Tópicos | médicos

A rede municipal de saúde paga pelo menos 1.286 médicos que não existem. Os profissionais deveriam atuar nas unidades de atendimento administradas por Organizações Sociais (OSs), instituições que recebem repasses da Prefeitura para manter os postos em funcionamento. Por mês, são pagos R$ 116 milhões à rede terceirizada que, assim como ocorre no serviço público, alega dificuldades na contratação, especialmente quando a vaga está na periferia.

A zona leste da capital é a mais prejudicada. Na região há 571 plantões médicos abertos para as mais diversas especialidades, como pediatria, ginecologia e dermatologista. A demanda por clínicos gerais também é enorme nos bairros mais afastados, como Cidade Tiradentes, Guaianases e São Mateus. A zona norte é a segunda na lista de espera por profissionais, seguida pelas zonas sul, sudeste e centro-oeste.

##RECOMENDA##

Somente a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) precisa contratar quase 700 médicos - 41 deles para compor o número de funcionários da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) Tito Lopes. Da lista de nove entidades que prestam serviço para a Prefeitura, a OS é a que registra o maior déficit. E também é a que recebe o maior repasse mensal: R$ 26 milhões.

Mas, apesar de o quadro de funcionários estar incompleto na maioria das unidades, os depósitos feitos mensalmente pela Secretaria Municipal da Saúde continuam cheios. Isso quer dizer que a ausência dos médicos não leva a descontos automáticos às organizações contratadas, apenas prejuízo aos cofres públicos.

De acordo com cálculos da pasta, cerca de metade das vagas para médicos abertas pelas OSs não está preenchida - índice semelhante ao registrado pelo conjunto de postos administrado pela própria secretaria.

Salário

Os números contrariam o principal argumento da Prefeitura ao manter parceiros na área da saúde - a agilidade na contratação de profissionais pelas instituições, que estão livres da obrigação de promover concursos públicos.

As dificuldades enfrentadas pelo setor ainda vão contra a tese de que salários altos seguram os médicos. Pagar até R$ 1,1 mil por um plantão de 12 horas - o dobro do pago pela Prefeitura - não tem surtido efeito em São Paulo.

O resultado está nas salas de espera das unidades comandadas pelas OSs. Há filas para atendimento de emergência, de especialidade ou mesmo hospitalar. O mesmo quadro encontrado por pacientes que buscam postos de saúde administrados de forma direta. "É tudo igual. Se não fosse pela placa na porta, a gente nem iria notar essa diferença aí (de gestão). Falta médico de todo jeito", diz a dona de casa Daniele de Souza, de 28 anos, usuária da AMA Perus, na zona norte da capital. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A assembléia geral extraordinária dos médicos aconteceu na noite desta quarta-feira (31), no auditório da Fafire, Av. Conde da Boa Vista, no bairro da Boa Vista. O motivo foi para definir um rumo para os profissionais da categoria após os períodos de paralisação.

A assembléia fez o balanço dos últimos 15 dias na qual houve três paralisações. A última nesta quarta-feira (31), pela manhã, na Praça do Derby, foi realizado um mutirão com cerca de 50 médicos que atenderam aproximadamente 500 pessoas.

##RECOMENDA##

Ficou decidido deliberar na mídia uma campanha que visa três aspectos específicos: mostrar a realidade dos hospitais públicos, propor melhorias a saúde brasileira e cobrar dos governantes as propostas que são as seguintes: disponibilização de 10% da receita bruta da união para discutir o financiamento da saúde, criação de uma carreira nacional para os profissionais de saúde e por fim, reestruturação e requalificação das redes de saúde. “O profissional não pode simplesmente ir para o interior, é preciso ter estrutura, é preciso ter critérios e equipamentos para poder trabalhar", declarou Mario Jorge Lôbo.

De acordo com Mario Jorge, será agendada uma caravana à Brasília, que ainda não foi decidida a data e não implicará em greve. A intenção é realizar uma audiência pública no congresso nacional, onde os termos deverão ser acertados.

