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A média móvel de casos de Covid-19 chegou a 30.487 notificações diárias, maior número desde 26 de março, segundo o painel de dados Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Apenas uma semana antes, em 25 de maio, a média era de 14.970, menos da metade do registrado atualmente. Os dados foram atualizados na noite da quarta-feira (1º). 

O frio que tomou conta de grande parte do país em maio, associado ao relaxamento de medidas de prevenção, como o uso de máscaras, são algumas das causas do aumento dos casos, segundo Leonardo Bastos, pesquisador da Fiocruz e integrante da equipe responsável pelo Boletim InfoGripe, que monitora os casos de síndrome respiratório aguda grave (SRAG) no país. 

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O boletim divulgado nesta semana indicou que 20 das 27 unidades da federação apresentam tendência de alta de síndromes respiratórias nas últimas seis semanas.  Bastos explica que, no frio, a tendência é que as pessoas permaneçam em lugares fechados, com menor circulação de ar. Isso facilita a infecção por vírus respiratórios em geral e, em especial, pelo SARS-CoV-2, que é altamente transmissível.

  O pesquisador disse que foi observado no país o crescimento de casos de SRAG em todas as faixas etárias, e principalmente em idosos, o que também costuma estar associado à Covid-19 e pode indicar a circulação de novas variantes ou sublinhagens do vírus. 

"Eu não estou dizendo que essa subida é por conta de uma nova variante, mas ela pode ser uma sublinhagem da Ômicron. A gente não tem essa informação, mas o que o dado está dizendo é parecido com a chegada de outras variantes", explica o pesquisador.  No final de maio, foi divulgada pela Fiocruz a presença das linhagens de Ômicron BA.2.12.1, BA.4 e BA.5 no Brasil, classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como linhagens sob monitoramento da variante de preocupação.

No entanto, Bastos esclarece que só será possível confirmar se a elevação de registro da doença está associada às novas linhagens após o sequenciamento dos testes RT–PCR que estão sendo realizados agora. “O que a gente pode dizer é que esse aumento é consistente, ele é parecido com o aumento que aconteceu com a chegada de novas variantes". 

A maior circulação do vírus não tem sido acompanhada, no entanto, por uma alta expressiva no número óbitos. Tal fato é atribuído pelo pesquisador à vacinação, e por isso ele reforça que "para evitar um agravamento da doença é muito importante estar com o esquema vacinal completo". Mesmo assim, ele prevê que algum aumento nos óbitos é esperado nos próximos dias. “A gente vai ver um aumento mas não vai ser na mesma velocidade dos casos”. 

Diante desse cenário, Bastos defende que é hora de reavaliar a flexibilização do uso de máscaras por parte dos estados e municípios, para conter a circulação do vírus. "Tem que rever e voltar a obrigar [o uso de máscara] em algumas condições. [Como] Em transporte público, em ambientes fechados que a circulação de ar é ruim. Nesses casos, eu acho que é muito importante ter essa obrigação”.

O total de vidas perdidas para a covid-19 cresceu 10% na Semana Epidemiológica 13, de 28 de março a 3 de abril. Nesse período, foram registradas 19.643 novas mortes, contra 17.798 confirmadas na semana anterior. A média móvel de mortes (total de vidas perdidas pelo número de dias) na SE 13 ficou em 2.806.

Os dados estão no Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre o Coronavírus Nº 57. O documento reúne a avaliação da pasta sobre a evolução da pandemia, considerando as semanas epidemiológicas e tipo de medicação empregada por autoridades de saúde para essas situações.

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A curva de mortes mostra um aumento intenso a partir do fim do mês de fevereiro. O resultado da SE 13 é quase o dobro de há um mês, quando na SE 9 foram registrados 10.104 mortes.   

O total de novos casos confirmados, contudo, sofreu uma queda de 14%. Na Semana Epidemiológica 13 foram registrados 463.235 novos diagnósticos, contra 539.903 novas notificações de pessoas infectadas com o novo coronavírus na semana anterior.

Estados

Conforme o boletim epidemiológico, um estado teve acréscimo de casos na Semana Epidemiológica 13, enquanto seis ficaram estáveis e 20 tiveram redução. O aumento ocorreu em Mato Grosso do Sul (11%). Já as quedas mais intensas ocorreram em Paraná (39%) e Goiás (38%).

Quando consideradas as mortes, o número de estados com aumento das curvas foi 14, cinco ficaram estáveis e oito tiveram diminuição em relação ao balanço da semana anterior. Os aumentos mais representativos foram registrados no Rio de Janeiro (59%) e Minas Gerais (35%). As maiores quedas aconteceram no Amazonas (26%) e Rio Grande do Norte (24%).

Mundo

O Brasil se consolidou como país com mais novas mortes e aumentou sua diferença para o segundo colocado, os Estados Unidos (5.832). Os números daqui foram mais do que o triplo das vidas perdidas nos EUA. Em seguida vêm Índia (3.071), Itália (3.068) e Polônia (2.984). 

Enquanto a curva no Brasil sobe de forma intensa, a curva de mortes nos EUA vem fazendo movimento inverso. Quando considerados números absolutos, o Brasil segue na segunda posição, atrás dos Estados Unidos (554.779).

O Brasil deixou de ser o país com mais novos casos, liderança que foi ocupada pela Índia (513.885). Em seguida vêm Estados Unidos (452.394), Turquia (265.937) e França (233.381). Na comparação em números absolutos, o Brasil fica na segunda posição, atrás dos EUA (30,6 milhões).

