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A sede do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 foi alvo de buscas de uma operação contra corrupção executada por autoridades francesas na quarta-feira. Foi a segunda ação do tipo que o local recebeu neste ano, após uma primeira abordagem em junho, em meio a suspeitas de favorecimento ilegal, conflito de interesses e utilização indevida de recursos na concessão de contratos comerciais.

A operação foi confirmada em nota oficial publicada pelo próprio comitê nesta quinta-feira. "Estamos cooperando completamente com a investigação, como nós sempre fizemos", diz o curto texto, no qual também está escrito que os oficiais "obtiveram todas as informações que foram requisitadas".

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O foco da apuração são 20 contratos comerciais, de um total que chega a centenas, assinados pelos organizadores olímpicos em meio aos preparativos para a Olimpíada do ano que vem. Tony Estanguet, presidente do comitê, defendeu recentemente, em entrevista à agência de notícias Associated Press, colegas cuja casas foram revistas. Além disso, disse não considerar concebível qualquer comparação entre os preparativos atuais e os casos de corrupção identificados nas organizações dos Jogos de Tóquio, em 2021, e nos Jogos do Rio-2016.

A avaliação de Estanguet encontra apoio em Jean-François Bohnert, chefe da procuradoria nacional financeira da França, que não vê indícios de um grande esquema criminoso. "Trata-se de favorecimento, obtenção ilegal de juro. É sobre a forma como certos contratos foram distribuídos, os acordos... Mas não vejo quaisquer elementos, pelo menos não nesta fase, que possam levar a investigação para os casos mais graves de corrupção ou tráfico de influência", disse em entrevista à Rádio RTL.

Os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028, terão a inclusão de cinco novas modalidades: beisebol/softbol, críquete, flag football, lacrosse e squash. A adição do quinteto foi aprovada nesta sexta-feira pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), após pedido feito pelo Comitê Organizador Local. O flag football, espécie de primo do futebol americano, assim como o squash, nunca esteve na programação de uma Olimpíada. Já críquete e lacrosse até apareceram no quadro, porém há mais de 100 anos.

O críquete esteve nos Jogos de 1900, em Paris, enquanto o lacrosse foi disputado em duas ocasiões, nos anos de 1904, em Saint Louis, nos EUA, e 1908, em Londres. O beisebol e o softbol, que é sua adaptação feminina, estrearam em Barcelona-1994 e Atlanta-1996, respectivamente. Foram mantidos até Pequim-2008, saíram nas edições seguintes e voltaram nos Jogos de Tóquio, disputados em 2021, mas não entraram no programa de Paris-2024.

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O regulamento dos Jogos Olímpicos permite que o Comitê Organizador Local solicite a inclusão e/ou a exclusão de algumas modalidades. A decisão, entretanto, deve ser debatida por meio da Comissão do Programa Olímpico antes de emitir uma recomendação ao Conselho Executivo da entidade. Tóquio escolheu a inclusão de beisebol/softbol, karatê, skate, escalada e surfe. Já Paris-2024 adicionou breaking e manteve skate, surfe e escalada, trio que, conforme decisão tomada no início de 2022, foi incluído de forma oficial no programa a partir de 2028 em razão do sucesso de suas provas no Japão.

O DILEMA DO BOXE

Se por um lado há festa aos atletas das novas modalidades, no boxe a história é diferente. Tradicional presença nos Jogos Olímpicos, o esporte de combate não está certo para 2028. A nobre arte vive uma crise política após escândalos financeiros na Federação Internacional. A presença em Los Angeles ainda é incerta. Nos Jogos de Tóquio, em 2021 o Brasil faturou nada menos que três medalhas na modalidade.

As classificações para Olimpíada de Paris-2024 alcançadas durante o final de semana, no Mundial de Ginástica Artística, sob a liderança de Rebeca Andrade, e no Pré-Olímpico de Vôlei Masculino, fizeram o Brasil atingir a marca de 105 vagas olímpicas já garantidas em 17 modalidades diferentes. As vagas são contadas individualmente mesmo nos esportes coletivos, nos quais os times são considerados grupos de atletas, portanto a classificação da seleção de vôlei, por exemplo, é contabilizada como um total de 12 vagas, número de jogadores que serão convocados para os Jogos.

A expectativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é que o número de representantes do país na próxima olimpíada aumente consideravelmente durante a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, que começam no dia 20 de outubro e oferecem 21 vagas diretas para Paris-2024. Outras 12 competições do evento contam pontuação para os rankings olímpicos. As modalidades que distribuirão classificações diretas são: boxe, breaking, escalada esportiva, ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica trampolim, handebol, hipismo adestramento, hipismo CCE, hipismo saltos, hóquei sobre grama, nado artístico, pentatlo moderno, polo aquático, saltos ornamentais, surfe, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo e vela.

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"Ginástica artística e vôlei são duas modalidades importantes e estratégicas no planejamento esportivo do COB e ficamos muito felizes com as vagas conquistadas para os Jogos Olímpicos de Paris nos últimos dias. Foram resultados que nos encheram de orgulho e confiança de que estamos no caminho certo. Agora, o foco passa para os Jogos Pan-americanos, de onde queremos sair com o máximo possível de vagas olímpicas. Para isso, o COB dará todo o suporte necessário para nossos atletas alcançarem grandes resultados", afirmou Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do COB.

Ao longo do Mundial de Ginástica Artística, disputado na Antuérpia, Bélgica, a seleção brasileira conseguiu sete vagas olímpicas, cinco femininas e duas masculinas, uma delas nominal para Diogo Soares. O grande destaque do campeonato foi Rebeca Andrade, que subiu nos pódio em todas as provas que disputou, com seis medalhas. Um dos pódios foi ao lado das companheiras Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares, na conquista da prata da disputa por equipes, responsável por garantir as cinco vagas femininas. Rebeca ainda foi ouro no salto, superando Simone Biles, bronze na trave e prata no individual geral e no solo, aparelho no qual fez uma dobradinha com Flavinha, medalhista de bronze.

Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Já a vaga olímpica do vôlei masculino veio com muita emoção, no tie break, com uma vitória por 3 sets a 2 sobre a Itália, com parciais de 25/23, 23/25, 15/25, 25/17 e 15/11. Mesmo depois da classificação, o técnico Renan Dal Zotto, que vinha sendo alvo de muitas críticas, pediu demissão do cargo por questões pessoais. No mês passado, o Brasil já havia conseguido a classificação do vôlei feminino para Paris.

Confira as vagas garantidas pelo Brasil nos Jogos de Paris-2024:

ATLETISMO (12)

Feminino

Marcha atlética 20km (2)

Masculino

Arremesso do peso

Marcha atlética 20km

Maratona

100m rasos (2)

110m com barreiras

400m rasos (2)

400m com barreiras

Salto triplo

CANOAGEM SLALOM (2)

Feminino

K1

C1

CANOAGEM VELOCIDADE(1)

Masculino

C1 1000m

CICLISMO BMX RACING (1)

Individual feminino

FUTEBOL (18)

Equipe feminina

GINÁSTICA ARTÍSTICA (7)

Feminino

Equipe

Masculino

Diogo Soares

+1 atleta individual geral

GINÁSTICA RÍTMICA (6)

Individual

Equipe

HIPISMO SALTOS (3)

Equipe

NATAÇÃO (4)

Feminino

1500m livre

Masculino

100m livre

400m livre

100m borboleta

RUGBY(12)

Equipe Feminina

SALTOS ORNAMENTAIS(2)

Feminino

Plataforma 10m

Masculino

Plataforma 10m

SURFE(3)

Masculino

Filipe Toledo

João Chianca

Feminino

Tatiana Weston-Webb

TÊNIS DE MESA (6)

Equipe feminina

Equipe masculina

TIRO COM ARCO (1)

Recurvo individual (masculino)

TIRO ESPORTIVO (1)

Pistola de ar 10m (masculino)

VELA (2)

Masculino

Fórmula Kite

IQFoil

VÔLEI(24)

Equipe feminina

Equipe masculina

TOTAL - 105 VAGAS

O Comitê Olímpico Internacional (COI) não quer saber de censura ou discriminação nos Jogos de Paris-2024 e garantiu nesta sexta-feira que a proibição do uso do hijab imposta pela ministra dos esportes da França, Amelie Oudea-Castera, sob alegação de imposição religiosa, não será levada em consideração para quem estiver hospedado na Vila Olímpica.

A vestimenta das pessoas da doutrina islâmica está liberada para a vila olímpica e o COI está em contato com o Comité Olímpico Francês (CNOSF) para saber o motivo de tal proibição, inicialmente apenas a atletas franceses.

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"Para a Vila Olímpica, aplicam-se as regras do COI", afirmou um porta-voz do Comitê Internacional. "Não há restrições ao uso do hijab ou de qualquer outro traje religioso ou cultural", seguiu, salientando que não haverá proibições religiosas contra os cerca de 10 mil atletas que residirão no local.

Os Jogos de Paris-2024 ocorrem entre 26 de julho e 11 de agosto e a decisão de proibir o uso do hijab não foi bem aceita por atletas e federações do mundo todo, que protestaram. O gabinete de direitos humanos das Nações Unidas, inclusive, criticou a decisão dos franceses.

País da Europa com uma das maiores minorias muçulmanas, a França já vinha adotando tal postura sob alegação de "proteger a suas forma estrita de secularismo, o 'laicité', acusando-a de ameaça do islamismo.

"Quando se trata de competições, aplicam-se os regulamentos estabelecidos pela Federação Internacional (FI) relevante", enfatizou o porta-voz do COI, garantindo que agirá com diplomacia com os franceses, mesmo liberando o uso do hijab também aos atletas do país-sede. "Uma vez que este regulamento francês se refere apenas aos membros da seleção francesa, estamos em contato com o CNOSF para compreender melhor a situação dos atletas franceses."

O comitê organizador dos Jogos de Paris-2024, presidido pelo ex-canoísta francês Tony Estanguet, revelou, nesta terça-feira, o design da tocha olímpica. Projetada pelo designer Mathieu Lehanneur, em parceria com a empresa ArcelorMittal, a peça de cor champanhe, com 70 centímetros e 1,5 quilos, tem sua chama alimentada por biopropano. Foram produzidas 2 mil unidades para o tradicional revezamento.

Para desenhar a tocha, Lehanneur inspirou-se em três símbolos da próxima Olimpíada: igualdade, água e conciliação. "A igualdade é simbolizada pela simetria perfeita", disse o designer em coletiva de imprensa. "A água é simbolizada pela onda e pelos efeitos de vibração. A conciliação é simbolizada pela gentileza das curvas", completou.

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O design será utilizado tanto na jornada do revezamento da chama olímpica quanto da paralímpica. "Seguindo nossa lógica de construir pontes entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, este último já compartilha o mesmo emblema e mascote do primeiro. Em Paris-2024, também teremos um design de tocha único", explicou Estanguet.

Conforme a tradição, a chama será exibida inicialmente em uma cerimônia em Olímpia, na Grécia. Então, viajará de barco à cidade francesa de Marselha, com desembarque previsto para o dia 8 de maio de 2024, data a partir da qual passará por diversas localidades e mãos, durante 68 dias, até acender a pira olímpica na cerimônia de abertura em Paris. Depois, a chama acenderá a pira dos Jogos Paralímpicos, dia 28 de agosto.

"A tocha é o objeto mais complexo, tecnicamente e tecnologicamente, do que eu imaginava a princípio. Tentamos manter sua dimensão icônica, que é muito simbólica e quase mágica. Como poderíamos transmitir tanta energia, tanta densidade e tantas mensagens para algo que não é vivo? A ideia era que este objetivo, seja sendo carregado pelos participantes do revezamento da tocha ou em um museu, incorporasse e fosse o símbolo absoluto de Paris 2024 e do que acontece nestes Jogos Olímpicos e Paralímpicos", disse Lehanneur.

