Tópicos | Josivan Santana da Silva

A Polícia Civil apresentou, na manhã desta quarta-feira (13), a prisão do suspeito de matar Josivan Santana da Silva, de 38 anos, famoso pelos bordados que fazia em Passira, no Agreste de Pernambuco. O crime foi cometido pelo sobrinho de Dodinha, identificado como Marcílio Barbosa de Santana, de 22 anos, concluíram as investigações.

De acordo com o delegado Paulo Roberto Amorim, a motivação do crime foi patrimonial, porque o suspeito teria conhecimento de que Dodinha era avesso a bancos e guardava todo seu dinheiro em sua residência. No momento da prisão, Marcílio também estava com porções de cocaína, sendo autuado, além de latrocínio, por tráfico de drogas.

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Marcílio, que é de Natal-RN, chegou em Passira em dezembro e morou cerca de um mês na casa do artesão. Dodinha teria solicitado que o jovem deixasse a casa após suspeitar do envolvimento do mesmo com o tráfico na cidade.

O assassinato de Josivan chocou a cidade de Passira. Ele era famoso por ser um dos poucos homens que fazem bordados. O corpo dele foi encontrado no dia 6 de fevereiro, mas a polícia acredita que o homicídio ocorreu dois dias antes. A vítima foi encontrada com as mãos amarradas por uma camisa e despida. “O suspeito queria dar uma conotação sexual para o crime, que foi totalmente patrimonial”, afirma o delegado. Dodinha foi esganado e sufocado com um travesseiro.

O suspeito levou um notebook, um celular e uma quantia em dinheiro incerta. O valor que teria sido subtraído por Marcílio seria no mínimo de R$ 10,5 mil, quantidade em dinheiro repassada a Dodinha por sua irmã para uma viagem que ele faria a São Paulo no dia em que seu corpo foi encontrado.

Marcílio não assume a autoria do crime, mas a polícia acredita possuir indícios suficientes para apontá-lo como culpado. Na cena do crime foram encontrados uma sandália e um relógio do suspeito. Além disso, a camisa com a qual as mãos do artesão foram atadas pertencia ao detido. “Ele talvez tenha percebido alguma movimentação e saído com pressa do local, esquecendo seus pertences lá”, supõe Amorim.

O suspeito também teria dito a um familiar que deixou Natal após cometer dois homicídios. A Polícia Civil tenta confirmar essa informação. Ele contou ainda para um amigo ouvido durante a investigação que era especialista em dar nós, chamando a atenção da polícia, visto que a vítima estava com as mãos atadas.

As investigações, entretanto, não foram encerradas. O delegado suspeita que o latrocínio tenha sido cometido por duas pessoas. “Essa segunda pessoa seria traficante local, de Passira. Os itens roubados teriam ficado com ela. Ela também teria entrado na casa e participado do crime”, explica o investigador.

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