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O julgamento sobre a indicação de políticos para estatais teve mais uma reviravolta no Supremo Tribunal Federal (STF). O novo capítulo passa por uma queda de braço entre os ministros Ricardo Lewandowski e André Mendonça. O tema interessa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que indicou Lewandowski à Corte e agora em seu terceiro mandato vai conduzir um sucessor à vaga a ser aberta com a aposentadoria do ministro até maio.

O processo em análise pode flexibilizar as restrições para a nomeação de políticos a cargos de comando em empresas públicas. As regras estão previstas na Lei das Estatais, aprovada no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) na esteira dos escândalos revelados pela Operação Lava Jato para impedir o uso das indicações como moeda de troca no jogo político. A ação é movida pelo PCdoB - aliado do PT.

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O relator do processo é Lewandowski, que deixará a Corte quando completar 75 anos - idade-limite para ocupar uma cadeira no Supremo. Anteontem, ele suspendeu um trecho da lei e abriu caminho para as indicações políticas nas empresas públicas. Conforme o Estadão mostrou, o governo Lula já negocia cargos de diretorias de estatais para acomodar aliados e ampliar sua base de sustentação no Congresso - sobretudo, aqueles do Centrão.

A decisão liminar (provisória) concedida por Lewandowski também autoriza a nomeação de membros de partidos políticos e de pessoas que tenham trabalhado nas equipes de campanhas eleitorais. A condição é que elas deixem eventuais cargos de direção partidária. Pela lei, hoje, exige-se o cumprimento de uma quarentena de 36 meses (três anos) antes que se possa assumir esses postos. A Câmara aprovou mudança na regra no fim do ano passado, mas o texto não avançou no Senado.

"Afastar indiscriminadamente pessoas que atuam na vida pública, seja na estrutura governamental, seja no âmbito partidário ou eleitoral, da gestão das empresas estatais, constitui discriminação odiosa e injustificável sob o ponto de vista do princípio republicano, nuclear de nossa Carta Magna", justificou Lewandowski na decisão em que atendeu ao pedido do PCdoB.

No entanto, quando há um pedido de vista, a análise do processo é travada. Via de regra, a ação só volta a ser pautada pela presidência do Supremo - no caso, Rosa Weber - depois que o ministro que usou o instrumento para ter mais tempo para analisar o caso libera os autos, ou após um prazo de 90 dias.

O pedido de vista de Mendonça, que foi indicado por Jair Bolsonaro (PL), foi feito na semana passada, quando o julgamento da ação foi iniciado no plenário virtual do Supremo - nesse espaço digital, que funciona como o plenário físico, os votos são depositados sem debate entre os ministros da Corte. Com o pedido, Mendonça poderia engavetar a ação até junho, ou seja, até depois da aposentadoria de Lewandowski. O processo continuaria no acervo para o sucessor.

'Urgência'

Lewandowski, porém, decidiu usar dos poderes de relator com a justificativa de que há "excepcional urgência" no caso e "perigo de lesão irreparável", porque as assembleias para eleição de diretores e membros do conselho de administração das estatais estão marcadas para o final de abril.

O ministro também submeteu a própria decisão ao plenário, o que na prática força a retomada da discussão no colegiado, ainda que em caráter liminar. O julgamento da decisão monocrática de Lewandowski foi marcado no plenário virtual para o período de 31 de março a 14 de abril.

Reação

No intervalo de menos de quatro horas veio a reação. Mendonça liberou o processo para julgamento, no mérito - o que significa que a decisão do plenário não será provisória -, sobre a suspensão das normas da Lei das Estatais, mas definitiva, sobre a constitucionalidade das regras.

A estratégia não é usual: os pedidos de vista tendem a ser consideravelmente mais demorados, tanto que o Supremo alterou o regimento interno no final do ano passado para determinar que os processos serão liberados automaticamente para inclusão em pauta se o prazo dos 90 dias para a devolução da vista não for respeitado pelo ministro.

Há ainda uma outra disputa: a modalidade do julgamento. Interlocutores de Lewandowski dizem que ele gostaria de manter a votação no plenário virtual, longe da TV Justiça e da opinião pública, mas Mendonça devolveu a vista direto no plenário físico. Com isso, a data para julgamento fica a cargo de Rosa Weber, a quem caberá encaixar o caso em pauta.

Dúvida

O plenário do Supremo não precisa julgar primeiro a decisão liminar e depois o mérito do caso. "A ação está relatada e pronta para julgamento. O plenário pode tanto decidir o mérito da ação quanto fazer uma nova apreciação provisória, mantendo ou suspendendo a liminar", disse Vitor Rhein Schirato, doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (USP) e professor da instituição.

Se a liminar de Lewandowski for derrubada, há margem para discussão: caso Lula nomeie algum diretor de estatal vetado pelo artigo 17 da Lei das Estatais, pode-se alegar que o ato foi válido porque estava, no momento, protegido por uma decisão judicial. Contudo, Schirato disse não acreditar na possibilidade de um "direito adquirido". "Em tese, hoje, pode-se nomear qualquer pessoa. Mas, se amanhã o entendimento for pela constitucionalidade, aquela nomeação passa a ser ilegal", disse.

Política

Felippe Mendonça, doutor em Direito Constitucional pela USP, vê uma movimentação política da parte de Mendonça, não de Lewandowski. "O pedido de vista do Mendonça, até mesmo pela liberação imediata após a liminar, é que parece ter sido por fins políticos, tentando impedir nomeações", disse.

A respeito da possibilidade de que eventuais nomeações sejam feitas no período, ele levanta outro ponto: "Há a necessidade de se preocupar com o funcionamento da empresa em que o indivíduo foi nomeado e quem ficaria na função".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O julgamento sobre a indicação de políticos para estatais teve mais uma reviravolta no Supremo Tribunal Federal (STF). O novo capítulo passa por uma queda de braço entre os ministros Ricardo Lewandowski e André Mendonça.

O processo pode flexibilizar as restrições para a nomeação de políticos a cargos de comando em empresas públicas. As regras estão previstas na Lei das Estatais, aprovada no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) para impedir o uso das indicações como moeda de troca no jogo político. A ação é movida pelo PCdoB.

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O relator do processo é o ministro Ricardo Lewandowski, que está prestes a deixar o tribunal porque completa 75 anos - idade limite para ocupar uma cadeira na Corte. Ele suspendeu nesta quinta-feira, 16, o trecho da lei, abrindo caminho para as indicações políticas.

