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O Ibama e a Polícia Federal (PF) inutilizaram três balsas garimpeiras e um rebocador empregados como estruturas de extração e apoio a garimpo ilegal no entorno de Terras Indígenas no estado do Amazonas na última sexta-feira (24). As embarcações, localizadas no rio Boia, poluíram a água com óleo diesel e mercúrio.

A abordagem foi realizada com helicóptero da PF. Ao avistarem a aeronave, os garimpeiros fugiram para a floresta, abandonando as balsas. Os agentes ambientais descobriram, durante a ação, uma quarta balsa, no rio Jandiatuba. A embarcação havia sido afundada pelos próprios garimpeiros para não ser destruída.

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"A região vem sendo atingida pela ação de garimpeiros ilegais, com grandes impactos para as populações tradicionais e para meio ambiente, como aumento da turbidez da água e contaminação com produtos tóxicos", disse o agente ambiental Geraldo França.

A investigação terá continuidade até que os responsáveis pelo garimpo ilegal sejam identificados.

Da assessoria de comunicação do Ibama

As fortes chuvas que atingiram Manaus no fim de semana provocaram deslizamentos de terra e deixaram ao menos oito pessoas mortas. De acordo com a prefeitura da capital do Amazonas, até as 2h desta segunda-feira (13) quatro crianças entre 5 e 7 anos e quatro adultos foram encontrados, sendo quatro das vítimas de uma mesma família.

Uma delas chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Mãe e filha foram achadas sem vida abraçadas nos escombros de uma casa, em imagem que emocionou quem ajudava no resgate. De acordo com a defesa civil, três pessoas foram resgatadas com vida.

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Por meio do Centro de Cooperação da Cidade (CCC), o município ativou no domingo, 12, o Comitê de Gestão de Crise, em decorrência das fortes chuvas e do desbarrancamento que ocorreu durante a noite no bairro Jorge Teixeira, na zona leste da cidade, onde 11 casas construídas em área de risco a quase 30 metros de altura ficam soterradas. As buscas ainda continuam no local, com 44 integrantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Equipes da prefeitura também trabalham manualmente e com auxílio de retroescavadeiras.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, conversou na manhã desta segunda com o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, e pediu apoio do governo federal às ações da prefeitura de Manaus.

"Atuamos em 25 ações prioritárias e, para essa área, não teve nenhuma ligação. Infelizmente, no início da noite, teve esse desmoronamento. Segundo os moradores, muita chuva no local (do deslizamento de terra). É muita tristeza, nós estamos aqui com todas as secretarias integradas para dar todo o suporte possível", disse o prefeito David Almeida, que esteve na região afetada.

O desmoronamento, em três diferentes pontos, do barranco no bairro Jorge Teixeira ocorreu em uma área de risco e teria atingido 11 casas que ficavam na parte debaixo do barranco. Em média, choveu 97,2 mm nas últimas 24 horas. A zona leste da cidade, onde fica o local da tragédia, foi a mais afetada com 102,6 mm, segundo a Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social. Foram mais de 50 pedidos de socorro à Defesa Civil, ao longo do dia.

"Temos mais de mil áreas como essa em Manaus. E, dessas mil áreas, 62 são de alto risco, como essa aqui. Nós fizemos 17 áreas no ano passado (contenção de erosões), temos programado mais 20 áreas prioritárias como essa. E, agora, buscamos mais investimentos para a gente poder investir nessas áreas e dar moradia digna para as pessoas", disse Almeida.

A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasc) providenciou abrigo às famílias de casas próximas ao local do deslizamento. Ainda não há informações de quantas pessoas estão desabrigadas.

No sábado, 11, outro deslizamento na zona norte de Manaus atingiu 32 famílias que ficaram desabrigadas com o deslizamento de um barranco na Comunidade Monte das Oliveiras. Ninguém ficou ferido.

O Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) do Amazonas já trabalha na identificação dos oito corpos levados ao Instituto Médico Legal (IML). Das vítimas, quatro adultos e quatro crianças, cinco são do sexo masculino e três do sexo feminino. O DPTC vai usar toda a estrutura de identificação disponível e vai solicitar o apoio da Polícia Federal (PF) para identificar as vítimas, uma vez que informações indicam que quatro são de origem venezuelana.

Duas médicas do Hospital Raimunda Francisca Dinelli, em Mauás, a cerca de 257 quilômetros de Manaus, foram demitidas após a publicação de um vídeo em que debocham dos gritos de uma criança atingida por um raio, na última terça-feira (7). Aos risos, uma delas disse que os gritos pareciam um exorcismo.

O vídeo foi publicado por uma delas, que escreveu a legenda: "Eu comemorando que tá chovendo na cidade. Minutos depois: criança atingida por raio". Em seguida, ela pergunta a outra: "e aí, tu que vai suturar essas crianças gritando?". Antes de responder, a amiga manda um beijo, arruma o cabelo e diz: "isso mesmo, parece que estão sendo exorcizadas", e dão risadas.

