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De acordo com dados do Ministério do Trabalho, Pernambuco é um dos estados com menor diferença salarial entre os gêneros. As mulheres pernambucanas ganham 94,7% do que ganham os homens, média melhor do que a nacional, que mostra o sexo feminino recebendo 84% da remuneração masculina. A média salarial no estado nordestino é de R$ 2,22 mil para os homens e R$2,1 para as mulheres.

O Nordeste, de forma geral, apresentou bom resultado em relação a essa disparidade, e tem três representantes entre os cinco estados com menores diferenças, são eles: Pernambuco, Paraíba e Alagoas, além do Pará e Distrito Federal, o primeiro colocado nessa lista, apresentando apenas 1,4% de discrepância. Entre os cinco piores colocados estão Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e, por último, São Paulo, onde as mulheres ganham 80,1% do que os homens recebem.

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A ocasião é especial e Gilmar Barbosa se vestiu a caráter com um paletó novo e sapatos brilhantes. Aos 35 anos, ele participa de sua primeira formatura e vai receber o diploma de “pedreiro de alvenaria”, no Teatro Beberibe, Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, nesta terça-feira (21). Nos próximos meses, mexerá no cimento e construirá casas.

Há três anos, a vida de Gilmar mudou completamente. Ele foi usuário de entorpecentes por 18 anos e descobriu na prática o real significado de como é viver no “mundo das drogas”. Mas não só Gilmar deu um grande passo para a mudança, nesta terça-feira. Ao todo, se formam 198 concluintes de cursos profissionalizantes oferecidos pelo Programa ‘Integra Recife’, que é a parte do Sistema Mais Recife de Políticas sobre Drogas responsável pela inserção social e produtiva de ex-usuários. As turmas foram formadas por ex-dependentes químicos e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

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Aos 14 anos, Gilmar relembra que amizades da época de adolescente o apresentaram às primeiras substâncias químicas e dentro de poucos anos ele se viu trabalhando com a venda dos produtos. “Comecei utilizando maconha, depois drogas mais pesadas e terminei no crack. Eu fui assistindo tudo que eu tinha se afastar de mim, minha família e meus filhos. Mas a gente não consegue parar porque é um ciclo viciosos e quase ninguém te apoia”, conta Gilmar.

Preso três vezes pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e homicídio, Gilmar explica que chegou a não ter esperança na vida, principalmente porque dentro das penitenciárias o crime e o consumo de drogas é muito comum. “Tudo que eu tinha construído se acabou. É como se a droga me consumisse e eu não tinha mais forças para tentar me libertar”.

Dentro da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco, no mesmo lugar onde se viu sem rumo, Gilmar tirou forças para se livrar do vício. “Eu estava muito drogado em uma certa noite e ali eu comecei a falar não queria mais aquilo para mim. Essa noite foi inesquecível porque há três anos eu não uso mais nada”, celebra o ex-dependente químico.

Longe das salas de aula e fora do mercado de trabalho, os ex-usuários de drogas lidam diariamente com o preconceito e a falta de oportunidades. A dependência química afeta cerca de 5% da população brasileira, índice que representa mais de 8 milhões de pessoas. Há tratamentos na rede de saúde pública, mas reinserir essas pessoas no mercado profissional ainda é um tabu.

Para o diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial em Pernambuco (Senai), Sérgio Gaudêncio, não há essa facilidade para o mercado de trabalho, mas muitas empresas reservam vagas especiais para esse público. “O preconceito existe, mas tenho percebido que isso vem mudando com os tempos. A participação dos que já foram dependentes de droga é fundamental nesse processo. Eles precisam reivindicar esses espaços que precisam ser deles também”, disse.

Ao todo, 460 pessoas foram beneficiadas por esta parceria entre a Secretaria Executiva de Políticas sobre Drogas (Sepod) da PCR e o Senai, que ofereceu cursos de mantenedor de sistemas automatizados, eletricista industrial, operador de computador, panificação e pedreiro de alvenaria. As aulas foram realizadas em unidades móveis do Senai, na escola Senai de Areias e no Instituto dos Cegos.

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Entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro, o município do Cabo de Santo Agostinho vai contar com diversas capacitações gratuitas oferecidas pelo projeto "Cabo Qualifica", desenvolvido pela Prefeitura da cidade. Para isso, a gestão vai disponibilizar mil vagas aos interessados em se qualificar para o mercado de trabalho. 

Durante os cinco dias, serão desenvolvidos minicursos, palestras, oficinas e cursos sobre empreendedorismo e empregabilidade para toda a população do município situado na Região Metropolitana do Recife. Para participar, as inscrições devem ser feitas na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, na av. Historiador Pereira da Costa, próximo à Praça da Bíblia. As candidaturas serão encerradas só após o preenchimento de todas as oportunidades disponíveis.