Na prática, ao decidir monocraticamente, Lewandowski 'furou' o colega André Mendonça. Isso porque Mendonça havia pedido mais tempo para analisar o caso. Ele fez isso por meio do instrumento chamado 'pedido de vista', uma prerrogativa de todos os ministros do tribunal.

Quando há um pedido de vista, a análise do processo é travada. Via de regra, a ação só volta a ser pautada pela presidência do STF depois que o ministro libera os autos ou se passarem mais de 90 dias.

O pedido de vista de André Mendonça foi feito na semana passada, quando o julgamento da ação foi iniciado no plenário virtual do Supremo. Isso quer dizer que ele poderia engavetar a ação no próprio gabinete até junho, ou seja, até depois da aposentadoria de Lewandowski. O processo continuaria no acervo para o sucessor.

Lewandowski decidiu usar os poderes de relator com a justificativa de que há 'excepcional urgência' no caso e 'perigo de lesão irreparável', porque as assembleias para eleição de diretores e membros do conselho de administração das estatais estão marcadas para o final de abril.

O ministro também submeteu a própria decisão ao plenário, o que na prática força a retomada da discussão no colegiado, ainda que em caráter liminar (provisório). O julgamento da decisão monocrática de Lewandowski foi marcado no plenário virtual para os dias 31 de março a 14 de abril.

Em um intervalo de menos de quatro horas veio a reação: André Mendonça liberou o processo para julgamento, no mérito, o que significa que a decisão do plenário não será provisória, sobre a suspensão nas normas da Lei das Estatais, mas definitiva, sobre a constitucionalidade dessas regras.

A manobra não é usual: os pedidos de vista tendem a ser consideravelmente mais demorados, tanto que o STF alterou o regimento interno no final do ano passado para determinar que os processos serão liberados automaticamente para inclusão em pauta se o prazo de 90 dias para devolução da vista não for respeitado.

Há ainda uma outra variável em disputa: a modalidade do julgamento. Interlocutores do ministro Ricardo Lewandowski avaliam que ele gostaria de manter a votação no plenário virtual, longe da TV Justiça e da opinião pública. Mas se algum ministro pedir destaque, a votação precisa ser transferida para o plenário físico.

Cronologia

- Julgamento é iniciado no plenário virtual do STF no dia 10 de março;

- André Mendonça pede vista (mais tempo para análise) e interrompe a sessão antes dos votos dos demais ministros;

- Relator, Ricardo Lewandowski aponta 'urgência', decide monocraticamente suspender as restrições a indicações políticas nas estatais e submete a decisão provisória ao plenário em sessão marcada para os dias 31 de março a 14 de abril;

- Mendonça reage rapidamente e devolve o processo para julgamento do mérito, em data ainda não definida.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu cinco ações penais abertas na esteira da falecida Operação Lava Jato com base em provas obtidas a partir do acordo de leniência da construtora Odebrecht, declaradas inválidas pela Segunda Turma da Corte.

A decisão atende pedidos de alvos emblemáticos da extinta força-tarefa: o ex-senador Edison Lobão, o ex-presidente da Eletronuclear Othon Pinheiro da Silva, o suposto operador financeiro do ex-governador do Paraná Beto Richa, Jorge Atherino, e o advogado Rodrigo Tacla Duran.

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De saída do STF, aposentadoria marcada para maio, Lewandowski estendeu aos antigos investigados da operação a medida que beneficiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em decisão posteriormente confirmada pela Segunda Turma do STF, o magistrado anulou, em 2021, provas produzidas contra o petista no acordo de leniência entre a Odebrecht e o Ministério Público Federal.

A avaliação do ministro é que o acervo de provas estaria comprometido porque as negociações da extinta força-tarefa com a Odebrecht foram instruídas pelo então juiz Sérgio Moro, também responsável pela homologação do acordo.

Nos despachos, Lewandowski explicou a 'imprestabilidade' dos elementos de prova obtidos a partir do acordo de leniência da Odebrecht. Segundo ele, 'a própria cadeia de custódia e a higidez técnica dos elementos probatórios obtidos pela acusação por meio dessas tratativas internacionais encontrava-se inapelavelmente comprometida'.

Uma das ações agora travada se debruça sobre suposta corrupção no contrato das obras da Usina de Belo Monte. Nesse processo constam como réus Lobão, seu filho Márcio, sua nora Marta e outros dois acusados. A denúncia relata supostos pagamento ilícitos, entre 2011 e 2014, no valor de R$ 2,8 milhões, por intermédio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, a famosa 'máquina de propinas' da empreiteira.

Já o processo sobre o almirante Othon Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, apura crimes ligados à construção do Estaleiro e Base Naval da Marinha em Itaguaí, no Rio. O Tribunal de Contas da União apontou sobrepreço de R$ 406 milhões na obra.

Na lista de processos travados há ainda uma ação que envolve Jorge Atherino - suposto operador financeiro do ex-governador do Paraná Beto Richa - em tramitação na Justiça Eleitoral do Paraná e também um procedimento na 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiva que envolve Rodrigo Tacla Duran, advogado que trabalhou para a Odebrecht.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o trancamento e encerramento de três ações da extinta Lava Jato e da Operação Zelotes contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As investigações, que estavam suspensas, diziam respeito a doações da empreiteira Odebrecht ao Instituto Lula, à compra do terreno do instituto e a supostas irregularidades na compra de caças suecos para a Aeronáutica durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff.

As duas primeiras investigações estavam suspensas desde setembro de 2021 por ordem do STF. A apuração sobre um suposto tráfico de influência de Lula na aquisição dos caças F-39 Gripen havia sido suspensa em março do ano passado. As ações, que tramitavam na Justiça Federal em Brasília, foram encerradas.

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Na decisão, Lewandowski indicou que as provas apresentadas nas ações são ilegais. Segundo ele não há cabimento para que os processos continuem a tramitar. No texto, ele classificou as provas de “eivadas de vícios insanáveis e claramente desprovidas de lastro probatório mínimo”.

A interrupção definitiva das investigações havia sido pedida pela defesa de Lula no processo de anulação das provas que constavam do acordo de leniência entre a Odebrecht e força-tarefa dos procuradores da Lava Jato no Ministério Público Federal. Os pedidos foram feitos com base em material apreendido pela Operação Spoofing da Polícia Federal, que prendeu um grupo de hackers que invadiram celulares de juízes e de procuradores da Lava Jato.

