apelo. Bote fé: o que significa? Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então 'bota' o sal; falta o azeite, então 'bota' o azeite... 'Botar', ou seja, colocar, derramar." Para o papa, a Bíblia mostra o caminho para a jornada espiritual que recomendou aos jovens. "No Evangelho, escutamos a resposta: Cristo", afirmou.

"Jesus é Aquele que nos traz a Deus e que nos leva a Deus; com Ele toda a nossa vida se transforma, se renova e nós podemos olhar a realidade com novos olhos, a partir da perspectiva de Jesus e com os seus olhos."

Francisco pediu também aos jovens que se perguntassem, com sinceridade, em quem depositavam confiança, em si próprios ou em Jesus e propôs uma troca. "Sentimo-nos tentados a colocar a nós mesmos no centro, a crer que somos somente nós que construímos a nossa vida, ou que ela se encha de felicidade com o possuir, com o dinheiro, com o poder", declarou. "Mas não é assim! É verdade, o ter, o dinheiro, o poder podem gerar um momento de embriaguez, a ilusão de ser feliz, mas, no fim de contas, são eles que nos possuem e nos levam a querer ter sempre mais, a nunca estar saciados. (...) Vejam, queridos amigos, a fé realiza na nossa vida uma revolução que podíamos chamar copernicana, porque nos tira do centro e o restitui a Deus; a fé nos imerge no seu amor que nos dá segurança, força, esperança."

O papa citou São Pedro para falar da sua satisfação por estar na Jornada Mundial da Juventude. "É bom estarmos aqui!": exclamou Pedro, depois de ter visto o Senhor Jesus transfigurado, revestido de glória", disse. "Queremos também nós repetir estas palavras? Penso que sim, porque para todos nós, hoje, é bom estar aqui juntos unidos bem torno de Jesus!" O pontífice afirmou ainda que era bom estar em Copacabana, reunido com os jovens da JMJ, "botando Cristo na nossa vida, botando a fé, a esperança, o amor que Ele nos dá".

Logo ao chegar, em sua saudação aos jovens, o papa disse ver neles "o rosto do jovem Cristo" e pediu um minuto de silêncio e oração pelas vítimas de um acidente na Guiana Francesa. O pontífice não seguiu estritamente o texto previamente distribuído à imprensa. Por seis vezes, improvisou algumas frases descontraídas, algumas até em português ao longo do pronunciamento feito principalmente em espanhol. O primeiro improviso foi dirigido aos moradores da cidade. "Sempre ouvi dizer que os cariocas não gostam da chuva e do frio", afirmou, logo no início. "Mas vocês estão mostrando ser mais fortes que o frio e a chuva. Parabéns! Vocês são verdadeiros guerreiros!" Ele também fez alguns improvisos no discurso, como quando perguntou aos jovens se estariam dispostos a "entrar nesta revolução da fé".

O papa Francisco foi bastante aplaudido pelos peregrinos no fim de sua fala na Missa da Acolhida da Jornada Mundial da Juventude. Após a sua participação, os peregrinos começam a deixar a praia de Copacabana.

Já não existem mais lugares em toda a extensão da avenida Atlântica na "primeira fila" dos gradis colocados para permitir a passagem do papa Francisco no papamóvel na praia de Copacabana. Agentes da Força Nacional de Segurança guardam o lugar por onde passará o pontífice e, vez ou outra, alguns fazem a função de fotógrafos, atendendo aos pedidos dos peregrinos e fiéis.

Um animado grupo de Belém (PA) chegou às 14 horas para garantir seu lugar no gradil. O geógrafo Carlos Almberto Pompeu, de 65 anos, disse estar com uma enorme expectativa para ver o papa. "Por isso estou aqui, firme e forte, faça chuva ou sol", sorriu, sob a fina garoa que cai neste momento. O grupo, com 64 pessoas, está hospedado em sete apartamentos alugados em Copacabana, no mesmo prédio, na esquina das ruas Barata Ribeiro e Djalma Urich.

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Segundo a organizadora da caravana, Sílvia de Paula, de 56 anos, foram três dias de viagem no ônibus, com paradas para as refeições. "Viemos preparados até para a vigília em Guaratiba, com saco de dormir e tudo", disse a servidora pública, que ficou satisfeita com a mudança de local da vigília para Copacabana: "Graças a Deus! Estávamos torcendo."

Dos 64 integrantes do grupo, 26 são jovens, "mas esses estão espalhados pela praia", sorriu a organizadora. Todos chegaram ao Rio na segunda-feira, 22, à noite e vão embora no domingo, logo após a missa de encerramento. Do Rio seguem para Aparecida (SP), no que dona Sílvia descreveu como "tour da fé".