Fotos: Reprodução/Facebook/Paris-2024

Com oito nomes de peso entre os candidatos, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou neste domingo os indicados de duas das principais categorias do Prêmio Brasil Olímpico (PBO) de 2022: Atleta da Torcida e o Prêmio Inspire, escolhas do público. Alison dos Santos (atletismo), Ana Marcela Cunha (águas abertas), Arthur Nory (ginástica artística), Hugo Calderano (tênis de mesa), Marcus D'Almeida (tiro com arco), Rafaela Silva (judô), Rayssa Leal (skate) e Rebeca Andrade (ginástica artística) são os concorrentes. Em 2021, Fernanda Garay levou o prêmio com direito a votação recorde, registrando 42,5% dos 395 mil votos.

Os vencedores do Atleta da Torcida e do Prêmio Inspire serão escolhidos pelo público através do site. O COB informou que a votação fica aberta até momentos antes do final da cerimônia de gala do esporte brasileiro, marcada para o dia 2 de fevereiro, na Cidade das Artes, no Rio.

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"Chegou a hora de o público escolher seus atletas favoritos no Prêmio Brasil Olímpico. Temos grandes nomes que brilharam neste ano em que o Brasil foi muito bem nos campeonatos mundiais. Será uma disputa muito acirrada, pois são atletas espetaculares, carismáticos e que possuem muitos seguidores nas redes sociais", afirmou Paulo Wanderley, Presidente do COB.

O Prêmio Inspire foi criado para homenagear a atleta mais inspiradora do ano. Nesta categoria estão na disputa do troféu Ana Marcela Cunha, Bia Haddad Maia (tênis), Mayra Aguiar (judô), Rafaela Silva e Rebeca Andrade.

"O foco do Prêmio Inspire não é apenas enaltecer os feitos esportivos, mas sim ressaltar a trajetória destas grandes mulheres, que são exemplos para a juventude. Inspirar vai muito além do pódio. É sobre potencial", destacou o presidente do COB.

A maior premiação do esporte brasileiro terá sua 23ª edição para celebrar os atletas que brilharam em 2022. Foram 23 medalhas conquistadas em Mundiais ou competições equivalentes, levando em consideração as provas olímpicas.

Serão revelados na noite de gala os Melhores Atletas do Ano, no feminino e no masculino, escolhidos por jornalistas, dirigentes, Comissão de Atletas do COB, patrocinadores, ex-atletas e personalidades do esporte. Em 2021, os vencedores foram Isaquias Queiroz (canoagem velocidade) e Rebeca Andrade (ginástica), campeões olímpicos em Tóquio 2020.

O Nado Artístico que tanto empolga pelos impressionantes movimentos e sincronismo entre as equipes olímpicas vai deixar de ser exclusividade feminina. A World Aquatics revelou nesta quinta-feira que os homens também defenderão a modalidade, nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Nada de equipes masculinas inteiras, contudo. A aprovação do Comitê Olímpico Internacional permite no máximo dois homens entre os oito atletas selecionados no evento. Ao menos 10 nações devem estar em Paris-2024.

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"Os esportes aquáticos são universais e os homens provaram ser excelentes nadadores artísticos", disse o presidente da World Aquatics, Husain Al-Musallam, em comunicado.

Os homens já competem na natação artística nos campeonatos mundiais bienais de esportes aquáticos desde 2015. Bill May e Christina Jones garantiram o ouro para os Estados Unidos no evento inaugural de dueto misto em Kazan, na Rússia.

"A inclusão de homens na natação artística olímpica já foi considerada um sonho impossível", disse May, citando a "perseverança, a ajuda e o apoio de tantos". No mundial de 2022 em Budapeste, o dueto misto foi vencido pelos italianos Giorgio Minisini e Lucrezia Ruggiero em uma competição de 13 nações.

"Este anúncio é um marco na história da natação artística", afirmou Minisini, comemorando a inclusão olímpica.

Uma das maiores ginastas brasileiras de todos os tempos, Rebeca Andrade disse nesta terça-feira que sua aposentadoria "está mais para perto do que para longe". Aos 23 anos, a atleta que na semana passada foi campeã mundial no individual geral afirmou que irá competir até que seu corpo aguente - mas não quis prever um prazo para isso. Por ora, a ginasta do Flamengo garantiu estar focada em dois objetivos: os Jogos Olímpicos de Paris e uma medalha em mundial por equipe.

"Eu não sei quanto tempo (falta para encerrar a carreira), porque o futuro a Deus pertence. Enquanto meu corpo estiver aguentando, eu vou continuar, obviamente. Mas eu me conheço muito, e eu sei que está mais para perto do que pra longe", declarou Rebeca em entrevista coletiva realizada na Gávea, na zona sul do Rio. Indagada se isso poderia acontecer logo após os Jogos de Paris 2024, a ginasta sorriu e despistou: "vou deixar o suspense".

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Com o título do individual geral, Rebeca Andrade passou a ser considerada a mais completa ginasta da atualidade. O reconhecimento alcançado no Mundial de Liverpool se soma às duas medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano passado. Ainda assim, ela afirmou que ainda não está plenamente realizada. "Falta ganhar com a minha equipe", afirmou. "O que eu mais quero mesmo é um resultado por equipe."

INVESTIMENTO NA BASE

Rebeca Andrade planeja seguir treinando nas próximas semanas, mas sem competições no curto prazo ela disse que "será com menos intensidade". Depois, a ginasta começará a se preparar de forma mais efetiva para os Jogos de Paris, com uma nova música e coreografia.

A famosa "Baile de Favela", que alçou Rebeca ao topo do mundo, ficou no passado. E, segundo ela, o que virá pela frente ainda é um mistério. "Por incrível que pareça, a gente não tem ideia da escolha da música", sustentou. A escolha da música será definida em conjunto com seu coreógrafo.