”Examinado com verticalidade o mosaico fático-jurídico pormenorizadamente descrito acima, não concebo a existência de denúncias temerárias, sem o mínimo de elementos probatórios hígidos [salutares], e, ainda, sabidamente desprovidas de correlação legítima entre elas e fase pré-processual. Trata-se, em verdade, de imputações calcadas em provas contaminadas, que foram produzidas, custodiadas e utilizadas de forma ilícita e ilegítima, o que evidencia a ausência de justa causa para o seu prosseguimento”, escreveu Lewandowski na decisão.

Na campanha eleitoral de 2022, o então candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, mais de uma vez, que nunca havia indicado "um amigo" para o Supremo Tribunal Federal (STF). Era uma crítica ao então presidente Jair Bolsonaro, que nomeou o ex-ministro da Justiça André Mendonça para a Corte. No entanto, Lula, agora presidente pela terceira vez, terá de enfrentar a questão ética que imputou ao antecessor, pois seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, desponta como um potencial candidato.

O petista tem restringido ao máximo as conversas sobre o substituto do ministro Ricardo Lewandowski, que faz 75 anos em maio deste ano - além dele, a presidente da Corte, Rosa Weber, também vai deixar a toga neste ano, em outubro. Segundo aliados do petista, Zanin só não será contemplado caso recuse a oferta. A atuação na Operação Lava Jato e a derrubada das decisões de Sérgio Moro, segundo relatos, credenciaram o advogado ao círculo mais restrito do presidente.

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Durante as eleições, Zanin atuou como coordenador jurídico da campanha, articulou encontros de Lula com os ex-governadores de Goiás Marconi Perillo (PSDB) e José Eliton (PSB), e foi anfitrião de um encontro com o economista e professor da Universidade de Columbia Jeffrey Sachs.

Após a eleição, foi nomeado na transição como o responsável pela elaboração de um relatório sobre a área de cooperação jurídica internacional. O documento sugere, por exemplo, a derrubada de uma portaria editada em 2005, no governo Lula, que permite ao Ministério Público Federal uma cooperação "informal" com órgãos estrangeiros. Questionamentos sobre este procedimento foram levantados diversas vezes por Zanin e outros advogados na Lava Jato.

Ainda no fim de 2022, Lula perguntou a Zanin se gostaria de integrar o governo. Ao declinar da proposta, o advogado disse que permaneceria atuando no sistema de Justiça. Ele seguiu com seu escritório, com sede nos Jardins, em São Paulo.

A atuação de Zanin na defesa de Lula, no entanto, lhe rendeu contratempos. Recentemente, foi ameaçado no aeroporto de Brasília. A OAB procurou Zanin para representá-lo criminalmente.

Currículo

Zanin nasceu em Piracicaba (SP) e tem 47 anos. Formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Iniciou a carreira a convite do professor Eduardo Arruda Alvim para integrar o escritório do pai, o falecido desembargador José Manoel de Arruda Alvim Neto. Começou a carreira na área de telecomunicações, e em casos relativos a planos econômicos no fim dos anos 1990.

Em um destes casos, fez parceria com a advogada Valeska Teixeira, que trabalhava para uma das grandes bancas de advocacia de São Paulo. Começaram a namorar no início dos anos 2000, quando Zanin se tornou sócio de Valeska e de seu pai, o advogado Roberto Teixeira. Compadre de Lula, Teixeira foi, por muitos anos, um influente aliado do petista. Zanin e Valeska são casados e têm três filhos.

Foi em um sítio de Teixeira que o presidente morou nos anos 1980 sem pagar aluguel. O filho de Lula, Luis Cláudio, afilhado do advogado, também morou de graça em um apartamento de uma empresa que tem Teixeira como sócio. No escritório do compadre de Lula, por exemplo, foi lavrada a compra do sítio de Atibaia, em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna. O imóvel foi alvo da Lava Jato e Lula chegou a ser condenado no caso - mas a decisão foi anulada.

Até a Lava Jato, Zanin havia convivido com Lula só em festas familiares, levado pelo sogro. Hoje, em razão de briga societária e pessoal, Teixeira e Zanin estão rompidos. Valeska e o pai também cortaram relações.

Apesar de ter o rosto conhecido da defesa de Lula na Lava Jato, foi em brigas societárias, arbitragens e disputas empresariais que o advogado fez carreira. Atualmente, faz parte da equipe que defende a J&F na renegociação de acordo leniência e em uma disputa que envolve R$ 15 bilhões.

Buscas

Ao atuar nesse caso, Zanin chegou a ser alvo de buscas e apreensões. À época, em 2020, já era advogado de Lula. A Operação Lava Jato de Curitiba também grampeou e fez relatórios, em tempo real, sobre horas de conversas do ramal da banca.

Assim como nas grandes brigas societárias, foi a partir da desconstrução de seus adversários que Zanin obteve a vitória mais significativa para Lula, quando o Supremo declarou a parcialidade de Moro.

O advogado é autor de um livro sobre lawfare, termo em inglês usado para classificar o uso do sistema de Justiça para perseguição política. A expressão que dá nome ao livro foi repetida em centenas de petições do advogado na cruzada para derrubar processos contra Lula com base na declaração de suspeição do juiz. Chegou a entregar a obra ao papa Francisco e ao ex-juiz italiano Gerardo Colombo, que atuou na Operação Mãos Limpas, responsável por investigar a corrupção em obras públicas na Itália. Antes entusiasta da Lava Jato, Colombo hoje é um crítico de sua politização.

Disputa por vaga reúne nomes críticos à Lava Jato

A atuação nos casos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e nas disputas empresariais dão a Cristiano Zanin trunfos para uma eventual indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, além de ser visto como um candidato jovem, ele não tem o mesmo estofo acadêmico de outros nomes que aparecem cotados. Alguns deles também gozam de certa proximidade com Lula, ou, no mínimo, do apoio de juristas ligados ao presidente.

Primeiro ministro a deixar uma vaga aberta, Ricardo Lewandowski será ouvido pelo presidente a respeito de sua sucessão. O Estadão apurou que ele não deve patrocinar um nome abertamente, mas vai definir um perfil. O critério primordial é que seja um jurista que não tenha medo de adotar posições opostas à maioria dos colegas e até mesmo vistas como impopulares. O currículo acadêmico também pesará.

O professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Pedro Serrano é um dos destaques da lista. Crítico da Lava Jato, Serrano é autor de livros sobre a "espetacularização" do Judiciário e a respeito do "autoritarismo" da Justiça no processo penal. Atualmente, é sócio da banca Warde Advogados, um escritório em São Paulo que abriga personagens como o ex-diretor-geral da Polícia Federal Leandro Daielo e o ex-CGU Valdir Simão.