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Na quarta (8), a Prefeitura de Maués divulgou a determinação que suspendeu o contrato das médicas. “A Administração Municipal de Maués vem, por meio desta nota, reiterar que preza por uma saúde pública humanizada, bem como repudia e rechaça qualquer postura antiética e desumana de profissionais de saúde. Informa também que determinou imediata exoneração das profissionais de saúde envolvidas nesse lamentável episódio”.

Uma explosão em um clube de tiro na capital Manaus (AM) causou hoje (15) a morte de quatro pessoas. Segundo o Corpo de Bombeiros do Amazonas, um homem com 90% do corpo queimado foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital 28 de Agosto.

Ainda de acordo com o a corporação, as causas da explosão estão sendo investigadas. O o Secretário de Segurança, Carlos Alberto Mansur, está no local do acidente acompanhando os trabalhos dos bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil.

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Para atender a ocorrência no bairro Ponta Negra, foram empenhadas seis viaturas e 30 homens dos bombeiros e sete ambulâncias do Samu.

O cantor sertanejo Igor Moreira, de 29 anos, assassinado com mais de 20 tiros no dia 4 de janeiro, de acordo com a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), foi morto por engano. Na época, dois homens foram presos suspeitos de envolvimento no crime.

Ao site G1, o delegado responsável pelo caso, Ricardo Cunha, relatou que, em depoimento, os acusados confessaram que receberam ordens para matar um desafeto de um traficante, mas, após o crime, foram informados de que assassinaram o homem errado.

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"Eles contaram que não sabiam quem era o alvo, mas que tinham a missão de matá-lo. No entanto, eles foram avisados que mataram a pessoa errada. Era para matar defeseto de facção rival, mas assassinaram uma pessoa inocente (...) ele [Igor] era claramente inocente, sem passagem pela polícia, sem envolvimento com o tráfico de drogas ou com agiotagem", disse Cunha ao veículo.

O delegado que comandou as prisões dos suspeitos, Danniel Antony, explicou ao G1 que o primeiro envolvido a ser detido teria recebido a ordem para matar o cantor e foi o responsável por contratar os outros dois criminosos. Agora, a polícia está em busca de mais dois suspeitos envolvidos na morte de Igor Moreira. 

A Gol realizou o voo inaugural de sua nova rota para os Estados Unidos neste sábado (17). A viagem partiu de Manaus (AM) com destino a Miami, na Flórida. Este ano a companhia aérea iniciou processo de descentralização de seus voos internacionais com a retomada da rotas de Brasília para Orlando e para Miami, em maio. Este mês foi reativado o voo Fortaleza-Miami.

Miami é o principal centro de distribuição nos EUA para voos provenientes da América Latina, aponta a Gol em nota. A partir da cidade, os clientes da Gol têm oportunidades de conexões para outros destinos em voos operados pela American Airlines, companhia que tem aliança com a empresa brasileira.

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Os voos entre Manaus e Miami são operados com a aeronave Boeing 737 MAX 8, que tem capacidade para 176 passageiros na configuração internacional. As viagens com origem em Manaus sairão às quartas-feiras e sábados às 12h55. A saída de Miami, nos mesmo dias, será às 19h.

Para defender a mãe, uma jovem de 22 anos anos é suspeita de matar o próprio pai a facadas, em Coari (a 363 km de Manaus), na terça-feira (29). Segundo testemunhas, o homem teria agredido a esposa quando a jovem interviu para salvar a mulher.

De acordo com  as investigações iniciais, o crime aconteceu quando a família voltava de uma festa, durante a noite, em uma casa na comunidade ribeirinha Divino do Espirito Santo do Izidorio.  No local, o homem teria iniciado uma discussão com a esposa e começou a agredi-la. Vendo a situação, a filha teria intervindo para defender a mãe, e atingiu o pai com golpes de facão na região da barriga. Ele teve órgãos perfurados, e não resistiu aos ferimentos.

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O caso está sendo investigado pela Delegacia Interativa de Polícia de Coari e até o momento a Polícia Civil não confirmou nenhuma prisão.   

A ex-esposa do general Eduardo Pazuello, que foi ministro da Saúde do governo Bolsonaro entre os anos de 2020 e 2021, promovia festas em Manaus com a equipe da pasta enquanto o Estado passava pela grande crise do oxigênio em janeiro de 2021, que tirou a vida de centenas de pessoas. De acordo com ela, Pazuello disse que estava preocupado em “comprar os sacos pretos”. 

A dentista Andréa Barbosa fez as revelações durante entrevista ao canal My News. Ela também disse ter participado de uma das festas. “A única festa que eu estive presente foi em 26 de maio de 2020, ele tinha recém sido nomeado ministro e eu tinha chegado em Manaus naquele mês porque ainda fiquei um tempo para ir para lá, fazendo mudança no meio da pandemia e isolada”, disse a dentista. Ela e o ex-marido são naturais de Manaus. 