A organização da Jornada Mundial da Juventude confirmou que a vigília e a missa de encerramento, que aconteceriam neste sábado (27), e domingo (28), serão transferidas para a Praia de Copacabana. A previsão era que o evento fosse realizado no Campus Fidei, em Guaratiba, zona oeste do Rio, onde há um palco montado e estrutura para receber 1,5 milhão de peregrinos, que dormiriam no local. Segundo os organizadores, o terreno está com muita lama em função das chuvas que atingem a cidade desde terça (23).

A decisão de transferir os eventos foi confirmada na tarde desta quinta-feira (25), após uma reunião entre os organizadores e autoridades. O anúncio oficial será feito em uma coletiva com o prefeito Eduardo Paes, no Centro de Operações do Rio, no centro da cidade.

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No terreno em Guaratiba, parte das grades que demarcam as áreas de vigília dos peregrinos estaria cedendo por causa da grande quantidade de lama. No local, foram montados cerca de 40 lotes com infraestrutura de água, sanitários, atendimento médico, capelas e espaços de conveniência, com opções de alimentação.

Fiéis já lotam a praia de Copacabana, na zona sul do Rio, palco da cerimônia de Acolhida da Jornada Mundial da Juventude. Marcada para as 18h, a missa será celebrada pelo papa Francisco. O pontífice irá de helicóptero até Copacabana e, antes da missa, deve desfilar no papamóvel pela avenida Atlântica.

O clima é de alegria e até uma roda de samba foi formada entre brasileiros e argentinos. No palco, bandas católicas animam o público. Entre as atrações programas está o padre Fábio de Melo, que é um dos próximos a subir no palco. Após a celebração da missa, mais shows estão previstos.

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A estação Carioca do metrô, no centro da cidade, também está lotada de peregrinos que ainda seguem para o cortejo. A longa fila para entrar está começando fora da estação, fazendo uma curva, com o início em frente ao prédio Avenida Central, na avenida Rio Branco. Enquanto os fiéis aguardam, ambulantes aproveitam para vender luvas, toucas, guarda-chuvas e capas, devido ao mau tempo desta quinta-feira, 25.

Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro, o Aterro do Flamengo segue interditado, nos dois sentidos, para o evento.

A Praia de Copacabana receberá cerca de 1.500 policiais militares por dia nos eventos desta quinta e sexta-feira, 26, da JMJ. Haverá 30 torres de observação, com cinco PMs em cada, além de 25 viaturas e 20 motocicletas. Outros 80 policiais farão o patrulhamento a pé nas ruas de acesso à orla. Câmeras dos helicópteros da PM também acompanharão os eventos.

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Apesar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) ser no Rio de Janeiro, alguns lugares turísticos de São Paulo recebem milhares de fieis desde a última segunda-feira (22). Entre os pontos visitados dois são quase paradas obrigatórias para quem parte para a cidade maravilhosa pelas estradas: Basílica de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e a Comunidade Católica Canção Nova.

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Quem segue viagem para o Rio de Janeiro aproveita a trajetória e visita alguns lugares religiosos. Inúmeros católicos estão passando pelo Santuário nesta semana e principalmente nessa quarta-feira (24), dia em que o Papa Francisco celebrou a primeira missa no Brasil.

Para a estudante Gilvanete Alves, de 18 anos, conhecer o templo da padroeira do Brasil foi muito relevante. “Foi uma oportunidade única. Sempre foi sonho meu e minha mãe tinha feito uma promessa, mas nunca pude vir antes”, comentou.

A estudante que saiu em caravana com um grupo de jovens pernambucanos no início da semana disse que se não fosse à viagem da jornada seria difícil conhecer o santuário em outra ocasião. “Fui uma emoção muito grande, mas se não fosse essa viagem eu não teria tempo nem condições financeiras de vir. Para mim, ter visto o Papa em Aparecida mesmo que muito rápido foi o momento mais importante”, contou Alves.

Outro lugar religioso que tem recebido muitos católicos e visitantes em geral é a Comunidade Católica Canção Nova, em Cachoeira Paulista, São Paulo. O espaço é um centro da Renovação Carismática Católica e é um dos pontos freqüentados ao longo do caminho ao Rio de Janeiro. Os fieis que passam por lá participam de pegrações, formações religiosas, adoraçções e missas.

“Achei maravilhoso conhecer a Canção Nova. Foi um contato maior com a espiritualidade e foi graças ao percurso da jornada que conheci este lugar”, disse a estudante Brena Tenório, 18 anos.

Da Comunidade Canção Nova para o Rio de Janeiro, onde ocorre os atos centrais da JMJ a ,distância é de 350km, o que equivale a aproximadamente 4h de viagem de ônibus.

A expectativa é de novo confronto na noite desta quinta-feira, 25, no Rio, quando manifestantes se reunirão em um protesto nas imediações da residência do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, zona sul do Rio.