Cerca de 80 médicos e estudantes de medicina faziam uma passeata pelas ruas centrais de Sorocaba, no final da tarde desta quarta-feira (31), em protesto contra o programa federal Mais Médicos, que prevê a contratação de profissionais estrangeiros. O grupo levava cartazes com palavras de ordem contra a presidente Dilma Rousseff. O protesto foi convocado pelas redes sociais.

Os manifestantes se concentraram na Praça Cel. Fernando Prestes e saíram em marcha pelas ruas do centro. No Largo do Rosário, eles fizeram um minuto de silêncio pela saúde no país. De acordo com a Guarda Civil Municipal, às 18 horas, o protesto continuava pacífico, causando apenas lentidão no trânsito. O atendimento nos hospitais e unidades médicas na cidade não sofreu interrupção.

##RECOMENDA##

Um grupo de médicos realiza desde as 17h desta quarta-feira, 31, uma passeata na região central da capital paulista contra o programa Mais Médicos do governo federal (que prevê entre outras medidas a contratação de estrangeiros) e os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei do ato médico, que regulamenta o exercício da profissão.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 500 pessoas participam do protesto, que teve início nas proximidades da Avenida Brigadeiro Luís Antônio e se deslocou para a Avenida Paulista, interditando a via no sentido Consolação. O grupo deve seguir até a Praça Roosevelt.

##RECOMENDA##

Acompanhados por um carro de som, manifestantes carregam faixas e caixões simbólicos dos ministros da Saúde e da Educação, Alexandre Padilha e Aloísio Mercadante, e da presidente Dilma Rousseff. O grupo ainda carrega um boneco com um jaleco, que representa o Sistema Único de Saúde.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, na tarde desta quarta-feira (31), que o número de inscrições para o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida) foi de 1.851. Segundo o órgão, essa quantidade representa um aumento de 109% no que diz respeito ao número de participantes da edição do ano anterior, quando 884 concorrentes participaram do exame.

Segundo o MEC, a confirmação da participação ocorre mediante o pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 100. Para confirmar o número total de inscritos, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela realização do Revalida, ainda aguarda a confirmação do Banco do Brasil sobre o pagamento das taxas.

##RECOMENDA##

“Os aprovados no exame podem exercer a medicina, em nosso país, da mesma forma que os médicos formados aqui, ou seja, sem qualquer restrição quanto a localidade, tempo de exercício da profissão ou acompanhamento de instituições de ensino superior”, destaca o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, conforme informações do MEC.

A primeira etapa do exame terá 110 quesitos de múltipla escola, bem como cinco discursivas. Haverá uma segunda fase, quando serão avaliadas as habilidades clínicas, em que os médicos simulam situações reais de atendimento.

Em meio a polêmica sobre a falta de médicos no Brasil, com o governo Federal anunciando projetos para trazer profissionais estrangeiros para atender as demandas, a pergunta que mais tem sido feita pela população é: precisamos de mais médicos ou precisamos de infraestrutura para os profissionais nacionais trabalharem?

No início de 2013, uma pesquisa realizada pelo Ipea realizada com quase 3 mil pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), indicou a falta de médicos como principal problema de 58% dos brasileiros que utilizam o atendimento na rede pública. O Brasil tem uma média de 1,8 médicos para cada mil habitantes, enquanto isso, na Argentina a proporção é 3,2 médicos e, em países como Espanha e Portugal, essa relação é de 4 médicos.

Todos os anos, 13 mil brasileiros se formam em medicina. Contudo, os médicos brasileiros estão concentrados no Sudeste do País. E assim, temos 22 estados que estão abaixo da média nacional de médicos por habitantes. No Rio de Janeiro e Distrito Federal, por exemplo, há mais de três profissionais para cada mil habitantes. Já em alguns estados do Nordeste, seria preciso dobrar a quantidade de profissionais para atingir a média nacional.

Tais dados nos levam a acreditar que o problema está na distribuição geográfica dos profissionais, que é desigual. Vale analisar se a maior dificuldade não esteja em atrair médicos para as áreas mais carentes do país, para as periferias das cidades e para o interior.