Campeã olímpica e do mundo, Rebeca Andrade também declarou na coletiva que não quer ser um caso isolado. O seu desejo é que outros atletas, e de outras modalidades, também tenham sucesso mundo afora. Para isso, ela considera que o Brasil precisa olhar com mais carinho para a base.

"Eu comecei num projeto social, e eu tive muita sorte, porque muitas pessoas me ajudaram. Muitas pessoas abriram as portas pra mim, eu morei com a coordenadora, aqui no Flamengo eles me deram suporte com apartamento", lembrou. "Eu não quero ser uma só, eu quero que todo mundo tenha uma oportunidade."

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou a prisão preventiva do empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como “Rei Arthur”. O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Especializada da Capital, aceitou a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ainda na decisão, a Justiça determinou a expedição de ofício à Interpol pedindo a extradição de Arthur Soares. O empresário está preso administrativamente nos Estados Unidos e teve audiência marcada para a sexta-feira (13). Ele foi condenado pela justiça norte-americana pelo crime de compra de votos para que o Rio de Janeiro se tornasse sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

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O juiz Marcello Rubioli também determinou o afastamento do delegado Ângelo Ribeiro de Almeida Junior da corporação, com suspensão do porte de arma, e da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde exercia cargo de assessoramento.

Na denúncia, os promotores apontam que o empresário fazia o pagamento de propina ao delegado em troca de proteção em inquéritos tributários da Delegacia Fazendária (Delfaz) que, naquele momento, era comandada pelo policial. Também foram denunciados a mulher do delegado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e mais duas pessoas por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

“Para ser beneficiado em inquéritos policiais que tramitavam na Delfaz, relacionados a empresas das quais era sócio ou tinha interesses, Arthur Soares transferiu, em agosto de 2014, R$ 2 milhões para que o delegado e sua mulher adquirissem a franquia do restaurante L’Entrecôte de Paris, em Ipanema, através de um simulado contrato de mútuo”, revelou o MPRJ.

De acordo com o órgão, no decorrer das investigações, foram encontradas diversas versões do contrato, que “foi utilizado como forma de encobrir a propina negociada, a fim de atender aos interesses do empresário para que os inquéritos tributários não o prejudicassem”.

Segundo o MPRJ, o delegado ficou lotado na delegacia de 2008 a 2015 e, nesse período, foram apurados diversos indícios de enriquecimento ilícito, “com uma abrupta mudança de seu padrão de vida”. Ainda conforme os promotores, neste espaço de tempo, inquéritos relacionados a Arthur Soares tramitavam durante anos, sem conclusão.

Resposta

O advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, que defende o empresário, disse que é necessário ter maturidade e responsabilidade para entender que neste momento se trata apenas de uma acusação formal, que "depende da confirmação dos fatos narrados nos autos, podendo a promotoria, inclusive, ao final do processo e após ouvir a defesa, pedir a absolvição do empresário Arthur Soares". "Isso não seria uma surpresa", disse o advogado.

A Polícia Civil informou que ainda não foi comunicada formalmente sobre o caso que envolve o delegado e tomará as medidas administrativas cabíveis quando for notificada. “O servidor encontra-se cedido a outro órgão, sem executar serviços para a Polícia Civil, desde setembro de 2015”, completou.

A parceria entre o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e a Mauricio de Sousa Produções (MSP) deu muito certo no ciclo olímpico do Japão e continuará até os Jogos de 2024, em Paris, com a prorrogação do acordo entre a entidade e a Turma da Mônica. Juntos desde 2019, completarão seis anos juntos após os personagens "darem sorte."

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"É uma imensa alegria para o COB e todo nosso Movimento Olímpico a renovação desta tão bem-sucedida parceria com a Turma da Mônica e seus queridos personagens", comemorou Paulo Wanderley, presidente do COB. "A torcida da Turma da Mônica provou que é pé-quente, alcançamos em Tóquio o melhor resultado da nossa história, e agora queremos estreitar os laços e envolver ainda mais a população na corrente de apoio aos nossos atletas até os Jogos Olímpicos de Paris."

Além de gibis, posts e tiras com Mônica, Cascão, Cebolinha, Magali, Chico Bento, entre outros, curtindo os Jogos Olímpicos, alguns atletas também se transformaram em personagens das histórias de Mauricio de Sousa, casos do surfista Gabriel Medina, do levantador Bruninho e da skatista Pâmela Rosa.

"Estimular o público jovem e infantil aos esportes olímpicos é uma ação de imensa importância. A turminha não poderia estar fora dessa, já que tem tanta sinergia com esse público", disse Mauricio de Sousa, criador dos personagens.

Na visão do "pai" da turminha, as ações de marketing, com posts divertidos nas redes sociais, ajudam a aumentar a torcida pelos atletas brasileiros e inspiram futuros jovens talentos. Ainda aumenta o conhecimento e desperta interesse nas modalidades.

"Nosso papel é incentivar esses jovens, de todos os cantos do Brasil, a não desistirem dos seus sonhos e seguirem essa carreira. Tenho certeza de que, cada vez mais, vamos ter novos talentos para nos representar como esportistas e dar muito orgulho para toda a nação", previu Mauricio de Sousa.

Para a ginasta Rebeca Andrade, o dia 1º de agosto de 2021, ficará marcado para sempre. Ela iniciou sua corrida no ginásio, em Tóquio, tomou impulso no trampolim, tocou na mesa e, após instantes de solidão no ar, aterrissou com os dois pés em sincronia, para ganhar a primeira medalha de ouro olímpico na história da ginástica artística feminina do Brasil. Dias antes, já havia ficado com a prata na individual geral, tornando-se a primeira esportista brasileira a conquistar duas medalhas olímpicas em uma mesma edição.

