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 Em depoimento ao Ministério do Trabalho, a ex-patroa de Madalena Santiago da Silva, resgatada em março do ano passado após 54 anos em condições de trabalho análogo à escravidão, disse que não pagava salário por considerar a doméstica uma irmã. A trabalhadora, de 62, chocou o Brasil durante uma entrevista em que chorou e se recusou a pegar na mão de uma repórter branca. A informação foi divulgada pelo G1.

A ex-patroa Sônia Seixas Leal é investigada por maus-tratos e a filha Cristiane Seixas teria ficado com R$ 20 mil da aposentadoria da doméstica, além de fazer empréstimos em seu nome. 

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Carta indicou crimes

Parte dos crimes cometidos em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, na Bahia, foram expostos em uma carta escrita pelo pai de Cristiane em 2018, antes de morrer em 2020. Ele apontou que Madalena servia a filha como uma "escrava". 

"Queria bem como se fosse a sua própria mãe. Então qual o agradecimento e gratidão: retirou toda a sua pequena poupança, produto de uma aposentaria de 35 anos de trabalho. Não satisfeita no seu instinto perverso, ainda teve a crueldade de consignar empréstimos na sua aposentaria que variam de 48,60 a 70 meses. Doloroso!", manifestou. 

Bloqueio de bens

O Ministério tem entre 10 e 12 autos de infração por cada irregularidade cometida, indicou a auditoria Liana Durão. A Justiça do Trabalho bloqueou cerca de R$ 1 milhão em bens para garantir as verbas rescisórias e os danos morais à doméstica. 

Enquanto os processos correm na Justiça, Madalena recebe seguro desemprego e um salário mínimo da ação cautelar do Ministério.  

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