Organizado pelo grupo "Fiscalização Popular do Governo do Rio de Janeiro", o ato está previsto para começar às 16 horas e vai pedir a desmilitarização da polícia e a revisão das licitações em vigência no Estado, entre outras reivindicações. Eles também pedem explicações do governo quanto à possível participação de policiais no incitamento à violência durante a última manifestação ocorrida na cidade, no dia 22.

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O grupo Black Bloc participará do evento, organizando a "missa de sétimo dia dos manequins da Toulon", loja depredada em protesto no dia 17.

Este será o sétimo protesto perto da casa do governador desde que eclodiram as manifestações, em junho. Nos dois últimos, nos dias 4 e 17 deste mês, houve confronto entre policiais e manifestantes, com pelo menos cinco feridos e 20 detidos. Foram registrados atos de vandalismo e depredação, e a polícia utilizou spray de pimenta, bombas de efeito moral e um caminhão com jato d’água contra manifestantes.

Infiltrado

Agentes da Coordenadoria de Inteligência (CI) da Polícia Militar do Rio estão analisando todas as imagens gravadas durante o protesto da última segunda-feira, 22, nas imediações do Palácio Guanabara, que terminou em confusão após a cerimônia de recepção ao papa Francisco na sede do governo do Estado. O objetivo é identificar quem jogou o primeiro coquetel molotov contra a barreira de policiais, a fim de esclarecer boatos que circulam nas redes sociais de que o manifestante seria um policial militar infiltrado. Na ocasião, dois PMs foram atingidos por um dos artefatos lançados, e ficaram com queimaduras pelo corpo.

Policiais lotados na CI contaram ontem ao Estado que a identificação do manifestante tornou-se a prioridade do setor neste momento. O sentimento é que a corporação tem sido acusada injustamente de iniciar os confrontos e está perdendo a "guerra virtual" travada nas redes sociais para grupos que organizam as manifestações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Evangélica 'de carteirinha', a ex-senadora Marina Silva - que articula a criação de um novo partido político e já admitiu a intenção de disputar a Presidência da República - deixou de lado crenças religiosas e participou nesta quarta-feira de evento promovido por jovens católicos no Rio de Janeiro, em programação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"Estou aqui porque tenho compromisso com a fé. Católicos ou cristãos evangélicos, são todos cristãos", afirmou. Taxativa, negou qualquer relação entre sua candidatura e a presença em um evento católico. "Não estou aqui como candidata. Falei como alguém que tem uma militância socioambiental", disse.

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Atualmente, a ex-ministra do Meio Ambiente (na gestão do presidente Lula) ocupa o segundo lugar na pesquisa Ibope sobre uma eventual corrida à Presidência. Está atrás apenas da presidente Dilma Rousseff.

Para uma plateia de cerca de 70 jovens católicos, Marina enfatizou a necessidade de uma atualização na condução da política no Brasil e no mundo. E arriscou afirmar que foi este o fator estimulador das recentes manifestações populares no País.

Na visão da candidata está surgindo um novo "sujeito político". E completou: "Vai haver uma mudança significativa na forma da realização e na institucionalização da política. Mas, ainda não sabemos como será. Não acredito que será uma ruptura abrupta; muito menos uma transição demorada", previu.

A virtual candidata à Presidência da República informou nesta quarta já ter assinaturas suficientes para a criação do novo partido, o Rede Sustentabilidade.

"Estamos com 810 mil assinaturas precisaremos de 500 mil assinaturas certificadas", revelou. Ela lembra que está em curso o processo de certificação das firmas em cartórios. Marina revelou enfrentar dificuldades de prazo em alguns deles. "Eles têm 15 dias. (...) Obviamente, estamos acompanhando para evitar que se perca o prazo, porque temos até o final de agosto para entrar com o registro no TSE", disse.

Marina está confiante de que, apesar das dificuldades, será possível cumprir todas as exigências. Atualmente, o movimento que apoia a criação do novo partido está fazendo um levantamento de todos os cartórios que estão ultrapassando de "forma demasiada" o prazo. O objetivo é acionar os advogados do Rede para descobrir as razões.

Na visita ao Hospital São Francisco de Assis, na zona norte do Rio, o papa Francisco atacou nesta quarta-feira, 24, os projetos de liberalização das drogas na América Latina e acusou traficantes de serem os "mercadores da morte". Na primeira vez que fala publicamente sobre o problema das drogas desde o início de seu pontificado, o argentino deu as primeiras indicações de que, se seus gestos são novos e sua simpatia o transformou em um ícone global, ele não está disposto a mudar posições tradicionais da Igreja.

A crítica à liberalização das drogas ocorreu enquanto visitava o hospital, que atende dependentes de drogas, e depois de se reunir com cinco pacientes. "Não é deixando livre o uso de drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química", declarou. Países como o Uruguai já liberalizaram o consumo de maconha, enquanto outros na região avaliam propostas similares.