Se precisamos de mais médicos? Sim, precisamos. Em um País com cerca de 400 mil médicos formados, cerca de 700 municípios não possuem um único profissional de saúde. Já em outros 1,9 mil municípios, 3 mil pacientes concorrem pelo atendimento de menos de um médico por pessoa. A questão da falta de médicos é coerente, mas solucionar apenas esse ponto não é suficiente.

Como podemos querer que os médicos atendam nas cidades menores ou do interior do país, se não há infraestrutura para realizar os procedimentos? Os profissionais resistem em trabalhar em lugares sem estrutura, equipamentos e medicamentos, e esta é uma realidade que resulta na necessidade de ampliar investimentos.

Levar médicos a todas as localidades do Brasil é um desafio. Entretanto, é fundamental aplicar bem os R$ 15 bilhões anunciados pelo Governo para investimentos na infraestrutura de hospitais e unidades de saúde. E, assim como em outras áreas, é preciso uma gestão rigorosa e capaz de transformar o SUS em uma referência.

Nesta quarta-feira (31/07), os médicos de Pernambuco realizam um mutirão de atendimento das 08h às 14h, no Memorial da Medicina, que fica na rua Amaury de Medeiros, 206, no Derby. A população que comparecer ao local pode se consultar com especialistas em cardiologia, clínica médica, dermatologia e pediatria. 

Com a paralisação dos médicos nessa terça e quarta-feira (30 e 31), os serviços eletivos públicos e privados foram suspensos, apenas os atendimentos das emergências, urgências, quimioterapia, radioterapia, hemoterapia, hemodiálise foram mantidos. 

##RECOMENDA##

A manifestação da categoria faz parte do Movimento Nacional Médico que é contrário a Medida Provisória 621/2013 e a importação de médicos estrangeiros sem a aplicação do exame Revalida. 

ARACAJU (SE) - Nesta terça-feira (30) e quarta-feira (31), os médicos da rede pública e privada estarão paralisadando os atendimentos. Apenas os serviços de urgência e emergência estarão funcionando. Seguindo o calendário nacional, os médicos lutam contra a Medida Provisória 621, que trata do Programa Mais Médicos - imigração de profissionais -, e pela revogação do veto do Ato Médico, que atribui a outros profissionais de saúde clinicar no lugar do médico. 

Hoje, a categoria está em debate na sede do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) onde haverá a presença de deputados e senadores. Amanhã, haverá um assembleia na sede da entidade às 8h para avaliar os efeitos da paralisação e o resultado das discussões da Bancada Federal. 

##RECOMENDA##

Para o diretor do Sindimed, José Helton Silva Monteiro, na concepção da categoria o Programa Mais Médicos é um serviço civil obrigatório. “Os médicos só vão receber o diploma depois que trabalhar forçadamente, dois anos ou mais. Nossa carga horária já é extensa, são seis anos, agora os médicos terão que trabalhar mais dois anos sem concurso público”, exclama o médico. 

Desempenho 

Outro ponto questionado pelo sindicato é em relação ao diploma dos médicos estrangeiros. Pelo que diz a medida provisória 621, os profissionais não precisam passar pelo teste Revalida. “Tem faculdades na Bolívia que não tem sequer laboratório de anatomia, eles querem trazer esses profissionais para trabalhar aqui e o diploma dele não vai ser nem revalidado”, explica Helton Monteiro. 

Esta terça-feira (30) é o último dia de inscrições para o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida). A iniciativa é realizada por médicos estrangeiros interessados em trabalhar no Brasil, bem como por brasileiros que tenham conseguido o diploma no exterior.

No dia 25 de agosto, o Revalida será realizado em Brasília, Rio Branco, Manaus, Salvador, Fortaleza, Campo Grande, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. No total, o exame tem a adesão de 37 universidades públicas para esta edição.