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As ações do “Cabo Qualifica” vão acontecer no Centro do Cabo, no auditório do SindiLojas, na Faculdade Maurício de Nassau e no IFPE; em Ponte dos Carvalhos, na Escola Modelo e na Associação de Gaibu, no litoral. 

Confira a programção completa das capacitações. 

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Uma pesquisa realizada e divulgada neste ano pela empresa de auditoria e consultoria empresarial Delloite teve um resultado alarmante no que diz respeito ao preconceito contra as mulheres. Segundo o estudo "Women in the Boardroom" (Mulheres nas salas de reunião), apenas 15% dos cargos de chefia no mercado de trabalho do mundo inteiro são ocupadas por mulheres e, se considerar apenas o Brasil, o índice cai para 7,7%. Apesar do índice ainda ser muito baixo, foi registrado um crescimento desde o ano de 2015, quando somente 12% das vagas pertenciam a mulheres. 

Para a deputada federal Laura Carneiro (PMDB-RJ), uma das explicações para a baixa representatividade feminina nos cargos de chefia pode ser a gravidez. A opinião dela é reforçada por outro estudo, realizado empresa MindMiners, que apontou que quase 50% das mulheres brasileiras já se sentiram discriminadas em seleções de emprego por ter filhos ou desejar engravidar, enquanto 37% acreditam que já perderam alguma chance de promoção por causa da maternidade. 

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Segundo dados do Plano Nacional de Qualificação, do ministério do Trabalho e Previdência Social, no Brasil, as mulheres são maioria em universidades e cursos de qualificação. Elas também dominam a população que conclui o ensino médio ou tem o nível superior incompleto.

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A desigualdade entre homens e mulheres voltou a crescer este ano, pela primeira vez após uma década de avanços constantes em matéria de igualdade entre sexos, informou nesta quinta-feira o Fórum Econômico Mundial (WEF).

O relatório anual do WEF sobre a igualdade entre homens e mulheres envolve 144 países e analisa a situação entre sexos nas áreas de trabalho, educação, saúde e política.

O estudo avalia que mantido o ritmo atual, as desigualdades entre homens e mulheres no trabalho persistirão até 2234 (por mais 217 anos), quando no ano passado a previsão era de 170 anos para se atingir este objetivo.

Pelo quarto ano consecutivo se ampliou o abismo entre sexos na área trabalhista, um retrocesso ao nível de 2008, assinala o relatório.

Globalmente, o ano de 2017 "marca um retrocesso após uma década de avanços lentos mas constantes em matéria de melhoria da igualdade entre os sexos, com a distância em escala mundial crescendo pela primeira vez desde a publicação do primeiro relatório, em 2006".

No ritmo atual, será preciso um século para acabar com a distância global entre homens e mulheres em escala mundial, contra os 83 anos calculados em 2016. "Em 2017, não deveríamos estar constatando que a tendência de progresso a favor da igualdade se reverte", declarou um dos autores do relatório, Saadia Zahidi.

Este retrocesso se explica pelo aumento da diferença entre homens e mulheres nos quatro pilares estudados pelos especialistas. "As áreas onde a diferença entre sexos são mais difíceis de superar são economia e saúde", enquanto "o abismo político entre os sexos é o mais escandaloso...".

Diante das tendências atuais, a distância entre sexos na área da educação poderia ser eliminada no prazo de 13 anos. Em 2017, a Europa ocidental permaneceu como a região mais avançada em matéria de redução das desigualdades, à frente dos Estados Unidos. Oriente Médio e África do Norte são as regiões onde o abismo é maior.

Entre os países do G20, a França ocupa a primeira posição em matéria de igualdade, seguida por Alemanha, Grã-Bretanha, Canadá, África do Sul e Argentina.

A classificação geral é dominada pelos países do Norte da Europa: Islândia, Noruega e Finlândia.

Cerca de 47% das mulheres brasileiras já foram rejeitadas em seleções de emprego por terem filhos ou revelarem o desejo de ser mãe no futuro, de acordo com a pesquisa de mercado MindMiners. O estudo foi realizado com mil mulheres acima dos 18 anos de idade e diferentes perfis socioeconômicos em várias regiões do país. 

As entrevistadas responderam a pesquisa através de um aplicativo. A maioria delas, cerca de 52% das participantes, já têm filhos ou estão grávidas enquanto 34% desejam ter filhos no futuro e 14% afirmam não ter vontade de se tornar mães. Entre as gestantes, mães e mulheres que afirmaram querer ter filhos, quase metade declaram que se sentiram rejeitadas por essa razão ao procurar emprego, enquanto 46% afirmam ter sido mal vistas ao precisar se ausentar do trabalho para cuidar de questões ligadas aos filhos. 

