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LafargeHolcim, empresa do setor da construção civil, está com 12 vagas disponíveis para o programa de trainee 2022, nas áreas de engenharia mecânica, engenharia de produção, engenharia química, engenharia de minas e engenharia elétrica. O programa tem duração total de 14 meses, onde os participantes conhecerão os processos de diferentes setores de produção da indústria. Os interessados têm até o dia 15 de novembro para se inscrever no site de recrutamento da empresa.

Para participar do processo seletivo, os candidatos devem ter a conclusão da graduação entre dezembro de 2018 e dezembro de 2021, além de inglês avançado e disponibilidade para viajar e atuar em uma das fábricas da empresa, localizadas nos municípios de Caaporã (PB), Cantagalo (RJ), Barroso (MG), Montes Claros (MG) e Pedro Leopoldo (MG).

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Após as inscrições, os candidatos serão submetidos a uma avaliação comportamental como parte do processo seletivo. Ainda será preciso realizar apresentações on-line para demonstrar habilidades e conhecimentos, além de um desafio virtual, com a presença de gestores. A última etapa do processo consiste em uma entrevista individual.

Os trainees aprovados no programa passarão por diferentes etapas, como imersão no negócio, coaching, workshops de desenvolvimento de soft skills, visitas e treinamentos técnicos, além de serem assistidos por um mentor técnico, e terem acompanhamento interno do departamento de recursos humanos (RH).

A empresa oferece benefícios como assistência médica e odontológica, auxílio creche, previdência privada, participação nos lucros ou resultados, seguro de vida, vale-alimentação e vale-transporte, entre outros.

A multinacional franco-suíça comunicou à filial brasileira, no início desta semana, que vai vender suas operações locais, apurou o Estadão. Caso seja concretizado, o negócio provocará uma mudança grande no setor, já que a LafargeHolcim é a terceira maior produtora do País, atrás de Votorantim e Intercement, em termos de capacidade instalada, segundo dados de 2017. O banco Itaú BBA foi contratado para conduzir o processo de venda.

De acordo com uma fonte, a saída da empresa do Brasil, entretanto, pode não ser fácil, por duas razões. A primeira é que o setor é muito concentrado, o que pode levar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a barrar o negócio, caso seja fechado com alguma concorrente de grande porte. A segunda é que empresas menores, sem impedimentos concorrenciais, não teriam fôlego financeiro para a aquisição.

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A LafargeHolcim é um grupo global do setor de materiais de construção, que tem aproximadamente 70 mil funcionários em cerca de 70 países. No Brasil, são hoje cerca de 1,4 mil trabalhadores, com operações de cimento, concreto e agregados, além de área administrativa. O grupo é líder global, e a fusão entre a Lafarge e a Holcim ocorreu em 2014.

A venda das operações locais nos planos da LafargeHolcim não foi o primeiro passo da gigante global para reduzir sua exposição ao mercado brasileiro. Em 2015, o grupo franco-suíço vendeu ativos avaliados em cerca de US$ 350 milhões para o grupo irlandês CRH - o que diminuiu consideravelmente seu porte no Brasil.

À época, o pacote de venda incluiu três fábricas de cimento (Matozinhos e Arcos Jazida, da Lafarge, e Cantagalo, da Holcim), duas estações de moagem (Arcos Cidade e Santa Luzia, da Lafarge) e uma indústria de mistura pronta de cimento (Pouso Alegre, da Holcim). Para concretizar o negócio e evitar problemas com autoridades de concorrência, as gigantes venderam mais de US$ 7 bilhões em ativos em todo o mundo, há cerca de seis anos.

No fim de 2020, a irlandesa CRH vendeu os ativos que antes pertenciam à LafargeHolcim à Companhia Nacional do Cimento (CNC), parceria entre o grupo italiano Buzzi e o brasileiro Brennand. O valor do negócio foi de US$ 218 milhões.

A saída do grupo acontecerá apesar de o mercado de construção civil viver um momento positivo no Brasil. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), a produção do material teve alta de 19% de janeiro a março de 2021, para 15,3 milhões de toneladas, na comparação com igual período do ano anterior. No pré-pandemia, a produção havia sido prejudicada por um período de fortes chuvas. Em março, a alta foi de 34,6% ante 2020, para 5,5 milhões de toneladas.

O mais recente relatório do SNIC afirma que, apesar de haver algumas boas notícias no horizonte - como as concessões de infraestrutura, que ajudam a acelerar o consumo de cimento -, também há sinais negativos para a economia, como a distribuição de um auxílio emergencial mais "magro" e uma taxa de desemprego elevada, acima de 14%. As vendas de imóveis, porém, continuam fortes, impulsionadas pela taxa básica de juros de um dígito.

Caso seja confirmada a saída, a LafargeHolcim se juntará ao grupo de multinacionais que anunciaram o fechamento de fábricas no Brasil este ano. Em janeiro, a Ford informou que encerraria sua produção no País, após mais de cem anos de funcionamento e com a demissão de 5 mil pessoas. Em março, foi a vez de a japonesa Sony fechar sua fábrica na Zona Franca de Manaus, após 48 anos.

Procurada, a assessoria de imprensa da LafargeHolcim não comentou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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