 

A média móvel de mortes por covid-19 dos últimos sete dias no Brasil atingiu 1.101,57 óbitos neste domingo (14), o que é um recorde. Antes disso, o patamar mais elevado foi registrado em 25 de julho, quando alcançou 1.096,71 mortes. Os dados são do indicador Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os pesquisadores consideram o indicador da média móvel muito importante para avaliar a tendência da pandemia no país, com menor interferência das oscilações diárias. O cálculo é feito a partir do número de mortes registradas nas últimas 24 horas, somadas às que ocorreram nos seis dias anteriores. O resultado é dividido por sete.

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Ainda conforme a divulgação atualizada do Monitor Covid-19, a média de 15 dias antes desse novo recorde era 1.071,43 de vítimas da doença e a de 30 dias anotada no dia 15 de janeiro ficou em 969,43 óbitos.

Já no número de casos no Brasil, o indicador mostra que a média móvel registrada ontem ficou em 44.267,57. O patamar de 15 dias antes anotado no dia 30 de janeiro era de 51.531,57, e em 30 dias de 51.803 mil.

 

A média móvel de mortes causadas pela covid-19 ficou em 636 neste sábado, 26, no Brasil. Esse tipo de média leva em consideração dados dos últimos sete dias para corrigir distorções provocadas pelas variações nos registros. Nas últimas 24 horas, o País registrou 276 novas mortes e 16.995 novos diagnósticos confirmados.

Os dados são reunidos pelo consórcio de veículos de comunicação a partir dos registros das secretarias estaduais de Saúde. O consórcio é formado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. No total, o Brasil já chegou 190.815 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia, em meio a 7.464.620 diagnósticos confirmados.

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De acordo com o Ministério da Saúde, 6.475.466 pessoas se recuperaram da doença, em meio a 7.465.806 casos confirmados. Os dados da pasta diferem dos registros do consórcio em razão da metodologia de coleta. A pasta aponta um total de 190.795 mortes confirmadas, 307 nas últimas 24 horas.

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado que não se sente incomodado pelo fato de as campanhas internacionais de vacinação já terem sido anunciadas sem que haja prazos locais. "Ninguém me pressiona para nada, eu não dou bola para isso", garantiu, enquanto circulou por cerca de duas horas em Brasília, sem usar máscara, ao final da manhã.

Consórcio dos veículos de imprensa

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

A média móvel de mortes por covid-19 no Brasil ficou em 637 neste domingo, 13, de acordo com dados coletados junto às Secretarias Estaduais da Saúde pelo consórcio de veículos de imprensa, formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. O número considera a média diária de mortes da última semana para eliminar distorções geralmente observadas nos dados dos fins de semana.

Nas últimas 24 horas, foram notificados mais 21.395 casos e 276 mortes, o que leva o País a um acumulado de 6.901.990 casos confirmados e 181.419 mortes desde o início da pandemia.

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O aumento da média móvel de mortes ocorre no momento em que governos estaduais e municipais tentam frear a alta de casos, tomando medidas restritivas. No Paraná, por exemplo, foi decretado toque de recolher. Em São Paulo, o governo do Estado reduziu o horário de funcionamento dos bares.

Em número de contaminados, o Brasil é o terceiro país mais afetado pela pandemia, conforme contagem da Universidade Johns Hopkins. Está atrás de Estados Unidos e Índia, que ocupam a primeira e segunda posição, respectivamente. No entanto, em relação ao total de óbitos, o País está em segundo lugar.

Consórcio dos veículos de imprensa

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal. De forma inédita, a iniciativa foi uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia e se manteve mesmo após a manutenção dos registros governamentais.

Segundo o Ministério da Saúde, 21.825 novos casos de covid-19 e 279 óbitos foram registrados nas últimas 24 horas, o que eleva o total para 6.901.952 pessoas infectadas e 181.402 que perderam a vida por conta da doença no País. O órgão federal também informou que, do total de contaminados, 5.982.953 estão recuperados. De acordo com o ministério, o Estado de Goiás apresenta problemas técnicos em seu sistema e não atualiza os dados desde sábado, 12.

A queda na produção industrial no mês de julho produziu uma retração de 0,7% na Média Móvel Trimestral, principal indicador da tendência da atividade na indústria, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o primeiro resultado negativo desde o final do ano passado, em dezembro. O resultado anula parte da alta acumulada no período, de 1,8%.

De acordo com o coordenador da pesquisa do IBGE, André Luiz Macedo, a indústria nacional opera 3,6% abaixo do seu pico de capacidade, registrado em maio de 2011. "Nos últimos três meses há claramente uma diminuição no ritmo de produção industrial", disse Macedo. O pesquisador ressalta, entretanto, que o indicador está acima do patamar registrado no último ano. "A gente pode discutir o ritmo da produção industrial, e a volatilidade que vem registrando no mês a mês, mas ela registra uma atividade acima do patamar de 2012."

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Segundo o pMsquisador, julho foi um mês marcado por paralisações no ritmo de produção, mas descarta relações com as manifestações verificadas em diversas cidades brasileiras no período. "Não temos como mensurar os efeitos de manifestações. O que observamos é que afetou momentaneamente em um ou dois dias a chegada de peças e componentes, mas que poderia ser recuperado em outro momento."

A razão da diminuição no ritmo seria uma adequação dos estoques, que registravam níveis altos em diversos segmentos. O principal deles, o setor de veículos automotores, se refere tanto a bens de capital, no caso dos caminhões, quanto a bens de consumo duráveis, como os automóveis. O setor teve queda de 5,4% na produção em julho, ante alta de 1,8% em junho.

"O setor não define sozinho o ritmo da produção industrial, que é mais definido pelo comportamento de bens intermediários. Mas a volatilidade registrada nos últimos meses pode ser explicada pela oscilação da produção de veículos automotores", avalia Macedo. Outros setores que tiveram redução na produção para equilibrar os estoques, segundo o pesquisador, foram os setores de celulose, máquinas de equipamentos e eletrodomésticos.

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