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Para ele, a solução não vem da liberalização, mas de uma estratégia para "enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança ao futuro". E atacou também o narcotráfico. "São tantos os 'mercadores da morte' que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo custo", disse. "A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia a dor e a morte, exige da sociedade inteira um ato de coragem", insistiu.

O papa Francisco ainda atacou o egoísmo da sociedade por não dar atenção suficiente aos dependentes de drogas. "Precisamos abraçar quem tem necessidade", disse. "Há tantas situações no Brasil e no mundo que reclamam a nossa atenção, cuidado, amor, como a luta contra a dependência química", declarou. "Frequentemente, porém, nas nossas sociedades, o que prevalece é o egoísmo", afirmou.

Há apenas três meses como líder da comunidade Católica mundial, o papa Francisco tem mudado a imagem da Igreja, revigorado os católicos pelo mundo e trazendo, cada vez mais, jovens para a vida religiosa, tudo isso com o carisma e simplicidade que marcaram toda sua trajetória e que continuam presentes nos gestos como Santo Pontífice.

Na primeira viagem internacional durante seu pontificado, o Papa Francisco vem ao Brasil participar da Jornada Mundial da Juventude. O evento irá reunir milhares de pessoas no Rio de Janeiro, uma parte por ser esta a primeira visita de Francisco no país, outra parte por acreditar que, após anos, a Igreja Católica está mudando. Mas não apenas é isso que impressiona.

Não é a primeira vez que a história demonstra que o carisma da vida religiosa pode determinar uma mudança e o crescimento da Igreja, em termos de santidade e de eficácia de sua missão. Foi assim com São Bento, São Francisco e Santo Inácio. O lado humilde do Papa chama atenção. Em pouco tempo, percebeu-se que ele é diferente.

Se o objetivo da Jornada Mundial da Juventude é fazer com que os jovens católicos se aproximem da Igreja e compartilhem as experiências recebidas durante as atividades nas sociedades onde vivem, o Papa Francisco está no caminho certo. A previsão é que aproximadamente dois milhões de fieis de 190 países, além de sacerdotes e bispos do mundo inteiro, participem do encontro e vejam, de perto, um pontífice que abriu mão do anel de ouro e do papa móvel blindado. 

O que se observa é que, desde que Francisco assumiu como Papa, o número de pessoas que comparecem semanalmente à Praça de São Pedro para ouvir as palavras do pontífice só aumenta. Pessoas que acreditam que, através das atitudes do Santo Padre, a Igreja Católica será renovada. Não há como negar que Francisco tem um carisma forte, que causou uma empatia imediata nas pessoas. Esse é, sem dúvidas, um papa diferente.

Aos desavisados, essas atitudes não são uma postura adotada após ter sido escolhido Papa. Como Cardeal Bergoglio, Francisco foi uma pessoa próxima, principalmente, dos mais humildes e sofridos. Na Argentina, seu país natal, muitos o chamam “O Papa do bairro” - inclusive os que não são católicos -, pois todos os depoimentos falam na humildade e no espírito de serviço que ele carregou consigo.

Um Papa de opinião forte e de gestos comedidos, que recusa regalias, que vai de ônibus, junto com os irmãos cardeais, para a missa do Vaticano e que sabe a missão que tem pela frente. Não se espera outra coisa do Papa Francisco, a não ser carisma, humildade e compromisso com os mais necessitados.

O Papa Francisco anunciou nesta quarta-feira que irá retornar em 2017 ao Santuário de Aparecida, o maior do Brasil, por ocasião do aniversário de 300 anos da descoberta da imagem da santa padroeira do país.

"Peço um favor. Com jeitinho. Rezem por mim. Eu preciso. Que Deus os abençoe. E até 2017, quando voltarei", disse o papa em espanhol diante de mais de 200.000 fiéis que se reuniam do lado de fora da basílica de Aparecida.

Em outubro de 1717, três pescadores encontraram em suas redes, no rio Paraíba do Sul, em São Paulo, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, chamada de Aparecida.

A santa negra foi proclamada padroeira do Brasil em 1930.

O Papa fez um teste de espanhol com os fiéis, muitos vindos de países da América Latina.

"Agora vou ver se vocês me entendem. Faço-lhes uma pergunta: Uma mãe se esquece de seus filhos?"

"Não!", respondeu a eufórica multidão, que gritava seu nome em coro.

"Ela não se esquece de nós, ela nos quer e cuida de nós, e agora vamos pedir sua benção", disse, levantando ao alto uma imagem de Nossa Senhora Aparecida que lhe foi dada de presente no santuário, e que segurou nos braços após a homilia.