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Cerca de 28% foram desencorajadas de marcar consultas médicas, 26% sentem sobrecarga de tarefas no emprego e 20% ouviram comentários desagradáveis sobre gravidez. Além disso, 8% das candidatas passou menos tempo em licença maternidade do que tinha direito na lei por medo de ser demitida ao retornar ao trabalho. 

Em comunicado, a gerente de marketing da MindMiners e responsável pela pesquisa, Danielle Almeida, afirmou que “infelizmente, a maternidade segue acompanhada por casos de discriminação e preconceito quando o assunto é carreira". "É significativo o volume de experiências nesse sentido no local de trabalho, o que acaba atrapalhando, inclusive, o cuidado com o bebê em seus primeiros anos de vida”, complementa. 

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O programa Transcidadania-JP abre seleção durante todo o mês de outubro para inclusão de travestis, homens e mulheres trans no mercado de trabalho. As colocações são para trabalhar em empresas parceiras do programa. Para participar, é necessário que o candidato tenha nível médio completo. Há oportunidades para cargos na área de atendente e operador de telemarketing.

Os interessados deverão enviar os currículos para o e-mail: lgbtjp@gmail.com, da Coordenadoria de Promoção da Cidadania LGBT e da Igualdade Racial. Para mais informações, entrar em contato pelo telefone: 3218-9246.

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Programa Transcidadania 

O programa Transcidadania JP vem se firmando como importante política para promover inclusão e cidadania da população trans da Capital. Atua, sobretudo, desenvolvendo ações de empregabilidade e habitação, o que vem ganhando reconhecimento da sociedade e destaque na mídia fora da Paraíba. A prioridade deste recrutamento e seleção é para pessoas travestis e homens e mulheres trans. No entanto, caso haja vagas remanescentes, o programa irá oferecer vagas a gays, lésbicas e bissexuais em situação de vulnerabilidade.O

O Transcidadania JP reúne 10 secretarias que fazem parte de um comitê gestor para colocar as ações em prática. As reuniões acontecem a cada dois meses. O centro de cidadania LGBT funciona no Parque da Lagoa, de segunda a sexta feira, das 8h às 14h.

O centro funciona com uma equipe multiprofissional, contando com assistente social, psicóloga e assessoria jurídica, além de serviços de habitação, empregabilidade, cursos profissionalizantes, direitos humanos e praticas complementares da saúde, através de uma parceria com o Equilíbrio do Ser.

Uma pesquisa do Instituto Locomotiva, localizado em São Paulo, mostrou que 36% das pessoas com mais de 50 anos estão presentes no mercados de trabalho. Os dados foram divulgados hoje (10).

Deste total, 36% dos entrevistados trabalham por conta própria; 32% são colaboradores do setor privado; 15% são funcionários públicos; 9% são empregados domésticos; e 8% são empregadores.

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De acordo com levantamento, 36% dos entrevistados têm sua renda vinda da aposentadoria e 51% dependem da renda do trabalho. Entre os que estão no mercado de trabalho, 35% têm medo do desemprego. “No momento em que se discute a mudança da aposentadoria, que os governantes se preocupem com a empregabilidade das pessoas com 50 anos ou mais. Do contrário, parece que eles são culpados pela situação ruim que vivemos atualmente”, disse Renato Meirelles, presidente do instituto.

Entre os entrevistados, 65% responderam que trabalham mais que 30 horas semanais e 55% acreditam que trabalham numa intensidade igual ou maior do que anos atrás.

Na vida pessoal, 61% acreditam que a vida hoje está melhor do que há 10 anos e 69% avaliam o Brasil como ótimo lugar para se viver. Além disso, 47% viajam igual ou mais que há 10 anos.

Atrás apenas do Ceará, o estado de Pernambuco ficou em segundo lugar na criação de empregos formais no Nordeste. Os dados fazem parte de um levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Ministério do Trabalho e analisados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão de pesquisas do Banco do Nordeste, e mostraram que só em agosto deste ano, foram abertas 4.206 vagas de carteira assinada na região.  

Considerado pela pesquisa um bom desempenho no mercado de trabalho, em Pernambuco as áreas que mais tiveram crescimento de postos de trabalho foram à indústria de transformação (+1.927 postos), ligadas aos subsetores da indústria de alimentos e bebidas (+2.074 postos) e da indústria da borracha, fumo, couro, peles e similares (+129 postos); agropecuária (+1.802 postos); serviços (+673 postos) e construção civil (+301 postos). 

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No recorte municipal, Igarassu (+2.150 postos), Petrolina (+1.313 postos), Bezerros (+333 postos), Cabo de Santo Agostinho (+247 postos) e Timbaúba (+145 postos) foram os municípios que mais contribuíram para a geração de empregos em agosto. Recife figura na lista de cidades com redução do nível dos postos de trabalho (-593). 

