Tópicos | Mário Jorge Lôbo

Insatisfeitos com o Termo de Cooperação Técnica e do edital do Provalida, que visa revalidar diplomas de graduação em medicina expedidos por instituições de ensino estrangeiras, entidades médicas entraram com Ação Civil Pública na Justiça Federal. A medida foi tomada, nesta sexta-feira (27), contra o Governo do Estado, Universidade de Pernambuco (UPE) e Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).

A ação foi movida pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) em conjunto com o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e Associação Médica de Pernambuco (AMPE), por entenderem que o Governo estadual tenta burlar a realização de Concursos Públicos. As entidades também alertam que pode haver mais facilidade para a entrada de profissionais estrangeiros com formação acadêmica duvidosa para atuar nos serviços de saúde pública.

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Para os representantes das instituições médicas, falta uma política concreta de fixação dos profissionais no interior do Estado, com plano de carreira de base estadual com instrumentos que incentivem a interiorização do trabalho. Eles ainda pedem por mais investimentos adequados em estrutura física, apoio diagnóstico e rede de referência, garantindo remuneração adequada aos médicos.

O presidente do Simepe, Mário Jorge Lôbo, diz que o Sindicato é totalmente contrário  a tentativa  de flexibilização do processo de revalidação do diploma médico para facilitar o acesso ao serviço público. “A exigência constitucional do concurso público deve ser respeitada. Não aceitamos a precarização do serviço de saúde pública”, esclareceu.  Outra questão levantada pelo vice-presidente do Sindicato, Fernando Cabral, é o fator discriminatório que o processo impõe aos médicos com o diploma de formação nacional.

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