Enfrentar horas de viagem a ônibus, dormir em cadeiras, tomar banhos em pontos de apoio rodoviários. Esses são apenas alguns dos desafios enfrentados por jovens pernambucanos, que assim como outros brasileiros seguem de transporte terrestre para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro. Mas além de dificuldades básicas, uma particularidade a parte é a deficiência física. Entre um grupo de jovens, um estudante espera superar seus limites e chegar não só a JMJ, mas a peregrinação de 26km a pé.

Com 22 anos, Márcio Ramos tem apenas uma das pernas em virtude de uma malformação congênita. Mesmo assim, ele decidiu ir para o evento após ganhar um Kit Peregrino e participar de todas as atividades. Conheça melhor o desafio do estudante:

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LeiaJá: Você sabe dizer se haverá pontos de acessibilidade na JMJ?

Márcio Ramos: Disseram que ia ter uma área específica, mas não sei.

LeiaJá: Você trouxe algum equipamento para lhe auxiliar?

Márcio Ramos: Pensei em trazer uma cadeira de rodas, mas como não informei isso antes quando me inscrevi, agora não é permitido.

LeiaJá: Você participa de algum grupo religioso?

Márcio Ramos: Sim. Faço parte da Pastoral Juvenil Marista.

LeiaJá: Para você o que representa a JMJ?

Márcio Ramos: Desde o momento que eu soube que ia ter aqui no Brasil que fiquei interessado porque sou católico. Para mim será um grande momento de Deus.

LeiaJá: Como você conseguiu o Kit Peregrino?

Márcio Ramos: Aplicaram uma prova e os 10 melhores ganharam o kit. Eu orei a Deus e disse: Senhor eu queria tanto ir. Se for do seu agrado eu vou.

LeiaJá: Você acha que conseguirá participar da peregrinação de 26km, contando com ida e volta?

Márcio Ramos: Eu vou andando com muita fé e vou voltar andando sem precisar de nada.

LeiaJá: Como pretende vencer o desafio?

Márcio Ramos: Vou superar meus limites e se eu precisar um vizinho meu irá me ajudar. Há também um grupo de jovens aqui que sempre me ajuda com as bagagens.

LeiaJá: E depois de tudo o que significará para você a JMJ?

Márcio Ramos: Representa a confirmação da minha fé.

 

A alegria dos jovens pernambucanos a caminho da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro vem aquecendo a rede de restaurantes ao longo das estradas estaduais. Desde que saíram de Pernambuco na última segunda-feira (22), um grupo de jovens parou em vários estados como Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.

Em cada local, enquanto os aventureiros se alimentavam a economia gastronômica se elevava. Viajando de ônibus a horas, os peregrinos param e lotam os restaurantes das rodovias e movimentam não só os funcionários, mas os lucros dos estabelecimentos.

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Em um dos restaurantes, localizado entre a divisa da Bahia e Minas Gerais, chamado ‘Parada Costela Gaúcha’ o espaço ficou lotado por jovens. Segundo o funcionário do espaço, Wesley Pereira, o local não estava preparado para receber tantas pessoas. “Não esperávamos tantas pessoas porque a movimentação aqui é mais nas quartas, sábados e domingos”, explicou.

Para o atendente, com a quantidade de clientes devido a JMJ o lucro diário deve aumentar em 40%. O restaurante da Bahia foi um dos vários que receberam as caravanas pernambucanas. A previsão é que o grupo dos jovens chegue ao Rio de Janeiro na próxima quinta-feira (25).

A primeira homilia do papa Francisco no Brasil será sobre o primeiro milagre atribuído a Jesus, que teria transformado água em vinho no episódio das bodas de Caná, festa de casamento que teve a presença de Cristo, Maria e dos apóstolos. O evangelho compõe a liturgia especial escolhida para a missa de hoje, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo. Na prática, serão os mesmo textos adotados na festa da padroeira do Brasil, em 12 de outubro.

"Por se tratar de ocasião especial, foi dada a liberdade de escolha e optamos por seguir o rito mariano", diz o prefeito da basílica, padre Valdivino Guimarães. A expectativa é de que o pontífice discorra sobre o tema por cerca de dez minutos, com direito a sermão em português e os já tradicionais improvisos.

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Quando chegar ao santuário, na manhã de quarta-feira, 24, o papa terá um encontro intimista com a imagem original da santa, encontrada no Rio Paraíba, em 1717. Exposta aos fiéis em uma caixa de vidro blindado no alto de uma das torres da basílica, a "santa será virada na direção do pontífice", que estará do outro lado da parede, em uma capela reservada a ele e a outros 60 sacerdotes. Um dispositivo eletrônico permitirá o giro, que deve durar 20 minutos. Em seguida, a imagem de madeira volta ao lugar de exposição e se inicia a missa.