Melhor desempenho 

O Ceará é o estado do Nordeste com maior saldo na geração de empregos em agosto, de acordo com estudo divulgado nesta sexta-feira (6). O desempenho foi influenciado pelo setor de serviços (+1.702 postos), principalmente em decorrência dos subsetores de comércio e administração de imóveis (+ 944 vagas) e de ensino (+892 novas vagas). 

Também contribuíram com a alta a indústria de transformação (+976 postos), fomentada pelas exportações do setor calçadista (+839 vagas); agropecuária (+900 postos); construção civil (+579 postos); comércio (+533 postos); administração pública (+144 postos); serviços industriais de utilidade pública (+132 postos) e extrativa mineral (+9 postos). 

Nordeste 

Em toda a Região Nordeste, o saldo positivo foi de 19.964 novas vagas de carteira assinada, sendo 4.975 postos no Ceará, 4.206 em Pernambuco, 3.511 na Paraíba e 3.241 no Rio Grande do Norte. Ao todo, os quatro estados foram responsáveis por 15.933 dos novos empregos, ou seja, 80% do total no Nordeste. 

Na Paraíba, 3.511 empregos formais foram criados em agosto, resultado influenciado pelo desempenho verificado nos setores de agropecuária (+2.349 postos), com crescimento de 21,98% em relação ao mês anterior, e da indústria de transformação (+918 postos). As cidades que mais contribuíram para o saldo positivo foram Mamanguape (+1.312 postos), Santa Rita (+746 postos) e Sousa (+57 postos). Tal qual Pernambuco, também na Paraíba a capital registrou saldo negativo (-215 postos), assim como a cidade de Campina Grande (-337 postos). 

Já no Rio Grande do Norte, os setores de agropecuária (+2.495 postos), serviços (+596 postos) e construção civil (+225 postos) foram os que mais contribuíram para a geração de empregos no mercado potiguar. Com destaque também para a contribuição dos subsetores de fruticultura irrigada (com área colhida de melão de grande importância no Nordeste), comércio e administração de imóveis (+742 postos) e Ensino (+85 postos). 

No Rio Grande do Norte, os municípios em que houve maior incremento no número de vagas foram Mossoró (+1.188 postos), Natal (+424 postos), Apodi (+103 postos), Canguaretama (+162 postos) e Açu (+77 postos). Os melhores resultados foram registrados no interior do Estado, onde foram gerados 1.895 empregos com carteira assinada. 

"É importante frisar, que desde maio de 2017, o Nordeste vem apresentando saldo positivo na movimentação de empregos formais, o que configura uma tendência favorável ao mercado de trabalho regional, ainda que modesta", afirmou a coordenadora de estudos e pesquisas do Etene, Hellen Rodrigues. Ela destacou que o Nordeste fechou agosto como a região que mais criou postos de empregos no País, com números de 182.574 admitidos e 162.610 demitidos. 

No comparativo entre os estados, apenas Alagoas teve resultado negativo no período, com a redução de 424 postos. 

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Com objetivo de incentivar à profissionalização e inserção da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) de Pernambuco ao mercado de trabalho, a Secretaria Estadual da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação (Sempetq) lançou na última segunda-feira (2), os projetos Pesquisa Empresa e Trabalho Comunica.   

Segundo a Secretaria, as duas iniciativas pretendem criar uma linha de comunicação direta com entidades de representação da comunidade LGBT no Estado de Pernambuco e identificar empresas que desenvolvem ou estejam interessadas em desenvolver políticas de acolhimento deste público em seus quadros funcionais assim como estimular novas parcerias com instituições interessadas em adotar essa cultura de inserção. 

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Ainda de acordo com a Sempetq, os projetos serão desenvolvidos em parceria com a coordenação LGBT da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e com o Centro Estadual de Combate à Homofobia de Pernambuco (CECH). 

Dentro dessa linda, a criação do projeto Pesquisa Empresa visa levar treinamentos, capacitações, palestras e oficinas para as empresas que adotam ou pretendem adotar este tipo de acolhimento. Tendo como intuito também oferecer subsídios para construção do selo da diversidade em Pernambuco.  

Já o Projeto Trabalho Comunica pretende ligar as empresas aos profissionais para oferecer vagas de emprego. Serão divulgadas diariamente, por e-mail, ações desenvolvidas para este público, além de oportunidades ofertadas pelas Agências do Trabalho em todo o Estado.  

O lançamento contou com a presença de representantes da Sempetq, da coordenação LGBT da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco (SDSCJ), do Movimento Ser Coletivo, e da Nova Associação de Travestis e Transexuais de Pernambuco (Natrape). 