Assim que fincou os pés na superfície lisa, Rebeca, ginasta do Flamengo, passou a ver o mundo sob uma nova ótica. A de ser famosa internacionalmente. Em entrevista ao Estadão, ela afirma que essa foi a grande mudança em sua vida. "Mudou muita coisa depois da Olimpíada. Mas a maior mudança foi que, depois das medalhas olímpicas, agora mais gente me conhece. Tenho feito mais trabalhos com parceiros, novos patrocinadores, e estou adorando, mas faço isso nos meus momentos de folga. Minha rotina segue a mesma, continua como era antes, com muitos treinamentos e o mesmo foco. Divido bem os meus horários e meus compromissos, nada pode atrapalhar a minha rotina de atleta, o meu dia a dia no esporte", diz.

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Com uma carreira bem estruturada, que evoluiu por etapas e com conquistas anteriores, ela diz ter consciência de que as pressões por novas medalhas passam a ser uma consequência natural. Da fama e do reconhecimento de seu potencial. Enquanto treina, corre, salta, Rebeca também tenta se equilibrar mentalmente, para lidar com as expectativas em torno dela, na próxima Olimpíada, de Paris, em 2024.

"Estou muito tranquila, não deixo que essas pressões ou cobranças mudem a minha maneira de trabalhar, o meu foco e o meu planejamento. Claro, eu sei que as medalhas no Japão criam uma expectativa enorme, aumenta a torcida de todos por mim, mas sei da minha responsabilidade. Treino com a mesma intensidade sempre, dando o meu melhor sempre para poder chegar bem nas competições e fazer o meu melhor", diz a ginasta, de 22 anos.

ESSÊNCIA NA GINÁSTICA

Voltemos ao momento do salto. Enquanto Rebeca rodopiava no ar, aqueles instantes solitários bem poderiam se assemelhar a uma fábula. Na qual a personagem que sonha, enquanto sobrevoa campos e cidades, visualiza passagens de sua vida.

Lá do alto, era como se Rebeca saltasse sobre sua infância pobre ao lado de sete irmãos, em Guarulhos, onde nasceu; revisse a luta da mãe para sustentar a família e visualizasse o primeiro dia em que foi treinar, no Ginásio Bonifácio Cardoso, em sua cidade natal.

Naquele momento, Rebeca revelava para o mundo, com toda a plenitude, sua mais profunda essência. A ginástica, para ela, sempre foi uma brincadeira muito séria. A glória é apenas um detalhe. E uma consequência.

"Amo a ginástica, amo o meu esporte, amo o que faço e sempre sonhei estar onde cheguei. Todos os dias acordo feliz em poder fazer o que mais amo, isso é um privilégio, fruto de muita dedicação, de acreditar no meu sonho e do apoio de muita gente, da minha família, meus amigos, minha equipe, meu clube, o Flamengo, o COB... Estou sempre motivada, a ginástica é o meu trabalho, a minha profissão, mas é também onde eu me divirto, é o que me faz feliz. Tenho o mesmo carinho e paixão pelo esporte que tinha quando eu comecei, quando era criança", revela.

TRABALHO COM NUTRÓLOGO

Nesta nova etapa, novidades continuam a se encaixar à carreira da atleta. A questão psicológica sempre foi um suporte importante para ela lidar com a pressão. Já passou por três cirurgias no joelho e o acompanhamento da psicóloga Aline Wolff, desde os nove anos, a ajudou a superar as dificuldades.

Após a Olimpíada, Rebeca também passou a contar com o trabalho de um nutrólogo, visando a aprimorar a relação entre alimentação e saúde. "Minha alimentação não mudou em nada. Continuo mantendo a mesma alimentação, balanceada, comendo de tudo um pouco, com os mesmos cuidados que sempre tive nos períodos de treinos mais intensos e competições. Agora eu tenho o acompanhamento de um nutrólogo, mas ele me falou que eu já como bem, como tudo certinho", conta Rebeca.

Tanto o nutricionista quanto o nutrólogo orientam os pacientes para hábitos alimentares saudáveis.

A diferença é que o nutrólogo é médico e, além de poder receitar medicamentos, trabalha na prevenção, diagnóstico e tratamento de possíveis doenças e sequelas ligadas à alimentação. O nutrólogo de Rebeca preferiu não dar declarações, com o argumento de que não fala sobre seus pacientes. Também não autorizou a divulgação de seu nome.

Ainda em 2021, Rebeca mostrou que pode seguir na trilha das conquistas, ao novamente fazer história, ficando com o ouro no salto e a prata nas barras, no Mundial de Kitakyushu, também no Japão. Desde o fim da Olimpíada, ela descansou pouco.

"Depois de Tóquio, depois que cheguei ao Brasil, tive poucos dias de folga, só três na verdade para descansar um pouco, até a retomada dos treinamentos já pensando no Campeonato Brasileiro e no Mundial do Japão. No fim do ano eu tive duas semanas de férias e já comecei o ano a todo vapor, treinando", conta.

TEMA DA SORTE

A ginasta parece não ter pressa em buscar um outro tema para suas apresentações no solo e na individual geral. O funk "Baile de Favela", complementado por trechos da obra "Tocata e Fuga", de Bach, foi uma espécie de talismã nos Jogos de Tóquio. A letra, também considerada machista por muitos, descreve a visão e os hábitos de uma parcela da população desfavorecida economicamente, contando também um pouco da história de um ambiente social que cercou a infância de Rebeca.

Por isso, é possível que, ainda em 2022, ela continue a disputar as provas nos embalos desta música. Alguma troca de tema deve ocorrer somente no ano que vem. "Ainda não conversamos sobre isso (novo tema). Eu realmente não sei, mas não chegou a hora ainda de decidir isso, ainda posso me apresentar com o 'Baile de Favela' esse ano", disse.

A judoca francesa Margaux Pinot usou suas redes sociais nesta quarta-feira para lamentar a impunidade em mais um caso de agressão contra a mulher. Com o rosto bastante machucado, a campeã olímpica em Tóquio revelou ter sido vítima de agressões do marido, Alain Schmitt, ex-integrante da seleção francesa de judô e seu técnico. Ela alega ter sofrido muitos socos e até estrangulamento de sábado para domingo do companheiro. Apesar da acusação, ela viu o tribunal de Bobigny liberá-lo por "não ter elementos suficientes."