Serrano tem proximidade com Lula. Antes e durante a campanha, promoveu jantares em sua casa com o petista, o então candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) e advogados.

Na lista, está também Lenio Streck, de 67 anos, procurador de Justiça aposentado, professor de Hermenêutica e Direito Constitucional. De perfil garantista, e também ligado ao Prerrogativas, grupo de advogados que despontou criticando a Lava Jato, ostenta o currículo de maior peso do ponto de vista acadêmico.

Autor de mais de 60 livros, é um dos mais citados acadêmicos em Direito Constitucional do País. Na condição de amicus curiae, Lenio foi um dos advogados no julgamento que derrubou a prisão após segunda instância, em 2020. Entre os beneficiários estava Lula, então preso na Lava Jato.

Ex-secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do STF nas gestões de Lewandowski, o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto também está no páreo. Ele foi professor da USP até 2022 e é autor de diversos livros - o mais recente, sobre as Constituições Brasileiras.

Conheceu o ministro ainda como aluno de Direito e foi convidado por ele para o STF logo quando assumiu uma cadeira na Corte. É diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Mestre pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutor e pós-doutor em Direito Constitucional pela USP, é o mais jovem dos candidatos. Tem 43 anos.

Coalizão

Cientistas políticos afirmam que as indicações de Lula ao STF dependerão da coalizão formada pelo governo no Senado - responsável por endossar, ou não, a escolha. O cenário de mais vagas em disputa pode beneficiar o governo na escolha de um ministro alinhado aos interesses do Planalto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou dois habeas corpus (pedidos de liberdade) de duas pessoas presas por envolvimento nos atos golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro. As defesas pediam a revogação das prisões determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Lewandowski citou entendimento consolidado da Corte, segundo o qual não é possível tramitar habeas corpus contra ato de órgão colegiado da Corte ou de qualquer ministro.

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O ministro também é relator de ação proposta pelo advogado Carlos Alexandre Klomfahs que pede "salvo-conduto" ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), Anderson Torres. Bolsonaro é investigado por incitação aos atos e Torres, por omissão no comando das forças de segurança no dia.

Klomfahs é o mesmo advogado que entrou com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal Militar (STM) para liberar os detidos após os atos de 8 de janeiro. O pedido foi negado.

A aposentadoria da ministra Rosa Weber e do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023 proporcionará ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) as indicações de dois nomes para ocupar as vagas. O Supremo foi um órgão bastante afetado durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo centro da crise política no Brasil. 

Em conversa com a sua equipe técnica, os nomes cotados pelo petista para ocupar a cadeira deixada por Lewandowski são: o advogado Pedro Serrano, o jurista Lenio Streck, o advogado pessoal do petista, Cristiano Zanin e o advogado, filósofo e escritor Silvio de Almeida. Já entre as mulheres, estão cotados os nomes das advogadas criminalistas Dora Cavalcanti e Flávia Rahal para ficar no lugar de Weber, que se aposenta em 2 de outubro e Lewandowski, em 11 de maio, datas que completam 75 anos, idade que a aposentadoria dos ministros se torna compulsória. 

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Atualmente o STF tem três ministros indicados por Lula: Dias Toffoli (2009), Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski (2006). Bolsonaro, por sua vez, indicou dois ministros: Nunes Marques (2020) e André Mendonça  (2021), com 50 e 49 anos, respectivamente.

O presidente eleito ainda não bateu o martelo sobre a decisão; ele vai esperar os conselhos da equipe técnica. Segundo o Correio Braziliense, o objetivo é indicar pelo menos um magistrado com o perfil de Lewandowski, que foi indicado pelo próprio petista em 2006. 

Lewandowski definitivamente não começou a semana com o pé direito. Após a Polônia ser eliminada nas oitavas de final da Copa do Mundo, com derrota para a França por 3 a 1, o atacante viu seu recurso, contra a suspensão de três jogos pela expulsão diante do Osasuna, pelo Campeonato Espanhol, ser negado pelo Comitê de Apelações da Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

O atacante foi punido com um jogo de suspensão pela expulsão e tomou mais duas partidas de gancho por desacato ao árbitro Jesús Gil Manzano, que registrou em súmula a indignação do jogador do Barcelona, que tentou revogar a decisão, sem sucesso.

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"Uma vez expulso e quando se dirigia para a saída do campo, o jogador fez duas vezes um gesto de desaprovação da decisão de arbitragem, que consiste em levar o dedo ao nariz e apontar depois com o polegar em direção ao árbitro", relatou Jesús Gil Manzano.

Apesar de ter o recurso negado, o Barcelona poderá recorrer ainda ao Tribunal Administrativo do Desporto (TAD) no prazo de 15 dias. O clube espanhol deve tentar a liberação do seu atacante até a última instância, já que briga pela liderança do Campeonato Espanhol com o Real Madrid.

Com a Polônia fora da Copa do Mundo, Lewandowski volta a focar exclusivamente no Barcelona. O time catalão é o líder do Campeonato Espanhol, com 37 pontos, dois à frente do Real Madrid.

O Barcelona volta a campo apenas no dia 30, diante do Espanyol, no Camp Nou. O horário ainda não foi confirmado.

O segundo dia de jogos pelas oitavas de final da Copa do Catar tem um duelo de craques, o francês Mbappé e o polonês Lewandowski. A partir das 12h (horário de Brasília) deste domingo (4) a França e a Polônia medem forças no Estádio Al Thumama.

A seleção francesa tenta retomar o caminho das vitórias após o revés de 1 a 0 para a Tunísia na última quarta-feira (30), em partida na qual entrou com uma formação alternativa. A expectativa agora é apresentar um bom futebol, especialmente porque contará com as suas principais peças, entre elas Mbappé. O atacante do PSG (França) tem tido uma boa participação no Mundial, sendo inclusive o artilheiro da sua seleção na competição, com três gols.

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Mas o técnico da seleção francesa, Didier Deschamps, deixou claro, em entrevista coletiva concedida no último sábado (3), que, mesmo contando com uma estrela do quilate de Mbappé, não pode descuidar de um adversário como a Polônia, que aposta no faro de gol do atacante Lewandowski: “Com esse tipo de jogador, você tem que limitar a influência. Ele usa muito bem o corpo e a menor bola já pode trazer perigo”.

Já o comandante da Polônia, Czesław Michniewicz, tem clareza de que as oitavas de final inauguram uma etapa totalmente nova da competição, que demanda uma nova postura: “Agora estamos fora da fase de grupos, então vamos mudar nossos planos”.