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Andréa falou das festas e da preocupação de Pazuello ao mencionar uma coletiva dada por ele, a qual mencionou ter sido procurado por uma cunhada que pedia oxigênio para o irmão, mas a cunhada em questão não era a irmã dela. “Muita gente me ligou perguntando se era minha irmã, e eu disse que não, que ela não morava mais em Manaus. Acho que ele está falando da cunhada, ex-mulher do irmão dele. Nesse dia eu liguei para ele e surtei. Eu falava que o que ele estava fazendo era crime, que ele seria responsabilizado, que era negligência, sim, que tinha gente morrendo a um quilômetro abaixo da casa dele, no momento em que ele estava dando uma festa”, disse, ao citar uma outra festa. 

Pazuello debochou da preocupação de Andréa e da morte dos brasileiros que estavam morrendo pela falta de oxigênio. “Eu gritava com ele no telefone: ‘você está dando uma festa, comemorando o que?’. ‘Você não tem nada a ver com isso, eu tenho uma preocupação, sim. Estou preocupado em comprar os sacos pretos’”, revelou. Segundo ela, Pazuello ainda completou: “para de comprar essas mentirinhas”. 

“O Eduardo não sabe o que é vírus. Ele falou que a cloroquina era um antiviral em pleno depoimento na CPI [da Covid]. Ele nunca soube o que era o SUS, e isso me ofende muito porque eu vivi o SUS, sou dentista, já fui da saúde pública, já fiz atendimento público”, afirmou Andréa. 

Na noite da última terça-feira, dia 11, Pabllo Vittar caiu do palco durante uma apresentação em Manaus, no Amazonas, parte do evento Fervo com a Pabllo. A cantora estava performando o hit Amor de Que, quando foi andando em direção ao público e deu um passo em falso, ultrapassando a borda da plataforma.

A artista caiu no público, que a segurou, por isso Vittar não se machucou muito e já saiu andando, para voltar para o palco. Logo em seguida a cantora brincou com os fãs e garantiu que estava bem:

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- Nada, sou forte, eu comecei a rir.

No Twitter, muitos de seus seguidores começaram a comentar o acidente, preocupados e alguns veicularam vídeos do momento para que mais gente soubesse.

Na manhã desta quarta-feira (28), uma ponte no km 25 da BR-319, localizada no município de Careiro da Várzea, Amazonas, desabou deixando mortos e, ao menos, seis pessoas feridas. Segundo a Secretaria de Saúde da cidade, as primeiras vítimas foram levadas já nas primeiras horas do dia para a Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada nas proximidades de onde aconteceu a tragédia. 

Não se sabe ao certo o número total de pessoas que morreram em decorrência dessa tragédia. 

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“Recebemos a informação [da tragédia] era 7h30 da manhã, através da enfermeira da UBS da BR-319 sobre esse trágico acidente, onde começaram a chegar as primeiras vítimas logo nos primeiros horários. A iniciativa da Secretaria de Saúde foi reforçar os profissionais com mais quatro enfermeiros, médicos, nossas estruturas de SOS de ambulância, carros, todos foram colocados à disposição", detalha o secretário Herlon Carlos.

Cerca de seis pacientes com fraturas foram levados para o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, localizado em Adrianópolis. "Esses pacientes estão estáveis e em observação", aponta Herlon. O secretário se solidarizou com os familiares das vítimas em nome da cidade. "Nós estamos desde as primeiras horas do dia trabalhando para ajudar os que foram vitimados nesta tragédia", complementa.

A BR-319 é de responsabilidade do governo federal. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), informou que o km 23 está interditado devido a ocorrência na estrutura da ponte, que fica sobre o rio Curuça. "As equipes da Autarquia se dirigiram ao local imediatamente e já estão mobilizadas para realizar as ações necessárias, alinhadas com as forças de segurança que também trabalham no caso (Defesa Civil e Resgate)", publicou o órgão.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), informou por meio de sua conta no Twitter que suspendeu a agenda de campanha para coordenar as ações em apoio às vítimas do acidente. "Nossas equipes já estão no local para fazer o atendimento. Também montamos um comitê com representantes de diversos órgãos para alinhar as ações", assegurou.

Lima assevera ainda que conversou com o ministro da Infraestrutura e o Dnit e colocou o Estado à disposição "para diminuir os transtornos causados pelo acidente. Vamos enviar balsas para fazer o deslocamento de carros no local, enquanto o governo federal refaz a ponte", pontua.

   Um vídeo viralizou nas redes sociais, em que registrou um motoboy sendo agredido por policiais militares (PMs), em frente a um condomínio residencial, no Parque das Laranjeiras, em Manaus, no último domingo (25). 

 No vídeo, um dos policiais solicita os documentos do entregador com gritos e palavrões, enquanto um segundo agente aparece segurando uma arma. As imagens também registraram o momento em que o motoboy entrega a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e teve o documento rasgado pelos policiais. 