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"Durante a noite de sábado para domingo, fui vítima de uma agressão em minha casa pelo meu parceiro e treinador. Eu fui insultada, socada, minha cabeça foi atingida no chão várias vezes. E finalmente estrangulada", postou Pinot, de 27 anos, mostrando o rosto completamente desfigurado.

"Achei que estava morta, mas consegui fugir para me refugiar com meus vizinhos que imediatamente chamaram a polícia. Tenho vários ferimentos, incluindo um nariz quebrado e 10 dias de interrupção temporária do trabalho. E hoje a justiça decidiu libertá-lo", lamentou.

As agressões ocorreram no apartamento do casal, em Blanc-Mesnil. Dois dias após o caso, eles enfrentaram uma audiência no Tribunal Criminal de Bobigny com apresentações de versões contraditórias.

Schmitt alegou que viveram uma luta que parecia um "tornado" entre dois amantes com uma relação tempestuosa. "Eu nunca bati em uma mulher na minha vida, é uma besteira", afirmou, culpando a mulher de ter partido para cima dele por causa de possível transferência de país para treinar a seleção de judô de Israel. "Foram episódios diferentes, os insultos, as surras. Eu cheguei perto da morte", se defendeu Pinot.

"Nunca existe um tribunal para dizer quem está dizendo a verdade e quem está mentindo. Neste caso, não temos provas suficientes de culpa", declarou o presidente do tribunal.

"Estou em choque, é um acontecimento difícil, alguns minutos de ultraviolência. Estou com hematomas na cabeça, no rosto, estou com o nariz quebrado. Ainda estou fazendo exames médicos porque estou com tontura. Tenho sorte, sou forte. Eu faço judô, meu corpo está armado", lamentou Pinot, que promete provar as agressões do marido e fazê-lo ser punido.

Grande campeão dos pesos pesados na França, Tedidy Riner prestou solidariedade a Pinot. "Estamos todos profundamente comovidos com o que nossa colega de equipe Margaux Pinot acaba de sofrer e damos a ela todo o nosso apoio", escreveu o judoca. "O que deve ser feito para garantir que as vítimas sejam ouvidas? Que os agressores sejam condenados?", questionou.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta quinta-feira os indicados ao troféu de Melhor Atleta do Ano do Prêmio Brasil Olímpico 2021. Os medalhistas na Olimpíada de Tóquio, Ana Marcela Cunha (maratonas aquáticas), Rayssa Leal (skate) e Rebeca Andrade (ginástica artística), no feminino; e Hebert Conceição (boxe), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade) e Italo Ferreira (surfe), no masculino, concorrem ao prêmio.

O processo de escolha dos indicados a Melhor Atleta do Ano e à premiação dos melhores das modalidades reuniu votos de jornalistas, dirigentes, Comissão de Atletas do COB, patrocinadores, ex-atletas e personalidades do esporte. A cerimônia ocorrerá no dia 7 de dezembro, no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju.

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"Pela primeira vez no Nordeste, o Prêmio Brasil Olímpico celebrará a melhor campanha da história do país em Jogos Olímpicos. Tenho certeza de que será uma grande festa em homenagem aos atletas, técnicos e a todos que contribuíram para esse resultado memorável em Tóquio", disse o presidente do COB, Paulo Wanderley.

O comitê olímpico também anunciou os 51 melhores atletas em cada modalidade esportiva olímpica. Já os que vão concorrer ao prêmio Atleta da Torcida serão revelados no domingo, dia 14, quando será aberta a votação popular pela internet.

O Prêmio Brasil Olímpico 2021 terá também outras premiações, como de Melhor Técnico e o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, destinado a personalidades do esporte que representem os valores que marcaram a vida e a carreira do saltador.

 

Os vencedores de cada modalidade do Prêmio Brasil Olímpico 2021:

Atletismo - Alison dos Santos

Badminton - Ygor Coelho

Basquete 3x3 - Fabrício Veríssimo

Basquete 5 x 5 - Clarissa dos Santos

Beisebol - Thyago Vieira

Boxe - Hebert Conceição

Canoagem Slalom - Ana Sátila

Canoagem Velocidade - Isaquias Queiroz

Ciclismo BMX Freestyle - Eduarda Bordignon

Ciclismo BMX Racing - Renato Rezende

Ciclismo Estrada - Vinícius Rangel

Ciclismo Mountain Bike - Henrique Avancini

Ciclismo Pista - Wellyda Rodrigues

Desportos na Neve - Michel Macedo

Desportos no Gelo - Nicole Silveira

Escalada Esportiva - Felipe Ho Foganholo

Esgrima - Nathalie Moellhausen

Futebol - Richarlison

Ginástica Artística - Rebeca Andrade

Ginástica de Trampolim - Camilla Gomes

Ginástica Rítmica - Duda Arakaki

Golfe - Alexandre Rocha

Handebol - Bruna de Paula

Hipismo Adestramento - João Victor Oliva

Hipismo CCE - Carlos Parro

Hipismo Saltos - Marlon Zanotelli

Hóquei sobre Grama e Indor - Vinicius Vaz

Judô - Mayra Aguiar

Karatê - Vinícius Figueira

Levantamento de Pesos - Jaqueline Ferreira

Maratona Aquática - Ana Marcela Cunha

Nado Artístico - Laura Miccuci e Luisa Borges

Natação - Bruno Fratus

Pentatlo Moderno - Danilo Fagundes

Polo Aquático - Ana Beatriz Mantellato

Remo - Lucas Verthein

Rugby - Isadora Cerullo

Saltos Ornamentais - Kawan Pereira

Skate - Rayssa Leal

Softbol - Mariana Pereira

Surfe - Italo Ferreira

Taekwondo - Milena Titoneli

Tênis - Luisa Stefani e Laura Pigossi

Tênis de Mesa - Hugo Calderano

Tiro com Arco - Marcus D’Almeida

Tiro Esportivo - Felipe Wu

Triathlon - Vittoria Lopes

Vela - Martine Grael e Kahena Kunze

Vôlei - Fernanda Garay

Vôlei de Praia - Duda Lisboa

Wrestling - Laís Nunes

A polícia queniana agiu rápido e prendeu, nesta quinta-feira (14), Emmanuel Rotich, marido da maratonista e recordista mundial Agnes Tirop, de 25 anos, encontrada morta a facadas em sua casa na quarta-feira (13). Ele é o principal suspeito do crime e foi detido quando tentava fugir do Quênia.