##RECOMENDA##

Para a primeira fase do exame, o candidato escolhe a cidade onde fará a prova e a segunda fase, segundo o Ministério da Educação (MEC), deverá ser realizada em Brasília. A primeira etapa constará de 110 questões de múltipla escolha, além de cinco discursivas. Já na segunda etapa, as habilidades clínicas serão avaliadas, quando os candidatos vão simular situações reais de atendimento médico.

Os candidatos precisam ser brasileiros ou estrangeiros em situação legal de residência no Brasil, bem como deve ter o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e diploma médico autenticado por autoridade consular brasileira e expedido por instituição de educação superior estrangeira reconhecida no país de origem.  De acordo com o MEC, com exceção dos naturais de países cuja língua oficial seja o português, os concorrentes aprovados deverão apresentar à instituição de educação superior responsável pela revalidação o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), nível intermediário superior. Outras informações sobre devem ser obtidas em seu edital.

JOÃO PESSOA (PB) - Esta terça-feira (30), na Paraíba, será novamente de paralisação dos médicos. O protesto segue o cronograma estabelecido na última semana, quando cerca de 80% dos profissionais pararam os trabalhos no Estado, e prossegue por 48 horas, até esta quarta-feira (31).

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM - PB), João Medeiros, o objetivo é chamar a atenção para as decisões que a presidente Dilma Rousseff vem tomando. “A presidente vetou os principais pontos do Ato Médico, decidiu trazer pessoas de outros países para trabalhar aqui e ainda aumentou de forma ilegal o tempo de estudos na faculdade. São atitudes que não podemos tolerar”, declarou, João Medeiros.

##RECOMENDA##

Medeiros espera alcançar, pelo menos, o mesmo número de apoio para esta nova paralisação. Sejam públicos ou privados, todos os consultores e atendimentos em hospitais que não sejam emergenciais serão remarcados para outras datas.

A categoria é contra a importação de médicos sem revalidação do diploma, a ampliação de seis para oito anos de estudos, obrigando os estudantes a trabalhar por dois anos em locais com carência de profissionais, e ainda os vetos da presidente Dilma Rousseff ao chamado Ato Médico, rejeitando que o diagnóstico fique restrito aos médicos.

Nesta terça-feira (30), representantes da classe médica realizam blitz nas unidades de saúde com o objetivo de identificar pacientes que estejam aguardando transferência, para leitos de enfermaria, de cirurgia e de UTI. 

A ideia de acordo com o a categoria é mostrar o déficit estrutural dos serviços. Uma equipe composta por três médicos visita nesta manhã, o Hospital de Restauração (HR), no bairro do Derby, e o Getúlio Vargas (HGV), no Cordeiro. Nas unidades será feito um levantamento dos serviços oferecidos aos pacientes a exemplo da espera, medicamento e quantidade de leitos.

##RECOMENDA##

A blitz decorre da paralisação das atividades dos médicos que reivindicam melhores condições de trabalho e a obrigatoriedade do Revalida para os profissionais vindos de fora. Nesta terça e quarta-feira (30 e 31), apenas os serviços emergenciais estão sendo realizados nas unidades hospitalares e nos postos de saúde. 

SALVADOR (BA) - Salvador aderiu a orientação do Comitê de Mobilização das Entidades Médicas (FENAM, AMB e CFM), que organiza, em todas as capitais do Brasil, nesta terça-feira (30) e nesta quarta-feira (31), protestos contra o Programa Mais Médicos, e  paralisará as atividades de trabalho para os dois dias, prestando, apenas, atendimentos de urgência e emergência.

Programação:

##RECOMENDA##

Terça-feira (30) - A partir das 14h, será realizado um debate sobre a MP 621/13 (Programa Mais Médicos), no Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA), no bairro de Nazaré, mediado pelo promotor Rogério Queiroz. Na ocasião será instalado também o Varal da Vergonha, uma exposição fotográfica que mostra o estado precário em que se encontram unidades de saúde da Bahia. As fotos fazem parte do acervo de imagens das visitas de fiscalização realizadas pelas entidades médicas em parceria com o Ministério Público. Tais visitas resultaram em inquéritos civis cobrando providências do poder público.