Do presbitério, Francisco vai ouvir jovens proclamando leituras, orações e cânticos, comandados por um coral e uma orquestra formados por 180 pessoas. Entre as surpresas programadas para a missa especial estão a participação de 27 fiéis, representando os 27 Estados brasileiros durante a procissão do ofertório, e de um garoto de 8 anos, que levará flores para o pontífice.

A lista de presentes inclui uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, uma capelinha de madeira com o desenho da santa e um livro com os nomes de todos os dizimistas da basílica. Na saída da celebração, o papa ainda vai abençoar dez cadeirantes e cinco representantes de outras religiões.

Para seguir o exemplo dado por Jorge Mario Bergoglio, desde que foi escolhido papa, a liturgia terá ornamentos simples, sem luxo. Os objetos litúrgicos, como o cálice a ser usado durante a consagração da eucaristia, são feitos de latão.

Telão

Quem não conseguir vaga dentro do santuário poderá acompanhar a celebração do estacionamento, por meio de quatro telões de alta resolução. O papamóvel circulará entre os fiéis na chegada e na saída de Francisco. Mas o principal contato com o público no espaço da basílica está marcado para ocorrer após a missa, por volta das 12h30, quando o papa fará a consagração de Nossa Senhora de Aparecida na tribuna, diante do povo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Celebro essa missa em intenção de todos os jovens do mundo", anunciou o arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta, ao abrir oficialmente na noite de terça-feira, 23, a Jornada Mundial da Juventude para um público estimado entre 500 mil e 600 mil pessoas.

Em seguida, d. Orani enumerou os jovens que mais entravam em sua lembrança, das vítimas dos massacres da Candelária e de Vigário Geral, no Rio, a todos os jovens perseguidos, os exterminados pelo vício e pela exclusão, os sem pátria e os marginalizados pela vida. E foi aplaudido ao lembrar os 242 mortos no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS), em janeiro deste ano.

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Grande parte da homilia, que destacou a vocação missionária, serviu para dar boas-vindas aos participantes da JMJ, mais de 350 mil. "Esta Cidade Maravilhosa tornou-se mais bela com a presença de vocês e vocês estão fazendo parte de nossas famílias", afirmou o arcebispo do Rio. "O mundo necessita de jovens como vocês", continuou, acrescentando que "este mar, a areia, a praia e a multidão fazem lembrar o chamado que Jesus Cristo fez a Mateus". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O popular papa Francisco chega nesta quarta-feira ao maior santuário católico do Brasil, em Aparecida, para realizar sua primeira grande missa na América Latina e transmitir sua mensagem de "uma Igreja dos pobres para os pobres" na região onde nasceu e onde persiste uma grande desigualdade social.

O primeiro latino-americano e jesuíta da história a ocupar o trono de Pedro deve chegar às 09h30 (horário de Brasília) proveniente do Rio de Janeiro ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, onde uma multidão espera ansiosa poder se aproximar do "papa do povo".

Francisco já esteve no santuário desta virgem negra e padroeira do Brasil para a V Conferência Episcopal Latino-Americana e do Caribe (Celam) em 2007.

Na época ainda arcebispo de Buenos Aires, o cardeal argentino Jorge Bergoglio presidiu a comissão que redigiu o documento final, de forte conteúdo social e político que enfatiza "a opção pelos pobres" nesta região onde vivem mais de 40% dos católicos do mundo.

--- Voltar a encantar os jovens ---

Francisco tentará voltar a encantar os jovens com a mensagem de uma Igreja capaz de se renovar em uma época de crise, atingida por escândalos financeiros e de pedofilia, uma posição que tomou desde que foi eleito Papa, em março, substituindo Bento XVI, que renunciou.

O Papa vem "a Aparecida por sua devoção mariana e para celebrar a primeira missa com o povo brasileiro, mas acredito que ao visitar Nossa Senhora saúda toda a região", comentou à AFP o sacerdote Roni dos Reis, um dos porta-vozes deste encontro no santuário.

"E acredito que para nós, latino-americanos, aqui em Aparecida ele também irá expor este discurso social de compromisso com as periferias, de dar dignidade e não paternalismo às pessoas", acrescentou.

A Igreja católica enfrenta uma diminuição do número de fiéis na América Latina, enquanto assiste ao forte crescimento das Igrejas Evangélicas e das pessoas sem religião.

Francisco liderará uma liturgia para 15.000 pessoas dentro da Basílica e para 200.000 na parte externa do Santuário. Também percorrerá vários quilômetros de papamóvel aberto pela cidade.

Aos 76 anos, Francisco já deu mostras de seu estilo ao viajar ao Brasil: rejeitou um papamóvel blindado para percorrer o Rio de Janeiro e saudou a presidente Dilma Rousseff com beijos na bochecha.

"Com essa humildade e simplicidade queremos que o Papa confirme nossa fé. Que nos dê esperanças de que nossa Igreja tem futuro", comentou à AFP o peregrino venezuelano Luis Rodríguez, de 22 anos, enquanto percorria os amplos corredores do Santuário um dia antes da chegada do Papa.