Para a presidente da Natrape, Heymilly Maynard, a criação das iniciativas é muito bem-vinda. “Estes projetos chegaram numa excelente hora, pois a comunidade LGBT, mais especificamente o público trans, sofre muito com a exclusão social e vulnerabilidade, estando 96% deste pessoal no mercado informal, vivendo da prostituição ou dependendo de algum meio de renda que desqualifica o cidadão. Tudo por não ter a oportunidade de estar no mercado formal, com carteira assinada e com todos os direitos garantidos”, comemorou. 

Ainda não foi divulgado quando os projetos começaram a realizar as atividades. Outras informações podem ser obtidas no setor de psicologia da Agência do Trabalho da Boa Vista pelo número (81) 3183-7059 ou presencialmente de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. 

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O Sistema Nacional de Empregos em Campina Grande (Sine-CG), em parceria com Unobrasp, disponibiliza 280 vagas em cursos de Técnicas de Atendimento e Telemarketing, Assistente Administrativo, Técnicas de Venda e Secretaria e Recepção. As oportunidades serão distribuídas em 70 vagas para cada módulo. 

Os cursos serão gratuitos e os participantes receberão certificado digital com carga horária de 40 horas. Para se inscrever, é necessário que o participante tenha idade mínima de 18 anos e ensino médio completo, e apresente o CPF e RG no ato da inscrição.

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O programa de capacitação profissional conta com vários cursos e treinamentos para pessoas sem experiência no mercado de trabalho, e que procuram uma oportunidade de se qualificar.

As inscrições do primeiro módulo “Técnicas de Atendimento e Telemarketing”, devem ser feitas nesta terça (3) e quarta-feira (4), no SINE Municipal. As aulas têm início a partir do dia 6 de outubro, das 13 às 17.

Para o segundo módulo “Assistente Administrativo”, as inscrições ocorrem nos dias 9 e 10 e aulas no dia 13 de outubro. As inscrições para “Técnicas de Venda” serão realizadas entre os dias 16 e 18, com aula no dia 20 de outubro. No quarto módulo “Secretaria e Recepção”, as inscrições acontecem nos dias 23 e 24, com aulas no dia 27 de outubro. As aulas serão realizadas no turno da tarde.

No Brasil, a desigualdade social tem sido um cartão de visita. Segundo o Relatório Desenvolvimento Humano 2017 (Pnud/ONU), o país aparece entre os 10 mais desiguais do mundo. A baixa escolaridade e a falta de acesso à educação contribuem, entre outros graves fatores, para a estagnação socioeconômica, que tende a se acumular. Por isso, melhorar esse índice deve ser uma preocupação das instituições de ensino superior (IES), que além de proporcionar uma boa formação do profissional para o mercado do trabalho, precisam desenvolver cidadãos conscientes e engajados em questões socioambientais.

Dentro desse contexto, ações de responsabilidade social devem estar incluídas na missão de cada IES, assumindo institucionalmente, por meio de professores, alunos e funcionários, a responsabilidade de criar projetos e ações que contribuam para um desenvolvimento sustentável, visando uma sociedade melhor e mais participativa.

Uma das características de um país desenvolvido é possuir uma taxa de escolarização elevada, garantindo uma educação mais inclusiva, com acesso assegurado a toda sociedade, o que não vem ocorrendo no Brasil. De acordo com o mesmo relatório da ONU, desde 2014, o país vem se mantendo no 79º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), no ranking que abrange 188 países, do mais ao menos desenvolvido. O IDH é medido anualmente pela ONU e utiliza indicadores de renda, saúde e educação.

Daí a importância de criar recursos para expandir o acesso à educação e às ações de responsabilidade social, estimulando a produção de novos conhecimentos com viés solidário e a condução de ações com efeito multiplicador. Dessa forma, ações de responsabilidade irão indicar o comprometimento das IES com o desenvolvimento socioeconômico tão urgente em nosso país.

Tanto as IES públicas quanto as particulares devem criar novos meios de se envolver nessas questões, sem contar com políticas governamentais, mas com ações de iniciativa própria. Atualmente, a força do setor da educação superior privada vem crescendo. As IES particulares já representam mais de 75% das matrículas no país. Dentro desse escopo, cresce ainda mais a responsabilidade das mesmas em desenvolver ações concretas que incluam a sociedade, a fim de dirimir diferenças sociais e a promover a expansão da educação.

 

Na próxima sexta-feira (29), a Prefeitura de Paulista realizará um encontro que busca incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Promovido em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e Ministério do Trabalho, o evento contará com 340 oportunidades de emprego oferecidas pelas empresas que integrarão a ação.

Na ocasião, os participantes poderão conhecer oportunidades de trabalho em diversas áreas, firmando contato com as empresas contratantes. No total, 24 companhias da própria cidade de Paulista confirmaram presença no evento.