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Segundo o G1, o entregador contou em um áudio enviado para um grupo de amigos, que a abordagem dos policiais aconteceu após ele ter sinalizado aos agentes que o pisca alerta da viatura que estavam não estava ligada. 

 "Eles entraram para a esquerda, e eles [a viatura onde estavam os policiais] não deram pisca [alerta]. Aí eu buzinei, e disse 'Dá o pisca, meu patrão', só isso. Daí eu segui normal, e lá na frente eles me encostaram, daí eu parei, e subi a calçada, e eles começaram a me agredir", afirmou o motoboy. 

Pronunciamento 

Após a repercussão do caso, a Polícia Militar do Amazonas (PMAM), afirmou em nota que não compactua com os “desvios de conduta praticados por seus policiais”.  “A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) informa que tomou conhecimento do fato e determinou instauração do processo administrativo disciplinar pela Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) da instituição para que o caso seja devidamente apurado e que as medidas administrativas em relação ao ocorrido sejam tomadas”. 

 Além disso, a Corregedoria-Geral da SSP-AM afirmou que vai acompanhar o processo disciplinar a ser instaurado pela PMAM. “A SSP-AM também reforça que não compactua com quaisquer desvios de conduta de agentes da Segurança Pública estadual, tendo o dever legal de apurar o fato”, destacou.   

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a mandar recado para o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (22) durante comício em Manaus (AM). O chefe do Executivo disse que, se for reeleito, vai "fazer valer" o que está escrito na Constituição e, por isso, "tudo vai ser diferente". Quando faz ameaças veladas à Corte, como nos atos de 7 de setembro, Bolsonaro costuma dizer que os magistrados atuam "fora das quatro linhas da Constituição".

"Tenho certeza que, com a nossa reeleição, tudo vai ser diferente. Nós vamos fazer valer o que está escrito na nossa Constituição brasileira. Nós temos tudo para sermos uma grande nação", declarou o presidente a apoiadores. "O próximo dia 2 é um divisor entre a ordem e o progresso e a desordem e o vale-tudo para o lado de lá. Nós sabemos o que nós queremos. Vocês sabem o que têm que fazer, e devem se empenhar para eleger pessoas que tenham compromisso de verdade com o futuro do seu País", emendou Bolsonaro.

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Em um trio elétrico na Esplanada dos Ministérios durante a celebração do Bicentenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro, Bolsonaro afirmou que levaria de volta para as "quatro linhas" todos que estivessem fora, caso fosse reeleito. Hoje, o presidente repetiu a afirmação de que a população agora sabe "o que é" o STF. O candidato à reeleição também usou o discurso em Manaus para atacar seu principal adversário na corrida eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e para reforçar a pauta de costumes.

"Lá atrás, aquele bandido de nove dedos fez campanha para Hugo Chávez na Venezuela e, depois, fez campanha também para Nicolás Maduro", disse o presidente, em referência a Lula. Bolsonaro voltou a associar o petista à ditadura da Nicarágua, que, segundo ele, persegue padres. "Para o lado de lá, eles não respeitam a religião de ninguém. Tanto é verdade que lá na Nicarágua estão prendendo padres e expulsando freiras, e o cara Lula diz que nós não temos que meter o nariz nestas questões", afirmou.

Bolsonaro também disse que é contra o aborto, a legalização das drogas e a ideologia de gênero, temas que animam sua militância. "Estamos aqui, muita gente até esbanjando alegria, mas o momento é de extrema responsabilidade. Nós sabemos o que está em jogo no próximo dia 2 de outubro", declarou, ao citar a pauta de costumes. O presidente ainda voltou a afirmar que tem certeza de que vai vencer a eleição no primeiro turno, embora as pesquisas de intenção de voto não apontem essa possibilidade.

Em passos graduais em direção ao voto religioso, um dos pilares da campanha do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), o candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu na noite de quarta-feira, 31, em Manaus, um grupo de adventistas que orou por sua saúde e vitória eleitoral.

O encontro foi registrado pelo fotógrafo pessoal de Lula, Ricardo Stuckert, e a foto foi cedida com exclusividade ao Estadão/Broadcast. Ela mostra os religiosos em imposição de mãos sobre o candidato, em oração, e ele de cabeça abaixada e olhos fechados.

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A agenda reservada aconteceu no início da noite de quarta-feira em um hotel na capital do Amazonas, entre a atividade de Lula com povos indígenas e lideranças do setor ambiental, e o comício com aliados políticos, que atrasou e se estendeu até as 22 horas, pelo horário local.

A campanha petista tenta conter a campanha difamatória contra si protagonizada por bolsonaristas sobre o eleitorado evangélico. A princípio resistente a embarcar na "guerra santa", o PT resolveu reagir, embora o caráter mais incisivo sobre o tema, por enquanto, deva ficar restrito às redes sociais para o horário eleitoral focar na seara econômica. "Ataque no submundo se responde no submundo", disse à reportagem uma fonte da área de comunicação da campanha.