"Quanto mais cedo fizermos com que ele revele as circunstâncias que levaram ao assassinado da jovem, melhor para todos nós", disse George Kinote, diretor das investigações criminais no país africano. "O suspeito foi preso em Mombaça. Está detido e foi preso enquanto fugia", acrescentou o responsável policial.

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Medalha de bronze nos 10.000 metros nos Mundiais de 2017 e 2019 e quarta colocada nos 5.000 metros na Olimpíada de Tóquio, Tirop foi encontrada morta em Iten, cidade de alta altitude no oeste do Quênia, na qual treinam muitos atletas de fundo.

As autoridades quenianas logo miraram em Emmanuel Rotich após o mesmo ter ligado para os pais alegando "ter feito algo errado" e pedindo desculpas.

Depois do crime, o suspeito foi declarado desaparecido. Os policiais, contudo, seguiram os passos de Emmanuel Rotich em Mombaça e não tiveram dificuldades em realizar a prisão.

Os atletas militares que se destacaram nas Olimpíadas de Tóquio receberam medalhas do presidente Jair Bolsonaro. A solenidade foi realizada nesta quarta-feira (1), no Centro de Treinamento Físico Almirante Adalberto Nunes (Cefan) no Rio de Janeiro.

Foram homenageados cinco dos oito atletas que subiram ao pódio no Japão: Ana Marcela, da maratona aquática; Herbert Conceição, Abner Teixeira e Beatriz Ferreira, do boxe; e Daniel Cargnin, do judô.

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Eles integram o Programa Atleta de Alto Rendimento (Paar), do Ministério da Defesa, que apoia 549 atletas, que recebem remuneração, assistência médica, acompanhamento nutricional e estrutura para treinamento.

Em seu discurso, Bolsonaro lembrou do tempo em que era atleta e destacou a dificuldade que participar de competições de alto nível, como os medalhistas olímpicos, que têm minutos ou segundos para garantir a vitória, fruto de anos de treinamento.

"Eu me coloco no lugar de vocês, no Japão. Vocês nos proporcionaram momentos de alegria. Meus cumprimentos a vocês", disse o presidente, após entregar uma medalha especial ao boxeador Herbert Conceição.

Dos 302 atletas que se classificaram para Tóquio, 92 eram militares, sendo 44 da Marinha, 26 do Exército e 22 da Aeronáutica.

Também estiveram presentes na solenidade, o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto; o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno; o comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos, e o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, entre outras autoridades.

Os fogos de artifício encerraram a festa, e os atletas deixam o país: o Japão começou a fazer o balanço dos Jogos Olímpicos da pandemia, com custos elevados e organizados apesar da forte oposição inicial de sua população.

Os dirigentes olímpicos se mostraram otimistas, como era esperado, alegando que estes Jogos realizados em condições inéditas ofereceram momentos de esperança e de emoção ao mundo, e que aconteceram sem grandes incidentes.

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"Estes Jogos Olímpicos foram uma potente demonstração do poder unificador do esporte", declarou o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.

Para o Japão, no entanto, será necessário mais tempo para fazer o balanço dos Jogos, muito caros (ao menos 13 bilhões de euros) e polêmicos, que aconteceram enquanto os casos de covid-19 explodiam em Tóquio e em outras áreas do país.

Em tom crítico, o jornal Asahi, que defendeu o cancelamento dos Jogos, afirmou na segunda-feira (9) que a organização do evento foi uma "aposta" com a vida das pessoas, à medida que a situação sanitária se tornava mais grave.

Uma pesquisa feita pelo jornal nos últimos dois dias dos Jogos revelou, porém, que 56% dos japoneses eram favoráveis ao evento, e 32%, contrários. Ao mesmo tempo, o resultado da sondagem mostra a persistente ambivalência da população: apenas 32% disseram ter a sensação de que os Jogos eram "seguros", enquanto 54% não estavam convencidos a esse respeito.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram diferentes de qualquer outro evento esportivo mundial, começando pelo adiamento histórico de 2020 que penalizou alguns atletas.

As restrições impostas durante os Jogos incluíram o uso de máscaras em todos os ambientes e a quase total ausência de torcedores nas instalações olímpicas.

- Sucesso dos novos esportes -

Rapidamente foram observadas demonstrações de que o público japonês poderia mudar de opinião. Milhares de pessoas compareceram às imediações do Estádio Olímpico para observar os fogos de artifício da cerimônia de abertura e fazer fotografias com os anéis olímpicos.

Quando as competições esportivas começaram, algumas pessoas desafiaram as ordens de distanciamento dos eventos organizados nas vias públicas.

"Você observa os atletas correndo na sua frente e não consegue evitar incentivá-los", disse à AFP Hirochika Tadeda, durante a prova do triatlo.

As felicitações aos esportistas foram um tema dominante nos editoriais de segunda-feira. O jornal Yomiuri fez "grandes elogios pelas competições, nas quais (os atletas) mobilizaram todos os seus esforços".

Apesar da preocupação com as consequências da pandemia da covid-19 e do adiamento dos Jogos, as performances foram impressionantes, com direito a recordes mundiais e à entrada triunfal no programa olímpico de novas modalidades, como skate e surfe.

O coronavírus ofuscou os Jogos, e os sonhos olímpicos de vários atletas foram destruídos pelos resultados positivos nos testes de PCR.