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É importante que os candidatos tenham em mãos carteira de trabalho e RG. As atividades serão realizadas no âmbito do ‘dia D da Pessoa Com Deficiência’, nas dependências do Paulista North Way Shopping, das 8h às 17h.

Serviço: 

O quê – Dia D da Pessoa Com Deficiência em Paulista;

Quando – Nesta sexta-feira (29.09), das 08h às 17h;

Onde – Paulista Shopping North Way (Rodovia PE-15, sem número, Centro).

Interessados em ingressar no mercado de trabalho têm uma boa oportunidade. A Agência do Trabalho de Paulista, cidade localizada na Região Metropolitana do Recife, oferece vagas de emprego nesta quinta-feira (21). Os níveis de escolaridade exigidos variam do ensino fundamental ao médio.

De acordo com a Prefeitura de Paulista, as oportunidades estão distribuídas entre as ocupações de cozinheiro, balconista e mecânico de automóveis. Também há uma vaga na função de operador de vendas, exclusiva para pessoas com deficiência.

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Para concorrer às oportunidades, os candidatos precisam comparecer à Agência do Trabalho, situada na Praça Frederico Lindgren, sem número, área central de Paulista. O atendimento é de segunda a sexta-feira, no horário das 7h às 13h. Outras informações devem ser obtidas pelo telefone (81) 3183-7293.

Segundo dados do Censo da Educação Superior levantados pelo IDado, o número de mulheres cursando engenharia civil cresceu 10% entre 2005 e 2015. Por outro lado, a quantidade de mulheres atuando como engenheiras civis no mercado de trabalho não teve a mesma evolução.

Em 2005, as mulheres representavam 20,9% do total de alunos nos cursos de engenharia civil e 23,9% dos profissionais atuando no mercado de trabalho. Já em 2015, o número de engenheiras civis no mercado de trabalho subiu para 26,9% enquanto o número de estudantes mulheres nas universidades passou para 30,3%.

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De acordo com o Conselho Federal de Engenheiros e Agrônomos (Confea), entre 1º de janeiro e 8 de agosto de 2017, das 20.813 pessoas que se registraram no conselho de engenharia civil, 14.971 eram homens e 5.842 eram mulheres.

 

Por Beatriz Gouvêa

Com a proposta de esclarecer as dúvidas dos profissionais sobre a Reforma Trabalhista, projeto do Governo Federal que entrará em vigor em novembro, o Senac de Pernambuco realizará no próximo dia 27 de setembro, a partir das 19h, a palestra "A Reforma Trabalhista e impactos nas relações entre empresas e trabalhadores”, no auditório da instituição.

O evento é aberto ao público, mas segundo o Senac é mais direcionado a estudantes e profissionais das áreas de Direito, Administração, Gestão e Departamento Pessoal. Os interessados podem se inscrever na Central de Atendimento do Senac (av. Visconde de Suassuna, nº 500, Santo Amaro) ou na Unidade Senac Centro (Praça da Bandeira, nº 29, 5º andar – Edf. Brasilar, Santo Antônio).

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O processo também pode ser feito via e-mail, pelo endereço senaccentro@pe.senac.br, gerando ficha de inscrição e boleto para pagamento no valor de R$ 20. Durante o evento, o advogado Marcos Pereira, especializado em Legislação Trabalhista e Previdenciária, vai abordar temas como jornada de trabalho, banco de horas, registro do ponto, mudanças contratuais, férias, contribuição sindical, terceirização de serviços e plano de cargos. Para saber mais informações, a instituição disponibilizou os telefones: 0800 081 1688 e 81 98491-7420.

Serviço

A Reforma Trabalhista e impactos nas relações entre empresas e trabalhadores

27 de setembro, às 19h

Auditório do Senac (Av. Visconde de Suassuna, nº 500, Santo Amaro, Edf. Pelópidas Soares)

R$ 20,00

0800 081 1688 ou 81 98491-7420

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A Carta de Conjuntura, divulgada ontem (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que há uma melhora no mercado de trabalho. A economista do Ipea, Maria Andréia Parente, observou que o setor está com sinais de recuperação. “De forma agregada, a gente viu uma taxa de desocupação caindo, combinando com um aumento da ocupação, porque até então você tinha que a ocupação começou a cair menos”.

No último trimestre até julho, apesar de a ocupação mostrar variação pequena (+0,2%), essa é a primeira variação positiva em dois anos, destacou Maria Andréia. “Já é um sinal”.

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Quando se olha o mercado de trabalho formal, com carteira assinada, há sinais de que o quadro está melhor. Segundo a economista, um indicativo disso é a redução do ritmo de demissões. “O mercado formal já está demitindo menos. Ele ainda não contrata no agregado. A população ocupada dele ainda está caindo, mas ele está reduzindo o ritmo de demissão”. A taxa de desemprego registrada no trimestre encerrado em julho teve queda de 12,8%.