Já circula entre petistas vídeo para contestar a narrativa de Bolsonaro e lembrar que Lula foi quem sancionou a Lei da Liberdade Religiosa, em 2003, e a Lei da Marcha Nacional para Jesus, em 2009. "Lula governou por oito anos e foi o tempo de maior liberdade para as igrejas", diz a peça, compartilhada nas redes sociais pela mulher do candidato, a socióloga Janja.

Genocida

No segundo dia de seu giro pelo Norte, nesta quinta-feira, 1º, Lula voltou a chamar Bolsonaro de genocida durante um discurso de campanha em Belém (Pará). A declaração foi dada no mesmo dia em que a ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou um pedido do PL para tirar do ar vídeos em que Lula usa essa expressão contra Bolsonaro.

No discurso desta quinta-feira, Lula estava criticando o presidente por seus ataques a Cuba, Paraguai, Venezuela e Nicarágua. "Os americanos vão nos respeitar porque no nosso governo vai ser abolido o complexo de vira-latas", afirmou o ex-presidente, em novo sinal de como seria a política externa de seu governo caso seja eleito novamente ao Palácio do Planalto.

Na área econômica, ainda sem apresentar qual seria a âncora fiscal em um eventual novo governo petista, Lula reforçou críticas ao teto de gastos. "Não aceito a ideia de criar teto de gastos. Teto de gastos é o compromisso moral que a gente tem com esse País. A gente não pode gastar mais do que arrecada, mas é preciso saber o que é gasto e o que é investimento para não ficar ‘tudo é gasto’", seguiu o candidato.

Dono de relação tensa com agentes do setor financeiro, o candidato ao Palácio do Planalto afirmou que se interessa pelo mercado que as mulheres entram para comprar comida. "Só se fala em mercado, mercado, mercado. O mercado que me interessa é aquele que as mulheres entram para comprar comida e que muitas vezes não conseguem levar aquilo que têm o direito de levar", declarou, em evento com lideranças culturais em Belém.

Gil e Juca

Reiterando a promessa de um governo melhor que seus anteriores, o candidato também afirmou que, se eleito, vai achar "gente melhor" que os ex-ministros Gilberto Gil e Juca Ferreira para comandar o Ministério da Cultura. A recriação da pasta é um compromisso do petista nessas eleições.

"A gente não vai achar um Gilberto Gil todo dia para colocar no Ministério da Cultura, a gente não vai achar um Juca Ferreira todo dia para o Ministério da Cultura. Eu vou ter que achar gente melhor, mais ousada", declarou Lula.

No pronunciamento, após duas horas e meia de discursos de artistas e aliados, Lula reconheceu que precisa economizar a voz, que tem ficado rouca e exigido um espaçamento maior nas agendas políticas. "Vou ser curto porque toda hora que eu levanto, a Janja fala: ‘Economiza a voz, economiza a voz’. Eu preciso parar de falar por um mês para recuperar minha voz", declarou o candidato.

Conteúdo regional

Luz fez ainda críticas à suposta falta de conteúdos regionais nas televisões do Brasil, que, segundo ele, fariam apenas retransmissão de conteúdos a partir de matrizes instaladas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Por outro lado, disse que não pode resolver a questão, por se tratar de assunto do Congresso.

"Tem uma coisa que não posso dizer que vou fazer, porque não vai depender do presidente da República, depende do Congresso. É que não é mais possível, no século 21, a gente ter emissoras de televisões retransmissoras das matrizes que normalmente estão em São Paulo ou no Rio de Janeiro, que não têm programação estadual", avaliou o ex-presidente.

"Por que as grandes cadeias de televisão não mostram artistas do Pará, de Pernambuco?", seguiu o petista, em encontro com lideranças do setor de cultura em Belém. "Não é aceitável não ter uma política de nacionalização da cultura."

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu, nesta quarta-feira (31), manter os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus. A declaração foi dada a apoiadores e à imprensa após visita fechada à fábrica da Honda na capital amazonense.

O Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou na terça-feira que o compromisso seria assumido durante a viagem, embora dentro do PT haja o reconhecimento de que as isenções podem causar desequilíbrios no restante do parque industrial brasileiro.

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"Quem tenta mudar os benefícios na verdade são pessoas que não conhecem a importância da Zona Franca de Manaus para o desenvolvimento do Estado e para a geração de empregos", declarou Lula. "Na minha opinião, Zona Franca de Manaus é um patrimônio para desenvolvimento da região Norte", acrescentou. "A Zona Franca ficará preservada. É um compromisso que a gente tem."

O compromisso de Lula com isenções da Zona Franca se contrapõe à ideia do governo federal de acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), pesadelo dos industriais manauaras por apertar a competição com outras fábricas do País.

A ofensiva do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o IPI para supostamente estimular o crescimento esteve no centro de uma recente disputa com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que cassou decretos do Executivo com cortes no tributo para evitar prejuízos à competitividade dos produtos da Zona Franca.