Aparecida já foi visitada pelo papa João Paulo II (1980) e por Bento XVI (2007).

Cerca de 5.000 militares e policiais estão a cargo da segurança. No domingo foi encontrada uma pequena bomba de fabricação caseira em um dos banheiros do santuário, que foi detonada, informou o exército.

--- Caos de transporte e falhas de segurança ---

O estilo simples do Papa trouxe problemas à organização para sua chegada na segunda-feira no Rio de Janeiro, quando seu veículo ficou preso por várias vezes no trânsito, em meio a uma multidão, depois que o motorista errou o percurso.

Algumas mudanças no programa de Francisco no Brasil foram decididas nesta terça-feira, após uma importante reunião sobre sua logística e segurança no Brasil, anunciou seu porta-voz, o padre Federico Lombardi.

Na noite desta quarta-feira, ao retornar ao Rio de Aparecida, o Papa usará um carro fechado - e não o papamóvel, como estava previsto inicialmente - para visitar o Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, onde a Igreja inaugurará uma ala para viciados em crack.

Na terça-feira, horas antes do início da missa de abertura da JMJ, que reuniu cerca de meio milhão de pessoas em Copacabana, o metrô do Rio parou por mais de duas horas devido a um problema técnico, prejudicando o transporte de milhares de peregrinos espalhados pela cidade.

Imagens divulgadas pelas redes sociais mostram o momento em que teve início o confronto entre policiais e manifestantes durante protesto realizado na noite de segunda-feira, 22, nas proximidades do Palácio Guanabara, sede do governo estadual do Rio e local onde o papa Francisco foi recebido por autoridades brasileiras. No vídeo publicado pelo portal Terra, um homem encapuzado e vestindo calça de cor branca e camiseta preta com estampa aparece lançando o primeiro coquetel molotov em direção aos policiais.

O universitário Bruno Ferreira Teles foi preso, acusado de ser o responsável por iniciar o conflito e de portar uma mochila com artefatos explosivos. No entanto, fotos e vídeos de momentos antes da confusão mostram o rapaz vestindo moletom e calça jeans escura, e sem portar mochila. Teles foi solto na tarde desta terça-feira, 23, após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio.

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"Na hipótese dos autos existem duas versões distintas para os fatos. A primeira dos policiais militares ouvidos em sede policial e a outra trazida pelo paciente. Nenhum artefato explosivo foi apreendido na posse do paciente", afirmou o desembargador Paulo de Oliveira Lanzelloti Baldez em sua decisão. Outras 7 pessoas foram detidas e um menor apreendido. Eles foram liberados ainda na noite do protesto - um deles, mediante pagamento de fiança no valor de R$ 1 mil.

Antes do confronto, seis homens suspeitos de serem policiais infiltrados foram hostilizados pelos manifestantes e procuraram abrigo no cordão de isolamento formado pelo Batalhão de Choque. Os policiais abriram a grade e permitiram a passagem dos seis homens. Um deles usava a máscara do personagem Guy Fawkes, do filme V, de Vingança. Todos eles usavam uma pulseira preta no pulso direito.

As polícias Civil e Militar do Rio foram procuradas para informar se estão investigando possível participação de policiais no incitamento à violência durante as manifestações. A Polícia Civil afirmou que "a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo vai analisar o vídeo e investigar o caso, assim como todos os atos de vandalismo cometidos durante os protestos." A PM não forneceu resposta até momento.

"Celebro essa missa em intenção de todos os jovens do mundo", anunciou o arcebispo do Rio de Janeiro, d. Orani Tempesta, ao abrir na noite desta terça-feira, 23, com uma missa solene a Jornada Mundial da Juventude. Centenas de bandeiras trazidas por delegações de 175 países se agitaram à luz dos holofotes que iluminavam o altar monumental na Praia de Copacabana, numa manifestação de euforia e entusiasmo que continuariam até o fin da cerimônia.

Em seguida, d.Orani enumerou os jovens que mais entravam em sua lembrança, das vítimas dos massacres da Candelária e de Vigário Geral, no Rio, a todos os jovens perseguidos, os exterminados pelo vício e pela exclusão, os jovens sem pátria e os marginalizados pela vida. Citava exemplos trágicos de sua cidade, mas estendia as intenções da missa a todos os jovens do mundo.

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"Celebro pelos jovens que permanecem firmes na fé, enfrentando todo tipo de provocação e pelos jovens que acreditam num mundo novo", disse ainda D. Orani, antes de pedir aos participantes da JMJ que sejam missionários para levar Cristo a todos os lugares, em suas comunidades, suas cidades e seus países.