A partir das 16h será a vez de a Inglaterra entrar no gramado no Estádio de Al Bayt, na cidade de Al Khor, para definir seu futuro na competição diante de Senegal. O English Team chega confiante, em especial porque fez a melhor campanha geral na primeira fase da competição, conquistando 7 pontos em três partidas e com saldo de 7 gols.

Porém, a equipe africana mantém a confiança de que pode surpreender na disputa por uma vaga para as quartas. “É importante ver Camarões derrotar o Brasil, a Tunísia vencer a França. Do nosso lado, o recado é que venceremos a Inglaterra. Devemos ter a ambição de poder vencer todos”, declarou o auxiliar técnico da seleção de Senegal, Regis Bogaert. Ele concedeu entrevista no lugar do técnico Aliou Cissé, que apresentou quadro febril.

Esta quarta-feira (30) reserva um encontro de estrelas para os amantes de futebol que acompanham a Copa do Catar. A partir das 16h (horário de Brasília), o Estádio 974 será palco do confronto da Argentina de Lionel Messi e da Polônia de Robert Lewandowski, partida válida pela terceira rodada da fase de grupos do Grupo C e que decidirá o destino destas equipes na competição.

Os hermanos dependem apenas de suas próprias forças para avançarem, basta que vençam para se garantirem nas oitavas. Após o triunfo sobre o México no último sábado (26), a Argentina chega motivada para a partida desta terça.

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Já a equipe de Robert Lewandowski vem de triunfo sobre a Arábia Saudita, o que lhe garantiu a liderança da chave. Com quatro pontos conquistados, os poloneses precisam de apenas um empate para avançarem.

No mesmo horário e grupo, Arábia e México medem forças no Estádio de Lusail. A seleção mexicana não depende só de si para avançar, pois, ocupando a lanterna do Grupo C com apenas um ponto, terá que superar os sauditas e torcer por uma vitória da Polônia no outro jogo. Se a Argentina vencer ou der empate, o México terá que tirar a diferença no saldo de gols. Já a Arábia tem uma situação mais simples para avançar às oitavas, precisa apenas de uma vitória simples.

Mais cedo, a partir das 12h, começará a ser definida a classificação final do Grupo D, com a atual campeã França pegando a Tunísia no Estádio Cidade da Educação e Austrália e Dinamarca medindo forças no Estádio Al Janoub.

Os franceses chegam ao seu compromisso com 100% de aproveitamento até aqui e já classificados. Já os tunisianos, com apenas um ponto, têm uma pequena possibilidade de avançar, e para isto precisam bater a França e torcer para que a Austrália não supere a Dinamarca.

Os australianos, por sua vez, tem situação muito cômoda, pois dependem apenas de si. Basta que vençam. Os dinamarqueses, por sua vez, precisam vencer, mas com um saldo de gols melhor do que o dos tunisianos.

Duas vezes ganhador do The Best, prêmio da Federação Internacional de Futebol (Fifa) ao melhor jogador do ano no mundo, em 2020 e 2021, Robert Lewandowski ainda não tinha balançado as redes em Copas do Mundo. A espera chegou ao fim neste sábado (26), na quinta partida dele em um Mundial. Com gol do atacante do Barcelona (Espanha), a Polônia derrotou a Arábia Saudita, a surpresa da primeira rodada da competição realizada no Catar, por 2 a 0, no Estádio Cidade da Educação, na capital Doha.

Os poloneses, que estrearam empatando sem gols com o México (Lewandowski, inclusive, teve um pênalti defendido pelo goleiro Guilhermo Ochoa), foram a quatro pontos, liderando, de forma provisória, o Grupo C. Os sauditas, que derrotaram a Argentina do atacante Lionel Messi por 2 a 1 na primeira rodada, permanece com três pontos, em segundo. Argentinos e mexicanos, aliás, jogam ainda neste sábado, às 16h (horário de Brasília), no Estádio de Lusail.

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As seleções encerram a participação na primeira fase na próxima quarta-feira (30), às 16h. A Arábia Saudita enfrenta o México em Lusail e a Polônia desafia a Argentina no Estádio 974, em Doha. Os dois primeiros da chave avançam às oitavas de final.

Szczesny e Zielinki punem sauditas

O técnico da equipe saudita, o francês Hervé Renard, teve que mexer na escalação que surpreendeu a Argentina. Sem o lateral Yasser Al-Shahrani, que levou uma joelhada acidental do goleiro Mohammed Al-Owais na partida anterior e está fora da Copa, Saud Abdulhamid foi o titular no lado esquerdo da defesa. O capitão Salman Al-Faraj, que chegou ao Mundial recém recuperado de lesão e deixou o primeiro jogo no intervalo, deu lugar ao também meia Sami Al-Naji.

Na Polônia, o treinador Czeslaw Michniewicz fez três alterações, insatisfeito com o rendimento da equipe na estreia. O volante Krystian Bielik, o meia Przemyslaw Frankwoski e o atacante Arkadiusz Milik ganharam as vagas, respectivamente, dos meias Nicola Zalewski, Sebastian Szymanski e Jakub Kaminski. As duas primeiras trocas já haviam sido feitas durante o empate com o México.

A empolgação pela vitória sobre os argentinos era visível no time asiático, que tomou a iniciativa e pressionou a Polônia no campo defensivo. Aos 12 minutos, o volante Mohamed Kanno tabelou pela esquerda e bateu da entrada da área, forçando o goleiro Wojciech Szczesny a se esticar para salvar. Com dificuldades para conter a rápida transição saudita, os europeus receberam três amarelos do árbitro brasileiro Wilton Pereira Sampaio, antes mesmo dos 20 minutos.

Aos poucos, os poloneses foram diminuindo o ritmo da Arábia Saudita, chegando à área dos asiáticos e, enfim, balançando as redes. Aos 38 minutos, o lateral Matty Cash lançou Lewandowski na área. O astro se antecipou a Al-Owais e rolou para o meia Piotr Zielinski chegar batendo e fazer o primeiro gol da equipe europeia no Catar. No lance seguinte, o centroavante do Barcelona recebeu pela direita e finalizou cruzado, rasteiro, mas ninguém apareceu na área para concluir.

Os sauditas tentaram retomar a concentração rapidamente e teriam conseguiram o empate antes do intervalo, não fosse Szczesny. Aos 42 minutos, Saleh Al-Shehri foi derrubado por Bielik na área. Com auxílio do árbitro de vídeo (VAR), Wilton Pereira Sampaio deu pênalti. O também atacante Feras Al-Brikan teve a cobrança, rasteira, defendida pelo goleiro, que ainda salvou o rebote, nos pés do meia Salem Al-Dawsari.

