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Os ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em processo para se tornar um partido político após o histórico acordo de paz, querem fundar um time de futebol que participe da liga profissional da Colômbia.

"​Nós recebemos há aproximadamente dez dias um comunicado oficial por parte das Farc querendo falar com o futebol colombiano sobre sua participação no nível profissional", disse à Blu Radio Jorge Perdomo, presidente da Dimayor, entidade responsável pelo esporte no país.

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Perdomo indicou que a antiga guerrilha pediu para entrar na segunda divisão e "certamente" no futebol feminino. No Torneio Águila, da série B, competem 16 clubes masculinos e seis de mulheres.

Contudo, afirmou que "não é fácil" as Farc criarem um time profissional.

Para isso, será necessária a aprovação de dois terços da assembleia da Federação Colombiana de Futebol (FCF), da Dimayor, o pagamento de uma espécie de inscrição e ser designado com uma localidade para receber os eventos, entre outros quesitos.

Também são requeridos "cerca de 10 milhões de dólares, e não temos. Nós sempre fomos sonhadores, mas parece complicado", reconheceu Pastor Alape, um dos dirigentes das Farc, numa coletiva de imprensa em Bogotá.

O líder das Farc afirmou que "o único estádio que está disponível, no qual inclusive poderiam ser anfitriões, é no selvagem departamento de Caquetá, uma zona de influência guerrilheira no sul da Colômbia.

Na próxima terça-feira, a ONU vai terminar de recolher as armas das 26 zonas onde estão concentrados os ex-combatentes e a partir de então a Dimayor poderá examinar o pedido das Farc, que entregou os fuzis após meio século de enfrentamento com o Estado.

"Esse pedido (...) poderá ser examinado nas mesmas regras e condições que o de qualquer outro cidadão ou organização", comentou o ministro do Interior, Guillermo Rivera.

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