A maioria estava, no entanto, muito feliz: "Em plena pandemia, eles (os japoneses) conseguiram organizar Jogos Olímpicos extraordinários. Sempre nos receberam com um sorriso e muita gentileza. Obrigado", escreveu a jogadora de futebol australiana Alanna Kennedy no Twitter.

- "Os organizadores se destacaram" -

"Os Jogos aconteceram nas circunstâncias mais difíceis imagináveis, e os organizadores se destacaram", avaliou o presidente da Associação Olímpica Britânica, Hugh Robertson.

O evento também representou um triunfo para o esporte nipônico: a delegação do país obteve o recorde de 27 medalhas de ouro. As autoridades olímpicas japonesas acreditam que os números ajudaram no crescente apoio do público aos Jogos, como demonstram as famílias que levaram filhos para áreas do evento, ou que penduraram bandeiras nas janelas.

Por trás dos aplausos se esconde, no entanto, uma sensação de crise, consequência do forte aumento dos casos de covid-19 durante os Jogos. Os organizadores insistem em que não há vínculo entre uma coisa e outra.

Tóquio e muitas outras regiões estão sob restrições, e apenas um terço dos japoneses está completamente vacinado.

A crise sanitária pode afetar o futuro político do primeiro-ministro, Yoshihide Suga, que enfrenta uma disputa pela liderança do partido conservador e, em breve, vai encarar eleições gerais.

As Olimpíadas de Tóquio 2021 terminam neste domingo (8). Desde o dia 23 de julho, pessoas mundo afora ficaram grudadas em frente à televisão acompanhando inúmeras competições. Aqui no Brasil não foi diferente. Anônimos e famosos usaram as redes sociais para celebrar cada participação dos atletas, assim como fez Ivete Sangalo.

Neste sábado (7), a artista não poupou elogios ao homenagear o desempenho dos atletas baianos. Ivete exaltou na internet a garra dos conterrâneos Isaquias Queiroz, Ana Marcela Cunha e Hebert Conceição. Publicando uma foto de Ana Marcela, que conquistou a medalha de ouro na maratona aquática, Veveta escreveu: "Brinque!!! Nada muito e faz a felicidade da gente. É ouro".

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Compartilhando um clique de Hebert, Ivete parabenizou a vitória do boxeador. "Eu tô sorrindo e a culpa é sua!!! Parabéns e obrigada por essa alegria! É ouro", disparou a voz do hit 'Festa'. Já na postagem do velejador Isaquias, ela declarou: "Nasceu pra ser campeão!!! Parabéns e obrigada pelo ouro!!!!".

Confira as homenagens:

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Logo na sua estreia em olimpíadas, a oposta da seleção brasileira de vôlei, Rosamaria, vai ter a chance de trazer o ouro. O Brasil enfrenta os Estados Unidos no domingo (9), 1h, e a jogadora promete colocar o coração em quadra em busca da conquista.

Rosamaria não era titular da equipe, mas nos dois últimos jogos se destacou e ganhou notoriedade. A oposta admite que o Brasil corria por fora na competição, mas também conta que o grupo sempre acreditou na classificação e destaca o trabalho em equipe.

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“Uma marca do Brasil é o trabalho de equipe. Foi assim que esteve em todas as finais olímpicas nos últimos anos, exceto no Rio. Então não é por acaso, não é sorte. Tenho certeza de que se a gente quiser ganhar o ouro, será jogando como grupo. A gente nunca dependeu de uma jogadora só. Isso ficou nítido e por isso estamos na final. Tenho muito orgulho disso”, disse. 

Ela também deixou elogios às adversárias e previu uma verdadeira guerra pelo ouro: “Os Estados Unidos têm um grande time, jogam muito bem taticamente, têm muitas peças de reposição e um trabalho maravilhoso. Vamos deixar o coração dentro de quadra. Vai ser uma grande batalha”. 

Contra a Coreia do Sul, pela primeira vez, ela entrou em quadra no time principal e apesar da surpresa, afirma que estava pronta para o desafio: “Não era esperado, mas eu treinava e buscava isso. Acabou acontecendo meio repentinamente, mas a minha cabeça estava preparada para isso a qualquer momento”, destacou. 

Rosamaria tem 40 pontos nesta olimpíadas, sendo 27 de ataque, 11 de bloqueio e dois de saque. Nesta sexta-feira, contra a Coreia, ela marcou dez vezes.

Cortada dos jogos olímpicos depois de apresentar sinais de um anabolizante no corpo em exame antidoping, Tandara, ponteira da seleção brasileira de vôlei, se pronunciou em uma nota assinada pela sua defesa e publicada nas redes sociais, nesta sexta-feira (6). No comunicado, o advogado afirma que a substância entrou "acidentalmente" no organismo da atleta. 

A ostarina, flagrada no corpo da atleta, está no grupo de fármacos que são moduladores seletivos do receptor de androgênio. Na prática, isso quer dizer que pode ter função parecida com a da testosterona, o que elevaria a capacidade de ganhos musculares. Por conta disso, ela integra uma lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidopagem (WADA). 

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No comunicado, a defesa da atleta aponta que a contraprova ainda não foi analisada e que "portanto salvo melhor juízo, não se afigura razoável qualquer pré-julgamento de uma atleta íntegra". A defesa ainda afirma que Tandara só irá se pronunciar após a conclusão do caso. O Brasil, sem a atleta, entrou em quadra nesta sexta-feira, pelas semifinais dos jogos olímpicos, venceu a Coreia do Sul por 3x0 e agora vai em busca do título.

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O ugandense Joshua Cheptegei conquistou a medalha de ouro dos 5.000 metros, prova em que é recordista mundial, nos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta sexta-feira (6).

Cheptegei, que levou a prata nos 10.000 metros em Tóquio, completou a prova com o tempo de 12 minutos, 58 segundos e 15 centésimos.

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O canadense Mohammed Ahmed (12:58.61) levou a prata e o americano Paul Chelimo (12:59.05) o bronze.

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