O petista aproveitou a passagem por Manaus para criticar recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição. "Na maior cara de pau, diz que não tem tanta gente passando fome. Não tem na casa dele, porque esconde até o cartão corporativo", disparou.

Lula ainda prometeu a retomada de marcos petistas, como o PAC, o Luz para Todos e o Minha Casa, Minha Vida, e criticou o contingente de trabalhadores na informalidade. "As pessoas acham que isso é emprego. Emprego tem que ter registro em carteira, direito a férias, a descanso remunerado."

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou por volta das 12h desta quarta-feira, 31, à fábrica da Honda em Manaus. A agenda foi fechada à imprensa por questões de segurança, segundo o PT, e será o aceno do candidato à manutenção dos estímulos da Zona Franca de Manaus.

A viagem de Lula a Manaus tem um tripé: compromisso com a pauta ambiental, afago a aliados no Estado e aceno à Zona Franca. No entanto, como mostrou na terça-feira o Broadcast Político, embora mudanças no regime tributário amazonense não estejam no radar, dentro do PT há a percepção de desequilíbrio entre o local e outros parques industriais do País.

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Lula chegou à Honda acompanhado de assessores, de seu candidato a governador do Amazonas, Eduardo Braga (MDB), e da ex-senadora Vanessa Graziotin, candidata a deputada federal e uma das maiores defensoras da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado durante o processo de impeachment.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) e o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM), ex-vice presidente da Câmara, chegaram pouco antes. Os dois parlamentares são considerados aliados estratégicos para o PT ter, de fato, o apoio do PSD em um eventual segundo turno contra o presidente e candidato à Jair Bolsonaro (PL).

À tarde, Lula deverá ir ao Museu da Amazônia e, à noite, participar de comício com Braga e Aziz, que concorre à reeleição.

 Um professor de 47 anos, que dava aula em uma escola municipal de Manaus, Amazonas, está sendo investigado por suspeita de abusar e importunar sexualmente 14 alunas. A Polícia Civil do Estado aponta que as garotas têm entre 11 e 13 anos.

Os abusos, denunciados pelas meninas e pela direção da escola, aconteciam em sala de aula, durante dinâmicas em que o suspeito aproveitava para ter contato físico com as vítimas. 

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"Ele começou a introduzir um jogo durante as aulas, com a desculpa de que aquilo ajudaria os alunos a entender melhor a matéria. Então, quando ele mostrava esse jogo para as meninas, aproveitava para tocá-las. Por isso, estamos ouvindo cada uma, pois já identificamos toques que são tipificados como estupro de vulnerável", disse a delegada Joyce Coelho, em entrevista à Rede Amazônica.

A autoridade policial aponta ainda que, até o momento, nove inquéritos policiais por importunação sexual e outros cinco por estupro de vulnerável já foram instaurados.

"Acreditamos que mais vítimas vão nos procurar, porque há relatos de que esse comportamento dele era frequente em salas de aula", assevera a delegada.

A Prefeitura de Manaus publicou uma nota informando que o professor foi afastado da sala de aula e responderá administrativamente pela conduta. Confira o posicionamento na íntegra.

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), informa que é totalmente contra qualquer tipo de violência praticada com crianças e adolescentes intrafamiliar ou no ambiente escolar, seja por servidores ou professores, principalmente a violência sexual.

A escola comunicou o setor jurídico da Semed e o professor foi afastado imediatamente da sala de aula. O mesmo responderá administrativamente pela conduta abusiva e desrespeitosa. A Semed também notificou o fato ao Conselho Tutelar e agora o professor está sob a responsabilidade da Justiça.

A rede municipal de educação ressalta que desenvolve, durante todo o ano letivo, ações de abordagem sobre temas relacionados ao abuso sexual infantil. O assunto é trabalhado desde a educação infantil ao ensino fundamental, de uma forma adequada para cada faixa etária de idade.

Essa ação fez com que as estudantes não se calassem e denunciassem o professor. Quanto às alunas, a Semed dará todo o apoio psicológico necessário, por meio do programa de Prevenção e Enfrentamento às Violações dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes da Semed.

Um artigo sobre o relato de um paciente de Manaus (AM), com um peso de 2 kg de academia dentro do corpo, foi publicado pela revista International Journal of Surgery Case Reports na última quarta-feira (6). O título do estudo é “Manejo de corpo estranho retal incomum”, de uma pessoa que chegou ao hospital reclamando de dor de estômago e dificuldade de evacuar. 

Ao examinar as radiografias, os médicos descobriram o halter de 2 kg dentro do paciente. Para a retirada do objeto, o homem de 57 anos foi levado para o centro cirúrgico. O halter foi retirado manualmente sob efeito de anestesia e sem o uso de pinças. O homem ficou internado por três dias, mas logo foi liberado por não apresentar complicações. 

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O Tribunal de Contas da União (TCU) vai apurar falhas do Ministério da Saúde durante a crise de oxigênio em Manaus (AM), em janeiro de 2021, no âmbito de um processo já instaurado na corte que apura responsabilidades e omissões do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e da cúpula da pasta durante a pandemia do coronavírus.