"Lewa" decide em segundo tempo agitado

As equipes mantiveram o ritmo na volta do intervalo. A seleção asiática no ataque. Aos nove minutos, na sobra de um bate-rebate na marca do pênalti, Al-Dawsari ficou à frente do goleiro, que conseguiu bloquear o chute na pequena área. Cinco minutos depois, Al-Brikan recebeu na área pela esquerda, após boa troca de passes, mas a finalização saiu rente à trave direita polonesa. No ataque seguinte, Kanno aproveitou o desarme de Al-Shehri para cima do zagueiro Jakub Kiwior e soltou a bomba quase na pequena área, mas sem direção.

Em meio à pressão saudita, a Polônia assustou com duas bolas na trave. Primeiro, aos 17 minutos, com Milik, de cabeça, após cruzamento de Frankowski pela esquerda. Três minutos depois, foi a vez de Lewandowski ser frustrado pelo poste. A Arábia teve chance de punir as oportunidades desperdiçadas pelos rivais aos 32, em chute do meia Nawaf Al-Abid, livre na meia-lua, na sobra de uma jogada individual pela direita, mas a batida saiu à esquerda da meta.

No fim, foi a seleção europeia quem fez valer a máxima do "quem não faz, leva". Aos 36, o volante Abdulelah Al-Malki deixou a bola escapar na entrada da área, na frente de Lewandowski. O centroavante não desperdiçou e deu fim à seca de gols em Copas, decidindo a primeira vitória polonesa no Catar.

No Estádio 974, em Doha, México e Polônia entraram em campo, nesta terça-feira (22), compreendendo que quem vencesse o duelo já poderia pensar até mesmo em ser o líder do Grupo C da Copa do Catar, justamente por causa da derrota da Argentina para a Arábia no primeiro jogo da chave.

Os mexicanos, do já lendário goleiro Ochoa, é um país que tem tradição de passar da fase de grupos, enquanto a Polônia, do artilheiro Lewandowski, não consegue avançar às oitavas de final desde a Copa de 1986 (México).

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Nos primeiros minutos, muita correria, passes errados e pouca conclusão a gol. Algo normal para uma estreia, onde nenhum dos times queria se expor. Apenas aos 25 minutos do 1º tempo ocorreu uma chance clara de gol, quando Alexis Vega cabeceou e a bola passou a centímetros da trave esquerda do goleiro Szczesny. O lance animou os mexicanos e, dois minutos depois, foi a vez de Gallardo ser lançado em profundidade, trombar com o goleiro polonês e perder outra oportunidade de abrir o placar. Sánchez ainda teve uma bomba espalmada por Szczesny aos 44 minutos, mas a falta de emoção foi a tônica do primeiro período. Natural, então, que as equipes levassem o empate sem gols para os vestiários.

Na etapa complementar, logo aos 8 minutos, os poloneses pediram pênalti em Lewandowski. O árbitro australiano checou a possível falta, foi olhar no monitor do VAR (árbitro de vídeo) e concluiu que houve o puxão do zagueiro mexicano Moreno. Assim, apenas aos 11 minutos, foi cobrada a penalidade. Lewandowski bateu e Guillermo Ochoa defendeu de forma espetacular, no cantinho, reafirmando sua boa forma.

Depois disso, a partida decaiu muito em qualidade técnica. O México teve poucas chances de incomodar o goleiro Szczesny e, no máximo, Álvarez arriscou um chute de fora da área, a bola desviou na cabeça de Martín e quase surpreendeu. A Polônia, então, conseguiu ser ainda pior. O pênalti perdido teve um efeito psicológico nos atletas e o próprio Lewandowski desapareceu da partida, deixando de incomodar a defesa mexicana.

Dessa forma, com excesso de cautela, cada treinador achou que garantir um ponto na estreia já era suficiente. As alterações em massa, comuns no 2º tempo das partidas, também não fizeram efeito e a Copa do Mundo conheceu seu segundo empate em 0 a 0, desta vez diante dos cerca de 39 mil espectadores presentes no Estádio 974.

Na próxima rodada do Grupo C, no sábado (26), Polônia e Arábia Saudita medem forças a partir das 10h (horário de Brasília), enquanto México e Argentina se enfrentam a partir das 16h.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski defendeu nesta segunda-feira, 14, a indicação de um nome civil para ocupar o Ministério da Defesa no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O magistrado foi um dos palestrantes da Brazil Conference, evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) que reuniu cinco ministros e um ex-ministro do STF em Nova York.

Depois de fazer um preâmbulo no qual elogiou a postura dos militares desde a redemocratização, Lewandowski afirmou: "Estou convencido de que o Ministério da Defesa deve ser ocupado por um civil".

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Durante o debate, o ministro foi questionado pelo jornalista Merval Pereira sobre um suposto convite para ocupar a pasta da Defesa de Lula no ano que vem, quando irá se aposentar da Corte. "Li pelos jornais, mas minha expectativa é cuidar dos netos. Fora de cogitação, até porque não fui convidado", afirmou.

Mais tarde, porém, Lewandowski foi indagado novamente por jornalistas, na saída do evento, se aceitaria ou não o convite caso fosse feito. "O futuro a Deus pertence", desconversou o ministro.

*O repórter Pedro Venceslau viajou a convite do Lide

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira, 27, um pedido para investigar se o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, cometeu crime de prevaricação ao negar o pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para apurar supostas irregularidades na propaganda eleitoral no rádio.

O advogado Arthur Hermogenes Sampaio Junior acionou o STF alegando que o Tribunal Superior Eleitoral tem a responsabilidade de fiscalizar "todos os atos que envolvem qualquer eleição no País".

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A notícia-crime também cita a exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado. O jornalista estava lotado no setor que cuida da veiculação da propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV.

Lewandowski disse que a representação se limita a "ilações e conjecturas" e não explica quais deveres e obrigações teriam sido violados pelo presidente do TSE.

"Não é possível deduzir, sob nenhum prisma hermenêutico, a prática do imputado ilícito penal pelo simples fato de ser o referido Ministro o Presidente do TSE, afigurando-se impossível concluir que ele teria, por qualquer forma, contribuído para retardar ou deixar de praticar ato de ofício contra disposição expressa de lei, a fim de satisfazer interesse ou sentimento pessoal", diz um trecho da decisão.

