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Por Thiago Seabra

Angels e Dodgers, duas franquias de beisebol situadas em Los Angeles, se enfrentavam pela Major League Baseball (MLB) nesta terça-feira (15) quando um acidente roubou a cena e preocupou todos que estavam assistindo à partida. O rebatedor Mike Trout, dos Angels, quebrou o bastão após uma rebatida e acabou atingindo o rosto do árbitro Nate Tomlinson.

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Na MLB, os árbitros e os jogadores utilizam equipamentos de segurança a fim de evitar lesões graves que podem ser ocasionadas pela forte velocidade que a bola percorre no ar quando é lançada ou rebatida. Porém, dessa vez, os equipamentos não foram suficientes para proteger totalmente Nate, que precisou de atendimento e foi retirado de campo logo em seguida.

Segundo apurou Bob Nightengale, repórter do USA Today e especialista em beisebol, o árbitro teve um corte acima do olho e passa bem. ‘’O árbitro do home plate, Nate Tomlinson, foi levado para a sala de emergência na noite de terça-feira depois de ser atingido no rosto pelo taco quebrado de Mike Trout, com um pedaço voando entre as barras de sua máscara, cortando seu rosto logo acima do olho e do nariz. Ele conseguiu evitar ferimentos graves, diz sua tripulação,’’ disse em suas redes sociais.

Na última segunda-feira, mesmo dia em que foi promovido das categorias de base para o time principal do Seattle Mariners, o arremessador Thyago Vieira, de 24 anos, se tornou o quarto brasileiro na história a jogar uma partida oficial da Major League Baseball (MLB), a liga americana e a mais importante da modalidade no mundo.

O paulista entrou na nona e última entrada da derrota por 11 a 3, para o Baltimore Orioles, em Seattle. Apesar do resultado geral, o desempenho individual de Vieira foi muito bom. Ele eliminou os três rivais que enfrentou, não permitindo nenhuma rebatida ou cedendo uma corrida aos adversários.

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"Para mim, é realmente um grande salto, não apenas para mim (individualmente), mas para o beisebol brasileiro", declarou Vieira, ao final da partida. "Porque agora todos podem ver que o Brasil tem mais um cara na MLB. Estou muito feliz porque eu estou tentando ajudar o esporte no Brasil, também. Estou muito feliz por esse ótimo momento e irei dar meu melhor para mostrar o talento que temos", concluiu.

Thyago e toda a comissão técnica do Mariners tomou um enorme susto logo no primeiro arremesso dele na MLB. Isso porque a bola rebatida por Chris Davis veio na direção da cabeça dele. O brasileiro, no entanto, mostrou que estava com os reflexos em dia e conseguiu agarrar a bola na luva.

"Não sei. Deus me protegeu, ali. Aquilo foi muito rápido. Eu vi e coloquei minha luva no caminho e, quando vi, a bola estava nela", relembrou o estreante nas Grandes Ligas, como também é conhecida a MLB.

Quem também demonstrou alívio foi o técnico de Seattle, Scott Servais. "Graças a Deus ele pegou aquela bola. Seria muito assustador, bem no primeiro arremesso nas Grandes Ligas, ele vem direto na testa", disse o treinador.

A estreia de Vieira nas Grandes Ligas já era antecipada desde o final do ano passado, quando foi integrado pela primeira vez ao elenco de cima do Mariners. Já em março de 2017, ele participou pela primeira vez da pré-temporada junto com os jogadores do time principal.

Mais recentemente, em julho, após se destacar nos times afiliados a Seattle nas Ligas Menores, como são chamadas as categorias de base, também foi chamado para participar do Futures Game (Jogo do Futuro, em tradução livre), partida que faz parte da programação do All-Star Game (Jogo das Estrelas) da MLB que reúne as principais promessas do beisebol.

BRASIL NOS EUA - Antes de Thyago, outros três brasileiros já haviam jogado pela mais importante liga de beisebol do mundo. O primeiro deles foi o receptor Yan Gomes, em 2012, pelo Toronto Blue Jays. No ano seguinte, foi a vez de André Rienzo, com o Chicago White Sox. E, em 2015, Paulo Orlando não apenas chegou à elite, como também se tornou o primeiro nascido no País a ser campeão da World Series, como é chamada a grande final da liga, defendendo o Kansas City Royals.

Atualmente, apenas Yan Gomes segue da MLB, como titular absoluto do Cleveland Indians. Rienzo se recupera de uma cirurgia no cotovelo e só voltará a defender os times afiliados do San Diego Padres em 2018. Já Paulo Orlando também está nas Ligas Menores, mas ainda vinculado aos Royals.