Em julgamento nesta quarta-feira, 30, o ministro-relator, Benjamin Zymler, votou para deixar a análise da crise em Manaus no âmbito do processo já instaurado pela Corte no ano passado. No entendimento do Tribunal, Pazuello e três secretários do MS contribuíram para piorar o quadro da pandemia ao repassar responsabilidades que antes eram do governo federal para Estados e municípios.

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No início de 2021, com a explosão de casos de covid no Amazonas, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus levando pacientes internados à morte por asfixia. Na ocasião, o governo federal transferiu pacientes para outros Estados e pediu ajuda aos Estados Unidos com o fornecimento de um avião adequado para levar cilindros a Manaus.

À época, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi à cidade e chegou a apresentar como solução o tratamento precoce, que, no vocabulário do governo federal, significa o uso de medicamentos sem eficácia comprovada, como a cloroquina e a ivermectina, até hoje defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Meses depois, o ex-ministro se defendeu na CPI da Pandemia ao dizer ter o registro de três dias de desabastecimento de oxigênio no Estado do Amazonas e que o estoque foi normalizado em quatro ou cinco dias

À época, dias antes do périplo pelas unidades de saúde em Manaus, a então secretária nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, avisou ao município que as visitas serviriam para estimular adoção do "tratamento precoce". Em ofício enviado à Secretaria de Saúde local, Pinheiro ainda escreveu que seria "inadmissível" Manaus não prescrever antivirais sem eficácia comprovada.

O Ministério Público junto ao TCU sugeriu ouvir Pazuello e outros membros da cúpula do Ministério da Saúde já no âmbito do processo julgado nesta quarta, tendo em vista, nas palavras do procurador Rodrigo Medeiros de Lima, a "gravidade dos fatos". A sugestão, no entanto, foi afastada pelo ministro-relator Benjamin Zymler.

Além de Pazuello, o MP junto ao TCU também queria ouvir o Secretário da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES/MS), Luiz Otávio Franco Duarte, e secretário da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde (SCITE), Hélio Angotti Neto.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu em flagrante, na tarde dessa terça-feira (8), uma mulher de 28 anos, pelo crime de lesão corporal cometido contra a filha, uma adolescente de 12 anos. A ação policial ocorreu no bairro Redenção, zona centro-oeste de Manaus.

De acordo com a delegada Joyce Coelho, as diligências em torno do caso iniciaram após as equipes de investigação receberem uma notificação da escola em que a vítima estuda, informando que a adolescente estaria com diversos hematomas e que, supostamente, a mãe seria a autora da violência.

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“Após tomarmos conhecimento, imediatamente nos deslocamos até a unidade educacional, onde constatamos a veracidade da denúncia. A adolescente estava com lesões visíveis no rosto e braço”, explicou a delegada.

Prisão

A titular esclareceu que, com a confirmação dos fatos, as equipes seguiram em diligência até a residência da vítima, para efetuar a prisão em flagrante da mulher.

“Durante o depoimento, a adolescente relatou que, além das agressões por parte da mãe, também vinha sofrendo abusos de seu padrasto. O caso será apurado, para averiguarmos um possível crime de estupro de vulnerável cometido pelo homem”, disse Joyce.

A crise de oxigênio em Manaus foi o ponto mais caótico da pandemia no Brasil. A desordem expôs a incapacidade do Governo Federal e da gestão estadual em garantir a vida de pacientes que morreram asfixiados em uma onda de contágio após as festas de fim de ano de 2020. Não bastasse os indícios da explosão de casos ainda em dezembro, a falta do insumo obrigou a transferência de internados na UTI para outros estados e submeteu familiares a uma corrida contra o tempo para encontrar cilindros que sustentassem a luta dos parentes contra a Covid-19. Inevitavelmente, o sistema funerário entrou em colapso.

Os dias 14 e 15 de janeiro foram os mais preocupantes. A tragédia do início de 2021 pode ser descrita pelas aglomerações que tomaram a entrada dos hospitais em um mutirão de socorro para transportar os cilindros.

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Os equipamentos com o insumo chegavam nos carros de familiares e até dos próprios médicos, pois as ambulâncias estavam ocupadas como leitos e as poucas unidades de oxigênio que restavam no comércio eram disputadas por filas extensas que lotavam as distribuidoras.

Antes da pandemia, o consumo diário de oxigênio na capital amazonense era de 14.000 m³. Em janeiro deste ano, o índice multiplicou para 76.500 m³ por dia.

Decreto derrubado pelo negacionismo

Após a experiência da disparada de casos graves em abril, no dia 23 de dezembro o governador Wilson Lima (PSC) percebeu o risco e decretou o fechamento do comércio não essencial para o dia 26 e proibiu eventos de fim de ano. 

