Cotado por Jair Bolsonaro para ser candidato a vice-presidente na eleição de 2018, o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) disse que o presidente reconheceu publicamente anteontem que não o escolheu para a chapa porque o ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno "armou" um dossiê contra ele. Entre os boatos, segundo Orleans e Bragança, estariam fotos do deputado agredindo um mendigo e mantendo relações homossexuais.
Depois de dizer, em agosto de 2018, que o herdeiro da família real poderia ser seu companheiro de chapa, Bolsonaro convidou o general Hamilton Mourão (PRTB). Na ocasião, afirmou que o critério da escolha tinha sido a "governabilidade".
##RECOMENDA##"Na reunião com o presidente para a formação da Aliança (pelo Brasil, partido que Bolsonaro pretende criar), ele reconheceu publicamente que Bebianno armou para cima de mim e montou um monte de dossiês. Baseado nisso, ele tomou a decisão pelo Mourão, mas disse que deveria ter sido eu", disse Orleans e Bragança, em áudio enviado a colaboradores e obtido pelo Estado.
O deputado também comentou uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo na qual o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou que Bolsonaro desistiu de indicá-lo como vice após ter recebido fotos "comprometedoras" dele e questionado se o possível vice seria gay.
"Sobre o Frota dizer que tinham fotos minhas fazendo suruba gay e outra denúncia fake que eu batia em mendigo. Inventam coisas. Não sou gay nem sei onde faz suruba gay (risos). Talvez eu ganhe pontos com a comunidade LGBT (risos). Isso é fake news do Frota", afirmou o deputado no mesmo áudio.
Procurados, Bebianno e Frota não responderam à reportagem. O Palácio do Planalto não comentou o caso.
Além de Orleans e Bragança, a deputada estadual Janaína Paschoal e o ex-senador Magno Malta foram cotados como possíveis vices de Bolsonaro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.