Maria Andréia afirmou que outro sinal positivo do mercado formal é dado pelo rendimento. A análise dos rendimentos por vínculo de ocupação mostra que está no mercado formal a maior alta de rendimentos (3,6%). 

De acordo com dados divulgados hoje (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os movimentos do mercado de trabalho mostram que a crise econômica atinge com mais intensidade os jovens, que têm mais dificuldade de conseguir emprego e mais chance de serem demitidos.

A pesquisa aponta que de abril a junho deste ano, apenas 25% dos desempregados com idade entre 18 e 24 anos foram recolocados no mercado, atingindo um nível bem abaixo do observado no início do estudo em 2012 (37%). “Os dados salariais revelam que, além de receber as menores remunerações, o grupo dos trabalhadores mais jovens apresenta queda de salário: 0,5% na comparação com o mesmo período de 2016. Na outra ponta, os empregados com mais de 60 anos elevaram em 14% seus ganhos salariais, na mesma base de comparação”, diz o documento.

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De abril a junho deste ano, enquanto os empregados com mais de 60 anos receberam, em média, R$ 2.881, aqueles com idade entre 18 e 24 anos obtiveram remuneração média de R$ 1.122. Segundo o Ipea, no segundo trimestre, o país tinha aproximadamente 13,5 milhões de desempregados. Neste grupo, 65% das pessoas têm idade inferior a 40 anos.

Para reforçar as vendas durante a Black Friday, a rede Casas Bahia anunciou 11 vagas de emprego para vendedores em Pernambuco. As oportunidades são para trabalhar em lojas do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Petrolina e Abreu e Lima. Para se candidatar, os interessados devem acessar o site da organizadora da seleção e preencher o formulário de inscrição. 

Os candidatos devem ter experiência anterior com vendas e pós-vendas, assim como pacote office básico e ensino médio completo. Além de salário comissionado, os colaboradores efetivados também terão como benefícios vale transporte e alimentação, PLR (Participação nos Lucros e Resultados), convênios médico e odontológico, seguro de vida e parcerias educacionais com algumas universidades que garantem descontos nas mensalidades de cursos superiores ou de pós-graduação. Ainda segundo a Casas Bahia, as contratações são em caráter definitivo.

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Colocar o pão na mesa da família é uma tarefa que muita gente tenta cumprir. Em uma das vias mais famosas do Recife, o vendedor ambulante Edvaldo Gomes disputa um pequeno espaço da calçada da Avenida Conde da Boa Vista, no Centro da capital pernambucana, com os pedestres e outros ambulantes para conseguir levar dinheiro em prol do sustento dos cinco filhos e da esposa. Pela necessidade, alguns comerciantes trabalham até sem a autorização dos órgãos públicos.

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No ramo há mais de 38 anos e desde 2002 na Conde da Boa Vista, Edvaldo, hoje com 46 anos, aprendeu cedo a tirar seu sustento das ruas. Criado dentro de uma feira, ele conta que já passou por muita coisa ao longo desses anos na profissão. "Comecei bem pequeno, aos sete anos. Já vendi de tudo um pouco, desde frutas, água, picolé e pipoca, a produtos mais pessoais como massageadores e óculos, mas também já perdi muitas mercadorias", relembra. 

Também presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comercio Informal do Recife (Sintraci), o ambulante conseguiu criar todos os cinco filhos e ainda hoje paga a faculdade da filha mais nova com o dinheiro das vendas. Para ele, ser vendedor ambulante é um dom. "Não é para qualquer um ficar aqui não, você tem que saber vender e ter aquele jeitinho para conquistar os clientes. Além disso, é uma tarefa difícil, a gente mal senta, só tem tempo para comer, ir no banheiro e voltar. Passo o dia todo em pé, e quando chove, mesmo com o guarda sol, é uma luta. Já perdi muitos produtos por causa da chuva também", desabafa Edvaldo, que ainda não possue liberação da Prefeitura do Recife para trabalhar no local. 

Ainda na Boa Vista, próximo a um centro de compras, Ivaí Antônio, aos 50 anos de idade, também revela trechos da sua história. "Aqui todo dia é uma luta, faça chuva ou sol eu tenho que trabalhar. Vendo acessórios para celular, vendo sobrinha, o que tiver eu vendo. Mas é mais fácil trabalhar com isso do que com o emprego que tinha antes", comenta o ex-cobrador de ônibus que está desde 2004 no local e possue liberação da Prefeitura para comercializar seus produtos.