Distribuição

O presidente Jair Bolsonaro afirma que rádios do Norte e do Nordeste deixaram de veicular suas propagandas e privilegiaram a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao negar o pedido da campanha bolsorista para investigar as emissoras, Moraes disse que as acusações foram "extremamente genéricas e sem qualquer comprovação". O presidente do TSE destacou que a equipe de Bolsonaro não apontou quais seriam as rádios, os dias e os horários em que não teriam sido veiculadas suas inserções, o que segundo o ministro "impede qualquer verificação séria". As inserções são propagandas de 30 segundos veiculadas durante o dia no meio da programação.

Mais cedo, Moraes voltou a dizer que todos os "partidos e candidatos de boa-fé" sabem que não compete à Justiça Eleitoral distribuir e fiscalizar a veiculação das propagandas de campanhas. O presidente do TSE afirmou que cabe às coligações acompanharem como rádios e TVs exibem as chamadas.

Além de rejeitar a ofensiva de Bolsonaro, Moraes notificou a Procuradoria-Geral Eleitoral para investigar se houve tentativa de "tumultuar" o segundo turno, o que pode configurar crime eleitoral, e desvio de finalidade no uso do fundo partidário.

Com chances remotas de classificação para as oitavas de final da Liga dos Campeões, o técnico Xavi praticamente entregou os pontos no que diz respeito à continuidade do Barcelona na competição. Nem mesmo o empate arrancado nos acréscimos com gol de Lewandowski, diante da Inter de Milão, mudou a linha de pensamento do comandante do time catalão.

Com quatro pontos e na terceira colocação do Grupo C, a equipe espanhola precisa vencer os dois jogos que restam e torcer por tropeços do rival italiano, vice-líder da chave com sete pontos.

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"As pessoas viram que deixamos a alma, mas os erros se pagam. Não se pode perdoar tanto. Cometemos muitos erros. Esta Liga dos Campeões está sendo muito cruel. Não dependemos de nós e a situação é muito difícil", comentou.

O treinador agora concentra as forças no Campeonato Espanhol já que, no final de semana, terá pela frente o seu maior rival: o Real Madrid, no Santiago Bernabéu. "É preciso mudar o chip já", completou o técnico.

As duas equipes têm campanhas idênticas no torneio nacional. Encabeçam a tabela com 22 pontos, estão invictas no torneio, e venceram sete dos oito confrontos que disputaram.

Já pela Liga dos Campeões, o próximo confronto do Barcelona é para lá de complicado. A quinta rodada da fase de grupos reserva o duelo com Bayern de Munique, líder da chave com 100% de aproveitamento. O jogo acontece no próximo dia 26 de outubro, no Camp Nou.

Três dias após anunciar um princípio de acordo com o Bayern de Munique pela contratação de Lewandowski, o Barcelona oficializou a chegada do atacante polonês. O reforço foi aprovado nos exames médicos e assinou por quatro temporadas, com multa rescisória de 500 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,75 bilhões).

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O clube catalão fez alguns vídeos mostrando a chegada do jogador nos Estados Unidos, onde a equipe faz a pré-temporada, e o primeiro encontro com os novos companheiros, com muitos abraços e cumprimentos. Depois, Lewandowski vestiu a camisa e exibiu o símbolo do novo time. "O novo membro da família", "bem-vindo, Lewandowski", e "oficial", foram as legendas dos posts.

"FC Barcelona e Bayern de Munique chegaram a um acordo para a transferência de Robert Lewandowski por um total de 45 milhões de euros + 5 milhões de euros em variáveis (cerca de R$ 275,8 milhões). O jogador assina contrato com o clube pelas próximas quatro temporadas. A cláusula de rescisão foi fixada em 500 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,758 bilhões)", informou o Barcelona.

"O acordo final ocorre três dias após o clube anunciar um acordo de princípio com o atacante polonês, que veio enquanto a equipe estava voando para os Estados Unidos. Lewandowski chegou a Miami no domingo e conheceu seus novos companheiros de equipe. O novo atacante do Barça também passou nos exames médicos."

Lewandowski revelou desde o fim da temporada que não gostaria de seguir no clube alemão, onde fez história com títulos, artilharia e o prêmio de melhor do mundo. A direção bávara, porém, fez jogo duro e o polonês acabou obrigado a voltar aos treinos em Munique. Demonstrando insatisfação, atrasou nas três sessões, antes de ver o negócio chegar ao fim com final feliz.

A história de Robert Lewandowski na Alemanha, ao que tudo indica, está próximo de um fim. Seu empresário, Pini Zahavi, voltou a afirmar neste domingo que o atacante polonês quer deixar o Bayern de Munique já nesta próxima janela de transferências.

"Para Lewandowski, as coisas estão muito claras: ele quer deixar o Bayern neste verão", disse Zahavi ao jornal alemão Bild. Segundo a imprensa europeia, o Barcelona teria feito uma oferta ao jogador, em torno de 32 milhões de euros (R$ 164 milhões). O atacante ainda tem um ano de contrato com o Bayern, mas a sua vontade de deixar a Alemanha pode ser um fator.

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"É claro que eles podem manter Robert por mais um ano. Para ser justo, ele tem contrato até 2023, mas eu não o recomendaria. Para Robert Lewandowski, o Bayern é passado", afirmou seu agente. Segundo Zahavi, Lewandowski se sente desrespeitado pelo Bayern há alguns meses. "No ano passado, perguntei à diretoria do Bayern o que pensavam sobre uma extensão de contrato. A resposta foi um silêncio".

Zahavi também pontuou que o Bayern perdeu Lewandowski tanto como jogador quanto como pessoa. "Ainda não houve uma nova proposta do clube, mas ele quer realizar seus sonhos após oito anos em Munique", afirmou o empresário em possível referência ao Barcelona.

Por outro lado, Oliver Khan, presidente-executivo e ídolo do Bayern, e o diretor esportivo Hasan Salihamidzic, afirmaram publicamente que não deixarão Lewandowski partir antes de 2023, quando seu atual vínculo contratual chegará ao fim. Salihamidzic criticou a postura de seu agente, em entrevista ao canal "Sport 1". "(Lewandowski) tem um conselheiro que colocou coisas em sua cabeça o ano todo".

Lewandowski venceu os dois últimos prêmios de Melhor Jogador do Ano da Fifa e conquistou todos os títulos possíveis durante sua passagem pelo Bayern de Munique, onde chegou em 2014. Destacam-se os oito títulos consecutivos do Campeonato Alemão e uma Liga dos Campeões, em 2020.