Quarta-feira (31) - A partir das 14h, no canteiro central da Av. Centenário, na área entre a entrada do Calabar e o Shopping Barra, os médicos realizarão um ato público com panfletagem e a exposição do Varal da Vergonha. O intuito é esclarecer a população sobre os efeitos danosos das medidas anunciadas pelo Governo Federal. No local, acontecerá também a Feira de Saúde, organizada em parceria com as sociedades de especialidades médicas, que vai oferecer atendimentos básicos à população, tais como medições de pressão, glicemia, pressão intraocular e orientações médicas sobre alimentação e cuidados com a saúde. O protesto terminará com uma caminhada com faixas e cartazes.

 

Assim como fizeram na semana passada, nesta terça (30) e quarta-feira (31), os médicos de Pernambuco irão suspender os serviços eletivos públicos e privados. Durante os dois dias, apenas os atendimentos das emergências, urgências, quimioterapia, radioterapia, hemoterapia e hemodiálise serão mantidos.

A paralisação das atividades faz parte do Movimento Nacional Médico, que é contrário a Medida Provisória 621/2013. A categoria também está insatisfeita com a importação de médicos estrangeiros sem a aplicação do exame Revalida.

##RECOMENDA##

Durante o movimento serão realizadas duas importantes ações. Na terça, uma blitz executada nas unidades de saúde de Pernambuco vai identificar pacientes que estejam aguardando transferência para leitos de enfermaria, de cirurgia e de UTI, além de mostrar o déficit estrutural dos serviços. Os dados serão encaminhados ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Já na quarta, das 8h às 14h, os profissionais irão realizar um mutirão de atendimentos no Memorial da Medicina, localizado na Rua Amaury de Medeiros, no bairro do Derby, área central do Recife. Os pacientes poderão se consultar na área de cardiologia, clínica médica, dermatologia e pediatria. 

Por volta das 19h, será realizada uma assembleia geral extraordinária, no auditório da Fafire, para definir os rumos do Movimento Nacional Médico. A instituição de ensino fica situada na Avenida Conde da Boa Vista, também no centro da cidade.

Com informações da assessoria

[@#video#@]

A polícia italiana deteve mais de cem pessoas, incluindo médicos, advogados e empresários, em uma operação contra diferentes organizações mafiosas em Roma e na região de Calábria, ao sul do país. É uma das maiores operações já registradas em Roma, com a participação de cerca de 500 agentes. 116 suspeitos foram presos no total.







##RECOMENDA##

Estabelecer regras para a criação de novos cursos de graduação em medicina, bem como para a expansão no número de vagas em cursos de graduação que já existem. Foi com esse intuito que o Ministério da Educação (MEC) instituiu, nessa terça-feira (23), a Política Nacional de Expansão das Escolas Médicas das Instituições Federais de Educação Superior, no contexto do Programa Mais Médicos.

Agora, as universidades privadas e públicas apenas poderão oferecer vagas caso possuam quantidade de leitos disponível por estudante maior ou igual a cinco. Entre outras exigências, o número de alunos por equipe de atenção básica deve ser menor ou igual a três, além da obrigatoriedade pela existência de estrutura de urgência e emergência; existência de pelo menos três programas de residência médica nas especialidades fundamentais: clínica médica; cirurgia geral; ginecologia-obstetrícia; pediatria; medicina de família e comunidade.

##RECOMENDA##

Para o ministro da educação, Aloizio Mercadante, as exigências serão feitas em mesmo nível de cobrança, tanto para as instituições públicas, quanto para as privadas. “Nós vamos exigir o mesmo rigor para as universidades públicas e privadas. Só haverá expansão de vagas onde houver campo de prática. Nós temos segurança que os bons cursos de medicina têm todo interesse nessa modelagem”, relatou Mercadante, conforme informações do MEC.

De acordo com o Ministério, 60 cidades que têm as condições necessárias para ofertar vagas em cursos de medicina já foram mapeadas. Até o momento, 57 municípios têm cursos de medicina e a ideia do Governo Federal é desconcentrar a oferta, expandindo as oportunidades para as regiões Nordeste e Norte do Brasil.