Ao todo, o Brasil conta com dois jogadores na elite e outros 14 nos afiliados das Ligas Menores, já somando os cinco garotos que foram contratados no meio do ano: Eric Pardinho, Heitor Tokar, Victor Coutinho, Vitor Watanabe e Christian Rummel Pedrol.

A partir da próxima terça-feira (19), Pernambuco receberá representantes da Major League Baseball (MLB) para reforçar e incentivar projetos ligados ao esporte no Estado. Entre os objetivos da vinda está, inclusive, a construção de um campo para a prática do beisebol em Olinda. Virão à cidade o coordenador internacional de marketing e desenvolvimento do jogo, o norte-americano Caleb Santos Silva, ao lado dos compatriotas Joel Araújo, também do departamento internacional da MLB e do técnico do esporte Jay Quinn.

A comitiva americana ficará por dois dias em Pernambuco, o primeiro será de reunião com a presidente da Empresa de Turismo de Pernambuco (EMPETUR), Ana Paula Vilaça, para discutir a viabilidade da construção de um campo no Parque Estadual de Arcoverde, em Olinda. Segundo Caleb, a expectativa para que o projeto saia do papel é positiva, de acordo com conversas prévias. “Temos contato com o governo de Pernambuco através do Consulado Americano. Já tivemos conversas com a prefeitura de Olinda para ver como podemos desenvolver esse projeto”, comentou em entrevista ao Portal LeiaJá.

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Segundo o norte-americano, a construção do campo e manutenção seriam de responsabilidade da própria MLB, que espera por um desenvolvimento do esporte em Pernambuco. “A MLB tem essa verba disponível para apoiar o esporte. Essa reunião com o governo será para definir custos, orçamentos. Queremos ter todo o planejamento pronto para ver qual a viabilidade para construção do campo de beisebol”, diz.

A iniciativa se deve ao potencial que o Estado vem mostrando para o desenvolvimento do Beisebol. Atualmente existem três grandes projetos em Pernambuco: um em Camaragibe, um em Santo Amaro e o mais recente no Alto Santa Terezinha, no Recife, que contam com mais de 300 crianças envolvidas, além da criação do primeiro time profissional do esporte, o Náutico Beisebol. “Estamos vendo um grande potencial no Nordeste para o beisebol. A região tem abraçado ideia e essa massificação traz muitos benefícios. Hoje a própria seleção brasileira de beisebol tem se mostrado muito forte”, pontua Caleb, que além de Pernambuco, já passou por Fortaleza, Rio de Janeiro e em seguida irá para Salvador.

O crescimento dos projetos sociais tem relação com o segundo dia que a comitiva permanecerá em Pernambuco. A delegação norte-americana participará de um evento em Santo Amaro, onde junto com a parceira mundial da MLB, a Little League Baseball, distribuirá materiais para o beisebol continue a crescer. “Estamos enviando técnicos para capacitação dos professores do projeto, doaremos também material como tacos, bola, capacetes e luvas. Por ser um esporte ainda em crescimento sabemos que há a dificuldade de acesso a esse material aqui”, finalizou.

Se no basquete passaram-se 13 anos entre a abertura do mercado da NBA para os brasileiros e o primeiro anel conquistado por um atleta do País, no beisebol esse processo foi muito mais rápido. Pouco mais de três anos depois da chegada do primeiro jogador do Brasil à Major League Baseball (MLB), Paulo Orlando se tornou, neste domingo, o primeiro brasileiro campeão da principal liga norte-americana.

O título foi conquistado já durante a madrugada desta segunda-feira no Brasil, quando o Kansas City Royals venceu o New York Mets por 7 a 2, na casa do rival, e fechou a série por 4 a 1, faturando pela segunda vez a World Series - como é chamada a final do beisebol.

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Paulo Orlando chegou à final apenas três anos depois da estreia do primeiro brasileiro na MLB, com Yan Gomes, em 2012. Apesar de não ser titular, Orlando foi bastante acionado durante a temporada. Das 162 partidas do time, ele esteve presente em 86 delas. Nos playoffs, a situação foi parecida, com participação em sete das 11 partidas da fase mata-mata. Na World Series, jogou cinco dos seis jogos.

O Royals vinha de um vice-campeonato na temporada passada, quando perdeu a World Series para o San Francisco Giants, por 4 a 3, sendo a última partida em Kansas City. O time só havia sido campeão em uma ocasião, em 1985. O Mets, por outro lado, mantém seu jejum. O primo pobre do Yankees não vence desde 1986.

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