Tópicos | João Severino

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Um dia de terror foi vivido na manhã deste sábado (20) na comunidade do Detran, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Um homem, doente mental, de 56 anos matou a própria irmã após atacá-la com cerca de 25 facadas, tentar degolá-la e decepar as duas pernas. 

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O agressor, João Severino da Silva, no entanto, já no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Zona Sul, alegou estar arrependido do que fez. “Me arrependi desde a hora que eu cortava ela e via ela se bulindo querendo viver e quanto mais eu cortava ela queria viver,” disse.

A vítima, Eurides Mendes dos Santos, 50, ia quase todos os dias para a casa onde o irmão e a mãe, Maria do Espírito Santo, 82, moravam, para cuidar da idosa que vivia em uma cadeira de rodas e precisava de alguém para realizar as tarefas diárias, a exemplo de comer e tomar banho. 

O homem tomava remédios contralados e de acordo com os vizinhos há uma semana ele estava mais agressivo e não dormiu nos últimos quatro dias. “Hoje eu acordei para ir no mercadinho e o agressor chamou meu pai, quando ele chegou lá na frente ele tava com um pé na mão perguntando o que faria com aquilo. A gente pensava que seria a idosa. Meu vizinho subiu no muro e viu que tinha pedaços espalhados pelo chão e foi quando eu chamei a polícia” explicou a vizinha, a dona de casa, Ângela de Oliveira.  

Segundo a vizinha, ontem (19) à noite conversando com a vítima, ela chegou a mencionar que estava com medo de deixar a mãe em casa com o irmão. “Faz dias que ele tava nervoso, eu ainda conversei com ela perguntando se ela queria que ligasse pro SAMU pra levar ele que ele tem problema mental, mas ela disse que tomaria conta,” completou a dona de casa.

De acordo com o marido de Eurides, Cícero Mendes dos Santos, 51, o homem já tinha inclusive agredido a própria mãe. “Há dez anos ele já havia dado uma foiçada na mãe dele que ela teve que levar 36 pontos. Eu não sei que loucura deu nele,” disse o esposo.

A polícia chegou ao local por volta das 7h30, para tentar negociar a saída de Dona Maria do Espírito Santo. De acordo com o capitão da Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe), Rogério Tomaz, que participou da operação, o homem não falava nada, apenas gesticulava e andava com a faca na mão. “Não tinha condição de um diálogo entre nós e o cidadão. Nós avaliamos a situação e no momento que ele foi pro quarto dele, quando ele estava longe da mãe, sem que pudesse colocar em risco a vida dele nos invadimos o ambiente com o a equipe tática da Cioe e fizemos a contenção dele com a arma de choque,” explicou. A mãe dos dois foi medicada e liberada nesta manhã.

O delegado da Força Tarefa da Capital, Severino Farias de Melo, acredita que o motivo do crime seria uma mágoa que o agressor tinha da irmã. “Ele achava que ela era culpada pelo internamento dele. Ele vai ser ouvido e deve ser mandado para o manicômio judicial,” esclareceu.

O corpo seguiu para o Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, ainda nesta manhã. Para a operação no Detran, foram enviadas duas viaturas do Corpo de Bombeiros, uma do Grupo de Operações Táticas Itinerante (Gati), uma do 13º Batalhão de Polícia Militar e uma da Cioe.

 

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