Ainda segundo o MEC, a previsão é que até 2017, sejam criadas 11.447 vagas de graduação em medicina, em que dessas, 3.615 são em instituições federais. O Ministério ainda informou que as propostas para abertura de vagas apresentadas pelas instituições de ensino superior receberão análise da Secretaria de Regulação e Supervisão (Seres), do próprio MEC.

ARACAJU (SE) - A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) informou que médicos de pelo menos 12 estados vão fazer, nesta terça-feira (23), manifestações contra o “Programa Mais Médicos”. Seguindo a determinação, todos os médicos da rede pública de saúde de Sergipe paralisaram suas atividades durante todo o dia. 

Para a Fenam as atitudes são ainda uma reação aos vetos da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que regulamenta a medicina, conhecido como Ato Médico. Já segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), João Augusto Alves de Oliveira as unidades que atendem urgência e emergência estão funcionando com 30% da sua capacidade.

##RECOMENDA##

Em nota o Sindimed informou que pretendem realizar um ato público durante a tarde deste terça na porta do Hospital de Urgência de Sergipe e seguir caminhando até a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.

O programa 

O “Programa Mais Médicos” prevê a contratação de profissionais estrangeiros para trabalhar nas periferias e no interior do país, além de obrigar estudantes de medicina a atuar por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de 2015.

Para o presidente do sindicato, João Augusto Alves de Oliveira, a paralisação foi a forma encontrada pela classe médica para protestar e colocar em pauta algumas questões como: imigração de médicos estrangeiros, aprovação do ato médico, aumento de dois anos no curso de medicina e também pela aprovação da carreira médica (Pec 454/009).

“Tivemos uma boa adesão da rede pública e particular. Esperamos que a sociedade perceba que a luta não é só médica. O ato médico é uma medida provisória. Não está focando na formação dos médicos. Esperamos que recuem, que a carreira de estado que está no Congresso desde 2009 seja aprovada. As propostas até o momento são um paliativo para a saúde”, finalizou João Augusto.

MACEIÓ (AL) - Acompanhando uma mobilização nacional, os médicos de Alagoas paralisaram as atividades em todas as unidades de atenção básica do Estado nesta terça-feira (23). Além desta, outras manifestações do mesmo porte deverão acontecer nos dias 30 e 31 deste mês. Entre os motivos do protesto está o programa federal “Mais Médicos”, a abertura de mais concursos públicos e melhores condições de trabalho.

Mas o que está chamando a atenção da categoria nacionalmente é o programa “Mais Médicos” que tem como objetivo trazer profissionais da saúde de outros países para atuar em áreas remotas no Brasil, decisão tomada pela presidente, Dilma Rouseff. Em Alagoas, a classe pede a realização de concurso público, um plano de carreira e a construção de novos hospitais.

##RECOMENDA##

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão além de médicos da rede pública a pretensão é que profissionais de instituições privadas também paralisem as atividades. “Vamos realizar panfletagem e durante esses dias de paralisação é provável que alguns profissionais da iniciativa privada também parem as atividades, já que são reivindicações nacionais e dizem respeito a todos os médicos”, afirmou Galvão.

Os médicos de Pernambuco paralisarão suas atividades nesta terça-feira (23) e farão um ato público, às 9h30, na frente do Hospital da Restauração, na Av. Agamenom Magalhães, Derby. O ato tem por objetivo alertar a população sobre a vinda de médicos estrangeiros ao Brasil. Na ocasião, será feito também um “enterro simbólico” do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

Na última Assembleia Geral Extraordinária, realizada no dia 15 de julho, os médicos de Pernambuco decidiram manter o estado de greve com paralisações dos serviços eletivos públicos e privados, nos dias 23, 30 e 31 de julho, resguardando os atendimentos das emergências, urgências, quimioterapia, radioterapia, hemoterapia, hemodiálise e afins.