Uma forte onda de protestos foi estimulada por declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras personalidades que menosprezaram o vírus. A pressão fez com que a decisão fosse suspensa, mesmo com a suspeita da circulação de uma variante local mais transmissível.

Câmaras frigoríficas voltam aos hospitais

Assim como em abril, ainda em dezembro, câmaras frigoríficas voltaram a ser instaladas próximo aos principais hospitais de Manaus: o Pronto-Socorro 28 de Agosto, o João Lúcio e o Platão Araújo. Dias depois, o terreno do cemitério do Tarumã foi expandido em mais mil vagas para receber mais corpos.

Pedido de ajuda ao Governo Federal

A previsão se cumpriu e, ciente de que a produção local de oxigênio não daria conta, o Governo do Estado enviou um pedido de socorro ao Ministério da Saúde no dia 8 de janeiro. O relatório da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) aponta que no documento "foi relatado um colapso dos hospitais e falta da rede de oxigênio. Existe um problema na rede de gás do município que prejudica a pressurização de oxigênio nos hospitais estaduais”.

Após a solicitação, a Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou aviões para buscar o suprimento em outros estados e começou a transportar cilindros em gás, ainda em quantidade inferior à necessidade da população doente.

No entanto, ainda que exigisse uma maior competência logística, o ideal seria transportar o insumo em estado líquido, pois cada litro de oxigênio líquido pode ser convertido em 860 litros de oxigênio gasoso.

Aviões da FAB com oxigênio enviados no dia 17 de janeiro/Divulgação

Uma das grandes dificuldades de Manaus se dá pela dificuldade de conexão com estados vizinhos e os suprimentos passaram a chegar de balsa e avião. No dia 11, 50 mil m³ chegaram por rio e, no dia 13, mais 22 mil m³ de modo aéreo.

Com a alta demanda no Brasil, a White Martins, principal fornecedora de oxigênio, alegou dificuldade para a produção. Ainda assim, conseguiu elevar a fabricação diária na capital para 28 mil m³ e empresas menores como a Carbox e Nitron também foram importantes para o controle da operação. 

Apoio da Venezuela

Entre os dias 11 e 13 de janeiro, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve na cidade para promover o tratamento precoce, que já havia sido descartado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por ser ineficaz. No dia 17 de janeiro, a FAB centralizou a logística de oxigênio líquido a partir de Brasília e uma carreta com 107 mil m³ doados pela Venezuela chegou à Manaus dois dias depois.

Caminhão tanque enviado pela Venezuela para a crise no Brasil/Reprodução/Twitter

Mobilização de artistas

A série de decisões erradas das autoridades e ao desrespeito dos manauaras contra o pior momento do vírus comoveu o país. Ainda no dia 14, o humorista Whindersson Nunes encabeçou uma campanha de doação de oxigênio e convocou artistas para ajudar. Devido aos entraves logísticos, ele também doou respiradores pulmonares para acelerar o socorro.

Outros famosos que ajudaram na recuperação da crise em Manaus foram Gusttavo Lima, Tirulipa, Tatá Werneck, Felipe Neto, Paulo Vieira, Marcelo Adnet, Paulo Coelho, Simone, Tierry, Marília Mendonça, Wesley Safadão, Bruno Gagliasso, Sabrina Sato, Pyong Lee, Thelminha Assis, Paola Carosella, Diego Ribas, Maria Gadu, Jorge & Mateus, Dennis DJ, Glória Pires e Orlando Morais, Antônio Fagundes, Otaviano Costa, Gaby Amarantos, Fabiula Nascimento, Hugo Gloss, Klara Castanho, Ana Hikari e Evelyn Montesano.

PGR pede investigação por omissão

Pazuello já era alvo da Polícia Federal (PF) quando voltou a Manaus no dia 23. A investigação foi requerida pela Procuradoria Geral da República (PGR) sob o argumento de que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o possível colapso em dezembro, mas só enviou representantes em janeiro.

O ministro só retornou ao epicentro da crise no dia 12 de fevereiro e concluiu o ciclo de três viagens à Manaus no intervalo de um mês.

Com o caos levado ao interior, ao menos, 500 pacientes foram enviados para tratamento em outros estados e o ministro foi convocado para explicações no Senado e n Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.





O ministro Pazuello foi convocado ao Senado para falar sobre o controle do Plano Nacional de Imunicação/Pedro França/Agência Senado

Pazuello se explica no Senado

No Senado, Pazuello disse que o documento recebido no dia 8 de janeiro apenas citou a "falta de oxigênio" e justificou que "rede de gases são os tubos de gases e não o oxigênio que vai dentro. Pressurização entre o município e o estado é regulação entre um e outro”.

Até o momento ninguém começou a responder criminalmente pelas vidas perdidas em Manaus. O projeto da própria Secretária de Saúde do Amazonas indica que, ainda em novembro, o Estado sabia que não teria capacidade de produção de oxigênio suficiente. A gravidade da omissão e o número de mortos pela crise não chegou a ser calculada oficialmente.

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