Assim como Edvaldo, seu Ivaí também começou cedo. Ele conta que aos sete anos de idade já vendia picolé e jornal para ajudar os pais em casa. Por conta do trabalho, o ambulante não conseguiu concluir o ensino médio e apesar de já ter trabalhado com carteira assinada achou melhor voltar para o mercado informal. "Aqui eu chego a tirar em média R$ 1,5 mil por mês. Não tem estresse. Chego na hora que quiser e se o dia for bom, eu fecho cedo e vou para casa. Sou feliz com isso porque não tenho aperreio, muito menos preciso viver dependendo de empresa", diz. 

Apesar de também não possuir nenhum vínculo empregatício com empresas ou ter a carteira assinada, o prazer e a satisfação em ter o próprio negócio fazem com que Edvaldo tenha orgulho do seu trabalho. "Me sinto feliz. Faço aquilo que gosto, sou o meu próprio patrão e empregado e não tenho ninguém mandando em mim. Quando é trabalho, tudo é digno". 

Uma certeza entre ambos é de que por falta de opções e com o desemprego em alta, não dá para ficar esperando cair comida do céu. "Como eu vou alimentar minha família sem trabalhar?", questiona Edvaldo. "Essa foi a forma que a gente encontrou de sustentar a nossa casa. Não tem emprego para todo mundo, o jeito é trabalhar por conta própria", complementa. 

Os calos de uma vida de trabalho  

Ainda no Centro do Recife, especificamente na Avenida Dantas Barreto, o vendedor ambulante Marco Aurélio, 48 anos, não teve uma vida nada diferente de Edvaldo e Ivair. Aos oito anos de idade foi vender pipoca e água na rua para realizar um desejo pessoal de colocar tranças no cabelo. Foi daí, que Cigarra, apelido dado pelos amigos a Marco, começou a trabalhar como ambulante. Estudou, completou o ensino médio e aos 19 anos começou a vender laranjas em um pedaço de madeira, que naquela época era sustentada com os braços para chegar ao alcance de quem estivesse passando nos ônibus.  

As marcas nas mãos do vendedor ambulante mostram os calos criados ao longo da vida pelo trabalho duro nas feiras e com as vendas das laranjas no Centro do Recife. Calos esses que contam a história difícil de quem achou na rua um sustento.  

"Não é nada fácil estar aqui. É um trabalho duro, que exige força e coragem. A gente passa por muita vergonha, você precisa se humilhar e reconhecer que precisa desse trabalho, não só por necessidade, mas por obrigação de ter algo digno para ensinar aos filhos", relata Cigarra. 

Ao longo desses 40 anos, ele retrata como conseguiu se manter no mercado formal e como lida hoje com sua rotina pelas ruas da cidade. Confira a entrevista exclusiva: 

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Marco ainda conta para a nossa equipe que foi do trabalho como ambulante que aprendeu a ser honesto. "Daqui eu tiro só coisas boas e o meu sustento. Foi aqui que aprendi a ser honesto, digno de mim mesmo. Foi com o dinheiro daqui que comprei minha casa própria e ainda um sítio. Eu tenho estudo, tenho capacidade de conseguir um emprego formal, mas não troco nada do que faço ou tenho por uma carteira assinada".  

Segundo ele, sua alegria está no trabalho. "Quando eu estou aqui, eu me transformo. Eu sou o rei. Tenho contato com todo mundo, eu tenho prazer em conversar com as pessoas e se eu ganhar R$ 10 no dia, eu estou alegre.  

Mercado informal 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em agosto comprovam que há crescimento do mercado informal. O desemprego tem levado a população a buscar outras alternativas de trabalho, mesmo não tendo carteira assinada ou vínculo empregatício com empresas.  

Segundo o IBGE, no contexto da crise econômica e da consequente falta de oferta de empregos formais, a maioria dos 721 mil brasileiros que deixaram a fila do desemprego no trimestre encerrado em julho trabalhou informalidade. Atualmente, o Brasil possui 10,7 milhões de trabalhadores sem carteira assinada contra 33,3 milhões com o vínculo empregatício.  

“O aumento aconteceu, principalmente, entre os empregados sem carteira assinada, contingente que respondeu por mais 468 mil novos empregos, e entre os trabalhadores por conta própria, que respondeu pelo ingresso de mais 351 mil pessoas no mercado”, aponta o estudo do IBGE. Já a população com carteira assinada manteve-se estável em 33,3 milhões”, diz a nota do IBGE. 

De acordo com o presidente do Sintraci, hoje existem mais de 5 mil trabalhadores informais no Recife. Mas nem todos os ambulantes que trabalham na Conde da Boa Vista possuem cadastro junto a Prefeitura do Recife para comercializar suas mercadorias. Ainda segundo o sindicato, mesmo não possuindo carteira assinada, a maioria desses vendedores paga o Simples Nacional, tributos Federais, Estaduais e Municipais, para ter direito a aposentadoria.


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