A vocação missionária foi também a ênfase da homilia, na qual o arcebispo comentou os trechos das leituras que falavam do chamado feito por Deus a Samuel, ao apóstolo Paulo e ao evangelista Mateus. "Somos chamados a viver a fé nesse tempo plural de tantos questionamentos", disse d. Orani, sempre se dirigindo aos jovens.

Boa parte da homilia foi para dar boas vindas aos participantes da JMJ, mais de 350 mil inscritos. "Esta Cidade Maravilhosa tornou-se mais bela com a presença de vocês e vocês estão fazendo parte de nossas famílias", afirmou d. Orani. Ele lembrou o esforço que a arquidiocese fez para se preparar para a JMJ, desde que a cidade foi confirmada em 2011, em Madri, para ser sede das reunião. "O papa emérito Bento XVI (que confirmou a escolha do Rio) está nos seguindo pelos meios de comunicação e nos acompanhando com suas orações", informou.

D.Orani ressaltou a coincidência de, 26 anos após a JMJ em Buenos Aires, a reunião voltar à América Latina com um papa latino-americano e argentino. "Nós acolhemos o papa Francisco nas ruas ontem (segunda-feira) e vamos acolhê-lo aqui, neste mesmo lugar, na quinta-feira." Com a celebração da JMJ e a presença do papa, continuou o arcebispo, "o Rio se tornou centro da Igreja viva e jovem".

"O mundo necessita de jovens como vocês", disse d. Orani, acrescentando que "este mar, a areia, a praia e a multidão, fazem lembrar o chamado que Jesus Cristo fez a Mateus. Os jovens aplaudiram.

Inicialmente o diretor de Comunicação da Jornada, padre Márcio Queiroz, disse que estimava em mais de 500 mil presentes, mas não arriscou um número. Ao final da missa, os organizadores chegaram a falar em 1 milhão de pessoas. A PM estimou em 500 mil.

Com a chegada da cruz peregrina e do ícone de Nossa Senhora, às 18h25, no palco montado na praia de Copacabana, foi aberta oficialmente a Jornada Mundial da Juventude, que vai até 28 de julho. No palco, bispos de vários países receberam os símbolos da jornada, antes da missa de abertura, celebrada pelo arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta. Os cardeais já estão no lado direito do palco, vestidos com trajes especiais.

A estimativa é que 500 mil fiéis acompanhem a celebração, mas ainda não há estimativa atualizada de público. A polícia informou que não foi registrada nenhuma ocorrência importante. Cerca de 30 atendimentos médicos foram realizados em cada um dos oito postos médicos. Em cada um há cerca de 15 médicos e dez a 15 ambulâncias . A maioria das vítimas sofreu mal estar por alimentação inadequada ao longo do dia.

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"Estou muito feliz por estar aqui, e quando a gente encontra outros conterrâneos fazemos ainda mais festa. Nosso grupo anda de mãos dadas, como aprendemos no carnaval de Salvador", contou Flávia Xavier, de 24 anos, que viajou da cidade baiana de Eunápolis para o Rio em um grupo de 25 peregrinos.

A administradora Erica Ramos, 40 anos, moradora de Copacabana, teve problemas para ir de metrô da estação Carioca, no centro, até a Cardeal Arcoverde, em Copacabana, na zona sul. "A volta para casa foi um caos, pois as empresas liberaram os funcionários no mesmo horário previsto para começar o evento. O metrô estava superlotado. Para quem mora aqui é complicado", afirmou.

Com a linha 2 do metrô totalmente parada desde as 16h30, peregrinos que tentam seguir para a praia de Copacabana enfrentam tumulto em estações da zona norte do Rio. Na do bairro de Inhaúma, fiéis se aglomeram, houve um princípio de tumulto e as pessoas estão sem saber o que fazer. Cerca de 50 argentinos ficaram "presos" dentro do vagão de um trem que parou no momento da queda de energia.

O trem seguia para a zona sul do Rio e parou na estação de Inhaúma. Por não conhecerem a região, os argentinos ficaram receosos de descer, mesmo chamados por peregrinos brasileiros. Eles ficaram pelo menos 40 minutos dentro do trem parado.

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Não há ônibus nos arredores da estação que levem para a zona sul do Rio e os que vão para o Centro da cidade são escassos. O mesmo problema está sendo enfrentado nas estações Maria da Graça e Del Castilho, também na zona norte. Os fiéis e usuários costumeiros do metrô não conseguem passar pelas catracas; os que já estavam nas plataformas querem a devolução do dinheiro.

As linhas 1 e 2 do metrô do Rio estão paralisadas. As estações foram fechadas para embarque por causa de "problema de fornecimento de energia", informou a concessionária Metrô Rio.

A concessionária informou ainda que está realizando manutenção na energia das estações Uruguaiana e Carioca. As duas estações ficaram com um terço da iluminação durante o reparo do sistema de energia.

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