##RECOMENDA##

João Pessoa (PB) - Mais uma paralisação será realizada na Paraíba, nesta terça-feira (23). Desta vez, os médicos irão às ruas protestar contra o Programa Mais Médicos, do Governo Federal, que permite a contratação de profissionais da saúde de outros países.

As unidades públicas e as clínicas e consultórios particulares não atenderão durante todo o dia. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM - PB), João Medeiros, apenas os casos de urgência e emergência serão recebidos, enquanto que as consultas e cirurgias eletivas serão remarcadas.

##RECOMENDA##

Questionado sobre a longa espera dos pacientes para realização de um atendimento nos hospitais públicos que ainda estarão sujeitos a remarcação, João Medeiros salientou que somente o que puder esperar será adiado. “É apenas um dia de paralisação. A pessoa que é portadora de uma hérnia, por exemplo, pode aguardar um ou dois meses, mas quem tem um câncer será atendido”, explicou.

O presidente do CRM-PB ainda garantiu que a busca é pela melhoria nos atendimentos. “Essa espera que as pessoas passam na saúde pública é devido a precariedade dos locais, a falta de equipamentos, ao número reduzido de Unidades Básicas de Saúde. Vamos protestar também contra isso”.

A categoria é contra a importação de médicos sem revalidação do diploma, a ampliação de seis para oito anos de estudos, obrigando os estudantes a trabalhar por dois anos em locais com carência de profissionais, e ainda os vetos da Presidente Dilma Rousseff ao chamado Ato Médico, rejeitando que o diagnóstico fique restrito aos médicos.

Além desta terça-feira, haverá paralisação também nos dias 30 e 31 deste mês. O Conselho Federal de Medicina (CFM) está movendo uma ação civil pública contra a União para suspender o Mais Médicos. João Medeiros informou que outras ações serão apresentadas na Justiça.

Espalhados pelo país, centenas de médicos espanhóis têm demonstrado à embaixada e aos consulados brasileiros disposição de fugir da crise econômica e migrar para o outro lado do Atlântico, ganhando experiência e um salário que consideram bom - R$ 10 mil, ou € 3,3 mil, superior à média espanhola. Mas muitos ainda hesitam diante da falta de informação do Ministério da Saúde sobre onde viverão e quais recursos disporão para o atendimento.

Ángela espera se juntar à lista dos 915 profissionais estrangeiros que se inscreveram no site do Ministério da Saúde para preencher as 10 mil vagas abertas no Brasil. Como muitos profissionais da saúde na Espanha, ela vê no Mais Médicos uma chance de fugir da instabilidade e das crises econômica e social.

##RECOMENDA##

A profissional tem uma dúvida recorrente: onde viveria. Moradora de Carranque, um povoado de ares rurais e 4 mil habitantes a 35 km de Madri, Ángela não se importaria em trabalhar em zonas agrícolas no Brasil. Mas não aceitaria viver na periferia de uma grande cidade. "As diferenças sociais, a violência, as favelas, isso me assusta."

Além da questão geográfica, ela se preocupa com a infraestrutura. "Aqui, se receitamos um antibiótico, as pessoas têm acesso. Não sei se é assim no Brasil. Espero que não queiram apenas levar médicos, mas também aprimorar a infraestrutura de saúde."

Casado e pai de duas filhas, Moisés Moreno Ortíz, de 39 anos, morador de Barcelona, também está fascinado pelo desafio que o programa representa. "Me atrai muito como experiência nova e para abrir fronteiras profissionais", pondera. Ele, porém, vai esperar uma segunda chamada do programa.

Mas os interessados não são apenas jovens ou profissionais em busca de estabilidade. Aos 60 anos, Isidoro Rivera Campos, vice-presidente da Sociedade Espanhola de Médicos de Atenção Primária, faz planos. "Me aposento em breve e não descarto partir aos 65, se o Brasil ainda me quiser, e passar o resto de minha vida no país", diz Campos, admirador do modelo universal e gratuito do Sistema Único de Saúde (SUS). "Sou apaixonado pela minha profissão e tenho as melhores referências do Brasil. Se puder ser útil, será um prazer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando