Tópicos | mães de crianças especiais

“Se meu filho não fala, se meu filho não sabe gritar pelo direito dele, quem tem que gritar pelo direito dele sou eu, que sou mãe”. É com essa frase que Daniele Pedrosa, integrante do "Mães de Crianças Especiais de Pernambuco", afirma lutar pelo direito da sua e de outras crianças portadoras de necessidades especiais. Ela é a porta-voz de um grupo com cerca de 15 mães que protestam em frente ao Tribunal de Justiça do Estado, na tarde desta segunda-feira (3), no centro do Recife.

De acordo com a mãe, o que teria começado apenas com a entrega de um documento e a exigência de falar com funcionários responsáveis pela saúde do Estado, virou protesto após o grupo ter terem sido ignorado por representantes no Palácio das Princesas. As mães denunciam a falta de profissionais de saúde na área de psiquiatria, em todo o estado, fundamentais para o tratamento de dezenas de crianças portadoras de necessidades especiais acometidas por doenças psíquicas. “Cada dia sem o tratamento adequado para nossas crianças é igual a um retrocesso de aproximadamente 10 dias na vida dos nossos filhos”, diz.

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Ela também conta que chegou a subir para falar com o chefe da casa civil José Neto, mas não foi atendida. “Desde a hora que nós chegamos aqui e começamos o movimento, os seguranças se aproximaram para tentar sensibilizar uma conversa através de uma comissão. Eles permitiram que a gente entrasse e filmasse toda a conversa. Ficamos lá em cima por cerca de 30 minutos e ninguém nos atendeu. Descemos para fechar o trânsito e mostrar que a gente está aqui e não estamos para brincadeira” conta Danielle. 

O grupo afirma que permanecerá interditando a via até ser adequadamente atendido pelas autoridades e obter uma resposta sobre o tratamento das crianças. 

*Com informações de Jameson Ramos

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