Lewandowski parece estar muito próximo de deixar o Bayern de Munique. O atacante deu entrevista à Sky Sports em tom de despedida após o empate por 2 a 2 com o Wolfsburg, pela última rodada do Campeonato Alemão. O título ficou com os bávaros.

"É muito possível que este tenha sido meu último jogo pelo Bayern. Não posso dizer isso em 100%, mas pode ter sido. Queremos encontrar a melhor solução para mim e para o clube", revelou o atleta.

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A declaração do atacante não pegou a diretoria do Bayern de Munique de surpresa. Durante a semana, o atacante já havia demonstrado o interesse de deixar o clube após oito anos de muitas conquistas, dentre elas, a Liga dos Campeões da temporada 2019/2020.

"Falei com o Lewandowski. Nessa conversa ele me disse que não quer aceitar a nossa oferta de estender o seu contrato, e que gostaria de deixar o clube", revelou o diretor de esportes, Hasan Salihamidzic.

Apesar de todo o boato envolvendo a saída do jogador, o presidente do clube, Herbert Hainer, afirmou que Lewandowski cumprirá o contrato. Ele tem vínculo até 2023.

"Ele tem contrato até 2023, está nos meus planos. Mas não sou eu quem vai vetar a sua saída neste verão. Falo cara a cara com os meus jogadores e não torno público o teor das conversas. A minha posição e a do clube sobre isso são conhecidas, a situação contratual também", afirmou ao jornal Bild.

Lewa fez sua partida de número 375 pelo Bayern de Munique neste sábado e fez 344 gols, sendo 35 só no atual Campeonato Alemão. Ele foi o artilheiro da competição e recebeu o prêmio neste sábado, quando marcou mais um gol contra o Wolfsburg.

Artilheiro do Bayer de Munique e melhor jogador do mundo, eleito pela Fifa, Robert Lewandowski deve deixar o futebol alemão em 2023. Segundo a TVP Sport, da Polônia, o atacante estaria insatisfeito com a condução do processo de renovação do contrato e já teria acertado as bases salariais para uma ida ao Barcelona.

O contrato de Lewandowski com o time alemão vai até junho de 2023, mas em dezembro deste ano ele já pode negociar um pré-contrato para sair sem custos para qualquer time que ele quiser.

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De acordo com a emissora polonesa, o presidente do Bayer, o ex-goleiro Oliver Kahn, já teria sido informado da decisão do melhor do mundo de deixar o clube ao fim do contrato.

O atacante polonês Robert Lewandowski, do Bayern de Munique, foi eleito o melhor jogador do mundo na temporada 2020/2021 pela Fifa nesta terça-feira (17), em anúncio feito durante o prêmio The Best. Ele derrotou Lionel Messi, do Paris Saint-Germain (PSG), e Mohamed Salah, do Liverpool, na disputa e venceu pelo segundo ano seguido.

"Eu me sinto muito feliz e agradeço o Bayern por esse prêmio", disse Lewandowski bastante emocionado. Questionado sobre o recorde de marcar 41 gols em uma temporada, o atleta afirmou que era "algo muito importante" e que ele nem esperava que isso fosse acontecer.

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Entre as mulheres, a melhor jogadora do mundo foi a espanhola Alexia Putellas, do Barcelona e da seleção nacional. Ela é a primeira de seu país a conquistar o prêmio The Best e derrotou a também espanhola e companheira de equipe, Jenni Hermoso, e a australiana Sam Kerr, que joga pelo Chelsea.

"Estou muito feliz e quero agradecer às minhas companheiras. Continuo com a mesma motivação para que nós tenhamos um grande desempenho no gramado nesta temporada", disse na transmissão virtual.

Já o italiano Gianluigi Donnarumma perdeu a disputa de melhor goleiro para Édouard Mendy, do Chelsea. O arqueiro do Paris Saint-Germain (PSG) havia sido escolhido o melhor jogador da Eurocopa, onde ajudou a Itália a conquistar o título da competição.

Entre as mulheres, a chilena Christiane Endler, do Lyon, foi a primeira sul-americana a conquistar o prêmio de melhor goleira do mundo.

A equipe médica da seleção dinamarquesa recebeu o prêmio de Fair Play por conta de toda a ação após a parada cardiorrespiratória do ídolo Christian Eriksen durante um jogo da Eurocopa.

Também do episódio foi escolhido o prêmio para os fãs, com os torcedores de Dinamarca e Finlândia gritando o nome de Eriksen enquanto não se sabia o que estava acontecendo com o atleta.

O prêmio Puskás, de gol mais bonito, foi para Erik Lamela, que atualmente está no Sevilla, quando ele ainda jogava pelo Tottenham. O tento foi marcado contra o Arsenal em 14 de março de 2021.

A melhor técnica de equipe feminina foi Emma Hayes, que conquistou o bicampeonato inglês para o Chelsea na temporada.

Entre as equipes masculinas, o vencedor foi Thomas Tuchel, do Chelsea, derrotando o italiano Roberto Mancini, da seleção nacional, e Pep Guardiola, do Manchester City.

A Fifa também deu um prêmio especial pela carreira no futebol para a atacante canadense Christine Sinclair, que é a maior artilheira da história das seleções femininas e masculinas do seu país com 188 gols.

Entre os homens, o homenageado foi Cristiano Ronaldo, do Manchester United e da seleção portuguesa, por conta do recorde de gols pela equipe lusitana - são 150 na carreira.

Melhores seleções

A Fifa também anunciou as equipes femininas e masculinas do "time ideal", chamado de "Seleção FIF PRO", do The Best na temporada 2020/2021.

Como a votação é feita por 25 mil jogadores e técnicos e cada um poderia indicar até três por posição, os 11 eleitos não foram necessariamente os mesmos que ganharam prêmios individuais.

Entre as eleitas, estão a brasileira Marta e a italiana Barbara Bonansea.

A goleira foi Christiane Endler; na defesa, as escolhidas foram Bronze, Renard, Bright, Eriksson; no meio, Banini, Lloyd, Bonansea; no ataque, Miedema, Marta e Alex Morgan.

Entre os homens, a mesma situação se repetiu: o 11 escolhido não necessariamente representou os vencedores das categorias individuais.

O goleiro do ano foi Donnarumma; na zaga, apareceram ainda Rúben Dias, Bonucci e Alaba; no meio, Kanté, Jorginho e De Bruyne; o ataque foi formado pro Messi, Haaland, Lewandowski e Cristiano Ronaldo.

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Da Ansa

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